terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Flamengo Flamengo Flamengo

Rio de Janeiro, capital do Brasil, Distrito Federal. O Palácio Monroe era o Senado Federal, imponente prédio, limítrofe com a avenida Rio Branco, perto da Cinelândia, Foi demolido. Não há nenhum vestígio de toda aquela magnificência do poder. A Cinelândia era lado cultural da região, com seus cinemas e teatros. Havia o lado boêmio como o bar Amarelinho (assim chamado pela cor), onde figuras proeminentes da época, celebridades e famosos se encontravam. Um dos símbolos da era de ouro da Cinelândia era o Hotel Serrador, monumental e luxuoso, com seus 23 andares, considerado na época o maior da América Latina, hoje tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). O tombamento inclui tudo, desde a cobertura até gradis e escadarias. Hoje, o edifício está vazio. Seu último inquilino foi o empresário Eike Batista. Os negócios de Eike ocuparam o prédio durante dois anos. Dizem mais. O hotel era conhecido de outra maneira: políticos de outros estados ali se hospedavam, com a oportunidade para programas   extraconjugais.
Seguimos para a zonal sul, até o bairro Flamengo. Antes bairro Glória, onde se encontra o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra, popularmente conhecido como Monumento aos Pracinhas. Perto dali, logradouro majestoso, Praça Paris. Ainda encontra-se a igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Também na região o internacional Hotel Glória, hoje desabitado.
Adiante o Parque (aterro) Flamengo, o maior do mundo.
O bairro Flamengo, tem nome de origem dos Países Baixos. Um aventureiro neerlandês tentou invadir o Rio pela praia. Os Países Baixos historicamente são conhecidos como flamengo. Depois dessa dissertação histórica vamos ao assunto propriamente.
Surgiu então o Clube Regatas Flamengo, que nada tem a ver com o bairro, destinado tão somente a prática do remo, mais tarde surgiu o futebol.
O Flamengo é um excepcional time de futebol, sem dúvida o melhor em todos os tempos. Campeão no Brasil, campeão da Libertadores da América, e vai em busca do título mundial de clubes diante do Liverpool. Melhor do Brasil, na América do Sul, quiçá campeão do mundo. Ainda mais. Conseguiu a proeza de ser campeão numa competição (Libertadores da América) e 24 horas depois, o campeonato brasileiro.
O único time a obter essa façanha foi em 1963, Santos F.C
Somente com a conquista da Libertadores ganhou 85 milhões de reais. Local de treinamento e alojamento do clube denomina-se Ninho do Urubu. Urubu, que poderia ser uma ofensa ao Flamengo, passou a ser mascote. O Flamengo era chamado com epiteto de urubu, por ser a maioria dos torcedores formada por negros, O preconceito racista não abalou seus torcedores. Num jogo Flamengo X Botafogo certo torcedor levou um urubu para o Maracanã. Soltou ao ar e pousou no gramado. Flamengo venceu por 2x1, dizem que a causa da vitória foi o urubu. A imensa torcida rubro-negra merece depois de 38 anos as conquistas. Além da imensa torcida ela aumentou por gremistas e colorados, afinal mais uma vaga na Libertadores.
Uma vez Flamengo sempre Flamengo, campeão de terra e 

CRIME HEDIONDO


Faz tempo. Tempo em que algumas pessoas deslocavam-se de Caxias do Sul para Farroupilha e vice-versa, pessoas que aqui trabalhavam na indústria ou comércio, ou como professor, sempre utilizando ônibus da empresa Ozelame, realizando aquele percurso usual. Entre tantos horários havia um, especificamente, 18hs 20min..Pela assiduidade daquele horário um grupo foi formado, aproximadamente entre seis passageiros... eu junto.  Percorrendo o itinerário habitual, em torno de 40 minutos, tempo suficiente para se fazer amizade, jogar conversa fora, contar fatos corriqueiros decorridos durante o dia, principalmente aqueles espirituosos, engraçados. Assim o tempo passava rápido, num trajeto enfadonho, coletivo lotado, sem conforto e ainda a apoquentar o aborrecido pinga-pinga. Nas sextas-feiras o ambiente era bem mais animado, a turma se esbaldava na euforia, afinal, sábado e domingo em casa. Hoje em dia se diria “sextou”. Vida que segue, a fila que anda, não se sabe para onde, talvez para um lugar incerto e desconhecido. Na segunda-feira tivemos conhecimento de um trágico desfecho da vida. Entre aquela turma conheci Ivana – jamais esqueci seu nome pelo trágico destino – moça simples, de fácil relacionamento, comunicativa, com tendência instintiva pela empatia, a inclinação plena para o sorriso, a felicidade aberta em claros olhos, a vontade intensa de viver, certamente com uma infinidade de propósitos, projetos, esperança de um auspicioso futuro. Não chegou ao futuro, o presente terminou, tudo ficou num horrendo passado. As aspirações de Ivana abruptamente foram encerradas, o palco de sua vida desmanchou-se, encerrou-se, as cortinas fecharam-se, decididamente tudo acabado. A peça do teatro de sua vida acabou típica das tragédias gregas, forma trágica, horripilante, dantesca, uma vida horrivelmente findada. Ivana assassinada, seviciada, estuprada, truculência escancarada. Não merecia aquela atrocidade, ninguém. Foi um ato animalesco, protagonizado pela irracionalidade, por um, ou mais psicopatas, tresloucados, ato de aterradora bestialidade. Quem conviveu com Ivana, até desconhecidos, fica entorpecido num sentimento de revolta, de repulsa.  
Vítima de cruel crime, o corpo de Ivana foi literalmente dilacerado, há quem afirme algo nunca visto como registro de necropsia no (IML). Um cadáver despedaçado, trucidado, um corpo inerte mutilado por furiosa raiva. A vida de Ivana não seguiu, ficou parada, foi para um lugar certo, mas ainda desconhecido. Pela decomposição do corpo, pelas machucaduras no rosto, o velório foi em esquife fechado. Melhor assim ao invés de dilacerante momento com o ataúde aberto. O último instante, a derradeira despedida foi negada aos parentes e amigos. Na lembrança fica somente o profundo olhar num rosto jovial, vivaz, de beleza para a vida que a esperava. Morte cruel chegou antes. Violenta abjeção, uma monstruosidade praticada por um alguém ou, por outros alguéns. Vida interrompida, vítima da crueldade, o desenlace inesperado e precoce, a breve interrupção definitiva da vida. Ivana, vida que se foi, que causou dor cruente para todos nós.
Continuamos a usar o ônibus das 18hs 20 min. Sem mais aquela alegria, a afetuosidade inerente. O coletivo parecia andar mais devagar. Ao invés de 40 minutos, o trajeto parecia ser de 60. Não chegava nunca. Não mais importava o desconforto, muito menos o incessante pinga-pinga. Ambiente de melancolia. Faltava alguém naquele ônibus, faltava Ivana.


sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Lula livre constitucionalmente


Sim, com todo respeito, divergindo da maioria das pessoas, tenho argumentação consistente diante da prisão ou não, do réu em segunda instância, opinião avalizada pela razão e não com emoção, sem polarização do extremismo ideológico. Expresso opinião, exponho a maneira de pensar, ditado e inspirado, numa interpretação legitimada constitucionalmente.
Aprovada e promulgada pela Assembleia Nacional Constituinte a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, definindo leis, marco aos direitos dos cidadãos brasileiros, garantindo liberdade civil e os deveres do Estado, mandamentos e preceitos do estado de direito, dogma da democracia.
A Constituição de 1988 ficou conhecida como Constituição Cidadã, por ter sido constituída no processo de redemocratização, após o término da ditadura militar.
Naquele ano presidente da Assembleia Constituinte, deputado Ulysses Guimarães, altaneiro, na tribuna do plenário, soberanamente empunhando com as duas mãos, tal e qual um troféu conquistado, mostra para todos brasileiros, o manual verde e amarelo, os dispositivos do pleno direito democrático.
Coube ao dr. Ulysses o discurso de encerramento. Enfático e emblemático, ele disse: “A Constituição certamente não é perfeita. Quanto a discordar, sim. Descumprir jamais. Afrontá-la nunca”.
Não é perfeita mesmo. A Constituição, expressamente no artigo 5º, inciso LVII, diz: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Desta forma o condenado em segunda instância, com a clareza da lei, ficará em liberdade até esgotarem todos os recursos. A situação conflituosa ocorre desde o ano de 2009, ano em que o Supremo Tribunal Federal (STF) ratificou aquele entendimento do citado artigo, mantendo de forma irredutível o ordenamento jurídico. Em 2016 ocorre a investigação da Lava-Jato. Como envolvia figuras importantes, políticos e empresários, o STF para preservar o decorrer do processo, determinou que os julgados e condenados cumprissem a pena em segunda instância. Recentemente o STF compreendeu constitucionalmente que prisão em segunda instância não teria mais validade. O preso ficaria em liberdade somente depois de esgotados todos os recursos, trânsito em julgado. Enfim, depois de liminares e habeas corpus, em sessão da Corte ocorrida recentemente o STF decidiu: Seis ministros votaram com convicção, na forma da lei. Não mais prisão em segunda instância. Outros cinco buscaram argumentos, sem base constitucional, equivocados recursos, mais com o sentido de apelo humano. Cabe agora a modificação, o entendimento do artigo 5º com o seu inciso, ao Congresso Nacional, com uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Deputados, senadores decidirão finalmente o imbróglio.  É de bom alvitre informar que quase 180 parlamentares respondem a inquéritos no STF. Pergunta de quem não quer calar: algum desses sujeitos dará um tiro no pé, vai fazer gol contra? Prisão em segunda instância jamais. Toda essa controvérsia envolve Lula. Sem ele não haveria tanta quizumba. Favorável à prisão em segunda instância os conservadores da direita, bolsonaristas decepcionados: Lula preso.
Do outro lado a presunção de inocência, a esquerda progressista, eufóricos lulistas. Lula livre.  
Vale o que está escrito constitucionalmente, sem qualquer resquício de dúvida. Data vênia, paixão e emoção... Razão: Lex Dura Lex.

Ricos e desempregados


Enorme é o lugar, extraordinariamente imenso, de tal forma que de qualquer ponto, lado a lado, de cima para baixo ou vice-versa, parece algo infinito. Ás vezes encontra-se vazio, parecendo abandonado o descomunal espaço, melancólico e assustador. Nessas ocasiões observa-se a linda ornamentação natural de plantas e flores. Constata-se assim uma exuberância ingênita em todos os detalhes. Em sua construção o prédio tem esmero trabalho. Sua construção e toda a estrutura é sustentada por madeiramento, inconfundível e resistente de cor avermelhada, pau-Brasil. O mistério é saber como foi conseguido.
Afinal que lugar é esse narrado em prosa e verso, de suntuosas visões palacianas, paradigma do paraíso. A aparência de um grandioso salão de festas, luxuosa boate, sofisticada danceteria.Ao contrário da imensidão solitária de alguns momentos, em algumas ocasiões o espaço está lotado, fervilhando de gente: privilegiados do poder, milionários, magnatas, a elite, estratificação social de uma casta superior, são assíduos frequentadores. Comenta-se que cenas escabrosas por lá acontecem. Bebem, dançam ao som estridulante, elevados decibéis. Enquanto isso a poluente sonoridade serve para que em cantos escusos, homens suspeitos, estereótipos da imoralidade, realizem negociatas, especulem, se corrompam. Nesse ambiente de luxuria não faltam mulheres exuberantes, aproveitando o êxtase, arrebatadas pelo enlevo amoral.
Tem um outro lado, o do lado de fora, dos miseráveis famélicos, da miséria, da mendicância, da indigência em busca de emprego defronte àquele maravilhoso mundo burguês. Em noitadas de festa acontecem confusões, a ordem não é mantida, falta um mínimo de zelo na organização. O pessoal empregado, gerentes, garçons serviçais auxiliares, mostram-se incompetentes, desleixados. Pândega situação, perrengue sempre, isso tudo por causa de desentendimentos generalizados entre frequentadores. Há necessidade de colocar a casa em ordem, precisa de mudanças.  Ouvem-se murmúrios de que vagas de emprego vão surgir. A radicalização é primordial, troca de gerência, do grupo de empregados. Ocorre a inconformidade daqueles despedidos, perderam seus empregos. Outros ali, desempregados, buscam a oportunidade do emprego.  Muita gente interessada, cabendo, primeiramente, o preenchimento da vaga de gerente, depois das demais vagas. Primeiro entrevistado foi um sujeito que falava demais, voltou para casa calado. Outro candidato de nome esquisito, com mais consoantes do que vogais, parecendo ser estrangeiro, educado, aparência de um pastor evangélico, falando compassadamente. Moralista, certamente não iria dar certo naquele ambiente contrário a sua religiosidade. Um senhor idoso, respeitado, reverenciado, experiente, de passado ilibado, tinha todos atributos de um gerente, mas de idade avançada. Apareceu até uma senhora, dispensada pois o local era inadequado para trabalho feminino. Pessoas que se apresentaram indecisas, inseguras, demonstraram falta de aptidão. Um afrodescendente forte, com aquele porte tamanho de um
armário, foi informado que a escolha de segurança seria outro dia. Repentinamente o local ficou tumultuado. Um indivíduo tresloucado, no mínimo desesperado, gritou, berrou, incomodando muita gente intolerante, revoltada. Baderna assumida, patuscada coletiva. Confusão, brigas, polícia em ação. Pimenta nos olhos, cheiro de gás lacrimogênio. Muitos voltaram para casa, lamentavelmente ainda na condição de desempregado, alguns com hematomas, outros com os olhos vermelhos e ardentes.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Calendário Colorido


A quem interessar possa...
 Cada mês do ano, para chamar a atenção, conscientizar a população, incentivar a prevenção, com referência a graves doenças é realizada determinada campanha que faz a relação, doença, cor e mês, o chamado calendário colorido da saúde. Não existe calendário oficial sobre a cor de cada mês. Cabe às associações médicas determinarem a cor para cada mês como chamamento à prevenção. A disseminação das campanhas, a cada mês, para obter pleno sucesso, depende do engajamento da mídia na divulgação. Faz valer, nesse tipo de propagação, que a cor escolhida – relacionada a cada doença - seja gravada na mente das pessoas, todas aquelas associadas à sua causa. Prevenir é agir com um conjunto de ações para evitar a incidência da patologia.
O colorido calendário:
- Janeiro: a cor é branca, desperta atenção sobre a saúde mental. A cruzada tem por objetivo cuidar da saúde do corpo. Significativo e fundamental é cuidar também da mente, procurando assim o equilíbrio entre corpo e mente.
- Fevereiro: é roxo e também laranja. Roxo é a consciência sobre as doenças: lúpus, fibromialgia e mal de Alzheimer. Fevereiro laranja é a conscientização sobre a leucemia.
- Março: é o mês azul, mês de debate sobre a prevenção ao câncer colorretal.
- Abril: tem também duas cores. Verde corresponde a prevenção, conscientização, quanto a importância da segurança no trabalho. O abril azul para enaltecer o debate sobre o autismo.
- Maio: é amarelo, luta em defesa da cautela, da prudência, concernente a evitar os acidentes de trânsito. O maio, vermelho, objetiva prevenir a hepatite
- Junho: tem também o vermelho da cor do sangue, nada mais apropriado, é o mês da doação de sangue. Junho laranja é equivalente a anemia e a leucemia
- Julho: as hepatites virais e o câncer ósseo, tem ilação com a cor amarela
- Agosto: mês dourado com informações sobre o aleitamento materno
- Setembro: tem três cores para a qualificação: verde é a cor voltada à informação sobre a doação de órgãos. A outra cor do mês de setembro é o amarelo que tem como objetivo a prevenção ao suicídio. Finalmente a terceira cor de setembro é vermelha para conhecimento e tratamento das doenças cardiovasculares
Novembro: bastante conhecido, exclusivamente entre os homens em razão do câncer de próstata. A cor é azul. Novembro é também dourado, com referência a prevenção sobre o câncer infanto-juvenil.
Dezembro: o último mês do ano relaciona-se à duas cores: dezembro vermelho, prevenção contra AIDS. Dezembro laranja origina-se do combate ao câncer de pele. Enfim, mês de outubro. 10º mês do ano, do calendário gregoriano, com 31 dias, mês na religião católica dedicado a Virgem do Rosário e Anjos da Guarda. Na prevenção contra doenças, outubro tem a representação da cor rosa, mês e cor relacionados ao câncer de mama, doença na expectativa de cura de 90%, desde que se faça a prevenção precoce. Assim seja.





 

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Minha prima Vera

Sinceramente, em nome da verdade, não tenho nenhuma prima de nome Vera, trata-se de uma falsa notícia, informação errada, modernamente fake news.
Na verdade trata-se de um jogo de palavras, sem saber qual o intuito. Parece tratar-se de desaforada bobagem, bulhufas.
Deveras, com a ausência da mentira, desejo escrever sobre a estação do ano chamada primavera, que sucede o longo e tenebroso inverno. Ela chega com temperatura agradável, embora em algumas ocasiões sinta-se inesperado e causticante calor. Sem maiores críticas. Devemos enaltecer a mais bela estação do ano. O meu instinto humano quer conhecer o desconhecido, compilar novas informações àquelas já obtidas, a capacidade natural e nata de inquirir. São conceitos dos quais originou-se a curiosidade.
A curiosidade é saber a etimologia do nome primavera. Busco na enciclopédia Barsa a informação (na verdade foi na Wikipédia) e lá está: primavera, batizada como “primo vere” no latim, traduzindo “primeiro verão”. No embalo do conhecimento encontramos verão, que também origina-se do latim “veris” que pode ser traduzida como “bom tempo”. O inverno era chamado “tempus hibernus” ou seja no português “tempo de hibernar”. O outono no latim “tempus autumns”, significando “tempo do ocaso”, em nossa linguagem. Não tenho nenhuma pretensão de “influenciar” pessoas, muito menos aquelas que acham tratar-se de “cultura inútil”.
Dadas as informações adicionais, sim, todas verdadeiras, escrevo especificamente sobre a primavera, considerada a estação mais bonita do ano. A inclinação da Terra em relação ao Sol, proporciona tempo primaveril. Junto com ela o maravilhoso período de floração, o lindo efeito caleidoscópico, paisagens magnificas, o encanto do cantar dos pássaros, as árvores verdejantes depois de folhas depenadas pela rigidez do outono. Desfrutar a primavera, viver feliz a vida.
Sinto a primavera pertinho de mim. O terreno diversificado florido em varia tonalidades. O pé de Ipê esteve tão lindo com seu amarelo brilhante (na rua onde moro tem uma meia dúzia). A beleza durou 15 dias. Os dois pés de manacá, com suas cores branca e azul, já estão desbotados. Fortes, rígidas e floridas estão as três marias, de um encarnado vivo. As roseiras de cores variadas começam a desabrochar. Ainda há um canteiro com delicadas e cintilantes flores, na linda combinação de três cores. Significa amor romântico e duradouro, trata-se do amor-perfeito. Em outro canteiro pequenas plantas ornamentais. Em pequenos vasos estão variadas plantinhas denominadas suculentas. Pássaros diversos cantam. Não os conheço pelo canto. Inconfundível é o canto do sábia, com o conhecido estribilho, com som perfeitamente sinfônico.
Apreciei intensamente o poder da natureza. Num pé de primavera, o ninho foi formado por um casal de sabiá. Observei a distância o que iria acontecer. Dois filhotes, na tentativa de voar.  Um, iniciando o voo, não conseguiu, foi ao chão ficando inerte. O outro sobreviveu apesar da queda. O espírito humanitário fez quatro sabiás adultos socorrerem o filhote, ensinando-o a voar, conseguiram. Ainda, bem ao alto, observa-se um bando de andorinhas esvoaçando.
Ainda mais. O terreno permite formação de um canteiro para horta. Lá estão mudas das mais variadas hortaliças. Aliás, mudas de excelente qualidade, procedentes da localidade de Linha Ely
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Dia de Finados, dos mortos ou defuntos


Obra magistral, poema do notável João Cabral de Melo Neto, narra a trajetória, o percurso de morte e vida, o destino trágico de Severino, retirante nordestino, marcado pela presença constante da morte miserável, de emboscada antes do 20 anos, de velhice antes dos 30 de fome a cada dia. Severino são todos os nordestinos. Assistiu muitas mortes em sua trajetória, descobre que é ela a morte, a maior empregadora do sertão. Ela dá empregos, do médico ao coveiro, da rezadeira ao farmacêutico. Severino é nordestino, com o destino da morte. Inexoravelmente somos todos severinos. O nascimento de Severino e de todos os seres humanos, aguarda o derradeiro dia da morte. Vida curta ou longa. O recém-nascido pode ter uma vida breve, morte inesperada: motivo descaso da saúde pública. A criatura pode não chegar à adolescência, a criança morre estupidamente por uma bala perdida, resultado trágico do conflito da ignorância entre polícia e bandido. O jovem não chega a idade madura. A irresponsabilidade no trânsito, o desastre, a morte. A morte precoce é ocasionada também pela rivalidade, pelo poder no tráfico de drogas. Antigamente a pessoa chegava aos 60, 70 anos, considerava-se estar na velhice, morte à espreita. Hoje, morrer naquela faixa etária, é morrer precocemente. Medicina avançada, a cultura pelo corpo, cuidado, prevenção, condição de se chegar aos 100 anos, alguns cansados da vida.
A morte é a parte terminante da vida. Faz sentido de que pessoas de todo mundo, de todas as culturas e origens, tenham suas próprias maneiras de manifestação para honrar aqueles já faleceram. A data é o símbolo da lembrança e do legado de quem já se foi, marcada por vários rituais. O mais marcante em quase todas as regiões é a visita ao cemitério. Pode ser o maltratado cemitério da periferia, pode ser o cemitério das elites. Há famosos como o Recoleta, necrópole da decrépita aristocracia argentina. No Rio de Janeiro o cemitério da nobreza, dos ricos da Zona Sul chama-se São João Batista. Na entrada, escrito está em bronze e arco, para ricos e pobres: Lembras homem que és pó e pó voltares a ser.
Vida, a passagem do ser humano por esse planeta Terra, vida e morte. Mistério, culto secreto, dogma religioso? Qualquer que seja o motivo implica ao ser humano a incompreensão, não há resposta para o raciocínio explicito. Trata-se de algo implícito sem indicação, sem qualquer manifestação, incapacidade para compreender, para perceber uma explicação.
A percepção vida e morte é alvo de analise, de interrogação, que nos induz para aquelas intrigantes e inquietantes perguntas de todos os séculos, de todas as gerações, buscando-se respostas, nunca encontradas: de onde viemos? Para aonde vamos? O que estamos fazendo aqui? Qual a essência da vida? Por que temos de morrer? Qual a causa dos sofrimentos? Tudo acaba com a morte? Ser ou não ser? Com todas dúbias interrogações por que nascer? A morte é respeitada, sempre lembrada ao incauto ser humano, no dia 2 de novembro, Dia de Finados, Dia dos mortos ou Defuntos. 

O Inferno Verde de Bolsonaro


Nos dias atuais predomina a polêmica discussão sobre a Amazônia Legal, assim denominada a região dos estados ao Norte do país e a Floresta Amazônica - referente a parte pertencente ao Brasil -, adjetivo pátrio determinado pelo governo brasileiro.
O mundo todo, especialmente o Brasil, debate o assunto, questão que suscita divergências, controvérsias, concernente a maior floresta tropical do mundo, que concentra grandiosa biodiversidade, um valor ecológico imensurável, por ser assim, há obrigação do debate em nível mundial, para evitar a devastação de uma relíquia da natureza e, a invasão de terras indígenas. Não importa se a Amazônia é o pulmão do mundo (cientistas afirmam que não) Se não é o pulmão do mundo, certamente, tratando-se de um órgão, seria o coração, pela potência, por sua força propulsora.
A Amazônia chamada de Inferno Verde, por filmes e livros. Para saber, para diferenciar de outro inferno,
A saber: na mitologia trata-se de um local subterrâneo, habitado pelos mortos. De cunho religioso, para os cristãos, é o lugar em que almas pecadoras se encontram após a morte, submetidas ao castigo eterno.
Inferno Verde, assim chamado, é um filme estrangeiro de 1940, que conta as peripécias periclitantes de um grupo de aventureiros em meio a floresta, na busca de tesouro.
Relacionado também a Amazônia ao início do século XX, há um livro de 11 contos (1909), de Alberto Rangel, também Inferno Verde, abordando variadas histórias da Amazônia (amor, morte, conquistas e perdas). Trata-se de uma obra emblemática sobre a natureza amazonense.
No pretérito longínquo tratava-se realmente de um inferno verde indevassável, impenetrável, perigos oferecidos (animais, índios). Época do início do século XX. Pelo desconhecimento, pelo mistério, a floresta foi chamada de Paraíso Perdido. Há interpretações concernentes a questão, que vai do fantasioso, ao imaginário, até o infernal. Passado o tempo o paraíso foi achado, início da devassidão. O lindo inferno verde, parte dele transformado em região inóspita. A floresta altiva vem perdendo o seu domínio. As tribos indígenas assaltadas, invadidas, vilipendiadas pelo brancos capitalistas, roubadas pelos caras pálidas do garimpo, o perverso roubo de madeira enriquecendo deploráveis comerciantes. O crime contra a floresta já conta com 20% de desmatamento. Ainda temos 80% de floresta nativa. Isso pode ser uma ilusão.
A comprovada destruição da Amazônia tem plena conscientização entre a população brasileira (menos o atual governo, ocasionando a grande “mentira verde”), mas que não tem ressonância suficiente para mudar a realidade. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), informa que áreas da floresta degradadas já não tem mais funções, concernente ao clima e chega ao dobro da área desmatada. Quase um deserto, mas pode servir para a criação de gado ou, plantação de soja.

                                         *** ***
Realiza-se no Vaticano o Sínodo da Amazônia, explicito para discutir a degradação da Amazônia. Discute-se também nos confins amazônicos a possibilidade de homens casados ou mulheres, representarem a autoridade católica. Se faz necessário. O espaço dos católicos pode ser ocupado por bispos, missionários ou pastores evangélicos.

                  


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 


Minha prima Vera

Sinceramente, em nome da verdade, não tenho nenhuma prima de nome Vera, trata-se de uma falsa notícia, informação errada, modernamente fake new.
Na verdade trata-se de um jogo de palavras, sem saber qual o intuito. Parece tratar-se de desaforada bobagem, bulhufas.
Deveras, com a ausência da mentira, desejo escrever sobre a estação do ano chamada primavera, que sucede o longo e tenebroso inverno. Ela chega com temperatura agradável, embora em algumas ocasiões sinta-se inesperado e causticante calor. Sem maiores críticas. Devemos enaltecer a mais bela estação do ano. O meu instinto humano quer conhecer o desconhecido, compilar novas informações àquelas já obtidas, a capacidade natural e nata de inquirir. São conceitos dos quais originou-se a curiosidade.
A curiosidade é saber a etimologia do nome primavera. Busco na enciclopédia Barsa a informação (na verdade foi na Wikipédia) e lá está: primavera, batizada como “primo vere” no latim, traduzindo “primeiro verão”. No embalo do conhecimento encontramos verão, que também origina-se do latim “veris” que pode ser traduzida como “bom tempo”. O inverno era chamado “tempus hibernus” ou seja no português “tempo de hibernar”. O outono no latim “tempus autumns”, significando “tempo do ocaso”, em nossa linguagem. Não tenho nenhuma pretensão de “influenciar” pessoas, muito menos aquelas que acham tratar-se de “cultura inútil”.
Dadas as informações adicionais, sim, todas verdadeiras, escrevo especificamente sobre a primavera, considerada a estação mais bonita do ano. A inclinação da Terra em relação ao Sol, proporciona tempo primaveril. Junto com ela o maravilhoso período de floração, o lindo efeito caleidoscópico, paisagens magnificas, o encanto do cantar dos pássaros, as árvores verdejantes depois de folhas depenadas pela rigidez do outono. Desfrutar a primavera, viver feliz a vida.
Sinto a primavera pertinho de mim. O terreno diversificado florido em varia tonalidades. O pé de Ipê esteve tão lindo com seu amarelo brilhante (na rua onde moro tem uma meia dúzia). A beleza durou 15 dias. Os dois pés de manacá, com suas cores branca e azul, já estão desbotados. Fortes, rígidas e floridas estão as três marias, de um encarnado vivo. As roseiras de cores variadas começam a desabrochar. Ainda há um canteiro com delicadas e cintilantes flores, na linda combinação de três cores. Significa amor romântico e duradouro, trata-se do amor-perfeito. Em outro canteiro pequenas plantas ornamentais. Em pequenos vasos estão variadas plantinhas denominadas suculentas. Pássaros diversos cantam. Não os conheço pelo canto. Inconfundível é o canto do sábia, com o conhecido estribilho, com som perfeitamente sinfônico.
Apreciei intensamente o poder da natureza. Num pé de primavera, o ninho foi formado por um casal de sabiá. Observei a distância o que iria acontecer. Dois filhotes, na tentativa de voar.  Um, iniciando o voo, não conseguiu, foi ao chão ficando inerte. O outro sobreviveu apesar da queda. O espírito humanitário fez quatro sabiás adultos socorrerem o filhote, ensinando-o a voar, conseguiram. Ainda, bem ao alto, observa-se um bando de andorinhas esvoaçando.
Ainda mais. O terreno permite formação de um canteiro para horta. Lá estão mudas das mais variadas hortaliças. Aliás, mudas de excelente qualidade, procedentes da localidade de Linha Ely
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       

Calendário Colorido


A quem interessar possa...
 Cada mês do ano, para chamar a atenção, conscientizar a população, incentivar a prevenção, com referência a graves doenças é realizada determinada campanha que faz a relação, doença, cor e mês, o chamado calendário colorido da saúde. Não existe calendário oficial sobre a cor de cada mês. Cabe às associações médicas determinarem a cor para cada mês como chamamento à prevenção. A disseminação das campanhas, a cada mês, para obter pleno sucesso, depende do engajamento da mídia na divulgação. Faz valer, nesse tipo de propagação, que a cor escolhida – relacionada a cada doença - seja gravada na mente das pessoas, todas aquelas associadas à sua causa. Prevenir é agir com um conjunto de ações para evitar a incidência da patologia.
O colorido calendário:
- Janeiro: a cor é branca, desperta atenção sobre a saúde mental. A cruzada tem por objetivo cuidar da saúde do corpo. Significativo e fundamental é cuidar também da mente, procurando assim o equilíbrio entre corpo e mente.
- Fevereiro: é roxo e também laranja. Roxo é a consciência sobre as doenças: lúpus, fibromialgia e mal de Alzheimer. Fevereiro laranja é a conscientização sobre a leucemia.
- Março: é o mês azul, mês de debate sobre a prevenção ao câncer colorretal.
- Abril: tem também duas cores. Verde corresponde a prevenção, conscientização, quanto a importância da segurança no trabalho. O abril azul para enaltecer o debate sobre o autismo.
- Maio: é amarelo, luta em defesa da cautela, da prudência, concernente a evitar os acidentes de trânsito. O maio, vermelho, objetiva prevenir a hepatite
- Junho: tem também o vermelho da cor do sangue, nada mais apropriado, é o mês da doação de sangue. Junho laranja é equivalente a anemia e a leucemia
- Julho: as hepatites virais e o câncer ósseo, tem ilação com a cor amarela
- Agosto: mês dourado com informações sobre o aleitamento materno
- Setembro: tem três cores para a qualificação: verde é a cor voltada à informação sobre a doação de órgãos. A outra cor do mês de setembro é o amarelo que tem como objetivo a prevenção ao suicídio. Finalmente a terceira cor de setembro é vermelha para conhecimento e tratamento das doenças cardiovasculares
Novembro: bastante conhecido, exclusivamente entre os homens em razão do câncer de próstata. A cor é azul. Novembro é também dourado, com referência a prevenção sobre o câncer infanto-juvenil.
Dezembro: o último mês do ano relaciona-se à duas cores: dezembro vermelho, prevenção contra AIDS. Dezembro laranja origina-se do combate ao câncer de pele. Enfim, mês de outubro. 10º mês do ano, do calendário gregoriano, com 31 dias, mês na religião católica dedicado a Virgem do Rosário e Anjos da Guarda. Na prevenção contra doenças, outubro tem a representação da cor rosa, mês e cor relacionados ao câncer de mama, doença na expectativa de cura de 90%, desde que se faça a prevenção precoce. Assim seja.





 

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sábado, 21 de setembro de 2019

Deputado gago


O deputado era um daqueles representantes do povo que falava pouco, abria a boca somente para comer ou bocejar. Conversar pouco, discursar jamais. Quando algum de seus colegas falavam alguma coisa naquele estilo enfadonho de discursos alongados comum a classe política, se aborrecia. O nosso amigo deputado chegava ao plenário da Câmara sonolento, mostrando o jeito pachorrento, com o seu andar preguiçoso. Não se sabe se prestava atenção nas mensagens orais, prolongadas e fantasiosamente solene de seus colegas. Nas decisões por votação, o nobre parlamentar não estava nem aí, de fato não prestava atenção para nada. Não era necessária sua percepção, afinal votaria conforme determinação do líder da bancada. Fácil não é mesmo, porque queimar neurônios?Obrigação cumprida sem esforço mental. Sessão encerrada, mais um dia ganho com dinheiro público, contribuição obrigatória do povo.
Fechou seu laptop, não se sabe a necessidade dele aberto, provavelmente para enganar as câmeras da TV Câmara. No primeiro ano de mandato todo mundo procurava entender seu procedimento. Seus colegas, os mais experientes, de inúmeras legislaturas, tinham a observação simplista: “ele é novo aqui”, justificando o seu excêntrico silêncio. Na verdade os colegas mais antigos admiravam o procedimento do mais novo, sua quietude parlamentar. Um a menos para ocupar a tribuna no espaço do pequeno expediente, quando a maioria dos discursos dos parlamentares - aqueles desconhecidos do conhecido “centrão”- que não interessam a ninguém, a não ser sua base eleitoral, elogiando seus cabos eleitorais enviando fotos, gravações, demonstrações de falso trabalho. No ano seguinte o silêncio do deputado persistia e a grande maioria já conhecia o seu jeito de ser. Assim seja.
Passou o  segundo ano legislativo. O deputado em questão mantinha seu jeito de ser. Terceiro período na Câmara. Em sua base eleitoral falava pouco, afinal na conversa se ganha voto. Vez por outra, colegas faziam troça dele, chacota, piadas, hilariantes situações, para provocá-lo mas ele somente ria.
O controvertido parlamentar, em seu mandato, depois de ouvir milhares de vezes, vossa excelência, data vênia, colenda casa, urge que, urgência urgentíssima, um aparte nobre colega.  Num dia de sessão ordinária a grande surpresa. O silencioso deputado repentinamente levantou-se da confortável cadeira de couro, em plena discussão, soqueou a mesa com força provocando um barulho como se fosse um estrondo chamando atenção de todas vossas excelências e pediu a palavra, para outra vossa excelência, o presidente da Casa. Até o orador do momento silenciou-se. Todos silenciaram.
Em meio a esse ambiente, a única coisa ouvida era o fraco ruído dos microfones. Os parlamentares ansiosos aguardavam o esperado momento. O silencioso deputado pronunciou meia dúzia de palavras e então descobriram a razão do silêncio: o deputado tinha o distúrbio da fluência da fala, gagueira.

PÁTRIA AMADA


O Hino Nacional é uma conclamação importante em qualquer solenidade - até mesmo antes de uma partida de futebol, não tão solene assim -. Trata-se de uma concitação, um brado, mais do que isso, uma incitação, em época de um povo descrente em tudo e em todos, a pasmaceira diante de um estado de coisas, numa combinação desafiadora e complicada. Talvez, tudo isso, seja a resposta para a falta de patriotismo, de estímulo,  disposição afetiva do brasileiro, desiludido com a incompetência governamental, a imperícia da classe dirigente, a baderna financeira, o caos econômico, impunidade para mais corruptos, a injustiça social. Poucos brasileiros acreditam em promissoras possibilidades futuras em meio a desarvorada situação no contexto nacional. Há um quadro insuportável de violação aos direitos fundamentais do cidadão: saúde, educação, segurança. Embaraçada economia sem propostas positivas (talvez o aumento de impostos), que proporciona desemprego para milhões de pessoas.
Existem crentes, de pensamento moderador, para os quais a situação não é tão ruim assim. Os ciosos, que tem o raciocínio conservador, afirmam que tudo vai bem. Os dois grupos argumentam, que a suposta precariedade nada tem a ver com a sensibilidade do amor à Pátria. O sentimento de frustação e decepção origina-se nos atos despropositados e ineficazes, motivados pela ingerência de incompetentes políticos. A reação de cada brasileiro, inclusive aquele inserido no sistema de estratificação social, abaixo da linha da pobreza, à margem da sociedade, excluído do convívio social, ser humano tratado como desigual não quer saber de patriotada. Gente de passado desconhecido, de presente incerto, futuro... quem sabe. Essa pessoas tem a reação compreensível de repúdio à Pátria, na verdade, pensando bem, elas não tem compreensão de patriotismo, desconhecem esse aspecto. Paradoxalmente, melhor não saber da Pátria ingrata e megera. Não se pode desvincular uma realidade de completa mazela no país, algo profundamente ruim com a Pátria Amada.
Afinal o que é Pátria. Simplesmente o país onde se nasce, torrão natal. Podemos dizer que se trata de uma instituição abstrata, alegórica, contemplativa e por ser assim adjetivada, surge como pleno sentimento de amor. A Pátria, também etérea e sublime, lamentavelmente no contexto confunde-se com a canalhice dos políticos.
Como pensar e desejar amor à Pátria quando se trata de uma nação representando segmentos de uma sociedade sem princípio do igualitarismo, comunidades de pensamento individualizado, de pensamento do “primeiro nós” e de raciocínio “salve-se quem puder”, do poder maior e da ganância dos privilegiados, prevaricação de autoridades.
Patriotismo é o sentimento de orgulho, amor e dedicação à Pátria. Diante desse conceito a famosa frase de Samuel Johnson: “Patriota é o último refúgio dos canalhas”, soa como pejorativa, entendida como ultrajante. Entenda-se:
o historiador e político inglês, referia-se ao seu partido o Patriota, pela presença cada vez maior de vários oportunistas.
Em tempo: Essa coluna serviu como tema em outra escrita há 30 anos. Passou o tempo, nada mudou.


Dia 7 de setembro - que bom, feriado nacional !!!... - comemora-se mais um ano da Independência do Brasil. Milhares de brasileiros, multidões, se reúnem em logradouros públicos (avenidas, ruas, praças) para assistirem solenidades cívicas, desfiles militares e estudantis. São quase 200 anos em que o Brasil livrou-se do jugo monarquista português, não mais ficou dependente de Portugal.
Comemorações pelo Dia da Pátria começaram no século XIX. Houve um período de 10 anos (1831/1840), nos quais comemorações perderam o destaque, devido ao tempo de regência. Com a maioridade do imperador D.Pedro II, a data recuperou a importância histórica.
O desfile militar mais importante do país ocorria no estado do Rio de Janeiro, na avenida Presidente Vargas.
Os americanos adoram o Brasil (inclusive o Trump). Em 7 de setembro de 1947, no palanque oficial, naquela data, o presidente da República Marechal Eurico Gaspar Dutra, assistiu a solenidade, ao seu lado o convidado especial, presidente norte-americano, Harry Truman. Dom Pedro I, com seu vistoso uniforme, resplandecente e engalanado, montado num cavalo portentoso, cercado por sua guarda de honra, conforme o célebre quadro de Pedro Américo – alguns afirmam que trata-se de um plágio de Napoleão Bonaparte-, a beira do Ipiranga, altivo, empunhando sua espada, bradou o histórico grito de liberdade: Independência ou Morte, versão oficial do acontecimento, ensinado nas escolas. Entretanto existem fatos pitorescos e divergentes . Alguns historiadores afirmam que ele não estava montado num alazão e sim numa mula, animal mais condizente como meio de transporte para percorrer o caminho periclitante na Serra do Mar. Sabe-se mais: que Dom Pedro estava com diarreia desde quando partiu da cidade de Santos o que deve ter estragado o seu humor. Esse desconforto lhe deixou incomodado e irritado. A comitiva retornando de Santos foi encontrada por um mensageiro, trazendo mensagem de Dona Leopoldina (esposa de D. Pedro) e José Bonifácio (estadista, conhecido como Patriarca da Independência). O conteúdo da mensagem informava a exigência dos deputados portugueses para que D. Pedro se apresentasse em Portugal, pois ele contrariava os seus interesses. Esse episódio precedeu grave crise na capital Rio de Janeiro. A presença de D.Pedro deveria ser imediata. Oficialmente, D. Pedro foi a Santos por questões políticas, na verdade o príncipe que vivia uma aventura romanesca, de grande repercussão, com a amante Marquesa de Santos, foi visita-la e com a qual ocorrerá m desentendimento. Com tantos acontecimentos cabulosos, D.Pedro ficou ensandecido. Não se sabe exatamente onde ocorreu o “grito”. Há controvérsias. Dizem que não foi à margem do rio, mas numa colina. Pouca gente presente, alguns guardas e moradores da vizinhança
Para dirimir dúvidas, pergunte lá no Posto Ipiranga.  
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Liturgia


Liturgia tem origem no grego “ leitourgos”, palavra que era usada para fazer menção a alguém que realizava serviço público ou liderava uma solenidade sagrada, obra sempre em benefício do povo. A Igreja assumiu o termo e o aplicou como liturgia no sentido de “serviço divino” ou seja serviço religioso e ritual. Assim, a liturgia é a reunião do conjunto de atos formais e solenes de caráter religioso, um rito de regras especificas especialmente, concernentes aos ofícios divinos das igrejas cristãs.  Liturgia é aplicada nas missas ou rituais da igreja católica. A manifestação central da liturgia é a celebração da morte e ressureição de Jesus Cristo e a prestação do culto a Deus. A palavra liturgia foi usada na Antiguidade. Passou a ser utilizada mais tarde no contexto da eucaristia na Igreja grega. Bem mais tarde, o termo passou a fazer parte da igreja católica. Inicialmente a liturgia era da responsabilidade dos apóstolos e bispos, no entanto algumas igrejas criaram sua própria liturgia, isso porque não havia uma regra geral e obrigatória para a mesma. Mais tarde o Concilio Vaticano II implementou uma renovação na liturgia dando maior relevo a Sagrada Escritura, incluindo a utilização de outras línguas e não somente o latim, de forma que mais pessoas pudessem participar de forma mais ativa.
Indispensável para os cristão é a liturgia pelas celebrações que Cristo reúne em assembleia numa ação única. A liturgia deve-se a continuação da lembrança de Cristo.
Religiosamente a explanação, dissertação, conforme ensinamento e informação do portal TV Escola/ Educação. Então, chegamos aos finalmentes: a liturgia e a política.
O ex-presidente José Sarney, não foi um presidente carismático, envolvente, emblemático e até não fazia parte daquele pequeno bloco de políticos decentes e honestos, mas era um litúrgico. Segundo ele, em discurso, estabeleceu o poder sempre atento com a “liturgia do cargo”. Não parece. Conforme descrição de liturgia um principal segmento é “um serviço público sempre em benefício do povo”. Mais ainda: José Sarney deixou de lado a polidez e a liturgia ao reclamar com palavreado chulo, o resultado das eleições, quando sua família foi fragorosamente derrotada no Maranhão.
Giorgio Agamben, filosofo italiano, afirma: “O poder necessita de formas litúrgicas para seu exercício em que há estreita imbricação entre o poder e a liturgia que se realiza através dos dispositivos da aclamação, as chamadas democracias de massa”.
A liturgia tem ordem e forma para a governabilidade, é a representação de poder e autenticidade. Estar fora desse contexto significa estar fora da legitimidade e questionar o poder estabelecido.
A liturgia do cargo exige muito? Não, somente o adequado comportamento pela exigência do cargo.
Há dois presidentes atualmente, presidentes que necessitam conhecer para compreender a liturgia do cargo. Um, de cabelos claros ou descoloridos, com topete, magnata bilionário, racista, desumano com o povo miserável e que tem o topete de ser dono do mundo de ser o dono do mundo. O outro, nem tanto, capitão do exército, uma cópia quase autêntica do sujeito do Tio Sam. E a liturgia?




Demóneste


Demóstenes não se pautava pelo verborragia, tinha cuidado na escolha das palavras, jamais escatológicas, quando referendo para a algum excremento não usaria o termo cocô e, sim fezes.
A cultura, o jeito de ser de Demóstenes, a habilidade do convencimento se tem conhecimento através de uma historieta.
Certa vez, promovendo uma assembleia pública em Atenas, para tratar dos interesses da pátria grega, Demóstenes viu-se apupado pela turba impaciente, que fazia menção de retirar-se sem ouvi-lo. Então, elevando a voz, disse que tinha uma história interessante a contar, obteve assim silêncio e a atenção de todos e começou.
-“Certo jovem, precisando ir para sua casa durante o auge do verão, alugou um burro, pondo-se a caminho. Quando o sol ficou a pino, ardentíssimo, tanto o jovem como o dono do animal alugado tiveram vontade de sentar-se à do sombra do burro, e começaram a empurra-se mutuamente, a fim de ficar com o melhor lugar. Dizia o dono do animal, que apenas alugara o burro e não a sua sombra. O outro personagem afirmava que tendo pago o aluguel do burro, pagara também a sua sombra, pois tudo quanto pertencia ao burro era dele.”
A essa altura, Demóstenes levantou-se e fez menção de retirar-se. A multidão protestou desejosa de ouvir o resto da história. Foi então que o prodigioso orador, erguendo-se em toda sua altura, encarando com firmeza o auditório declarou com voz trovejante.
- “Atenienses, que espécie de homens sois, que insistem em saber a história da sombra de um burro.
 e recusais tomar conhecimento dos fatos mais graves que vos dizem respeito”?’
Só então pode fazer o discurso que pretendia para um auditório envergonhado, mas atento, que ficou sem saber o fim da história da sombra do burro.
Demóstenes, decente, inteligente, capacitado orador, sem o excessivo uso de palavras chulas


Decididamente não. Não me importo se há radar escondido, fixo ou móvel, a cada mil metros, controlando a velocidade. Não me importo mesmo. Sigo rigorosamente as leis de trânsito, não sou motorista infrator, evito multas. Obediente dirijo atentamente restrito a legislação do trânsito. Disciplinado, não tenho a tentação de acelerar além da velocidade máxima permitida, conforme a sinalização vertical. Não ultrapasso outro veículo se a sinalização horizontal, na pista de rolamento, contém a dupla faixa amarela. Mesmo que ela não exista, permito-me ultrapassar o veículo à frente com segurança. Ultrapassagem pela direita, nunca.
Direita ou esquerda, para onde seguir. A decisão tomada tem a indicação de uma seta. Dirijo com as duas mãos (conhecida posição dez para às duas), com somente uma mão é infração. Não fumo, não uso celular. Não dirijo com o braço esquerdo para fora. Bebo socialmente, jamais quando vou dirigir. Ao volante não dirijo de chinelo. Necessito de firmeza nos pés para manobrar os pedais (freio e acelerador). Procuro não surpreender pedestre, ciclista e motociclista, atingindo-os com um jato de água, proveniente da chuva, de uma poça de água. Procedendo de modo correto evito uma infração de trânsito e multa. Estaciono o veículo devidamente obedecendo as regras. Enfim, como bom motorista, respeito a legislação prescrita pelo departamento de trânsito. Dessa forma, a conhecida “indústria das multas” pela minha pessoa, estaria em processo de falência.
                                          *** ***
Fui multado pela última vez há quatro anos na Rota do Sol pelo radar fixo, proximidade do sistema de água Marrecas. Velocidade máxima permitida 80 km/h Passei pelo local a 92 km/h. Multa e a perda de cincos pontos na carteira de habilitação.
Dirijo o carro até 85 km/h, mesmo que a velocidade máxima seja de 80 km/h. Para não ultrapassar a velocidade programada (85 km/) um aviso sonoro desperta minha atenção. Existe uma margem de erro estipulada pelo INMETRO de 7 km/h para menos, para efeito de fiscalização. Na prática, numa rodovia em que a velocidade máxima é de 80 km/h, motorista pode dirigir até 87km/h.                 
                                            *** ***
Multa inusitada. Numa estrada federal em Passo Fundo, o policial, numa blitz, obriga-me a parar para verificação do meu fusquinha. Documentos mostrados. A autoridade então passa a verificar em detalhes o fusca: faróis, setas, luz de aviso na ré. Tudo correto, mas repentinamente verificando o interior do carro, pede pelo extintor de incêndio. Não estava carregado. Multa. Poderia ser punido com outra: a placa de identificação do fusca estava coberta de barro. Não fui multado, mas tive que limpá-la.
                                            *** ***
Em circunstância fora do comum pela multa, o amigo dirigia tranquilamente quando foi interceptado por uma batida policial de trânsito. Todos os detalhes verificados, o amigo pensou em seguir viagem. Não... ainda não