Ao início o
ambiente está envolvido por alguma penumbra. Fase de preparação. Uma grande
equipe trabalha na estrutura do evento. Começa o espetáculo. A sombra parcial
desaparece com a interceptação e a invasão de intensos raios luminosos que
formam feixes super brilhantes e se propagam em todas as direções. O espaço
está tomado por luzes faiscantes produzindo clarões diferenciados. Ainda mais.
Pequenas partículas de luzes de cor azulada em forma de raio laser aumentam a empolgante
e envolvente luminescência.
A estrutura
é espetacular, não menos sensacional o show de abertura.
Dessa forma
está descrito o local (ginásio do Ibirapuera (SP) da fase final do campeonato jogos
eletrônicos. Todos os lugares estão tomados, 10 mil pessoas comparecem. As
torcidas de cada time vibram, gritam, xingam, vozes de incentivos entoam
cantigas de apoio.
Alguns
torcedores se fantasiam imitando as figuras dos jogos, os cosplayers.
Nesse
cenário foi disputada a final do Circuito Brasileiro de “League of Legends, o
CBLoL, principal competição de esportes eletrônicos. Disputado no esquema de “melhor de cinco”, desse modo a equipe que
vencer primeiro três partidas se torna campeã. O título foi disputado entre
equipes com cinco jogadores de cada lado, cada uma com estilo próprio e designe,
as duas finalistas a INTZ de uniforme
cinza e da CNB de uniforme azul.
O local da
disputa, em posição mais elevada, fica no centro do ginásio. Situa-se ali uma
arena em formato octogonal. As torcidas vêem, assistem tudo através de quatro imensos
telões em alta definição.
A competição é empolgante. Conquistar o
território adversário é o objetivo e por isso há luta em diversos campos de
batalha. Jogo altamente competitivo que mistura velocidade, agilidade, reflexos
rápidos, raciocínio estratégico e coordenação da equipe.
Os jogadores
são jovens, a maioria na faixa etária entre 19 e 21 anos. Ganham em torno de 2
a 5 mil reais, tem craque que chega a
ganhar 20 mil.
Moram juntos
para facilitar a rotina de treinamento que varia entre 6 a 8 horas diárias.
Acordam não muito cedo (são jovens) e o café da manhã é balanceado. Realizam
exercícios físicos pontuais em academia sem exageros, objetivando aquilo que é preciso
evitar, problemas com a coluna lombar e punho.
Além de
milhares de pessoas presentes no Ibirapuera, outras tantas assistiram através
de transmissão pela televisão. O evento televisivo tem seus protagonistas: um narrador
e dois comentaristas vibrantes. São competentes. O narrador empolgado narra as
fases do jogo, a equipe que avança ocasionando o recuo da outra e vice-versa.
Dois comentaristas dão detalhes das investidas, para mim e outros leigos, que
não entendem bulhufas é de uma validade imensa. As figuras movimentam-se
eletronicamente, enfrentam-se, correm, escondem-se, fogem. Tentam invadir
castelos ao meio de horrendos monstros. Um espetáculo.
E por ser um
espetáculo, como neófito, curioso e interessado, assisti sábado passado a final
do dito cujo final de campeonato.
Sem ser
nenhum deles, no mundo são mais de 60 milhões cybernets praticantes, muitos
deles profissionais de alto rendimento.
Ah... O
titulo de campeão ficou com a equipe INTZ pelo placar de 3X1.
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