sábado, 22 de dezembro de 2012

Já era: 21.12.2012


Quinta-feira, dia da semana em que normalmente redijo minha crônica semanal.
 De repente me dou conta. Mas afinal escrever porque, digitar um texto para a publicação no jornal na edição de sexta-feira se nada mais vai existir, que chegou o fim dos tempos, se o mundo acabou, que nada ficará pedra sobre pedra, a humanidade finda.
A preguiça, a falta de vontade em elaborar as mal traçadas linhas de um assunto qualquer, incentiva-me a pensar que a crença escatológica é verdadeira, que chegou o dia do Juízo Final. O mundo vai acabar.
Fico sem escrever. Pronto. Não tem coluna, não tem jornal, não tem mundo.
No entanto é conveniente raciocinar. A peremptória atitude de nada fazer tem por princípio o apocalipse ao 1 minuto de sexta-feira 21. E se assim não acontecer. Se a hecatombe ocorrer ao meio-dia ou mais tarde, à noite, perto das 24 horas.
Será tempo suficiente para ainda se fazer muita coisa, inclusive ler “O Farroupilha”, o que se deduz como obviedade que o jornal circulará.
Circular, chegar às bancas, às casas dos assinantes, sem a minha coluna, um espaço vazio porque disseram que o mundo ia acabar, desculpa besta. Bronca na certa do diretor, esculacho do editor, decepção para a minha meia dúzia de leitores.
E daí. Se nada escrever, sem a publicação da crônica. Queixas, críticas, reclamações nem acontecerão. O mundo acabou.
Mas se de fato nada ocorrer. O cataclismo anunciado foi somente sensacionalismo. Enganos acontecem, profecias não são validadas. Pode ser.
Então a vida continuará serena e alegre, tranquilidade para se ler o jornal e aquela minoria que lê minha coluna. Por isso a iniciativa para um dia normal. É de bom alvitre, sugestivo, escrever.
Mas irá permanecer a incerteza, a dúvida angustiante, a humanidade hesitante até o fim do dia de sexta-feira, quando feliz a humanidade poderá constatar que houve somente o fim de mais um dia da semana.
Toda essa celeuma por causa de um antigo e misterioso calendário maia, agora malfadado e famigerado. A civilização maia se desenvolveu plenamente como uma das culturas pré-colombianas (povos existentes antes do descobrimento da América do Sul e Central), notável por sua língua escrita, sua arte, arquitetura e matemática. Além disso, excelentes astrônomos, os maias tinham verdadeira obsessão pelo tempo. Com exaustiva observação dos astros eles construíram calendários preciosos e previam eventos que determinava a vida de sua civilização. Uma inscrição do século VII faz menção a uma data e correlação feita trata-se de 21.12.2012., último dia do calendário criado pelos maias. O fim do mundo.
Muita gente não está levando a sério esse desgraçado final épico, simplesmente porque o indígena que elaborava o calendário informou ao seu chefe que estava de “saco cheio” e que não faria mais porcaria alguma. Então o “fim” não tem validade pela preguiça.
Em todos os casos teve gente que foi acampar em São Francisco de Paula, ao que parece cidade incólume a catástrofe, conforme afirmação de seu prefeito..   
Tem gente que acredita que por aqui, no Brasil, nada acontecerá. O país não está preparado, não tem estrutura para protagonizar um evento desse porte.
De qualquer maneira, nessa quinta, aguardemos a sexta. Certamente nada acontecerá. Escrevi minha coluna baseado num anunciado fim do mundo. Nada acabou, mas o calendário maia me serviu como tema para o meu texto, assunto para a coluna. 


domingo, 16 de dezembro de 2012

Fenômeno de ganhar dinheiro

Pobres, miseráveis e indigentes, famélicos, são magros pela necessidade, pela fome e não ganham nada, um tostão. O gordo milionário para emagrecer somente 10 quilos ganhará seis milhões de reais. Com essa grana, ele e a Rede Globo, poderia saciar a fome, dar alguma migalha para alguns daqueles que vivem em pleno estado de penúria.
Ronaldo Fenômeno encerrou sua carreira de futebolistas milionário. Graças ao prestígio mundial que o futebol lhe reservou prossegue enriquecendo-se, agora como empresário, além é claro dos seis milhões globais. Ronaldo jogando no Corinthians teve patrocínio na camisa do clube da Hipermarcas (Bozzano, Avanço, Jontex, Doril, Cenoura e Bronze entre dezenas de marcas) faturando 12 milhões de reais em comissão. Há a suspeita de favorecimento para empresa Marfininite  agenciada pela 9nine, agência do Fenômeno que ganhou uma licitação de 8,5 milhões de reais para fornecer assentos para o estádio da Fonte Nova na Bahia. Sem intrigas, simples comentário. Ronaldo é dirigente do Comitê Organizador da Copa do Mundo 2014.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Polis e Ides


Milaneses, vicentinos, trevisanos e trentinos, habitantes da antiga Nova Vicenza, prospera vila, pelo progresso e desenvolvimento alcançou a condição de segundo distrito mais importante do município de Caxias do Sul, afora evidentemente, a sede municipal. Mais que isso - pela prosperidade, pela evolução comercial -, tinham condições de vida própria, ser independentes, libertarem-se do jugo, terminar com a sujeição, aniquilar a submissão, livrarem-se do pátrio poder, deixarem de ser vassalos, pagadores de impostos aos usurpadores caxienses. Todos: milaneses, vicentinos, trevisanos e trentinos, desejavam unicamente, pela emancipação política, tornarem-se cidadãos farroupilhenses, donos de seus próprios caminhos.
Ano de 1934, a liberdade querida e alcançada, a emancipação. Foi num momento democrático, no interregno da ditadura de Getulio Vargas com a constituição daquele ano. Armando Antonello, em 1935, com o voto do povo é eleito prefeito do novo e emancipado município de Farroupilha. Durou pouco o enganador momento democrático. Em 1937, o ditador Vargas, com a criação do Estado Novo, impõe aos brasileiros mais uma vez a condição do estado autocrático no exercício do governo absoluto. Retorna assim, como em 1930, um novo período da era Vargas, do poder onipotente, onipresente e arbitrário. Em razão disso, naquele ano Antonello foi deposto substituído por um prefeito nomeado.
No Brasil a liberdade mais uma vez cassada, a democracia cerceada e por decorrência o fim das eleições, processo de livre escolha de governantes pelo voto direto, direito usurpado ao povo e assim por força ditatorial, pelo governo despótico, cidades brasileiras, entre elas Farroupilha, a população não pode escolher seu prefeito. Prefeitos eram nomeados pelos interventores federais – eles na verdade governadores em cada estado, homens de confiança designados pelo regime de exceção de Vargas.
Depois de 15 anos a redemocratização do país em 1945. Eleições, o povo volta a escolher seus governantes, evidentemente, os farroupilhenses idem.
É então, a partir da redemocratização, da segunda eleição municipal em Farroupilha, se oferece um estudo comportamental político da população farroupilhense sobre questões como politização e ideologia. Na verdade, como em todas as cidades brasileiras são conceitos discutíveis, argumentos dúbios, de somenos importância, afinal brasileiro como o farroupilhense vota pelo momento político representado pelo “homem” que pode ser um político mais adequado aos seus anseios, nem por isso necessariamente seja politizado ou ideológico. A partir da emancipação, das eleições em Farroupilha, pode se fazer um paradigma do comportamento político do seu povo.
José Baumgartner, segundo prefeito farroupilhense eleito pelo voto direto (1947), do Partido Trabalhista Brasileiro, fundado por Getulio Vargas de programa e plataforma popular, direcionado aos trabalhadores brasileiros, sempre enaltecidos por Vargas. Farroupilhenses votaram e elegeram Baumgartner, representante nas bandas de cá do PTB, do carisma e populismo de Getulio Vargas. A cidade conservadora votou pelo momento - porque lhe interessava - no socialismo pelo trabalhismo, na força de um personagem, de um protagonista político de tanto poder, e assim se situa em segundo plano qualquer discussão sobre politização ou algum debate ideológico.
                                                         



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Gordo milionário ganha milhões para emagrecer

Ronaldo Fenômeno, o gordo do milionário, até mesmo com sua extravagante substância untuosa, com o tecido adiposo bem desenvolvido, com seu acentuado volume abdominal, ganha ainda mais dinheiro. Para o programa Fantástico, para o quadro Medida Certa vai receber 6 milhões de reais. Sua assessoria desmente e que realizará suas apresentações de graça. Alguém acredita? Vai ver que faz essa gratuidade pela "Criança Esperança".
A Rede Globo acredita em sua popularidade para aumentar sua audiência principalmente em São Paulo, onde aos domingos pelo Ibope, perde em determinados horários para Silvio Santos (SBT) e para o Pânico (Band). Por isso Fenômeno deve valer seis milhões. Um programa no canal a cabo, GNT (Globosat), tem maiores detalhes do cotidiano do Fenômeno, pelo acompanhamento e opiniões de especialistas.
Um espinhoso, mordaz e azedo crítico pode dizer que a Globo tem dinheiro para os seis milhões ao Ronaldo, mas vem pedir doações, colaborações, dinheiro para o Criança Esperança. Tudo é dinheiro.
A Rede Globo fatura alto com a patrocínios empresariais para programações de um gordo milionário ou de crianças miseráveis.
Ronaldo Fenômeno entrou no programa pesando 118 quilos. Pelo contrato deve perder 18 quilos (vai sair "fininho" do programa com 100 quilos) para ganhar os seis milhões, o que significa que cada quilo perdido vale um pouco mais de 334 MIL REAIS. Não se sabe quantos quilos já perdeu. É mistério, suspense. Daqui a dois programas saberemos. Por seis milhões de reais qualquer mortal gordo fecha a boca, se torna famélico, vira faquir, emagrece 200 quilos. Fenômeno deve alcançar seu objetivo por uma questão de honra, dele e da Rede Globo. Seis milhões para o milionário gordo é troco.
Depois, não muito tempo depois, volta a rotina de comilão, mais gorducho mas com seis milhões de reais. Relembre Zeca Camargo e Regina Celibertti

sábado, 1 de dezembro de 2012

Vencedores


O levantamento é concernente exclusivamente aos vereadores eleitos e candidatos com boa votação, que mais venceram e consequentemente os mais votados nas diversas seções eleitorais de Farroupilha. A matéria permite ainda verificar claramente, as bases eleitorais de alguns deles:
Arielson Arsego (PMDB) foi incontestável vitorioso, vencedor em 24 urnas.
Ildo Dal Soglio (PT), venceu em 13 urnas, a maioria nos bairros Monte Pasqual, Industrial e 1º de Maio. 
Jorge Cenci (PMDB) não foi eleito, embora tenha sido o 13º mais votado, venceu em 11 urnas, a maioria no bairro Medianeira
José Mario Bellaver (PMDB) ganhador em 10 urnas, todas no interior do município
Vandré Fardin (PSB), boa votação, vencendo em nove urnas, sete localizadas no centro.
Maria da Gloria Menegotto e Paulo Roberto Dalsochio, ambos do PDT, experientes políticos,  venceram em oito e seis urnas respectivamente.
André Policarpo Pezzi (PP) não foi eleito, mas venceu em sete urnas de sua base eleitoral, bairro Nova Vicenza.
Juvelino Ângelo de Bortoli (PMDB) foi vencedor em sete urnas, quatro delas localizadas no bairro Cinquentenário
Marcio Gulden (PT) venceu em seis urnas, todas elas no 3º Distrito.
Roque André Tomazini (PDT), não eleito, venceu em cinco urnas, no 4º Distrito e na E.E. Pe. Rui Lorenzi.
Alberto Maioli (PDT), outro não eleito, venceu em cinco urnas, todas no 4º Distrito.
Raul Herpich (PP) fez voto em quase todas as urnas, mas venceu somente em quatro
Valdemar Ferreira (PMDB), Alderico Bonez de Matos (PSB) e Fabiano Andre Piccoli, não eleitos, cada um deles venceram em três urnas.
Josué Paese Filho (PP), Rudmar Elbio da Silva (PSB), ambos eleitos, Deivid Argenta (PDT), cada um foi vencedor em pelo menos duas urnas.
Maristela R. Pessin Bridi (PMDB) eleita, Rogir Centa (PT), Valmor Chagas dos Santos (PMDB),  Jonas Tomazini (PSDB), Primo Marmentini (PMDB), João Juares P. Dias (PMDB), Dirceu Chies (PP) e Eleonir José Pelicioli (PC do B) venceram cada um em ao menos uma urna. Ocorreram empates em 12 seções eleitorais.
Resumo geral, votação dos vereadores eleitos:
Candidato                    Centro                    Bairro              Interior               Total     
Arielson Arsego      290 (3,89%)          1.229 (4,15%)      491 (5,62%)       2.010 (4,37%)
Maria da Gloria       306 (4,10%)            908 (3,07%)       259 (3,00%)       1.473 (3,20%)
José M. Bellaver      115 (1,54%)            496 (1,68%)      804 (9,21%)       1.415 (3,08%)
Ildo Dal Soglio        117 (1,57%)          1.189 (4,02%)       38 (0,43%)        1.344 (2,92%)
Raul Herpich           218( 2,92%)             934 (3,16%)      112 (1,28%)      1.264 (2,75%)
Paulo Dalsochio      242 (3,24%)             702 (2,37%)       272 (3,11%)      1.216 (2,65%)
Vandré Fardin         295 (3,95%)             743 (2,51%)        138 (1,58%)     1.176 (2,56%)
Marcio Guilden       114 (1,53%)             361 (1,22%)        641 (7,34%)     1.116 (2,43%)
Juvelino Bortoli      132 (1,77%)              786 (2,66%)         97 (1,11%)     1.015 (2,21%)
João R. Arrosi         163 (2,18%)              643 (2,18%)       167 (1,91%)      973 (2,12%)
Sedinei Catafesta     131 (1,76%)             692 (2,34%)       118 (1,35%)       941 (2,05%)
Maristela P. Bridi    181 (2,42%)              475 (1,60%)        76  (0,87%)       732 (1,59%)
Kiko Paese                82 (1,10%)              271 (0,92%)       304 (3,28%)       657 (1,43%)
Lino Troes               146 (1,96%)              280 (0,95%)       169 (1,94%)       595 (1,29%)
Rudmar E. Silva       90 (1,20%)               473 (1,59%)         31 (0,35%)       594 (1,29%)


terça-feira, 27 de novembro de 2012

E as eleições americanas?


Muito se comenta, se discuti, mas principalmente se critica o processo de eleição proporcional brasileira. Afirmam que ela é injusta (o mais votado não é eleito).
Então o que se pode comentar da complexa eleição presidente dos Estados Unidos. O eleitor americano vota, mas não participa diretamente da escolha do presidente. Tem uma posição secundária. O povo, o eleitor anônimo, vota isso sim, mas para escolher os verdadeiros “eleitores”, aqueles que fazem parte do Colégio Eleitoral, responsáveis pela eleição do presidente, um ato indireto proporcionado por terceiros. O número de eleitores do Colégio Eleitoral é determinado pelo tamanho da população de cada estado. Na maioria dos estados o candidato vencedor do voto popular leva todos os votos do Colégio Eleitoral daquele estado. No entanto por esse sistema um candidato pode vencer e se tornar presidente, sem ter o maior número de votos populares em âmbito nacional. O mais votado pela população não é eleito, mas sim pelo Colégio Eleitoral.
Por aqui, como se sabe, na recente eleição proporcional, um candidato a vereador não eleito fez mais votos que outros sete candidatos eleitos. A tal da proporcionalidade o impediu. Pela totalidade de votos conquistados se elegeria como o sétimo vereador mais votado. A tal da proporcionalidade não deixou. Depois, ainda pela famigerada proporcionalidade, não teve votos suficientes para se eleger pelo quociente eleitoral, nem partidário, muito menos pela média da sobra de votos.
Em Farroupilha nenhum vereador conseguiu se eleger pelo quociente eleitoral que foi de 2.854. Foram eleitos 11 vereadores pelo quociente partidário e quatro pela melhor média na sobra de votos. O desempenho de partidos e coligações foi o seguinte:
PMDB/PPS/PRB/PSL: Votos nominais 13.446; legenda 1.160; total 14.606. Quociente eleitoral 5.1, quociente partidário 5, vereadores eleitos 5.
PP/PR: Votos nominais 7.546; legenda 247; total 7.793. Quociente eleitoral 2.7; quociente partidário 2. Vereadores eleitos 2.
PDT: Votos nominais 6.194; legenda 1.235; total 7.429. Quociente eleitoral 2.6, quociente partidário 2. Vereadores eleitos 2
PT/PC do B: Votos nominais 5.484; legenda 124; total 5.608. Quociente eleitoral 1.9, quociente partidário 1. Vereador eleito 1
PSB/DEM: Votos nominais 4,881; legenda 74; total 4.955. Quociente eleitoral 1.9, quociente partidário 1. Vereador eleito 1.
PSDB/PTB: Votos nominais 2.134; legenda 60; total 2.194: Quociente eleitoral 0.7, quociente partidário zero. Nenhum vereador eleito.
Total de 11 vereadores eleitos pelo quociente partidário. Sobraram quatro vagas que foram preenchidas pelas quatro maiores médias na sobra de votos, a saber: 
PT/PC do B: votação 5.608, média 2.804,0     PP/PR: votação 7.793, média 2.587,6.
PSB/DEM:  votação 4.955, média  2.477,5      PDT: votação 7.429, média 2.476,3
Maiores detalhes, cálculos, nomes de vereadores eleitos pelo QE e QP, acesse:
falasimpatia.blogsport.com
A quem interessar possa, principalmente aos políticos, além da votação pelo quociente partidário, saiba mais, que a maioria dos vereadores eleitos perdeu voto gradativamente, que o PMDB continua sendo o maior partido farroupilhense, falasimpatia.blogspot.com
  

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Conta Feita: Eleitos pelo QE e QP


Fabiano André Piccoli (PT), com 1.076 votos, não foi eleito vereador, embora fazendo mais votos que sete vereadores eleitos e quase o dobro de votos do penúltimo colocado Lino Troes com 595 votos e o último Rudmar Elbio da Silva, 594 votos. Há ainda o caso de Jonas Tomazini (PSDB) 683 votos e Jorge Cenci (PMDB) 658 que contaram mais votos que três eleitos e Pedro Luiz Trevisan, maior votação que dois eleitos.
Essa situação que parece ser absurda - de quem é mais votado não é eleito - na verdade não contraria o bom senso, levando-se em consideração que ela é determinada pela legislação eleitoral numa eleição proporcional, como no recente pleito à Câmara Municipal. Se alguns dos mais votados não foram eleitos e outros menos votados eleitos, isso acontece por cálculos e operações matemáticas como a proporcionalidade. Aqueles menos votados que alcançam a eleição em relação ao mais votados, pode ocorrer pelo Quociente Eleitoral, Quociente Partidário ou pela maior média formada pela sobra de votos.
Em Farroupilha o eleitorado é constituído por 51.572 eleitores dos quais 45.973 compareceram às urnas. Desses 45.973 votos, 3.156 brancos e nulos. Dessa forma 42.817 votos se tornaram válidos em que o eleitor votou no candidato preferido (voto nominal) ou simplesmente no partido (legenda).
Com conhecimento desses dados se realiza a primeira operação matemática para se encontrar o quociente eleitoral. Ele é encontrado pela divisão dos votos válidos (42.817)
pelo número de vagas na Câmara de Vereadores, que são 15. Assim o quociente eleitoral em Farroupilha ficou em 2.854, números que não elegeram nenhum vereador.
Foi necessária uma segunda alternativa, qual seja, encontra-se o quociente partidário. Ele é calculado pela votação de cada partido (voto nominal e legenda) dividido pelo quociente eleitoral, cujo resultado foi o seguinte:
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Partido/Coligação        Votos nominais   Legendas    Total    Q. Eleitoral    Q. Partidário 
PMDB/PPS/PRB/PSL        13.446              1.160      14.606         5,1                     5
PP/PR                                   7.546                 247       7.793          2,7                     2
PDT                                      6.194              1.235       7.429          2,6                     2
PT/PC do B                          5.484                 124       5.608          1,9                     1
PSB/DEM                            4.881                   74       4.955          1,7                     1
PSDB/PTB                           2.134                   60      2.194           0,7                     0

Assim foram eleitos pelo quociente partidário, 11 vereadores, cinco do PMDB (Arielson Arsego, José Mario Bellaver,  Juvelino de Bortoli, João Reinaldo Arrosi, Maristela R.P. Bridi), dois do PP (Raul Herpich e Sidinei Catafesta), mais dois pelo PDT, (Maria da Goria Menegotto e Paulo Roberto Dalsochio), um do PT (Ildo Dal Soglio) e um do PSB (Vandré Fardin)
Sobraram quatro vagas a serem distribuídas pela maior média na sobra de votos, calculada da seguinte forma: dividir a votação de cada partido/coligação pelo número de lugares por ele obtido + 1 e assim alcançando uma média. O partido/coligação de maior média atribui-se a primeira sobra e assim acontece sucessivamente até a quarta vaga que sobrou.
A coligação PSDB/PTB fica fora por não ter alcançado o quociente partidário 

Partido/Coligação            Votação              Lugares + 1               Médias
PT/PC do B                      5.608                     ÷ 2 (1+1)                2.804,0
PP/PR                               7.793                       ÷ 3 (2+1)             2.587,6
PSB/DEM                         4.955                      ÷2 (1+1)              2.477,5
PDT                                  7.429                       ÷3 (2+1)             2.476,3 
PMDB/PPS/PRB/PSL     14.606                      ÷6 (5+1)            2.434,3
Por essa operação foram eleitos pelas maiores médias, na sobra de votos Marcio Guilden 2.804 (PT), Josué Paese Filho 2.587,6 (PP), Rudmar Elbio da Silva 2.477,3 (PSB) e Lino Troes 2.476,3 (PDT)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pesquisar


Entre as muitas coisas que faço com gosto, inclui-se a pesquisa. Todo e qualquer assunto que sobremaneira me interessa vou atrás, busco com zelo, investigo, quero saber mais, esquadrinho, os detalhes são importantes.
Pode ser um fato histórico, um livro ou um filme, seus autores, os protagonistas, um distante lugar no mapa geográfico, os homens, as mulheres. Nesse caso a pesquisa serve para satisfazer minha curiosidade, até mesmo como forma de entretenimento e claro melhorar meu aprendizado e aumentar o conhecimento de determinado assunto.
Pesquisas para a minha satisfação pessoal ou de modo geral, como trabalho jornalístico, as faço há tempo, desde quando uma informação mais exata, o conhecimento mais profundo, tinha que ser buscado nas enciclopédias. Hoje a internet, o Google, tornam a realização de pesquisas uma maneira mais simples de descobrir o conhecimento. 
Existe a pesquisa realizada com metodologia, cuidadosa e zelosa, mais elaborada, buscando a exatidão dos fatos para transmitir e informar, fornecer conhecimentos - aqui não se tratando de algo para a satisfação pessoal - a determinado público, no caso o leitor. Dessa maneira para o jornal pesquisei e realizei matérias como a influência dos capitéis na religiosidade dos imigrantes italianos, o histórico dos prédios mais antigos da cidade, os 100 anos da Viação Férrea em Farroupilha e parte da história política farroupilhense, entre tantas outras reportagens de cunho histórico.
Por essa razão, concernente especificamente ao cenário político/eleitoral local é que em cada eleição municipal, pesquiso, busco dados com a exatidão dos números, realizo comparações, analiso desempenhos, levanto estatísticas, conclusões baseadas em fórmulas matemáticas, banais, mas exatas, como a simples regra de três. Material suficiente de muitos anos, que poderiam ser expostos num livro como a história política de Farroupilha. No entanto não há recurso financeiro para uma empreitada como editar um livro. Na recente eleição levantei dados sobre a eleição majoritária (publicada pelo jornal) com a votação dos candidatos no centro da cidade, bairros e interior. Na eleição proporcional o mesmo trabalho foi realizado (não publicado) com a votação de cada um dos 15 vereadores eleitos também no centro da cidade, bairros e interior. Com isso foi formado um quadro geral com o resumo dessas votações. Levantei também o quociente eleitoral e partidário, de partidos e coligações. O desempenho de vereadores com aumento e diminuição de votação desde a eleição de 1996. A comprovação que o PMDB continua sendo o maior partido da cidade desde a eleição de 2000.
Gradativamente todo esse material estará no meu blog. A partir dessa sexta-feira, começamos com o desempenho de cada um dos 15 vereadores eleitos e suas votações no centro da cidade, bairros e interior. Acesse falasimpatia.blogspot.com.
                                                     *** ***
Na recente eleição descobrimos fatos interessantes. Como prova insofismável de autêntica civilidade eleitoral - o não desperdício do voto - na localidade de Linha Machadinho (IV Distrito), na seção eleitoral do salão comunitário de Santo André. Caada um dos 85 eleitores escolheram um candidato. Voto nulo zero, voto branco idem.
Da mesma forma na Forqueta Baixa ou Caravaggeto (também IV Distrito), 81 eleitores votaram em um dos três candidatos na eleição majoritária. Voto branco zero e só um voto nulo, talvez por erro no ato de votar.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Votação de vereadores (centro, bairros, interior)



Arielson Arsego, o popular Gasolina, foi o campeão de votos na eleição proporcional à Câmara de Vereadores com 2.010 votos, 4,7% dos votos. Obteve votos em todas as 147 urnas das 160 zonas eleitorais do município, perfazendo quase um montante de 14 votos por urna. Arsego é um experiente político colaborando com administração municipal do PMDB nos últimos 12 anos, como secretário em duas pastas. Como candidato a vereador na eleição de 2000 ficou na condição de suplente com 741 votos (2,28%). Em 2004 a mesma condição de suplente quando somou 1.186 votos (3,20%). Em 2008 não participou do pleito.

Na recente eleição municipal proporcional realizada estavam inscritos 51.572 eleitores, compareceram 45.973, abstenção de 10,86%. Nas 160 seções eleitorais da 61ª Zona Eleitoral, funcionaram 147 urnas eletrônicas (13 agregadas).

A votação dos vereadores eleitos está assim discriminada em seções eleitorais no centro da cidade, bairros e interior:



Centro

26 seções eleitorais: (8 Estadual, 8 Cesf, 7 Lourdes, 3 Sindicato) eleitores 8.858; votantes 7.643; abstenção 13.72%

Pela ordem os mais votados:

Gloria: 306 (4.10%) Vandré: 295 (3,95%) Gasolina: 290 (3,89%)

Paulinho: 242 (3,24) Raul Herpich: 218 (2,92%) Tetela: 181 (2,42%)

N. Arrosi: 163 (2,18%) Lino: 146 (1,96%) Juvelino: 132 (1,77%)

Catafesta: 131 (1,76%) Ildo: 117 (1,57%) Bellaver: 115 (1,54%)

Guillden: 114 (1,53%) Rudi: 90 (1,20%) Kiko Paese: 82 (1,10%)



Bairros

Nos diversos bairros da cidade, em suas 93 zonas eleitorais estavam inscritos 33.022 eleitores, votaram 29.599, abstenção 10,03%

Gasolina: 1.229 (4,15%) Ildo: 1.189 (4,02%) Raul Herpich: 934 (3.16%) Gloria: 908 (3,07%) Juvelino: 786 (2,66%) Vandré: 743 (2,51%)

Paulinho: 702 (2,37%) Catafesta: 692 (2,34%) N. Arrosi: 643 (2,18%)

Bellaver: 496 (1,68%) Tetela: 475 (1,60%) Rudi: 473 (1,59%)

Guilden: 361 (1,22%) Lino: 280 (0,95%) Kiko Paese: 271 (0,92%)



São José

9 seções eleitorais (E.E. Vivian Maggioni) estavam inscritos 3.024 eleitores, compareceram 2.688, abstenção 11,11%.

Gasolina: 174 (6,47%) Gloria: 112 (4,17%) Raul Herpich: 84 (3,12%)

Juvelino: 67 (2,49%) Catafesta: 55 (2,05%) N. Arrosi: 52 (1,93%)

Paulinho: 51 (1,90%) Vandré: 40 (1,49%) Tetela: 35 (1,30%)

Lino: 26 (0,97%) Ildo: 25 (0,93%) Rudi: 24 (0,89%)

Bellaver: 22 (0,82%) Kiko Paese: 19 (0,71%) Guilden: 18 (0,67%)



Nova Vicenza/Vicentina

10 seções (8 no salão da igreja São Vicente, 2 E.E. Carlos Fetter), inscritos 3.591 eleitores, compareceram 3.238, abstenção 9,83%.

Gasolina: 141 (4,35%) Paulinho: 128 (3,95%) Bellaver: 106 (3,27%)

Juvelino: 103 (3,19%) Vandré: 91 (2,81%) Gloria: 84 (2,59%)

Raul Herpich: 84 (2,59%) Guilden: 54 (1,67%) Catafesta: 47 (1,45%)

N. Arrosi: 46 (1,42%) Tetela: 43 (1,33%) Lino: 27 (0,83%)

Kiko Paese: 23 (9,71%) Ildo: 19 (0,59%) Rudi: 18 (0,56%)



São Luiz

10 seções ( 4 Cnec, 4 CTG R.Gauderios, 4 E.M. Ângelo Chiele), eleitores 3.726, compareceram 3.314, abstenção 11.05%.

Gasolina: 156 (4,70%) Paulinho:145 (4,37%) Gloria: 131 (3,95%)

Vandré: 92 ( 2,78%) Raul Herpich: 90 (2,72%) Guilden: 72 (2,17%) Lino: 70 (2,11%) Bellaver: 64 (1,93%) Juvelino: 61 (1,84%) Tetela: 58 (1,75%) N. Arrrosi: 53 (1,60%) Catafesta: 39 (1,18%) Kiko Paese: 31 (0,94%) Ildo: 27 (0,81%) Rudi: 21 (0,63%)



1º Maio

10 seções (6 no Salão Comunitário, 2 EM João Grendene) eleitores 3.899, compareceram 3. 537, abstenção 2,66%.

Gasolina: 167 (4,72%) Raul Herpich: 142( 4,01%) Ildo: 139 (3,93%)

Vandre: 118 (3,37%) Juvelino: 112 (3,17%) N. Arrosi: 109 (3,08%) Rudi: 101 (2,86%) Gloria: 93 (2,63%) Catafesta: 87 (2,46%)

Kiko Paese: 45 (1,28%) Paulinho: 44 (1,24%) Bellaver: 40 (1,13%)

Guilden: 38 (1,07%) Tetela: 35 (0,99%) Lino: 32 (0,93%)



Medianeira

9 seções (E.M. Presid. Dutra), eleitores 3.169, compareceram 2.837, abstenção 10,21%.

Ildo: 128 (4,51%) Vandré: 97 (3,42%) Gloria: 94 (3,31%)

Raul Herpich: 73 (2,58%) Catafesta: 69 (2,47%) Gasolina: 68 (2,40%)

Paulinho: 68 (2,40%) N. Arrosi: 63 (2,22%) Juvelino: 45 (1,59%)

Bellaver: 40 (1,41%) Tetela: 39 (1,37%) Guilden: 37 (1,30%)

Rudi: 25 (0,88%) Kiko Paese: 18 (0,63%) Lino: 13 (0,96%)



Industrial

9 seções (7 E.M. Presidente Dutra, 2 E.E. Ângelo V. Neto), eleitores 3.183, compareceram 2.856, abstenção 10,27%

Ildo: 231 (8,09%) N. Arrosi: 106 (3,71%) Gasolina: 105 (3,68)

Tetela: 100 (3,50%) Raul Herpich: 85 (3,00%) Gloria: 80 ( 2,80%)

Catafesta: 65 (2,28%) Paulinho: 47 (1,65%) Rudi: 42 (1,47%)

Juvelino: 37 (1,30%) Kiko Paese: 25 (0,87%) Vandré: 24 (0,84%) Guilden: 17 (0,60%) Bellaver: 16 (0,56%) Lino: 9 (0,31%)



PIO X

6 seções (4 Salão Comunitário, 2 E.E. Pio X), eleitores 1.949, compareceram 1.756, abstenção 9,90%.

Gasolina: 90 (5,13%) Gloria: 56 (3,19%) Raul Herpich: 56 (3,19%)

Catafesta: 52 (2,96%) Vandre: 48 (2,73%) N. Arrosi: 45 (2,56%) Bellaver: 44 (2,50%) Ildo: 38 (2,16%) Rudi: 38 (2,16%) Paulinho: 37 (2,11%) Juvelino: 36 (2,05%) Tetela: 27 (1,58%)

Guilden: 27 (1,58%) Lino: 23 (1,31%) Kiko Paese: 8 (0,45%)



Volta Grande/Santo Antonio

5 seções (E.E. José Fanton), eleitores 1.849, compareceram 1.637, abstenção 9,90%

Rudi: 90 (5,62%) Gasolina: 70 (4,28%) Raul Herpich 62 (3,79%)

Gloria: 60 (3,67%) Vandré: 55 (3,36%) Ildo: 54 (3,30%) N. Arrosi: 52 (3,18) Catafesta: 46 (2,81%) Bellaver: 42 (2,57%)

Lino: 26 (1,59%) Kiko Paese: 25 (1,53%) Guilden: 22 (1,34%)

Paulinho: 22 (1,34%) Tetela: (1,16%) Juvelino: 18 (1,10%)



Bela Vista/Belvedere

5 seções (Seminário Apostólico), eleitores 1.654, compareceram 1.468, abst. 11,15%

Juvelino: 55 (3,75) Bellaver 53 (3,61%) Vandré: 44 (3.00%)

Raul Herpich: 38 (2,59%) Paulinho: 37 (2,52%) Gasolina: 34 (2,31%)

Gloria 34 (2,31%) N. Arrosi: 32 (2,18%) Kiko Paese: 26 (1,77%)

Tetela: 25 (1,70%) Catafesta 19 (1,29%) Guilden: 14 (0,95%)b Ildo: 12 (0,82%) Rudi: 12 (0,82%) Lino: 7 (0,48%)



Monte Pasqual

4 seções (E.M. Ilza M. Martins), eleitores 1.587, compareceram 1.447, abstenção 8,82%

Ildo: 393 (27,16%) Raul Herpich: 56 (3,87%) Catafesta: 49 (3,39%)

Gasolina: 46 (3,18%) Bellaver: 27 (1,87%) Rudi: 26 (1,80%)

Nego Arrosi: 19 (1,31%) Gloria: 18 (1,24%) Paulinho: 18 (1,124% Kiko Paese: 15 (1,04%) Vandre: 15 (1,04%) Juvelino: 12 (0,83%) Lino: 12 (0,83) Guilden: 11 (0,76% Tetela: 7 (0,48%)



Cinqüentenário

4 seções (E.M. Cinqüentenário), eleitores 1.401, compareceram 1283, abstenção 8,41%

Juvelino: 175 (13,64%) Gasolina; 56 (4,37%) Gloria: 37 (2,88%)

Paulinho: 32 (2,49%) Catafesta: 31 (2,42%) Raul Herpich: 31 (2,42%)

Vandré: 30 (2,34%) Rudi: 24 (1,87%) N. Arrosi: 23 (1,99%)

Tetela: 17 (1,32%) Bellaver: (0,93%) Ildo: 12 (0,93%)

Lino: 8 (0,62%) Kiko: 7 (0,55%) Guilden: 7 (0,55%)



Planalto

2 seções (Clube Juvenil), eleitores 722, compareceram 645, abstenção 10,66%

Gasolina: 24 (3,72%) Paulinho: 24 (3,72%) Gloria: 22 (3,41%)

Vandré: 19 (2,95%) Raul Herpich; 18 (2,79%) Juvelino: 18 (2,79%) Rudi: 15 (2,33%) Catafesta: 13 (2,02%) Tetela: 12 (1,86%) Lino: 10 (1,55%) N. Arrosi: 10 (1,55%) Bellaver: 8 (1,24%) Ildo: 6 (0,93%) Kiko Paese: 6 (0,93%) Guilden: 4 (0,52%)



Santa Catarina

2 seções (E.M. N. Sra. Medianeira), eleitores 831, comparecimento 751, abst. 9,63%

Vandré: 36 (4.80%) Raul Herpich: 28 (3,73%) Gasolina: 27 (3,60%)

Catafesta: 26 (1,20%) Ildo: 23 (3,06%) Gloria: 18 (2,40%) Tetela: 18 (2,40%) Juvelino: 15 (2,00%) Guilden: 12 (1,60%)

Paulinho: 11 (1,46%) N. Arrosi: 9 (1,20% Bellaver: 6 (0,80%) Rudi: 5 (0,67%) Kiko Paese: 5 (0,67%) Lino: 3 (0,40%)



Centenário/Ipanema

2 seções (E.M. Zelinda Pessin), eleitores 446, comparecimento 399, abstenção 10,59

Ildo: 31 (7,77%) Catafesta: 30 (7,52%) N. Arrosi: 3 (0,752%) Raul Herpich: 17 (4,26%) Gloria: 13 (3,26%) Gasolina: 8 (3,00%)

Vandre: 8 (2,00%) Guilden: 7 (1,75%) Bellaver: 5 (1,25%) Paulinho: 4 (1,00%) Rudi: 4 (1,00%) Kiko Paese: 4 (1,00%)

Tetela: 3 (0,75%) Juvelino: 3 (0,75%) Lino: 2 (0,50%)



Imigrante

2 seções (E.M. Oscar Bertholdo), eleitores 408, compareceram 371, abstenção 9,07 %

Raul Herpich: 21 (5,66%) Gasolina: 17 (2,07%) Gloria: 12 (3,23%)

Catafesta: 10 (2,70%) Guilden: 9 (2,43%) Paulinho: 7 (1,89%) Vandre: 7 (1,89%) Juvelino: 6 (1,62%) Rudi: 4 (1,08%) N. Arrosi: 4 (1,08%) Kiko Paese: 3 (0,81%) Tetela: 2 (0,54%) Lino: 2 (0,54%) Ildo: 2 (0,54%) Bellaver: 1 (0,27%)



São Roque/Cruzeiro

2 seções (E.E. Pe. Rui Lorenzi), eleitores 729, compareceram 706, abstenção 10,19%

Raul Herpich: 32 (4,53%) Gasolina 23 (3,26%) Catafesta: 23 (3,26%) Tetela: 22 (3,26%) Paulinho: 20 (2,83%) Juvelino: 15 (2,12%)

Rudi: 14 (1,98%) Gloria: 12 (1,70%) N. Arrosi: 9 (1,27%) Vandre: 7 (0,99%) Ildo: 6 (0,85%) Belaver: 5 (0,71%) Lino: 5 (0,71%) Guilden: 2 (0,28%) Kiko Paese: 0



São Francisco

2 seções (Salão Comunitário), eleitores 404, compareceram 368, abstenção 8,9%

Gloria 20: (5,43%) Ildo: 10 (2,72%) Gasolina: 8 (2,17%)

Raul Herpich: 8 (2,17%) Vandré: 7 (1,90%) Juvelino: 7 (1,90%)

Rudi: 6 (1,63%) Paulinho: 5 (1,36%) Catafesta: 5 (1,36%)

Guilden: 5 (1,36%) Tetela: 3 (0,75%) Bellaver: 2 (0,54%)

Lino: 2 (0,54%) Kiko Paese: 2 (0,54%) N. Arrosi: 1 0,25%)



América

2 seções (Salão Comunitário), eleitores 427, compareceram 362, abstenção 15,22%

Ildo: 33 (9,12%) Catafesta: 26 (7,18%) Gasolina: 15 (4,14%)

Gloria: 12 (3,31%) Tetela: 10 (2,76%) Raul Herpich: 9 (2,49%)

N. Arrosi: 7 (1,93%) Vandré: 5 (1,38%) Guilden: 5 (1,38%)

Lino: 3 (0,83%) Bellaver: 3 (0,83%) Paulinho: 2 (0,55%) Rudi: 2 (0,55%) Kiko Paese: 1 (0,28%) Juvelino: 1 (028%)



Interior

38 seções eleitorais, eleitores 9.692, compareceram 8.731, abstenção 10,69%

Bellaver: 804 (9,21%) Guilden: 641 (7,34%) Gasolina: 491 (5,62%)

Kiko Paese: 304 (3,28%) Paulinho: 272 (3,11%) Gloria: 259 (3,00%)

Lino: 169 (1,94%) N. Arrosi: 167 (1,91%) Vandre: 138 (1,58%) Catafesta: 118 (1,35%) Raul Herpich: 112 (1,28%) Juvelino: 97 (1,11%)

Tetela: 76 (0,87%) Ildo: 38 (0,43%) Rudi: 31 (0,35%)





1º Distrito

6 seções eleitorais (localidades de São Marcos, Caravaggio, Capela de Todos os Santos e Linha Palmeiro), eleitores 1.878, compareceram 1.674, abstenção 10,86%

Bellaver: 296 (17,68%) Paulinho: 101 (6,03%) Guilden: 91 (5,44%) Gloria: 60 (3,58%) N. Arrosi: 52 (3,11%) Gasolina: 50 (2,99%)

Vandré: 49 (2,93%) Lino: 39 (2,33%) Juvelino: 24 (1,43%)

Catafesta: 23 (1,37%) Kiko Paese: 19 (1,13%) Raul Herpich: 17 (1,01%)

Tetela: 16 (0,96%) Ildo: 8 (0,48%) Rudi: 4 (0,24%)



2º Distrito

7 seções eleitorais (localidades de Vila Jansen, Linha República, Linha Jacinto, Linha 47, Monte Bérico, Linha 30) eleitores 1.884, compareceram 1.707, abstenção 9,39%.

Bellaver: 264 (15,47%) Guilden: 165 (9,67%) Gasolina 123 (7,80%)

Gloria: 53 (3,10%) Paulinho: 47 (2,75%) Kiko Paese: 42 (2,46%)

Vandré: 35 (2,05%) Raul Herpich: 28 (1,64%) Lino: 23 (1,35%)

N. Arrosi: 15 (0,88%) Catafesta: 13 (0,76%0 Juvelino: 11 (0,64%)

Tetela: 10 (0,59%) Ildo: 2 (0,11%) Rudi: 2 (0,11)



3º Distrito

16 seções eleitorais (localidades de Nova Sardenha, Linha Ely, Desvio Blauth, Vila Rica, Linha Muller, Monte Berico, Rio Burati, Linha Caçador, Linha Alencastro, Linha Sertorina, Vila Rica, Linha Paese, Linha São João), eleitores 3.863, compareceram 3.488, abstenção 9,71%.

Guilden: 281 (8,05%) Kiko Paese: 222 (6,36%) Gasolina: 217 (6,22%) Bellaver: 163 (4,67%) Gloria: 106 (3,03%) Paulinho: 83 (2,38%) N. Arrosi: 83 (2,38%) Lino: 81 (2,32%) Catafesta: 53 (1,52%)

Raul Herpich: 46(1,32%) Juvelino; 37 (1,06%) Vandré: 27 (0,77%)

Tetela: 21 (0,60%) Ildo: 17 (0,49%) Rudi: 11 (0,32%)



4º Distrito

9 seções eleitorais (localidades de Nova Milano, Salete, Linha Machadinho, Linha Boêmios, Caravageto), eleitores 2.067, compareceram 1.862, abstenção 9,92%

Guilden: 104 (5,59%) Gasolina: 101 (5,42%) Bellaver: 81 (4,35%)

Paulinho: 41 (2,20%) Gloria: 40 (2,15%) Catafesta: 29 (1,56%)

Tetela: 29 (1,56%) Vandré: 27 (1,4%) Lino: 26 (1,40%)

Juvelino: 25 (1,34%) Raul Herpich: 21 (1,12%) Kiko Paese: 21 (1,12%) N. Arrosi: 17 (0,82%) Rudi: 14 (0,75%) Ildo: 11 (0,59%)











CONFIRMADO

· Dirceu Chies (PP), 508 votos, foi o segundo mais votado no bairro São José. Somou 142 nas nove urnas

· Lenice Dama (PMDB), 328 votos, foi a terceira mais votada, no bairro São José

· Maria da Gloria Menegotto (PDT), 1.473 votos, só não foi votada em duas seções eleitorais: 112 Linha São João e 161, E.M. Ilza M. Martins

· Paulo Dalzochio (PDT) 1.216 votos, só não foi votado em quatro seções eleitorais:

43 Linha Machadinho, 51 Caravaggeto, 112 Linha São João e 162 1º de Maio.

· Jorge Cenci (PMDB) 658 votos, venceu em todas as nove seções eleitorais da E.M. Presidente Dutra, bairro Medianeira, somando um total de 259 votos

· Valmor Vargas dos Santos (PMDB) 552 votos e José Roberto Calábria (PMDB) 468 votos também destacaram-se nas urnas do bairro Medianeira com 110 e 108 votos

· Eleonir José Pelicioli (PC do B) 342 votos, foi o terceiro mais votado nas seções eleitorais do bairro 1º de Maio com 136 votos

· Primo Marmentini (PMDB) 394 votos foi o terceiro mais votado no 2º distrito somando 133 votos

· Roque André Tomazini (PDT) 536 foi recordista de votos numa única urna. Somou 191 na seção eleitoral 8, na localidade de N. Sra. Salete

· Alderico Bonez de Matos, Dedé (PSB), 521 votos, foi o segundo recordista de votos numa única urna, 134 votos na seção eleitoral 39, Nova Sardenha.

· Valdemar Ferreira (PMDB) 432 votos foi outro destaque nas seções eleitorais do 3º Distrito somando 214 votos.

· Kiko Paese (PP) 657 votos foi mais um destaque no 3º Distrito, 222 votos.

· Marcio Guilden (PT) 1.116 votos, foi o mais votado no 3º Distrito com 281 votos

· Ildo Dal Soglio (PT), 1.344 numa única urna, 111 E.M. Ilza M. Martins, bairro Monte Pasqual somou 123 votos. Fez mais votos que o candidato a prefeito Ademir Bareta (PMD) que somou 106

· Gloria Maria Menegotto (PDT) foi a mais votada nas seções eleitorais (26) no centro da cidade somando 306 votos. Venceu em oito urnas e empatou em três.

· Arielson Arsego, Gasolina (PMDB) 2.010 foi o mais votado nos bairros com 1.229 votos

· José Mario Bellaver (PMDB) 1.415 votos, foi o mais votado no interior com 804 votos. Fez mais votos no 1º e 2º distritos

· Alberto Maioli (PDT) 571 votos, foi o mais votado no 4º Distrito, 160 votos.

· Ildo Dal Soglio nos bairros Medianeira, Monte Pasqual, Industrial e 1º de Maio totalizou 891 votos.

· Ildo Dal Soglio nas quatro seções eleitorais do bairro Monte Pasqual (E.M. Ilza M. Martins) somou 393 votos. O candidato a prefeito Ademir Bareta (PMDB) somou nas quatro urnas 394 votos

· Fabiano Piccoli (PT) 1.076 votos, foi o quarto mais votado nas seções eleitorais do centro da cidade, 259 votos

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Faltou voto

De forma didática, sem querer ser convencido e sem a pretensão de uso do tom professoral, uma vez mais se volta à discutida e famigerada eleição proporcional, para demonstrar o quanto é complicada a questão em razão de um pleito eleitoral proporcional. A proporcionalidade é um conceito matemático do mais simples e comum, susceptível de aumento ou diminuição, na relação entre grandezas. O conceito como grandeza é tudo aquilo que pode ser contado e medido, como o tempo, velocidade, temperatura, entre tantas outras coisas, e porque não, os votos de uma eleição proporcional. A proporcionalidade equilibra as grandezas, evita descompassos, distribui racionalmente e com equidade, o que deve ser dividido. Busca-se a igualdade. Será mesmo? Talvez não em se tratando de eleição, quando de forma paradoxal o candidato mais votado não é eleito em detrimento de um menos votado eleito. No entanto é pela proporcionalidade, como uma fórmula racional e equânime, que a Lei Eleitoral, salvo engano, encontrou para distribuir determinado número de vagas exclusivamente do poder legislativo (câmaras) entre um número superior de candidatos as mesmas vagas numa eleição. Todavia essa equação como fórmula de igualdade em sua prática habitual não é nada justa. Fabiano André Piccoli (PT), não eleito vereador, somou 1076 votos, foi o nono colocado na classificação geral dos candidatos mais votados, ficou à frente de sete eleitos, fez quase o dobro de votos em relação ao penúltimo colocado (14º vereador) com 595 votos e ao último classificado (15º), 594. Fabiano, apesar da excelente votação, não conseguiu votos nominais suficientes, tampouco pela legenda partidária ou da coligação (PT/PC do B), o que poderia tê-lo eleito pelo quociente partidário, alcançado pelo seu companheiro Ildo Dal Soglio. Marcio Guilden, outro vereador do PT, foi eleito pela melhor média na sobra de votos. Na verdade por uma diferença exata de 100 votos, Guilden se elegeria também pelo quociente partidário. Explica-se: A coligação PT/PC do B entre votos nominais e legendas somou 5.608, o que equivale ao quociente eleitoral de 1.9 e ao quociente partidário de 1, significando a eleição de um vereador. Caso a coligação tivesse somado 5.708 votos, o QE seria 2.0 e o QP 2, eleição de dois vereadores. Assim Guilden, eleito também pelo QP, daria chance para que Piccoli se elegesse pela maior média na sobra de votos. Nesse ponto, na soma de votos é que a proporcionalidade torna a eleição de um candidato bastante esquisita e improvável. Pois bem. Luciano para eleger-se pela última alternativa proposta (maior média na sobra de votos) seria necessário que a sua coligação partidária somasse mais 2.115 votos (total de 7.763 em relação aos 5.608 obtidos) para empatar com a maior média obtida pela coligação PP/PR, que foi de 2.587,6. Nesse caso de um empate a questão seria direta: o eleito, o mais idoso. Fabiano jovem que é provavelmente estaria mais uma vez prejudicado. *** *** *** Caminho diariamente pelas ruas. Às vezes sou importunado para dar alguma informação da localização de algum local, incomodado em informar horas a alguém, assistir desavenças, discussões no trânsito e etcetera. São fatos ocorridos que não posso comentar nesse espaço em respeito aos leitores, pois há muitas ofensas, palavrões, impropérios, palavreado chulo e de baixo calão, algo que me é permitido quase de forma íntima, não tão pública no blog falasimpatia.blogspot.com ou no blog do carioca.

domingo, 11 de novembro de 2012

Relógio parado

Começo da minha caminhada diária. Ajusto o relógio para cronometrar minha atividade física. De repente, surpresa. Relógio parado. Imagino que ocorreu o desgaste da pilha. Solução: encontrar uma relojoaria para a troca da pilha. Esse detalhe não me impede de iniciar minha caminhada. Já disse que caminhando na rua sou prestativo dando informações, fornecendo horas, seja a quem for, não tenho nenhuma discriminação, nem preconceito. Repentinamente vem ao me encontro uma dessas figuras que se encontra amiúde nas ruas, aquele tipo rejeitado socialmente, mendigo e miserável, perdido nas vias da amargura e do sofrimento. Vê o relógio no pulso e me interpela: - Que horas são? Repondo: - Não tenho, o relógio está parado. O sujeito deve ter pensado que não fui prestativo por não informar as horas. Grosso, mais que isso, preconceituoso, nas ideias dele. Então, sem pensar muito mais, a ofensa raivosa, pelo acontecido surgiu: - Então joga fora essa merda e vai tomar no cu. Para evitar maiores dissabores tratei logo de mudar a pilha do relógio

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Encrenca no trânsito

Caminho pela rua de razoável movimento no trânsito. Na pista à direita um motorista de uma possante, reluzente e estupenda camioneta importada tenta entrar numa rua à esquerda. Aguarda o momento decisivo da manobra esperando os carros, claro a sua esquerda passarem. Surge a hora. Ninguém vem, vamos nós. O ninguém seria algum outro carro, mas apareceu alguém. Um pedestre atravessando a rua sobre a faixa de segurança. A potente camioneta além de estilosa tem bom freio. Salvou o transeunte. Esse revoltou-se com a manobra do motorista e abriu a caixa, a caixa não, a boca. Como assistente ocasional senti que a encreca estava formada: - Oh.. cara, tem que ter mais cuidado, olhar para os lados, quase me atropela - Cala boca seu babaca. Atravessa a rua e parece que está dormindo, seu merda - Dormindo deve estar a tua mãe na zona - Cala a boca, seu cretino de merda, senão vou te encher de porrada. - Você faz cagada no trânsito, quase me atropela e ainda quer ter razão. - Que saber. Eu nem deveria ter freado e assim você seria atropelado e nem estaria enchendo o meu saco. - Quer saber você seu babaca. Só porque tem essa merda de carro pensa tem o rei na barriga. Para fazer cagada a sua carteira deve ter sido tirada por telefone. Nesse momento no auge da discussão, o motorista fez menção de apanhar um porrete. O pedestre não teve dúvida, acelerou o passo, não sem antes gritar: - Vai tomar no cu, seu barbeiro de merda.

Obama, Bonner, Grêmio e Inter tudo na América

Obama foi reeleito presidente dos EE.UU. muito justamente pela maioria do voto popular e também pela maioria do Colégio Eleitoral, para desespero, desesperança e desilusão dos republicanos brasileiros, que aqui como lá, são representantes dos conservadores liberais, da direita reacionária. Entre os mais diversos expoentes da direita republicana no Brasil está a revista Veja que torceu de forma insofismável pela vitória republicana, mostra disso, pela reportagens sobre a eleição americana, com texto sempre favorável ao candidato republicano. Veja, assim com Lula e Dilma, decepciona-se mais uma vez na América com o bi de Obama. *** William Bonner foi cobrir a eleição americana para o Jornal Nacional direto de Washington. Numa de suas participações, terça-feira 6, dia da eleição americana ele informou o seguinte: "aqui na América a eleição é num dia de semana. O americano trabalha normalmente, diferentemente dai do Brasil quando é feriado nacional" *** Predomina na bandeira americana as cores azul e vermelha. Para definir no mapa os estados americanos favoravéis a um ou outro candidato, segundo pesquisas, usa-se as mesmas cores para claramente demonstrar essas preferências. Assim os estados favoravéis ao democrata Obama tinham a cor azul, aqueles favoravéis ao candidato republicano Romney a cor vermelha. Se assim for para a gauchada, para o torcedor de futebol, na América ganhou a eleição o Grêmio, do azul de Obama. Claro perderam os vermelhos dos republicanos, do Internacional.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O viúvo, a viúva

No calendário está definido: dia 2 de novembro, Dia de Finados, data tradicional para se homenagear os falecidos, um dos cultos mais antigos, reverenciado pela humanidade. Dia em que aqueles que ainda estão vivos visitarem aqueles que já morreram – obviedade natural e incontestável -, sepultados em dantescos túmulos, localizados em tétricos cemitérios, vocabulário sinistro de acordo com um assunto que poucos tratam. Todos aqueles dotados de vida ainda hoje veneram os sem vida, transformados em defuntos, tributo respeitoso realizado junto aos sepulcros. Todavia, na verdade, no futuro, na ordem da continuidade da modernidade, até se tratando dos finados, os vivos já não encontrarão cemitérios, os mortos não serão enterrados. Serão cremados e então os ditos “campos santos” se transformarão em logradouros ou condomínios. O Dia de Finados como visitação aos mortos acabará, como acabou as manifestações de luto. Faz tempo. Muito tempo. Tempo de antigamente. O parente, o familiar, aquele que passou a ser um finado, sempre era reverenciado por indumentárias, ou algum outro sinal externo aplicado nas roupas, uma tarja, uma braçadeira, ou um pequeno laço. Esse tipo de manifestação, de luto, obrigatoriamente durava um ano. Leopoldo ficou viúvo. Um jovem viúvo, assim como a jovem falecida. A doença incurável, rápida e irreversível, consumiu a vida de Miloca brevemente. Começou a definhar, enfraquecida ficou desmilinguida, seu aspecto físico cadavérico. Miloca morreu, Leopoldo viúvo. A partir desse acontecimento, em respeito à falecida, o sentimento de perda foi expressado pelo luto. Costumeiramente passou a usar sempre uma fatiota de cor preta e sobreposta na lapela uma tarja também escura. A variação ocorria quando a tarja na lapela era trocada por uma braçadeira no braço esquerdo. Numa indumentária menos convencional, sempre uma calça preta e uma camisa branca – colorida jamais – no lado esquerdo do peito o símbolo do luto, um laço em forma de V invertido e transpassado. Sempre com um desses tipos de traje, luto durante um ano. Nesse período, esperançosas pretendentes, faiscantes donzelas, esbeltas sirigaitas, com a intenção serem o novo amor do viúvo bonito e charmoso precisavam de paciência. Somente aguardar o fim da manifestação do tradicional luto e então Leopoldo, sem aquela roupa preta, verdadeiramente sem roupa nenhuma. Vontade movida pela libido das espevitadas raparigas. *** *** Belmira, uma jovem balzaquiana, bonita e gostosa, de seus 30 e poucos anos ficou viúva. O finado era mais velho, mas boa pessoa. Oferecia, dava tudo que Belmira desejava. Um dia o marido teve um piripaque, um enfarto, parada cardíaca, ou convulsão, enfim qualquer uma dessas patologias. Foi fulminante, bateu as botas, foi para a cidade dos pés juntos. Sei lá, o motivo não se sabe, mas dizem até que saiu dessa para melhor. Belmira viúva e que viúva. Como era daquele tempo de usar luto fechado, em homenagem ao falecido se envolveu em roupa preta. Vestido, sapato, meia e afirmam pessoas de sua intimidade, até a lingerie era de cor preta. Durante um ano foi sua vestimenta invariavelmente. Assim mesmo, toda de preto, Belmira vislumbrava aos homens toda a forma de desejo. Ela era provocativa, até mesmo sem querer, sem qualquer maldade, acredita-se, quando usava a meia-calça ou meias pretas, finas e transparentes, ou rendadas. Dessa forma deixava transparecer a cor alva, branquíssima de suas pernas. Um ano de luto. Os homens faziam uso da imaginação quando o instinto sexual se expressava. Imaginar Belmira, de luto, de roupa íntima, unicamente de calcinha e soutien pretos.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Veja está babando

A revista Veja está babando de satisfação com a condenação dos chamados mensaleiros, turma de Zé Dirceu, Genoino, Delúbio, Valério e outros menos votados. A revista, maior representante da direita reacionária brasileira, regozija, vibra, se entusiasma com a condenação. O ódio contra Lula, o rancor para com os petistas, sempre demonstrado por severos editoriais, alguns até mesmo despropositais e reportagens feitas de certa maneira contra um dos dogmas do jornalismo que é a parcialidade e não ouvir o outro lado acusado, está compensado. Veja está realizada apesar do jornalismo desconfiável. O condenado Marcos Valério algum tempo diz está guardado em cofre confissões sobre tudo o que aconteceu com a operação Mensalão. Lá está toda a verdade, inclusive acusando Lula de que tudo sabia. Pois bem. Veja está atras dessa documentação. Noticiário informa que a revista já ofereceu ao Valerio, pelo segredos guardados, três milhões de reais.

sábado, 27 de outubro de 2012

Consummatum est

A opinião emitida nesse espaço, como toda e qualquer pessoa que possa exprimir suas ideias, colocar em circulação publicamente um pensamento, um parecer sobre A opinião emitida nesse espaço, como toda e qualquer pessoa que possa exprimir suas determinado assunto, formar conjeturas, está sujeita aos elogios ou as críticas. As vezes, quando o assunto abordado num texto, é muito verossímil, provável, não há louvores, nem a apreciação desfavorável, porque é indiscutível e plausível, ou seja, que não foge a regra, que está de acordo com o pensamento comum, normal ao pensamento da sociedade e, em certos momentos, essa situação chega a ser frustrante, um malogro ao autor. Em contraposição quando o tema é desfavorável, contrário a opinião geral, polêmico, contraditório ao pensamento normal da maioria e que causa celeuma, nesse caso o escrevinhador, é um sujeito equivocado e incoerente, no limite da incongruência e da inconveniência. Foi assim com o texto da semana passada quando foi emitida a opinião favorável a eleição proporcional, aquela em que os candidatos são eleitos pela famigerada – segundo muitos leitores – pela proporcionalidade de votos. Alega-se ser injusto o procedimento eleitoral, o processo político, na escolha dos eleitos e dessa maneira quem for favorável a proporcionalidade não está em conformidade com a justiça. Pessoas confundem, embaralham a eleição majoritária e proporcional. É descabido misturar as duas eleições quando se discute teses como a questão do partido político. Na eleição majoritária existem diversos candidatos, de vários partidos e somente um eleito, para um único poder a ser ocupado, como de presidente do país, o governador do estado, o prefeito do município. Um poder, uma vaga, um eleito, o mais votado. Sem discussão. Vence um partido, um único candidato. Consummatum est. Dito, repetido e ratificado. Na eleição proporcional são diversas as vagas, vários candidatos. Vagas que não pertencem ao candidato, mas ao partido político. As vagas são proporcionadas pela votação nominal e na legenda partidária e que de acordo com essa votação, com o quociente eleitoral e partidário, elege seus candidatos. Importante frisar que a vaga pertence ao partido, não ao candidato. *** *** Causou também controvérsia quando foi afirmado nesse espaço que não haveria necessidade de qualquer pesquisa em saber quem venceria a eleição nesse ano eleitoral. Confirmaram-se as perspectivas da vitória da oposição levando-se em consideração a eleição passada. Não faltam argumentos em termos percentuais. Na ocasião, em 2008, PMDB teve como resultado na votação 44.73% dos votos. A oposição com o PDT fez 27,76%, com o PSB, 21,10%, ou seja, a oposição somou 48,86% dos votos. Para não haver dúvida para se chegar aos 100%, votos brancos 3,27%, nulos 3,14%. Em 2012, diante desses resultados, para vencer, unicamente a oposição precisava se organizar. *** *** Seis meses antes da eleição. No bar do Bolacha se ouve a seguinte afirmativa, partida de alguém, apoiada pelos demais, adeptos do PMDB: “Nos precisamos colocar uma “chapa pura”, chega de carregar “saco nas costas”. Se deduz que a “chapa pura” deveria ser Bareta e Pasqual. O “saco nas costas” seria o PP. *** *** O PT no governo municipal de Farroupilha, nem que para isso fosse praticado um sacrilégio, verdadeira heresia: coligar-se com o DEM. PT deve assumir uma secretária. O DEM também quer. É bom lembrar que o DEM foi parceiro do PMDB em 2008. Não continuou na parceria porque os peemedebistas em troca ao apoio ofereceram um cargo de bibliotecária na administração municipal. É bom saber que em 2008 o DEM na eleição proporcional somou 533 votos, em 2012, 846 votos.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O dito cujo quociente

É bem assim. Na eleição majoritária, processo eleitoral para a escolha de candidatos ao Executivo, governantes na escala de presidente, governador e prefeito, “vale o que está escrito”, parafraseando a informação contida no talãozinho de aposta da loteria zoológica. No caso de uma eleição, por conseguinte pela apuração de votos, “vale o que foi somado”. Não há subterfúgios ou evasivas, algum pretexto, para retirar do candidato mais votado a condição de eleito. Maior número de votos de um candidato: ganhou, acabou e eleito, conforme determina a legislação eleitoral. Ah... e o empate na votação. Acontece. Nesse caso pela lei elege-se o mais idoso. Como se observa na eleição majoritária não há conveniências, estratagemas, contagens diversas. Eleição resolvida de forma objetiva, diretamente. Já na eleição proporcional para a escolha de candidatos à condição de eleitos ao cargo de deputado e vereador, a legislação coloca intermediações, usa viés, tem certa forma obliqua, enfim, uma maneira indireta de eleger-se pela chamada proporcionalidade que é o equilíbrio, a harmonia e igualdade, que se dá ao final da apuração de uma eleição proporcional que se refere ao quociente, ao resultado da divisão dos votos válidos – no caso na recente eleição – para vereadores, modo de eleição que não deixa de ser complexo. O quociente referido é o eleitoral (QE) que é a divisão de votos válidos do pleito pelo número de cadeiras do legislativo. Somente os partidos ou coligações que superam o chamado QE obtém a condição em assumir vaga, no caso recente, à Câmara de Vereadores. De outra forma os eleitos dependerão do quociente partidário (QP), que são os votos do partido ou coligação divididos pelo quociente eleitoral (QE). Assim, por esse motivo ocorre, a eleição de um candidato de um menor número de votos em relação àquele de maior votação não eleito. Essa complexidade na eleição proporcional exige dos tribunais eleitorais as seguintes legendas: “não eleito”, sem comentário, “eleito” condição obtida logo de início pelo quociente eleitoral e os “eleitos por média” vereadores que assumem pelo processo de distribuição de sobras, o quociente partidário. Existe uma enorme parcela de políticos contrários aos métodos utilizados na eleição proporcional principalmente por injustiça e desequilíbrio, exatamente aqueles que se sentem os prejudicados. É importante saber que o sistema eleitoral brasileiro tem como base o partido político. De modo geral se entenda como partido o conjunto de indivíduos que têm as mesmas ideias políticas e sociais, que significa de imediato algo dividido em partes. Numa sociedade as pessoas assumem diversos partidos por interesses e ideais, pessoas de pensamentos e objetivos diversos. Como se diz “tomam partido”. Na política, partidos diferentes representam esse conjunto de pessoas que defendem uma mesma causa, a mesma ideologia. Pessoas, eleitores, representam pelo voto sua vontade, em sua maioria votando na pessoa, no candidato, popularmente votando no “homem”. Não levam em conta que votando assim individualmente, votam automaticamente no partido político que representa uma causa, uma ideologia, de uma coletividade. Assim sendo nada mais justo que a proporcionalidade, pelo equilíbrio, harmonia e igualdade, pelo pensamento das pessoas que tomam partido.

O dito cujo quociente

É bem assim. Na eleição majoritária, processo eleitoral para a escolha de candidatos ao Executivo, governantes na escala de presidente, governador e prefeito, “vale o que está escrito”, parafraseando a informação contida no talãozinho de aposta da loteria zoológica. No caso de uma eleição, por conseguinte pela apuração de votos, “vale o que foi somado”. Não há subterfúgios ou evasivas, algum pretexto, para retirar do candidato mais votado a condição de eleito. Maior número de votos de um candidato: ganhou, acabou e eleito, conforme determina a legislação eleitoral. Ah... e o empate na votação. Acontece. Nesse caso pela lei elege-se o mais idoso. Como se observa na eleição majoritária não há conveniências, estratagemas, contagens diversas. Eleição resolvida de forma objetiva, diretamente. Já na eleição proporcional para a escolha de candidatos à condição de eleitos ao cargo de deputado e vereador, a legislação coloca intermediações, usa viés, tem certa forma obliqua, enfim, uma maneira indireta de eleger-se pela chamada proporcionalidade que é o equilíbrio, a harmonia e igualdade, que se dá ao final da apuração de uma eleição proporcional que se refere ao quociente, ao resultado da divisão dos votos válidos – no caso na recente eleição – para vereadores, modo de eleição que não deixa de ser complexo. O quociente referido é o eleitoral (QE) que é a divisão de votos válidos do pleito pelo número de cadeiras do legislativo. Somente os partidos ou coligações que superam o chamado QE obtém a condição em assumir vaga, no caso recente, à Câmara de Vereadores. De outra forma os eleitos dependerão do quociente partidário (QP), que são os votos do partido ou coligação divididos pelo quociente eleitoral (QE). Assim, por esse motivo ocorre, a eleição de um candidato de um menor número de votos em relação àquele de maior votação não eleito. Essa complexidade na eleição proporcional exige dos tribunais eleitorais as seguintes legendas: “não eleito”, sem comentário, “eleito” condição obtida logo de início pelo quociente eleitoral e os “eleitos por média” vereadores que assumem pelo processo de distribuição de sobras, o quociente partidário. Existe uma enorme parcela de políticos contrários aos métodos utilizados na eleição proporcional principalmente por injustiça e desequilíbrio, exatamente aqueles que se sentem os prejudicados. É importante saber que o sistema eleitoral brasileiro tem como base o partido político. De modo geral se entenda como partido o conjunto de indivíduos que têm as mesmas ideias políticas e sociais, que significa de imediato algo dividido em partes. Numa sociedade as pessoas assumem diversos partidos por interesses e ideais, pessoas de pensamentos e objetivos diversos. Como se diz “tomam partido”. Na política, partidos diferentes representam esse conjunto de pessoas que defendem uma mesma causa, a mesma ideologia. Pessoas, eleitores, representam pelo voto sua vontade, em sua maioria votando na pessoa, no candidato, popularmente votando no “homem”. Não levam em conta que votando assim individualmente, votam automaticamente no partido político que representa uma causa, uma ideologia, de uma coletividade. Assim sendo nada mais justo que a proporcionalidade, pelo equilíbrio, harmonia e igualdade, pelo pensamento das pessoas que tomam partido.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

As urnas punem

Peço perdão pela ousadia em utilizar para meus argumentos uma obra literária respeitadíssima de um eloqüente e excelente escritor como Gabriel Garcia Márquez. Na verdade eu nem sei porque busquei como fonte inspiradora e de raciocínio para se chegar a uma conclusão, uma das obras do consagrado colombiano. Vou usar, parafrasear, no início desse texto com a comum frase, título de livro “A crônica de uma morte anunciada”. Aqui a citação fica modificada: “a crônica de uma derrota eleitoral anunciada”. O observador atento que acompanha a política local não precisa de qualquer pesquisa eleitoral para saber que a debacle do PMDB, a queda do poder, a hegemonia política estava prestes a ser perdida desde quatro anos atrás e para tudo acabar necessitava-se somente de uma eleição. Aconteceu. A crônica de uma derrota eleitoral anunciada. Em 2008 o PMDB teve sorte. Adorou o desacerto político dos adversários, as não superadas incompatibilidades pessoais de uns, o egocentrismo de outros, enfim o esfacelamento de uma oposição que tinha tudo para ser governo municipal. Perdeu-se nas picuinhas, o PMDB agradeceu e ficou mais quatro anos no poder totalizando 12 anos de preponderância governamental, de supremacia política. Foi há quatro anos. Eleição municipal com o PMDB confiante, mas nem tanto. A oposição se mexe. Existe a oportunidade de vencer. Começa negociações políticas. Lideranças políticas de um lado desejam isso, as do outro lado também desejam aquilo. Oposição repartida oferece condição ao PMDB de vencer. Sorte dos peemedebistas em não haver em Farroupilha o segundo turno, senão já era. Retorna-se ao passado. Confere-se junto aos arquivos o resultado eleitoral de quatro anos atrás e verifica-se então que o PMDB venceu pela fragilidade oposicionista. O eleitor desejava mudança, o PMDB depois de oito anos tinha hora marcada para sair do poder. O povo em sua maioria assim desejava, mas a oposição egocêntrica e por isso dividida, não lhe ofereceu essa condição. Na verdade ofereceu em dose dupla e então foi dupla a derrota. Verificam-se os dados eleitorais. Em urnas no centro da cidade o PMDB o PMDB fez 44% dos votos, a oposição dividida, mas paradoxalmente somada faria 40% dos votos. Melhor nos bairros. A oposição unida somaria 49% dos votos contra 44% dos votos do candidato do PMDB. No interior o candidato Ademir Baretta fez 47% dos votos, Paulo Dalsochio (PDT ) 36%, Pedro Pedrozo (PSB) 11%, que significa 47% para a oposição. Com esses resultados, depois de quatro anos, a oposição refletiu, uniu-se e chegou a conclusão de que estava fácil, pela retrospectiva eleitoral, vencer em 2012. Vaidades, suscetibilidades aparadas. Aconteceu. Crônica de uma vitória anunciada. O PMDB pelo resultado da eleição de 2008, deveria reagir, como por exemplo, ter mais presença popular. Buscar, formar líderes com carisma, renovar-se. Ficou perdido no tempo ou o espaço. Acomodou-se. Deu no que deu. As urnas punem. Próceres peemedebistas tentar encontrar causas para a derrota é perda de tempo. O PMDB como um todo é o culpado. Na verdade a culpa pelo fracasso peemedebista foi somente um: a oposição unida. Vale o clichê de todos os tempos: “A oposição unida jamais será vencida” Depois de 12 anos sai do governo gente importante que muito realizaram nesse período, Sai também aquele grupo de CCs, dos companheiros beneficiados pelas benesses, das mamatas. Vão ter que trabalhar agora, mesmo. Procurar emprego. Na verdade, na política a coisa é assim. Mamatas continuam. Outros virão.

sábado, 6 de outubro de 2012

Voto branco ou nulo

Já disse. Afirmei. Ratifico. Meu voto é ideológico. É bom que se entenda que a ideologia é um conjunto de ideias e pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais. O filosofo alemão Karl Marx tinha como conceito marcante para a ideologia que ela estava unida aos sistemas teóricos criados pela classe social dominante. De acordo com Marx a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade. Em contraposição a essa situação a ideia socialista é a implantação de um sistema de igualdade social. Partidos políticos da direita conservadora tem sua ideologia desejada através de um programa partidário direcionada à classe social dominante, às elites. Há os partidos da esquerda progressista que tem a plataforma política baseada e focada nas lides das classes sociais menos afortunadas. Existem os partidos de centro/direita ou centro/esquerda que tem ideologias dúbias, incertezas em suas ideias. Pois bem. O eleitor do voto ideológico ficará embaralhado na atual eleição em escolher o candidato. Há coisas esdrúxulas, excêntricas e espúrias acontecendo na política. Convive-se num ambiente político confuso, sem direção em ideias perdido ideologicamente, em que somente predomina os interesses pessoais, da política profissional na conquista do poder, não interessando de qual forma for, seja colocando as idéias como excremento, seja jogando fora, na lata do lixo, atirando na fossa dos interesses os conceitos ideológicos. Dessa forma vemos extravagâncias políticas. Em São Paulo o PT de Lula faz aliança com o PP de Paulo Maluf e Ana Amélia. Ideologias perdidas e confrontadas. Vale mas conquistar a eleição em São Paulo. O PP de Paulo Maluf e Ana Amélia, conservadores da elite direitista unidos em Porto Alegre com a comunista Manuela D`Ávila. Vale mais para a comunista ser prefeita em Porto Alegre do que suas ideias socialistas, como vale mais para Ana Amélia ter o apoio comunista daqui a dois anos como candidata ao governo do estado, do que suas ideias liberais. Assim a ideologia está no lixo no Brasil afora. No Rio o PT apóia Eduardo Paes do PMDB, aquele que então era deputado do PSDB é que era um dos algozes de Lula na CPI dos Correios. Tem ainda aquele outro ex-tucano, Gustavo Fruet, também verdugo de Lula na mesma CPI dos Correios, candidato a prefeito de Curitiba agora pelo PDT e que tem apoio de do PT. Até em Farroupilha, acreditem, o PT está coligado com o DEM. Quem diria petistas unidos com ultraconservadores. Não há dúvida de que se trata de verdadeiras heresias políticas. Por causa de uma questão ideológica, pela banalidade e vulgaridade política, pela distorção dos autênticos dogmas políticos fico na escolha do voto branco ou nulo. O voto branco pode dar uma ideia de conformismo, de abrir mão de um envolvimento, de um “tanto faz”, de um alienado no processo eleitoral. Voto descartado. O voto nulo é a forma do cidadão expressar o seu descontentamento com o sistema político vigente, mais objetivamente, pela falta de uma consciência ideológica por parte de partidos e candidatos. Eu voto nulo. Ainda mais. Voto nulo porque em Farroupilha não há candidatos de um partido que responda aos meus anseios ideológicos, que represente o voto pelas causas sociais verdadeiramente, como autenticamente a igualdade social. Voto nulo porque não há candidato do PSOL ou PSTU, partidos de fortaleza ideológica.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Hebe: o outro lado

Já notaram, é usual na informação necrológica. A pessoa que morre só tem elogios. Se não tem, se não for merecedora de elogios, se dá um jeito, se arruma. Somente bandido, morreu, acabou. Sem comentários. Não. As vezes tem e só pode ser maldito. Morreu o marginal, que bom, como a morte sendo o castigo supremo. Hebe morreu, merecedora de incontáveis elogios como mulher da televisão. Mas na opinião de muita gente uma chata como entrevistadora naquele famoso e conhecido talk show, cópia da televisão americana. Aliás o Jô Soares é outro chato. Ele seria a Hebe de saia. No aspecto profissional de Hebe muito se discute. Muitos gostavam dela como apresentadora televisiva. Outros não. Discutível mesmo seria sua posição política. Mulher que muito apoiou e tornou-se até cabo eleitoral de Paulo Maluf, nesse aspecto quase de forma unânime parece não ter crédito político. Outro. Fez parte em 2007 daquele fracassado movimento conhecido por Cansei (Movimento Cívico pelos Direitos dos Brasileiros) junto com outras figurinhas do meio artístico, político e social, movimento que pelo figurino de seus participantes, se mostrava elitista, da direita reacionária, que foram pelas ruas da região rica de São Paulo (Morumbi, Jardins e adjacências) fazer carreata com carros importados, cheios de joias e um monte de seguranças. O Cansei surgiu após o acidente com o avião do voo 3054 da TAM, desastre que serviu de motivo para o grupo Cansei tentar demonstrar a desordem administrativa do governo Lula e também desestabilizar o seu governo.

domingo, 30 de setembro de 2012

Casamento

Encontro casualmente um conhecido de longa data. Sem vê-lo durante muitos anos acontece aquele impacto pela surpresa, o espanto pelo prazer inesperado. Superada a emoção inicial, repentinamente, um olha para o outro da cabeça aos pés e o outro olha dos pés à cabeça, os dois buscando observar as modificações que o tempo faz com o aspecto físico das pessoas, como o corpo já não tão esbelto, as marcas das rugas no rosto, o fisco já meio carcomido pelo tempo. Em seguida os cumprimentos, abraço saudoso, o aperto de mão nostálgico. Segue as perguntas triviais, as indagações corriqueiras. - Como vai? Como tem passado? Essas duas inquirições é o intróito ao diálogo repleto de recordações, de intensas reminiscências, em algum momento frívolo, em outro fútil, em muitos interessantes. O meu conhecido tem intensa curiosidade pelo meu tempo passado. Perguntas diversas: - Os filhos, a minha mulher como estão? De repente se dá conta de que possa ser autor de uma indiscrição: - Desculpa-me. A sua mulher, mãe de seus filhos, é a mesma? Digo que sim, ratifico que é a mesma mulher de 34 anos de matrimônio. O meu interlocutor, meio sem graça, até mesmo vexado e admirado, mostra um sorriso amarelo, esse todo sem graça mesmo, assim, de jeito decepcionante. Decepção ou inveja? Não sei. Talvez por eu estar três décadas com a mesma esposa, ou ele, decepção com consigo mesmo em estar num terceiro casamento, o que significa de forma pragmática de que dois fracassaram. Para ele pode caber o lugar comum de que o casamento é uma instituição falida. Será mesmo a ideia de quem está num terceiro casamento, na busca de uma realização matrimonial? Estou casado há 34 anos. Casei num último sábado de um mês de janeiro quente, muito quente. A noiva no ritual casamenteiro toda de branco. Eu também. Não me lembro se na época o noivo casava de fatiota branca em razão de um modismo, ou simplesmente o traje foi escolhido pela minha irreverência ou, por gostar muito da cor branca, afinal o branco é a junção de todas as cores. Branca é a cor da transparência, da pureza, virtudes essenciais para um feliz matrimônio. Como aconteceu. Lembrei-me do encontro com o conhecido, de casamento, porque minha filha Carolina se casa nesse sábado. De família cristã, batizada e crismada, segue os preceitos religiosos com o casamento, mais que isso a união legitima de um homem com uma mulher, mas muito mais que isso é o vinculo que se estabelece entre duas pessoas que se amam e desejam ser felizes. Que assim seja Carolina. *** *** Foi no dia 14 de agosto de 1982 que postei no jornal “O Farroupilha” minha primeira crônica, texto que tinha como tema assunto concernente ao esporte. Época em que escrevia eventualmente para o jornal. Depois, no passar dos anos passou a ser uma obrigação semanal deleitosa, de enlevo, muito gratificante. Portanto estou contando 30 anos de colunismo jornalístico, três décadas de crônicas, sem comemorações, sem festas.

domingo, 23 de setembro de 2012

Naõ vejo, não ouço

Decididamente não vejo, não ouço. Trata-se da programação do horário político eleitoral. Não vejo, não ouço por uma questão fundamental, por um preceito político. Meu voto é ideológico baseado em convicções e convenções políticas. Voto portanto no candidato do partido político que responda ao meu ideário. Diante disso pouco importa aquele desfile de baboseiras que se vê e se ouve. Nenhum daqueles candidatos conseguirá me sensibilizar na mudança do meu voto. Meu voto já está escolhido (candidato e partido) de acordo com o meu pensamento político. Não preciso de qualquer ajuda ou interferência visual ou auditiva. Não vejo, não ouço, qualquer um daqueles indivíduos pedindo votos porque sei da maneira de atuação de todos eles na mídia pela sua forma conhecida e repetitiva, sem acréscimo de qualquer espécie de interesse coletivo eficaz e verdadeiro. Seguem um padrão de posicionamento em que infalivelmente promessas de realizações surgem com uma facilidade incrível. Promessas vãs, pois são irrealizáveis, mentirosas e descabidas. Dificilmente um candidato de apresenta ao distinto eleitorado e diz alguma coisa sobre o seu perfil ideológico, de suas convicções, de suas plenas razões em estar filiado ao partido político, de seu idealismo, de seu comportamento ético. A maioria certamente assinou uma ficha partidária por um convite qualquer, por interesse pessoal pela carreira política ou por receber alguma compensação futuramente. Mais do que certeza, essas pessoas jamais leram o programa político, o posicionamento doutrinário de princípios políticos, a plataforma de procedimentos pelas causas sociais, enfim uma série de itens que pautam os compromissos reais de um partido. Cientistas políticos ou comentaristas que se posicionam pelo chamado politicamente correto dizem que assistem (duvido muito) aos mencionados programas denominados pomposamente “horário gratuito político eleitoral” e aconselham aos leitores em assisti-lo para conhecerem melhor o candidato. Perda de tempo. Na verdade alguém tem vontade de conhecer ou saber alguma coisa a mais de tipos que se intitulam pelas formas mais prosaicas, bizarras, variadas e principalmente escatológicas como: Divino Bosta de Vaca, Cagado, Zezinho Merda, Vai do Cocô, Esposa do Esterco. De outro modo esse estrambótico modo de se intitular, essa extravagância verbal, enfim essa forma ofensiva de comunicação, a maneira de aparecer chamando a atenção de maneira indecente e grosseira como um tratado sobre excrementos é a comprovação da liberdade total, da democracia vigente no país apesar de toda essa predileção de titulação de modo absurdo, ridículo e excêntrico. “Senhores e senhoras no Horário Gratuito Político Eleitoral os candidatos Divino..., Zezinho..., Vai do..., Esposa do ... e o Cagado. Aliás nesse caso o “hgpe” presta imensurável serviço em quem o eleitor não deve votar, evidentemente se o eleitor não for de uma estirpe tão e quanto igual desqualificada aos citados candidatos de epítetos tão escalafobéticos. Na verdade é disso que o povo gosta. Essa vulgaridade, o profundo mau gosto, o escárnio proporcionado pelo momento político atual.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dia 20: um gaúcho, outro gaúcho

Gaúcho, natural de Porto Alegre, portanto autêntico porto-alegrense, cidadão urbano. Sabe o que significa o dia 20 de setembro: Revolta Farroupilha, Guerra dos Farrapos, porém não morre de amores pelo tradicionalismo. Acha que a revolta no Rio Grande do Sul contra o poder central como tal ocorreu em diversas regiões, em muitos lugares e ninguém fez dessa situação uma questão de honra, um feriado regional. Conservador, o porto-alegrense acredita que a revolução Farroupilha tratou-se na verdade de um motim, pelos interesses particulares de um grupo de pessoas. Pensamento de apoio completo e intransigente ao poder central do Estado, naquele época o Poder Imperial, acha que os outros gaúchos, os não porto-alegrenses, os do interior realizaram uma sublevação, desrespeito ao Império. O porto-alegrense e um seu amigo amigo gaúcho fronteiriço falam sobre o 20 de setembro. O urbano porto-alegrense conservador e tradicionalista politicamente, com isso, como se fosse antigamente, um "imperialista", com certa bazofia intiga com o tradicionalista do interior - e ele, como se fosse no tempo de antanho um "farrapo" ou "farroupilha" - diz em determinado momento do diálogo que "aqui em Porto Alegre vocês se deram mal, não conseguiram invadir a cidade". O gaudério replicou: "Tu sabes que David Canabarro o grande comandante farroupilha aqui entrou". O porto-alegrense de imediato argumentou: "Entrou mas teve que sair logo expulso pelas forças imperialistas". O porto-alegrense tenta aborrecer o gaudério: "Em razão disso vocês foram derrotados e ainda fazem festa, comemorações pelas derrota". O gaúcho interiorano quase se exalta, levantou um pouco a voz para afirmar: "Tchê é o seguinte: vitória é verdade não aconteceu, derrota também não ocorreu. Vamos deixar pelo empate, afinal de contas foi assinado um armistício para o fim da revolta, em nome da paz.

domingo, 16 de setembro de 2012

O Porquê

O estado de Santa Catarina, de acordo com os resultados do Ideb pela Prova Brasil e por conseguinte a formação de um ranking, tem o primeiro lugar nas séries finais (5ª a 8ª) do Ensino Fundamental com o índice de 4,9 (Rio Grande do Sul ficou em 11º com 4,1). Nas séries iniciais (cinco primeiros anos de ensino) o vizinho estado ficou em segundo lugar registrando o índice de 5,8 (Minas Gerais foi o estado primeiro colocado com 5,9, Rio Grande do Sul ficou na 11ª colocação com índice de 5,1) Numa comparação entre o pior, (Rio Grande do Sul), e o melhor (Santa Catarina), uma coisa dita ruim não justifica a inferioridade dos gaúchos ante os catarinenses. questão salarial. Os professores gaúchos recebem melhores salários que os colegas vizinhos. A média salarial de um professor gaúcho de nível médio num regime de 40 horas é de R$ 868,90, dos catarinenses R$ 609,46. O melhor dos catarinenses, o pior dos gaúchos se resume em três itens segundo os educadores e que confirmam o porquê da melhor educação catarinense: Interação com a comunidade; boa formação de professores; acesso facilitado a cursos diversos no interior do estado.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Lula: homem de 4 bilhões

Revistas de edição nacional noticiaram, na internet redes sociais divulgaram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - como nunca antes aconteceu nesse país - possui a 14ª fortuna no Brasil, avaliada em 4 bilhões de reais segundo a revista tradicional, internacional e respeitada Forbes. Lula deveria ter amealhado essa fortuna em 96 meses ou oito anos como presidente. Pode ser? Há o que se duvidar. Lula no princípio de seu governo recebia como salário mensal em torno de 8 a 10 mil reais. No último período de governo seu salário era de 28 mil. Se entende que essa grana era limpa (afora impostos), não gastava um centavo com qualquer despesa pessoal. Apesar disso tudo, convenhamos chegar a fortuna de 4 bilhões de reais só ser for num passe mágica. Mas alguém foi a fonte verdadeira, adquiriu a própria revista Forbes e constatou que nada consta sobre qualquer coisa com respeito a grana de Lula. Na verdade uma infâmia invetada por um infame.