quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Amigo secreto ou oculto

Amigo secreto ou oculto? Um ou outro adjetivo serve para qualificar a tradicional festa, a brincadeira de confraternização ao final de cada ano com a troca de presentes. Secreto é usual em muitas regiões do país. Oculto em um, ou outro lugar. Evento que não é tradição nacional.
Historia-se que se trata de uma diversão de costumes e tradições de povos pagãos. A pesquisa ensina ainda que pode ter origem entre os povos nórdicos. Narra-se que aqueles povos esperavam amanhecer para trocar presentes e nesta troca expressavam-se assim: “que você jamais esqueça dos deuses sobre nós”. De imediato o presente era trocado para eternizar o pacto, o desejo. Pertinente, vale a indagação. Na história contada o que existe de amigo secreto? Coisa de povo nórdico.
Há outro viés histórico na criação do amigo secreto. Na Grécia antiga, os gregos presenteavam pessoas influentes, escolhidas aleatoriamente, em datas festivas. Assim, pessoas e amigos, expostos e revelados, decididamente nada de secreto.
Na verdade, o presente mais secreto ocorreu na mesma Grécia e ficou conhecido como “presente de Grego”. A história do Cavalo de Tróia, esse sim, na verdade, presente de inimigo secreto.
Especulações, hipóteses, sobre a origem do amigo secreto são diversas conforme relatos históricos da antiguidade. O principio mais razoável e provável, em termos fundamentados está na história mais moderna, exequível a que se propõe, a finalidade do amigo secreto. Nos Estados Unidos, na época da grande depressão, na década dos anos de 1920, dinheiro curtíssimo. Empregados de uma empresa, na confraternização de entrega de presentes para evitar gastos maiores entre eles tiveram uma saída: inventaram o conhecido amigo secreto, desse jeito, unicamente um presente para cada um.

                                                        *** ***
As duas amigas encontram-se, colegas de trabalho na mesma empresa, e como toda a empresa, a festa de confraternização de Natal com a revelação do amigo secreto.
- Olá, como vai Val? Somente entre nós, quem é teu amigo secreto?
Val, (na verdade Valquiria) , revela para sua amiga Nata (ou seja Natalia) o amigo secreto, ou melhor, a amiga secreta.
- Amiga você não sabe, não acredita o nome que me foi sorteado. Trata-se daquela lambisgoia, a Gê.
- Não acredito. Nem posso imaginar que você terá que dar um presente para ela, a quem você nutre um ódio especial.
Dia da revelação. É obedecida uma ordem. A primeira pessoa a fazer a revelação pode ser por sorteio, ordem alfabética ou qualquer coisa que valha. Nome revelado, entrega do presente. Chegou a vez de Val.
Com indisfarçável cinismo, com indissimulável hipocrisia, revela.
- Minha amiga secreta é a adorável, muito querida Gê. Para você um presente e que faça bom proveito.
Beijinhos e beijinhos, um tanto quanto insossos, espelhando falsidade.
Gê, que é Getrudes, com aquele jeito sem graça, aflorando antipatia, com defeitos de relacionamento, além de intrometida e fofoqueira, na frente de todos desembrulha o presente e surpresa vergonhosa.
Ganhou de Val um estojo completo comprado numa loja de Sex Shop. 


          



quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

TV Globo surpreende

Mais uma vez a programação cinematográfica da TV Globo me surpreendeu com mais um excelente filme em sua programação conhecida como Tela Quente. Numa daquelas segundas-feiras assisti o envolvente argentino Segredos de seus Olhos. Desta feita foi o também filme argentino Relatos Selvagens.  O roteiro é desenvolvido pelas traições amorosas, tragédias, violência, a ira em situações extremadas, muitas com ácido humor negro. É narrado abrangendo o infortúnio dos personagens, vivendo o cotidiano, deixando-os desesperados, perdendo o controle de suas ações em que se misturam a comédia e o drama.
O começo do filme inicia-se de forma empolgante com um episódio rápido e inteligente que se passa no interior de um avião. A moça está sentada ao lado de um senhor. Enquanto a aeronave não decola, ele tenta desenvolver uma conversa. Ela tímida demora em responder triviais perguntas. Responde e então se inicia a confabulação. Devagar começa a falar de sua vida intima e diz que teve um noivo que lhe abandonou de nome Partenak. Outros passageiros escutam o nome e cada um deles coincidentemente tem um fato, todos desabonadores, envolvendo Partenak, sendo que alguns desconfiam de que se tratae de um demente. Partenak é o piloto do avião e tem a oportunidade vingar os desafetos passageiros.
Uma lanchonete à beira de estrada, de ambiente simples até mesmo rudimentar trabalha uma jovem, cenário para o segundo episodio. Numa noite chuvosa aparece um viajante pretendendo alimentar-se. Surpresa a moça reconhece o indivíduo. É ele mesmo, o homem que acabou com sua vida: quando garotinha ele assassinou seu pai e assediou sua mãe. Veneno para rato na comida é a solução para a vingança.
Na estrada um luxuoso automóvel leva uma fechada  de uma velha camionete, assim o início do terceiro episódio. Quando carro de luxo ultrapassa o velho veículo o seu dono faz sinais obscenos para o motorista da camionete. Quilômetros adiante o imprevisível ocorre. O pneu do carro luxuoso fura. Há necessidade de ajuda. Quem pode ajudar? O motorista que vem depois e a partir daí consome-se uma tragédia.
No quarto capitulo o homem estaciona em local proibido, porém não sinalizado. Seu carro é rebocado. Indignado dirige-se ao departamento especializado. Quer uma explicação pela multa injusta. O funcionário lhe informa os ditames burocráticos a seguir. O homem entra em surto psicótico e diversos acontecimentos patéticos ocorrem.
O filho de um homem rico atropela e mata uma mulher grávida. O rico pai tenta comprar corruptas autoridades. Até um laranja, um pobre coitado se vende para assumir o desastre. Mais tarde a ganância dos vendidos, o arrependimento do pai fica para o final do episódio.
Enfim o último episódio. O melhor, o mais interessante de todos. Festa de casamento. A noiva espevitada descobre que o noivo a traiu e convida a amante para a festa de casamento. A partir daí uma série de fatos ocorrem típicos do humor negro, verdadeira algazarra.
Mais um excelente filme argentino com as mazelas, drama e comicidade da vida, do cotidiano.

  

TV Globo surpreende

Mais uma vez a programação cinematográfica da TV Globo me surpreendeu com mais um excelente filme em sua programação cinematográfica conhecida como Tela Quente. Numa daquelas segundas-feiras assisti o envolvente argentino Segredos de seus Olhos. Desta feita foi o também um filme argentino Relatos Selvagens.  O roteiro é desenvolvido pelas traições amorosas,  tragédias, a violência, a ira em situações extremadas, muitas com ácido humor negro. É narrado abrangendo o infortúnio dos personagens, vivendo o cotidiano, deixando-os desesperados, perdendo o controle de suas ações em que se misturam a comédia e o drama.
O começo do filme inicia-se de forma empolgante com um episódio rápido e inteligente que se passa no interior de um avião. A moça está sentada ao lado de um senhor. Enquanto a aeronave não decola, ele tenta desenvolver uma conversa. Ela tímida demora em responder triviais perguntas. Responde e então se inicia a confabulação. Devagar começa a falar de sua vida intima e diz que teve um noivo que lhe abandonou de nome Partenak. Outros passageiros escutam o nome e cada um deles coincidentemente tem um fato, todos desabonadores, envolvendo Partenak sendo que alguns com desconfiança de que se trata-se de um demente. Partenak é o piloto do avião e tem a oportunidade vingar os desafetos passageiros.
Uma lanchonete à beira de estrada, de ambiente simples até mesmo rudimentar trabalha uma jovem, cenário para o segundo episodio. Numa noite chuvosa aparece um viajante pretendendo alimentar-se. Surpresa a moça reconhece o indivíduo. É ele mesmo, o homem que acabou com sua vida: quando garotinha ele assassinou seu pai e assediou sua mãe. Veneno para rato na comida é a solução para a vingança.
Na estrada um luxuoso automóvel leva uma fechada  de uma velha camionete, assim o início do terceiro episódio. Quando carro de luxo ultrapassa o velho veículo o seu dono faz sinais obscenos para o motorista da camionete. Quilômetros adiante o imprevisível ocorre. O pneu do carro  luxuoso carro fura. Há necessidade de ajuda. Quem pode ajudar? O motorista que vem depois e a partir daí consome-se uma tragédia.
No quarto capitulo o homem estaciona em local proibido, porém não sinalizado. Seu carro é rebocado. Indignado dirige-se ao departamento especializado. Quer uma explicação pela multa injusta. O funcionário lhe informa os ditames burocráticos a seguir. O homem entra em surto psicótico e diversos acontecimentos patéticos ocorrem.
O filho de um homem rico atropela e mata uma mulher grávida. O rico pai tenta comprar corruptas autoridades. Até um laranja, um pobre coitado se vende para assumir o desastre. Mais tarde a ganância dos vendidos, o arrependimento do pai fica para o final do episódio.
Enfim o último episódio. O melhor, o mais interessante de todos. Festa de casamento. A noiva espevitada descobre que o noivo a traiu e convida a amante para a festa de casamento. A partir daí uma série de fatos ocorrem típicos do humor negro, verdadeira algazarra.
Mais um excelente filme argentino com as mazelas, drama e comicidade da vida, do cotidiano.

  

domingo, 3 de dezembro de 2017

chove ... chove chuva

Dias desses. Mais exatamente, uns dias da semana passada. Acordo. Levanto da cama. Antes de tudo preciso ter a certeza de que a chuva cessou. Há dias ela está se tornando intolerável. Dias pachorrentos, nublados, sem qualquer luminosidade. Aproximo-me da janela. Nada é diferente de outros dias. Prossegue a chuva intermitente. Cessa, retorna, num vai e vem enfadonho. Continua chovendo. Iludi-me, me enganei aguardando um dia de sol. Chove e como chove. Na vidraça, componente da janela. onde tenho perfeita visibilidade pequenas gotas se formam. Escorrem, se arrastam lenta e delicadamente, deslizam preguiçosamente pelo vidro até a parte inferior da janela onde desfazem-se graciosamente, num silencioso espocar, inconfundível sinal de uma chuva fraca e persistente. Apesar da incomodativa chuvinha aquelas gotículas  proporcionam momentos de observação indelével, a visão romanesca de sentimental devaneio, de intenso prazer. Observo extasiado o sonhador fenômeno. No vai e vem da chuva,  agora chove a cântaros. Chove intensamente. Não há possibilidade na formação das encantadoras gotinhas. Acontecem, isso sim fortes respingos. Chegam formar certo ruído no encontro diante da substância sólida e transparente da vidraça. Assim perde-se todo o deleite em observar aquelas gotinhas. Chove...chove chuva. Mau tempo maçante, importuno e inconveniente durante uma semana, exatos sete dias chuva. Compreende-se chuva é da natureza, é necessário assim entender, mas não precisa ser em tão grande quantidade. Sabe-se que se trata de um fenômeno meteorológico indispensável ao meio ambiente, ao processo ecológico.
Aprendemos que é um processo que consiste nas precipitações causadas pelo encontro de uma frente fria e seca com outra quente e úmida. Há chuvas de convecções ou convectivas, as conhecidas chuvas de verão. Outra nomenclatura são as chuvas que tem tudo a ver com a região serrana, chuvas orográficas chamadas também de chuvas da serra ou ainda mais didaticamente, chuvas de relevo que ocorrem quando ventos úmidos se elevam e se resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa. É chuva é incomodativa por ser persistente é a qual dificilmente as pessoas se habituam ressalvando-se aquelas que têm infinita tolerância.
Chuva é isso tudo pelo conhecimento científico que para muitos, no caso, pode ser desnecessário, a chamada cultura inútil. Porém para determinadas pessoas, assim sonhadoras, sensíveis ao romantismo a chuva é poesia. Para outras é aconchegante, terapêutica, quando se tem oportunidade de ouvir os pingos em telhado de zinco. Tem gente que gosta do banho de chuva. Correr pelas corredeiras formadas, água escorrendo ladeira abaixo, esvaindo-se pelo declive sem se saber qual o seu destino. Chuva. Pessoas caminham, percorrem distâncias a pé e a necessidade de carregar e utilizar o inseparável, protetor e incomodo guarda-chuva. Os menos favorecidos, os distraídos, esquecidos e desavisados enfrentam a intempérie, naturalmente, sem qualquer proteção. Chove. Não sei o quanto é poética a chuva, com sete dias de chuva. É poesia desagradável. Dois ou três dias de chuva pode dar  incentivo para a arte compor e escrever versos.

Desculpe-me a chuva, mas sou mais o cintilante, brilhantismo, do radioso  sol.     

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O colorado voltou

Foi um retorno difícil, mas consegui, voltei. Caminhei. Fui e vim perdido entre atalhos na busca de outros caminhos, entre rotas estranhas, na tentativa de encurtar a caminhada. Tudo em vão. Itinerante, em encruzilhadas me perdi. Deixei caminhos secundários e fui procurar o caminho principal. Nessa trajetória momentos de alegria com vitórias conquistadas. Em outros, a aflitiva convivência com a derrota e a desafortunada esperança. Sofri, padeci. Parecia o prognóstico da desventura, o infortúnio anunciado, quase me torno um depressivo. Senti-me esgualepado. Superei percalços e até sortilégios de gente mesquinha e invejosa. Com dedicação e obstinação consegui o sucesso, a conquista, a volta. Finalmente a satisfação, a glória, alegria depois de vagar em imenso vazio. Rodei muito. Sei lá, umas 36 rodadas, mas voltei.
Depois de idas e vindas, encontrei o acertado caminho da volta. Percorri infernos, passei pelo purgatório, mas agora padeço no Paraíso.
Estou retornando. A vereda é a mesma, o caminho de casa. Continua simplesmente encantadora com aquela miscelânea de cores vivazes das margaridas silvestres, formando maravilhoso e decorativo mosaico.
Nada mudou. Tudo está no mesmo lugar. Sim, alguma coisa mudou em razão do passar do tempo: a desbotada pintura da casa, o banco do jardim meio apodrecido, o campinho de futebol com a grama perdida entre as ervas daninhas. Coisas materiais, mas sentimentalmente tudo está como antigamente.
Estou de volta e com a volta uma única certeza: aqui é o meu lugar, é onde devo ficar. Voltei para todas as coisas que deixei principalmente as conquistas.
Aproximo-me em passo lento, revivendo o passado. Saudade. Estou em frente ao mesmo portão com a pintura descorada. Um latido nunca esquecido. È daquele vira-lata, preto e branco, de focinho atrevido, de nome Espoleta. Rosna, parece não me reconhecer. Chega mais perto. O cheiro do meu corpo faz ativar seu faro. Sou reconhecido. Festa, saltitos e lambidas. Mostra os dentes significando o sorriso canino
Paro. Reparo em tudo ao meu redor. Fico a vontade, desfaço-me da mochila. Continuo olhando no entorno e de fato nada mudou.
É primavera. Lá está o portentoso jacarandá florido. No outro lado o ipê gigantesco, imponente com o forte e vivo amarelo de suas flores.
Meia-volta. Vejo a porta aberta, entro. Não encontro ninguém, ninguém me espera. Parece casa abandonada. Os mesmos móveis escanecidos, necessitando de uma restauração.
No canto da sala lá está o sofá envelhecido onde assistia os jogos daquele time. Reparo com cuidado o ambiente. Chama atenção na parede aquele quadro com a fotografia já meio amarelada, daquele time de camisa vermelha.
Paro com o pensamento das reminiscências. Não mais necessito das imagens lembrando o passado, passado de que nunca deveria ter existido. Voltei. Agora vivo o presente, pensando no futuro.
Sai de onde nunca deveria ter saído. Perdi-me em terras brasileiras recentemente, logo eu que andei pelas Américas, pelas bandas do Oriente sempre como umvencedor, afinal eu sou um cara “internacional”.

De repente, quando antes era tudo silêncio, o abandono,  a vizinhança se próxima e aos gritos proclama: “ele voltou”.    

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Lava Jato pode virar Mãos Limpas

Por todas as artimanhas proporcionadas pelos políticos, a “Lava Jato” pode acabar semelhante a “Mão Limpas”. Segunda-feira, à noite, no programa Roda Viva da TV Cultura, o entrevistado, jornalista italiano Gianni Barbacetto, autor do livro, Operação Mãos Limpas, induz a possibilidade  de certa analogia entre os dois processos ao seu final. “Mãos Limpas”, em sua segunda etapa foi enfraquecida pelos próprios políticos que aprovaram uma série de leis para dificultar as investigações. A “Lava Jato” parece seguir o mesmo caminho.

Sartori constrangido, submisso a Gilmar: Gilmar agradece e dá uma beijoca em CarmemLúcia

Ditado popular recita: “uma imagem por si só diz tudo”. Ainda quanto as imagens outra expressão popular, atribuída sua autoria ao filósofo chinês Confúcio:  “uma imagem vale mais que mil palavras”.
As imagens decididamente não precisam de palavras. Por elas, simplesmente , com facilidade,  compreendemos determinada situação. Não há a necessidade da fala, o sentido da visão nos faz  perceber com clareza algum fato. Nada escrito, mas tudo explicado pela imagem no momento em que ela desperta a imaginação, conduz a uma interpretação, nos faz pensar.
As imagens são diversas: lindas ou feias, esclarecedoras ou confusas, positivas ou negativas, intrigantes, instigantes, provocativas e até constrangedoras.  
Para atento observador, duas imagens recentes no noticiário veiculadas em jornal e televisão, chamaram atenção, ligadas a dois fatos distintos, duas cenas significativas. A primeira, foto em jornal, constrangedora, enfocando duas pessoas. No corredor, na frente, cheio de pose, com toda pavonice a que se dá direito, senhor de si, imponente na desnecessária demonstração de autoridade, o presidente do Superior Tribunal Eleitoral, polêmico juiz ministro Gilmar Mendes. Aquele mesmo que numa liminar prejudicou centenas de funcionários gaúchos, trabalhadores em fundações. Atrás dele, cabisbaixo, submisso ao poder maior, o governador Zé Ivo Sartori, situação característica de quem pede favor, dependente das benesses do governo federal.
A segunda imagem foi vista na televisão, TV Senado. No plenário do Supremo Tribunal Federal discuti-se e julga-se toda aquela encrenca envolvendo o senador Aécio Neves. Resumindo-se, se ele deveria ou não ser suspenso de suas atividades parlamentares pelo STF. Como ficou decidido a responsabilidade coube aos colegas senadores e assim definiram que Aécio prosseguirá ativo na função de congressista. Decisão equilibrada pela diferença de apenas 1 voto, voto de minerva da presidente do STF Carmem Lúcia. Nada de novidade, já era esperado o resultado. Explica-se: dias antes a juíza presidente esteve reunida com os presidentes do Senado e Câmara, reunião necessária porque como se prognosticava, pelo perfil dos outros ministros, haveria um empate (5x5)  e então ela decidiria pelo acerto, pelo diálogo institucional, o respeito mútuo às instituições, preservando o estado democrático de direito. Assim foi feito. Mas, e aí, a cena de televisão mencionada. Final da reunião: o destino de Aécio seria determinado pelos seus companheiros. A imagem: o juiz Gilmar Mendes quase um porta-voz defensor de Aécio, em atitude de reconhecimento, agradece com um carinhoso e significativo beijo. O ósculo foi depositado no alto da cabeça da ministra, enquanto estava sentada em seu trono presidencial. Dá para entender o beijo !!!





terça-feira, 24 de outubro de 2017

Carmem Lúcia, pênalti, isolou a bola

Jogo difícil, muito equilibrado, resultado o empate de 5x5. Partida de futsal (cinco jogadores em cada equipe), em que cada um dos 10 jogadores marcou o seu gol. O regulamento determina haver um vencedor e sendo assim, decisão por pênaltis. Depois de mais de três séries de cobranças da chamada penalidade máxima e prevendo-se que as cobranças ocorreriam por longo tempo, em comum acordo e nesse caso por se tratar de uma decisão importantíssima a cobrança caberia ao presidente da liga, excepcionalmente naquele jogo, a presidente. Para equilíbrio e imparcialidade um chute para cada equipe. A presidente encaminhou-se para a marca fatal, claro aquela do pênalti. Preparou-se de forma habitual. Puxou o “meião” até o joelho. Pegou a bola. Verificou onde estava situado o birro (orifício pelo qual se enche a bola de ar) para obter um maior efeito e a colocou na  marca penal a sua feição. Enquadrou o corpo e chutou, hi... na verdade isolou a bola, atingindo um pobre torcedor no alto da arquibancada. A mesma a tendência em outro chute, bola fora e por isso a vitória (6x5 para o adversário) surpreendente, verdadeira zebra para grande torcida brasileira, ansiosa pela decência e prevalecimento do bom senso.
O texto inicial serve como uma metáfora quanto a sessão no Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou e decidiu sobre as medidas cautelares (procedimento postulado para prevenir, conservar ou defender direitos). As sessões do STF, principalmente as últimas realizadas de cunho político, conhecendo-se o perfil de cada um dos 11 ministros não é difícil antecipar o resultado de um julgamento, sempre equilibrado, com o resultado em 5x5. Com empate se faz o chamado voto de minerva. Decisão no plenário do tribunal, na figura de linguagem “ campo de jogo”. A presidente cobra o pênalti, hi... isolou a bola que foi lá na arquibancada e bateu na cara do povo brasileiro. O placar final 6x5, foi contrário, uma derrota contra todas as perspectivas, do bem comum, das noções da razão e sabedoria. O adversário, time de Aécio e companheiros, saudou a vitória como uma goleada de 7x1. Por entendimento do STF as decisões de afastar senadores e deputados só podem ser efetivadas com a aquiescência do senado ou câmara, portanto será o legislativo que dará a palavra final sobre a suspensão ou não do mandato de parlamentares. Essa decisão do egrégio tribunal se faz remontar ao conhecido adágio popular: “colocar a raposa para tomar conta do galinheiro”.
Tudo isso aconteceu em nome do dialogo institucional e preservar o bem maior que é a democracia. A vontade da grande maioria dos brasileiros em prol da decência, prevalecendo honestidade, moral, ética e decoro, nada atendido. Na arena do senado, acontecerão inúmeras partidas com goleadas pelo corporativismo, imperando o jogo sujo. Na verdade serão amistosos quando se sabe antecipadamente quem será o vencedor, os vitoriosos pela corrupção e falcatruas. Vale tudo até para aqueles 18 jogadores, digamos senadores que respondem a inquéritos e que estariam assim impendidos de jogar. Bola fora da presidente.      
  



   

terça-feira, 17 de outubro de 2017

São Francisco de Assis, Santo njo da Guarda e os animais

Dia 4 de outubro: data em que se homenageia São Francisco de Assis, personalidade santa ícone da religiosidade, admirada e respeitada, divindade de imensa devoção popular, padroeiro dos animais, da ecologia e meio ambiente, o santo dos pobres. São Francisco nasceu na Itália, na cidade de Assis no século 12. Jovem, festeiro e irrequieto, de família abastada, filho de um comerciante, de vida mundana gostava de festas, rico esbanjava dinheiro com ostentações, elegante trajava sempre roupas de acordo com a moda mais requintada da época. Os negócios de seu pai não lhe interessada Apesar de todo o conforto a sua disposição havia muita doçura e simplicidade em sua pessoa. Alistou-se no exercito, foi para a guerra entre as cidades de Perugia e Assis. Ficou doente. Em determina ocasião teve um sonho e ouviu uma voz do sobrenatural. A partir daí, humilde, resignado e corajoso, renunciou a rica vida, o orgulho e vaidade tornaram-se passado e então optou e dedicou-se à vida religiosa a serviço de doentes e pobres. São Francisco de Assis fundou a Ordem dos frades Franciscanos. Faleceu em 1228, dois anos após foi canonizado.
                                                *** ***
Minha mulher é devota de São Francisco de Assis. Tem 46 imagens de diversos lugares (inclusive do exterior) e tamanhos, desde uma, resguardada em pequena embalagem e tem em seu interior minúscula figura do santo, montada em um palito de fósforo, até uma imagem de 50 centímetros. Além de devota trata-se de uma colecionadora
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Uma das mais bonitas e fervorosas orações da igreja católica é aquela dedicada a São Francisco de Assis (oração da paz), que reza em seu trecho final.
“Ó mestre, fazei que eu procure mais consolar, do que ser consolado, compreender mais, do que ser compreendido, amar mais do que ser amado, pois é dando que se recebe”.
Políticos hereges, politicagem de fariseus, usam santificada reza para explicar seus conluios, a cumplicidade em suas tramas, conjurações de interesses próprios de fim comum.
                                                      *** ***
Ainda 4 de outubro: dia dos Animais. A data representa o carinho e respeito que se tem com os animais, desde os domesticados até os selvagens, dos possantes elefantes aos frágeis passarinhos. Coincide com a comemoração do dia de São Francisco de Assis, santo protetor dos animais e que se referia aos bichos como irmãos, uma relação de muito carinho. Não à toa que São Francisco entre muitas imagens tem algumas representadas com pássaros em suas mãos.
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Dia  2 de outubro: dia de festejar o Santo Anjo da Guarda. O cristão católico apostólico romano em aulas de catecismo aprendeu e decorou:
“Santo Anjo da Guarda/ meu zeloso guardador/ pois a time confiou a piedade divina/ hoje e sempre/ me governa, rege, guarda e ilumina.Amém  
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Coincidência ou arranjado, ajuda do santo? O prêmio da mega-sena, quarta-feira dia 4, valor de 54 milhões de reais, saiu para um sortudo ou devoto da cidade de Assis (SP).



terça-feira, 3 de outubro de 2017

Temer: onisciente, onipresente, onipotente

Por pressão do Congresso e da população, Collor escapou do impeachment renunciando ao seu mandato em razão de uma Fiat Elba.
Dilma tendo como causa as pedaladas fiscais foi defenestrada do poder.

Temer, cercado por corrupção por todos os lados, se mantém impassível, incólume, intocável, soberano onisciente, onipresente e onipotente. 

Quadrilhão: PSDB, PMDB e PT

O STF determinou o afastamento de Aécio Neves - aquele que recebeu dois milhões de Joesley - como senador da República e o seu “recolhimento noturno”. Senadores não gostaram. Afirmaram ser uma intervenção, no mínimo uma intromissão do poder judiciário com o legislativo. Todos unidos pelo corporativismo: o PSDB de Aécio, o PMDB de Jucá e Renan. A tendência de privilegiar e defender interesses comuns possibilita uma união esdrúxula, mas muito conveniente: senadores do PT estão juntos com os demais companheiros.

"Enquanto tem bambum, tem flecha" ou "enquanto houver bambum lá vai flecha"... Escolha!!!

Lembrei-me. O adágio, o ditado popular, enfim uma invencionice que ouvi pela primeira vez e em outras diversas vezes era assim: “enquanto tem bambu, tem flecha”. Escutava nas transmissões esportivas do narrador Everaldo Marques da ESPN. Em determinado momento, em algumas transmissões do basquete ou futebol americano, o locutor sempre animava aquele time que estava perdendo, lhe dava esperança, de forma entusiasmada e surreal para fazer mais cestas ou mais pontos com o bordão mencionado. O sucesso foi tanto que foram lançados produtos (xícaras e camisetas): “enquanto tem bambu, tem flecha”.
Tratava-se de amenidades, frase de uma pessoa extrovertida, divertida.
“Enquanto houver bambu, lá vai flecha” é uma locução análoga aquela do Everaldo, pronunciada por um sujeito introvertido, sério: o procurador Janot, distribuidor de flechadas mais sérias e reais, objetivando mirar e acertar a imoralidade política, atingir como alvo “larápios egoístas e escroques ousados” que ocupam cargos vistosos e importantes na vida púbica, como também o “quadrilhão” do PMDB, segundo relatório da Polícia Federal: enquanto houver bambu, lá vai flecha. O procurador Janot usou de uma palavra pouco usual na área criminal, na marginalidade: escroque. Assim era conhecido o maior gangster americano: Al Capone.
Janot lançou suas últimas flechas e recolheu-se, passou a ser um anônimo servidor público. Conseguiu flechar duas vezes o presidente Michel. Flechou um time inteiro de “raposões” assim formado: Michel, Joesley, Saud, Padilha e Moreira; Cunha, Alves e Geddel, Loures, Jucá e Raup. Reserva de luxo: Sarney. Aliás o time do capitão Michel foi derrotado duas vezes no tribunal por goleadas: 9x0 e 10X1
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Janot retirou-se do cenário judicial sendo criticado e até ofendido como desqualificado, incompetente, arrogante. Epítetos que partiram de Gilmar do STF, de Michel do PMDB, do Aécio do PSDB, Lula do PT, da direita conservadora reacionária, pois Janot enquadrando políticos mexeu com parte dela, todos pertencentes a camarilha da corrupção, asseclas irmanados no mal comum da ladroagem. Todos se sentiram perseguidos, protagonistas na teoria da conspiração, unidos contra o paladino da lei, paradigma da honestidade, da decência e moralidade. Janot afasta-se com o dever cumprido, elogiado e com reconhecimento da população brasileira.

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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Ano de 1981: Lula é preso, Lady casa, Papa sofre atentado, Gremio e Flamengo campeões

1981: os principais acontecimentos
A cada anofatos importantes acontecem, ficam marcados para a posteridade como o ano 1981, ano do número 1do “O Farroupilha”. Concomitantemente os principais acontecimentos naquele ano, mês a mês
JANEIRO
- Ronald Reagan é empossado como o 40º presidente dos Estados Unidos
Fevereiro
- Lula é preso e condenado a 3 anos de prisão pela Justiça Militar por incitar o movimento grevista.
Março
- O presidente Ronald Reagan dos EE.UU sofre atentado no Texas
Abril
- Duas bombas explodem no Riocentro (RJ) durante um show comemorativo ao Dia do Trabalhador matando um sargento e ferindo um capitão do exército

Maio
- O papa João Paulo II sofre um atentado na praça de São Pedro

- Morre o compositor jamaicano Bob Marley
- Grêmio pela primeira vez sagra-se campeão brasileiro ao derrotar o São Paulo no Morumbi por 1x0 gol de Baltazar


Junho
- O casamento do século assim foi marcado pelo enlace do Príncipe Charles e a aristocrata Diana Spencer que virou Lady Di

- Morre o comediante Mazzaropi
Julho
- Pelé recebe o título de Atleta do Século eleito pelo jornal francês L´Equipe
Agosto
- Surgia o canal de televisão SBT do empresário e apresentador Silvio Santos. A cerimonia da assinatura de concessão foi transmitida ao vivo

- A IBM lança o primeiro computador portátil
- Morre o cineasta Glauber Rocha do filme Terra em Transe
- Promulgada a lei que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente
- Iniciadas as filmagens do famoso filme de Steven Spielberg ET Terrestre
- Primeira transmissão da Musical Television Vídeo (MTV), canal norte-americano de música
- Lançado pela IBM o primeiro computador portátil (PC)


Setembro
- É inaugurado em Brasília o memorial JK em homenagem ao fundador da cidade, presidente Juscelino Kubitschek
- Em Goiânia acontece com o Césio 137, o maior acidente radiológico no mundo, contaminando centenas de pessoas
- Nasce a estrela pop Beyoncê

- No Pará, Rio Amazonas, o barco Sobral Santos II com 500 passageiros afunda. Morrem 300
Outubro
- Anwar Sadat, presidente do Egito é assassinado por extremistas islâmicos no Cairo
- Nos EE.UU. nasce o primeiro bebê de proveta
- Nelson Piquet sagra-se campeão mundial da Formula 1 em Las Vegas
Novembro
 - Na Mauritanea foi abolida a escravatura, último país a fazê-la
- Morre Claudio Coutinho, ex-treinador da seleção brasileira e do Flamengo
- Termina novela Os Imigrantes, que tratou da saga dos imigrantes italianos. O maior e único sucesso de teledramaturgia da Rede Bandeirantes
- Xerox Corporation produz o computador portátil Star com mouse, janelas e atalhos.
- O Flamengo em Montevideo ao vencer o Cobreloa do Chile por 2x0 sagra-se campeão da Copa Libertadores da América

- Na Mauritanea foi a abolida a escravatura, último país a fazê-la
-Dezembro
- O Flamengo em Tokio, sagra-se campeão pela primeira vez da Copa Intercontinental ou Mundial Interclubes ao vencer o Liverpool da Inglaterra por 3x0

- O território de Rondônia passa a ser o 23º estado da federação brasileira
- Declarado pela ONU o “Ano Internacional das Pessoas com Deficiência”
- Nos EE.UU, realizado pelo dr. Bruce Reitz, primeiro transplante de coração e pulmão de forma conjunta.

- Reconhecida nos EE.UU a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) 

domingo, 24 de setembro de 2017

Deputado Fanton: criador do horário politico gratuito em radio e televisão

No dia 12 de setembro a lembrança da morte de Lidovino Antônio Fanton, o político mais importante de Farroupilha, figura carismática de profundo conhecimento legislativo, que alcançou respeito e reconhecimento não só entre os farroupilhenses, mas no âmbito estadual e nacional.

O farroupilhense
Filho de imigrantes italianos, nascido em 1920, no interior de Farroupilha, em Linha São Luiz, Lidovino Antônio Fanton foi estudar em Porto Alegre na UFRGS, onde se formou em Direito e nessa condição ingressou no Ministério Público, mais tarde na carreira política. Ligado na vida comunitária farroupilhense, afora da política, tentou ser um investidor, quando em sociedade com Dr. Jayme Rossler, Avelino Varisco e outros, criou o primeiro loteamento particular em Farroupilha, hoje bairro Planalto. Mas seus anseios, seus ideais estavam decididos pela vida política e pública e por ela ascendeu a cargos como importante legislador.

Carreira política
O início da carreira política de Fanton ocorreu na juventude quando foi eleito presidente municipal do diretório farroupilhense do PTB. Em 1958, na primeira eleição de que participou ficou na suplência à Assembléia Legislativa. Nas legislaturas de 1963/67, 1967/71 e 1971/75 eleito como deputado estadual. Na assembléia estadual, pelo seu saber legislativo participou de diversas e importantes comissões o que lhe deu condição de eleger-se deputado federal nas eleições dos anos de 1974 e 1978.
A ditadura militar por ato institucional extinguiu os partidos políticos. Tempos depois os militares criaram o bipartidarismo (ARENA E MDB). Nessa condição os trabalhistas do PTB ingressaram no MDB. A abertura política decreta o fim do bipartidarismo e por essa razão, Leonel Brizola, com líderes trabalhistas, entre eles Fanton, fundou o PTB, do qual Fanton se tornou secretário geral.

O saber
Pelo seu saber jurídico e administrativo, Leonel Brizola, governador do estado na época, nomeou Fanton como Diretor Geral de Departamentos das Prefeituras Municipais. Foi nessa função que Fanton  incentivou, assessorou e assumiu a bandeira municipalista com a emancipação e criação de diversos municípios como Feliz, Portão, Nova Bassano, Parai, Nova Araça, entre outros.
Ainda mais. Em 1977  descobriu que a legislação eleitoral dava aos partidos o direito de utilizar gratuitamente uma hora por ano em rede nacional de rádio e televisão. Sugeriu então aos dirigentes políticos que utilizassem este recurso legal o que ocorreu a partir de junho daquele ano, direito adquirido até os dias de hoje.
Homenagens
A marcante trajetória política de Fanton no estado propicia que sua memória continue viva, que as lembranças se mantenham, através de designações com o seu nome em escolas e logradouros públicos.
Em Farroupilha o plenário da Câmara de Vereadores é denominado Casa Legislativa Dr. Lidovino Antônio Fanton. Escolas municipais levam seu nome: uma no bairro Sarandi em Porto Alegre, outra no bairro
Caturita em Santa Maria. Há ruas homenageando-o no bairro Serraria em Porto Alegre, nas cidades de Lajeado, Esteio e Sapucaia do Sul e uma praça na Feliz. Justas, merecidas e devidas homenagens ao farroupilhense Lidovino Antônio Fanton.
  


    








sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Os Dias Eram Assim... ou não eram !!!

A Rede Globo, nos anos 80, lançou em sua programação, exibida por volta das 23 horas, as minisséries, programas com roteiros ficcionais, mas que abordavam a realidade, o cotidiano dos diversos segmentos da sociedade, o prazer com as fases felizes, os lamentos com os infortúnios, regozijo com a alegria, a lastima com a tristeza. Na época as minisséries tinham como tempo de exibição um mês, no máximo 20 episódios. Contemporaneamente as minisséries passaram a ser séries com a duração de meses, com dezenas de capítulos e assim transformaram-se em “novelão das 11”.
Com a série “Os dias eram assim” imaginava-se um roteiro histórico, relembranças do período da ditadura militar, a possibilidade de reviver os infortunados anos de chumbo, como ficou sendo conhecida aquela época.
A série retratou superficialmente aquele passado. Em seu introdutório se mostrava abranger substancialmente o autoritarismo do regime militar. Não foi bem assim. Foi exibido um dramalhão com a duração de cinco meses em 84 capítulos com excessos de tragédias, exageros nas tensões emocionais, longos e desnecessários relacionamentos frustrados, traições amorosas sem contexto, personagens dispensáveis. O roteiro se aproxima de romances, senão impossíveis, incompreensíveis. Todo esse conteúdo dramatúrgico de qualidade discutível se entende como um melodrama. Diversas tramas paralelas sem sentido e assim não empolgaram. Na verdade nem todo enredo foi desprezível. Há sim referências quanto a ditadura militar. Aparecem cenas de tortura, assassinatos em nome da ordem pública, ultraje aos direitos do cidadão, afronta ao estado democrático. Todo esse pavor consumou-se, foi facilitado pela união dos militares com empresários. Na série o execrável fato é mostrado com o empresário de nome Arnaldo, espécime golpista comungado com a ditadura militar. É ficção, mas não longe da realidade. Empresários paulistas junto com militares formaram uma força de repressão que ficou conhecida como Operação Bandeirantes cometendo toda espécie de arbitrariedades e violações. Dela fazia parte, entre outros, o famigerado delegado Fleury (Doi-Codi) que no folhetim da Globo se faz presente como o odioso delegado Amaral.
“Os dias eram assim” começa seu roteiro nos anos 70 com a ditadura militar. Chega a década de 80 e com ela o começo da devastadora epidemia da AIDS, que contaminou e matou milhões de pessoas mundo afora. A moléstia especialmente fez do amor e do sexo um prazer perigoso. Na série esse assunto é mencionado. A protagonista do episodio tem o nome de Nanda. Uma aidética. Sua interpretação proporciona cenas pungentes. Tratava-se de uma doença quase sempre fatal que consumia seus pacientes de forma lenta e sofrida. A jovem Nanda não escapa desse périplo maligno. Em fase terminal vê dissipar-se seu futuro, desvanecer sua vida. Para Nanda seus dias foram assim, desesperadamente sofridos.   
                                                  *** ***
Discutível o roteiro da série, o desenrolar da trama. O que se impõe, indiscutível, é a qualidade da trilha sonora. São quase 30 belíssimas composições musicais, destacando-se sucessos de Chico Buarque, Gilberto Gil, Secos e Molhados, Raul Seixas, entre outros.









Farroupilhenses: 28.995 habitantes (1981)

O IBGE divulgou o censo realizado no ano de 1980. Assim em 1981,  Farroupilha tinha 28.995 habitantes.
A partir de 1940 o IBGE passou a usar uma metadologia mais eficiente para realização dos censos e que passou a ser oficializada que informa os números da população brasileira. Assim, desde os anos 40, a cada 10 anos, podemos conferir o aumento populacional do Brasil e especialmente de Farroupilha.
(N.R.) A partir de 2014 são estimativas fornecidas pelo IBGE
( Por favor fazer um boxe)
Anos                    População             Aumento %
1940                       12.511                     - - -
1950                       12.823                     2,49%
1960                       16.106                    25,60%
1970                       19.318                    16,63%
1980                       28.995                     50,09%
1990                       43.910                     51,43%
2000                        55.308                    25,96%
2010                        63.635                     15.06%
2014                        68.368                       7,47%
2015                         68.562                       0,28%
2016                          69.066                     0,73%
2017                          69.542                     0,69%
Em 1940 o censo informou que em Farroupilha havia 12.511 farroupilhenses. Em 2017, 69.542 farroupilhenses, significando um aumento de 57.031 habitantes, 455,84%.
Pelas estimativas e de acordo com o censo do 2020 a população farroupilhense poderá oscilar entre 70.500 habitantes e 71.000.
(Fonte: Dados Gerais do Munícipio)


Farroupilha: ano de 1981

1981 em Farroupilha
A história farroupilhense está devidamente registrada no “O Farroupilha”, a partir de sua primeira edição, no mês de setembro. Os principais acontecimentos ocorridos a partir daquela época
Setembro
- Primeira edição, o número1 do jornal “O Farroupilha”
- Acidente com ônibus da empresa Ozelame da linha Antônio Prado/Farroupilha/Caxias do sul. Proveniente de Antônio Prado, entre Nova Roma do Sul e Farroupilha o coletivo  caiu num precipício perto do capitel São Cristovão. Morreram 5 passageiros e 43 feridos
Outubro
- CNEC liquida sua divida com a Caixa Econômica Federal concernente ao seu empréstimo para financiar a compra do Colégio São Tiago
- Rádio Miriam escolhe e entrega o Troféu Distinção.
- O Corpo de Bombeiros comemora 25 anos em Farroupilha
- Cooperativa São João de Vila Jansen comemora 50 anos de fundação
- Inauguração do templo da Igreja Evangélica Assembléia de Deus
- Uma comitiva de parlamentares italianos (2 senadores, 3 deputados), estiveram visitando a cidade
Novembro
- A Rádio Miriam comemora 25 anos de serviços
Dezembro
- Iniciam-se os festejos da VII Semana de Farroupilha em comemoração aos 47 anos de emancipação do município
- Estréia o Coral Municipal
- Inaugurada a agência da poupança Habitasul



A turma pé de chinelo e do colarinho branco: diferenças

A turma do crime de colarinho branco anda por aí, pessoas de alta posição, de conceito supostamente ilibado, gente de enganosa respeitabilidade, políticos. Carregam de um lado para outro pixuleco em mochilas, propina em malas. Dinheirama achacada do erário, extorquido do contribuinte, pagador de impostos. Dinheiro sério e limpo, transformado em sujeira, imundície, emporcalhado pela corrupção. Lógico que essa ladroagem não é praticada por nenhum pé de chinelo. Nem pensar, não tem condição para roubar em alto nível. Não são da classe política. Cenas profundamente desagradáveis são mostradas na televisão. Sujeitos enfiando dinheiro em malas, bolsas e mochilas. Envolvida mulher prefeita, homens com cargos políticos. Entre eles, um trapalhão que tenta enfiar a grana nos bolsos. São pequenos, insiste, o dinheiro não cabe e se esparrama pelo chão. Ridículo, momento de escárnio, de zombaria, de achincalhe. Bandalheira total. O que chama a atenção é que a bandidagem, diríamos, a turma do pé de chinelo, nem desconfiou de tanta gente carregando dinheiro ilícito de lá para cá e vice e versa. Poderiam assaltar com facilidade um por vez ou todos juntos. Pé de chinelo não tem gabarito para ser bandido de colarinho branco.  
O sujeito sai apressadinho de uma pizzaria com uma mala na mão. Coloca no porta-malas de um taxi e se manda. Não é uma mala qualquer de viagem. É um objeto de couro com 500 mil reais. Mais uma vez pela televisão, em horário nobre se assiste cenas de falta de pudor, constrangimento em ver a ação indecorosa. Um deboche ao cidadão. Mais safadeza. A bandidagem, pé de chinelo mais uma vez perde outra oportunidade de um assalto facilitado pela transação ilegal.  Ninguém iria reagir. São todos ladrões. Sem remorsos. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
 Mais cenas desaforadas, patifaria. Um apartamento com caixas e malas abarrotadas de dinheiro, negócio de mais de 50 milhões. Cenário surreal de uma comédia pastelão, chanchada pitoresca do mau gosto. Dinheiro fácil, isolado entre quatro paredes. Detalhe: a bandidagem mais uma vez nada descobriu, passa por otária. Ao invés de gastar dinamite em explodir caixas eletrônicos, com um simples arrombamento de uma porta teria uma fortuna.
                                             *** *** ***
Humor numa hora dessa:
- A Polícia Federal vai até a residência de Geddel e informa que foi encontrada uma quantia em dinheiro. Geddel emocionado, abobalhado, chorando, agradece a PF. Ele não sabia onde tinha guardado o dinheiro.
- Enganaram o Geddel. Alarme falso. Alguém gritou para ele que aquele famigerado apartamento estava pegando fogo, tudo destruído. Geddel, alucinado chorando: “Perdi minhas economias”.  
- O procurador Janot bebe uma cerveja com advogado de Joesley num bar qualquer. Puro merchandising. Foto mostra engradados de cervejas das marcas Brahma e Heineken
- Joesley e Ricardo conversam bebericando aquele whisky importado. As vozes são pastosas, denotando o consumo da bebida. Os diálogos, nada republicanos, são arrastados, quase incompreensíveis. O trago proporcionou a distração. Um gravador estava ligado. Aconteceu. Foi parar na PGR. Bebuns idiotas




terça-feira, 12 de setembro de 2017

Papagaio de pirata, mensalão e petrolão

“Papagaio de pirata” é uma figura baseada em desenhos animados de contos infantis onde aparecem diversos piratas. Para distinguir o pirata chefe entre tantos, ele carrega sobre os ombros um papagaio. No jornalismo há um jargão conhecido também como “papagaio de pirata”. É aquele sujeito que busca a melhor localização atrás de pessoas entrevistadas com o intuito de aparecer junto.  Tem dois deputados gaúchos (Pereira e Perondi –PMDB-) que são useiros e vezeiros, contumazes “papagaios de pirata” junto ao chefe Michel, onde surgem com ares irônicos, misturados com a arrogância, transfigurados em poderosos. Não sei se é negócio para os dois puxa-sacos serem “papagaios de piratas” de alguém que tem reprovação pública de quase 100%.
                                                 ***   ***
Da corrupção: o “mensalão” tinha como principais protagonistas os corruptos políticos do PT.  No “petrolão” se destaca como protagonistas os corruptos políticos do PP. Salienta-se que nos dois processos de corrupção, da deterioração política, se faz necessário mencionar a presença como coadjuvantes dos corruptos políticos do PMDB.     

                                        

Temer e puxa-sacos

Michel levou à China de carona uma turma de bajuladores, baba-ovos, a camarilha de oportunistas deputados que em escusas situações, em reuniões estabelecem conluios, em recônditos gabinetes tramam normalmente ilícitos para defender, para eles, o onipotente e onipresente chefe Michel, que benévolo oferece a todos desejadas emendas parlamentares e cargos comissionados e viagem a China

Temer e as gafes

 Ainda a viagem à China.

Assessores de Michel recomendaram que ele evitasse gafes assim como ocorreu no Paraguai trocando-o por Portugal; na Dinamarca saudou o rei local como se fosse da Suécia; na Rússia mencionou empresários russos como soviéticos. Michel entendeu, mas não muito. Disse para o assessor: “Na China vou aproveitar e saborear sushi e yakissoba”.