segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Papai Noel não existe
O bispo é da diocese na cidade de Resistência, capital da província de Chaco. Ele avisa:
- Não devemos nos confundir, não devemos misturar o Natal com isto que está por ai. Pais católicos têm a obrigação de contar a verdade sobre o Papai Noel aos filhos.
Para o bispo, Papai Noel é simplesmente “um homem de vermelho”.
- Outro dia perguntei a uma criança sobre o Natal, e ela me respondeu que sabia que a data havia chegado porque tinha cidra e panetone.
Na verdade o bispo fundamenta-se na materialização do Natal. Tornou-se um período atraente para a indústria do consumo, o mercantilismo desenfreado. O Natal tornou-se um acontecimento significativo com o aumento da atividade econômica. É natural e necessário que assim aconteça, mas não em demasia, com o exagero próprio de uma sociedade de consumo. O materialismo tornou-se tão preponderante que o aspecto religioso é colocado em segundo plano. O capitalismo devorador consome até a crença cristã. A imaterialidade, diante da dimensão da ausência da sensibilidade religiosa, ainda persiste pela fé de pouco em que o mais importante é a comemoração do nascimento de Cristo. Sou do tempo de criança, que guloseimas, a mesa farta e ostensiva de riqueza, eram perfeitamente dispensáveis. Sou da época, levado pelos meus pais, do Natal que se comemorava dentro de uma igreja com a celebração da Missa do Galo (diz a lenda que à meia-noite do dia 24 de dezembro, um galo teria cantado anunciando a vinda do Messias). Nem sei se ainda é celebrada a Missa do Galo, talvez por falta de crença. A certeza é de que uma missa, nos dias de hoje, à meia-noite, é uma temeridade.
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terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Laranjada
É importante frisar que o assunto a seguir nada tem a ver com laranjas de ações criminosas, mas nem por isso deixam de ser laranjas.
Farroupilha está servindo de laranja. Uma moça é eleita Miss Brasil representando a cidade e nem daqui é. Usa um subterfúgio para se candidatar. Como sua cidade, Canoas, já tinha representante, buscou Farroupilha para dar sentido legal ao concurso. Aliás, isso é useiro e vezeiro em concursos de beleza, a utilização desse tipo de artimanha. Por algum motivo escolheu Farroupilha e será que ela teve permissão para usar o nome da cidade? A canoense, sem muita gente saber, transformou Farroupilha em terra de miss e de laranja. Não sei o que determina o regulamento do concurso, mas se há necessidade de comprovação de residência, a canoense praticou o crime de falsidade ideológica.
Farroupilha além de cidade laranja da beleza é também no esporte.
O tradicional Santos F.C. clube de futebol por excelência, está enveredando para o futsal fortemente, até com a contratação do craque Falcão. O clube não tem tradição salonista e veio fazer de Farroupilha, laranja. Como uma agremiação de futsal farroupilhense tem direitos adquiridos para disputar a Liga Nacional e Taça do Brasil os santistas aqui chegaram para buscar credenciais e disputar aquelas competições. Em troca da laranjada, ao que se diz, o Santos deverá oferecer jogadores a SERC Brasil. De repente quem sabe Neimar vem a Farroupilha jogar pelo Brasil. No sentido pejorativo, então, Farroupilha cidade laranja.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Os "gistas"
Nem tudo é como a gente gosta. Durante alguns dias passou por persistente mal-estar que lhe causava desconforto, como cansaço, dificuldade para respirar e persistente ausência do fôlego. Os sintomas preocuparam a família. Insistiram para que fizesse uma consulta médica. De forma irredutível disse não. Os indícios de que a saúde deveria estar com problemas prosseguiram. Familiares e amigos lhe informaram que poderia ter problemas cardíacos. O nosso retratado tremeu nas bases, quando imaginou que poderia estar “sofrendo do coração”. De qualquer forma, mesmo contrariado, submeteu-se a comparecer num consultório médico. Momento da consulta. Sentiu-se abalado com a conversa inicial do cardiologista, nada agradável, depois do relato dos sintomas. São realizados exames, procedimentos simples, como auscultar o coração, medir a pressão arterial. A pressão mostrou-se irregular, alta para padrões normais, sujeita a provocar um enfarte. O controle terá que ser feito com medicação. Em razão da idade, para prevenir um AVC, o conhecido derrame cerebral, um exame de imagem da carótida foi feito. Plaquetas ínfimas foram observadas, sem maior perigo, mas é bom se precaver: um remédio para evitar a disseminação é fundamental. Um remedinho a mais, aproveitando a oportunidade medicamentosa. Não é demais outro produto para afinar o sangue. Com tudo isso sentiu a necessidade do médico. Depois do cardiologista no embalo da vez, buscou o gastroenterologista, o urologista, o proctologista, o dermatologista. Enfim tornou-se um dependente da preocupação com moléstias imaginárias. Qualquer dor de cabeça é motivo de preocupação doentia. O desejo dele era ter a sua disposição um médico especialista em diagnósticos tipo assim o dr.House, aquele do famoso seriado americano que descobre qualquer doença. O homem da saúde de ferro, que não gostava de médicos tornou-se um hipocondríaco.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
No meu tempo não era assim
O tráfico de drogas no Rio de Janeiro foi se formando gradativamente. Para se entender é importante rever a história. A cidade do Rio de Janeiro foi capital do Brasil onde se situava o Distrito Federal com o governo central. Para não confundir, o estado do Rio de Janeiro, diferente geograficamente da cidade, tinha como capital a cidade de Niterói. Em 1960 com a mudança da sede da República que se estabeleceu em Brasília, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o estado da Guanabara, conforme plebiscito em 1963. Foi nesse período que começava a proliferar as favelas. O primeiro governador da Guanabara, Carlos Lacerda, tratou de desalojar os favelados transferindo-os para a Vila Kenedy e Cidade de Deus. Muitos favelados não aceitaram. Sair dos barracos da zona sul para prédios na longínqua zona oeste não era interessante. Coincidentemente ou não, na época, a favela do morro do Pasmado foi incendiada e conforme se comentava na ocasião, a mando do governo estadual.
Proliferavam as favelas, não o trafico de drogas. A partir dos anos 80 decididamente proliferavam as favelas e as drogas. Acentuou-se o tráfico, a bandidagem, o crime. Leonel Brizola assumiu o governo do Estado em 1983. Encontrou uma polícia truculenta e corrupta formada durante a ditadura militar. Primeiro com medo da violência policial e depois por interesses eleitorais evitava a entrada das forças de segurança nos morros favelados. Na verdade, em anos seguidos, a dobradinha PDT/PT se omitiu no combate ao crime o que permitiu que bandidos do tráfico fossem se organizando e se armando. Foi assim com Brizola, Anthony Garotinho, Benedita da Silva. O absurdo se ampliou. O tempo passou, um Rio romântico transformou-se em lupanar das drogas, reduto da bandidagem e do crime. No meu tempo de Rio de Janeiro não era assim em ternos de narcotráfico como hoje. Na verdade quase não existia. Drogas, como cocaína estavam restritas as festas do society. Os ricos, menos abonados, se satisfaziam com maconha. Era difícil e caro adquiri-las. Crack nem pensar. Pobre se contentava com a metade de um comprimido de Melhoral enfiado no meio de um cigarro, dando a impressão de leveza, de “viagem” ou, resolvia a satisfação alucinógena com um chá de cogumelo.
Hoje se encontra cocaína a granel a venda em alguma esquina. A maconha virou um produto popular. Dependendo da quantidade se compra papelotes por 2, 5 ou 10 reais.
O potencial das drogas ocorreu no segundo governo de Brizola e o de Rosinha Garotinho.
O crime aumentou. Os chefes do tráfico determinavam as comunidades como proceder. Exigiam o cumprimento de ordens às pessoas subjugadas, submissas ao crime. Não seguir as determinações, dívidas com o tráfico ou os chamados X9 (os alcagüetes que são informantes ou delatores) provocavam o julgamento sumário pela cúpula do tráfico, com condenação que poderia ser até mediante a morte pelo “micro-ondas”. Quem assistiu ao primeiro filme Tropa de Elite, há o episódio do jovem de classe média que comprava drogas junto aos traficantes para revender às turmas de amigos da zona sul. Comprava e não pagava. Provocou o seu fim trágico e doloroso: morrer pelo “micro-ondas” que consiste em colocar o “condenado” amarrado a um poste cercado por pneus. Gasolina atirada, fogo, pneus incendiados e a torturante tragédia consumada. Dessa forma, se afirma, morreu o jornalista Tim Lopes na Vila Cruzeiro, quando investigava os bailes funk e a prostituição infantil.
O futebol, como árbitro, conforme foi referido proporcionou-me conhecer dezenas de bairros. Na Penha, Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão não havia nenhum clube disputante de campeonato. Nas proximidades da região da Leopoldina (em razão do transporte coletivo de trens naquelas comunidades feito pela antiga Leopoldina Railway) únicos clubes participantes próximos eram o Olaria A.C. no bairro Olaria e o Bonsucesso F.C. em Bonsucesso. Conheci a Penha, ali pertinho da Vila Cruzeiro, em razão de algumas idas a igreja Nossa Senhora da Penha no alto de um penhasco e uma namorada na avenida Brás de Pina, no sopé do morro do Juramento, que faz parte do Complexo do Alemão. A subida, para a igreja da Penha é feita por intensa escadaria de cerca de 400 degraus, onde do alto se apreciava a baia da Guanabara e o hoje trágico complexo de favelas do Alemão. Tempo romântico que permitia de qualquer forma namorar onde hoje, até recentemente era impossível. A polícia invadiu e tomou conta de toda a região conflagrada, devolvendo a paz para aquelas comunidades, livres do jugo, da opressão dos bandidos. Mas até quando não se sabe, fica a dúvida.
sábado, 27 de novembro de 2010
Mancada
No entanto existem experientes apresentadores, âncoras de telejornais, que distraidamente ou não, às vezes escondidos, quando acreditam que as câmeras estão desligadas ou propositadamente ao vivo, verbalizam incontidos, ofensivos e preconceituosos comentários. No primeiro caso, algum tempo atrás, o âncora de um jornal noturno em rede nacional, faz um comentário desairoso. Não tem coragem de dizer em público o que foi revelado no interior de um estúdio. Na forma do anonimato, acreditando estar encoberto pela câmara desligada, mostrou seu lado hipócrita e rancoroso. O fato é o seguinte: Numa reportagem feita pela emissora, dois lixeiros desejam felicidades aos telespectadores. O dito apresentador, fora do vídeo, mas sem saber que o áudio estava sendo transmitido, diz: “Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. O mais baixo da escala do trabalho”.
Mais recentemente num programa noticioso em uma emissora de televisão em Florianópolis um comentarista vocifera de forma bestial o seu pensamento preconceituoso, mostra seu lado fascista, verbaliza sua ira contra os pobres, que para ele trata-se de um bando de miseráveis e desgraçados.
O acontecimento foi assim: o apresentador do noticioso fala dos acidentes automobilísticos ocorridos durante o ultimo feriadão o que serve de mote para o malfadado comentarista. Na opinião dele os acidentes são ocasionados pelos miseráveis que conseguem adquirir um carro e superlotam as estradas, moradores que se engalfinham em gaiolas que chamam de apartamentos. Ao que parece, no comentário infeliz, as estradas foram feitas para desfilarem os carrões das elites, as caminhonetas importadas de pessoas afortunadas. As causas dos acidentes também podem ser os desgraçados casais que se detestam e vão para a estrada para compensar frustrações.
Sobra para o governo quando fala: “...resultado de um governo espúrio que popularizou o financiamento pelo crédito ao carro para quem nunca leu um livro”.
A democracia permite expressões e pensamentos livremente. Mas por uma questão moral, de respeito ao próximo não se permite que alguém esbraveje rancor e desprezo contra miseráveis e desgraçados.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Mayara foi mal
Mayara é uma estudante de Direito, estagiaria de um escritório de advocacia, quem começou a incitação preconceituosa contra os nordestinos. Uma xenofobia interna de brasileiros contra brasileiros. Tudo teve seu início quando Mayara digitou e publicou em seu twitter: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado”. Não precisou utilizar o total de caracteres do servidor em seu microblogging – somente a metade – para desencadear uma onda de ódio preconceituoso contra pessoas de origem nordestina, tendo como causa a eleição de Dilma Rousseff. A partir daí foram postadas centenas de mensagens de apoio, de seguidores a Mayara. Eis a intolerância em 140 caracteres.
“Faça um favor para o nosso país: mate um nordestino”
“Brasil!!!Um país de tolos !!!Parabéns jegues nordestinos!!!. Tomarem que morram de fome eternamente, povo folgado que se refugia em SP”
“Dêem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalhava pra sustentar os vagabundos que fazem filhos pra ganhar o bolsa 171”
“Dividam o Brasil no meio, me nego a ser da mesma nação dos nordestinos”
“O nordeste é um lugar onde nós, pessoas brancas de classe média alta, vamos fazer turismo sexual comendo umas baianinhas vagabundas”
Oculta pelo pela segurança de seu computador, escondida pelo anonimato, parecia tudo fácil para se manter obscura. Não aconteceu. Mayara foi descoberta, perdeu seu estágio, demitida em seu emprego. Além do mais será responsável e deverá assumir com as conseqüências do ato praticado. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção de Pernambuco entrou com uma ação crime de discriminação em meio de comunicação e de incitação ao ato criminoso (homicídio).
Com essa vida pregressa Mayara pode não se tornar uma boa advogada. Mas certamente ela é nula em matemática, não sabe fazer contas. Todo esse preconceito, a intolerância com nordestinos, é erroneamente atribuído à vitoria de Dilma. Ledo engano. Nos estados nordestinos, é verdade, a votação de Dilma ficou na média 70% dos votos, significando uns 10 milhões de votos. Mayara deveria aprender a contar. Dilma ganhou por uma diferença de 12 milhões, portanto sobrariam dois milhões de votos não contados os nordestinos. O Nordeste ajudou, mas Dilma venceu em Minas Gerais e Rio de Janeiro, perdeu no Rio Grande do Sul por uma diferença que não chegou a 1 ponto percentual, e teve expressiva votação no estado de São Paulo e região Centro-Oeste.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
A mesma coisa
igualdade social, da distribuição de rendas, tudo irá continuar a mesma coisa. Fernando Henrique, Serra, Lula e muito provavelmente Dilma, tudo é a mesma coisa, ou seja, o socialismo praticado pelo poder de Brasília tem em sua doutrina a distribuição de bens para uma sociedade caracterizada pelo poder econômico – banqueiros e magnatas empresários - em que a igualdade de oportunidades e meios se direciona às elites poderosas, à burguesia dominante e influente dos ricos, à classe média alta. A distribuição de renda, a igualdade social verdadeira para o proletariado inexiste nos últimos governos brasileiros.
A esperança do regime socialista esteve prestes a se concretizar oito anos atrás: Lula eleito presidente. Naquele momento um operário, o sindicalista, o ativista conhecedor profundo das diferenças sociais, das desigualdades de classes, era a esperança de todos que postulavam a abolição da enorme diversidade social existente.
Não foi bem assim. Poderia se diagnosticar que haveria mudança de rumo, dos conceitos políticos e econômicos, quando Lula publicou, em abril de 2002, a famigerada Carta ao Povo Brasileiro, na verdade, tratava-se de uma carta aberta ao capitalismo. Submeteu-se ao poder econômico, seguiria a cartilha imposta pelo capitalismo. Assim foi feito, assim aconteceu durante os dois mandatos do governo Lula.
O capitalismo, representado em sua essência pelos banqueiros, jamais obteve êxito econômico e financeiro tão espetacular, nunca antes nesse país. Os bancos nesse ano fiscal de 2010 deverão ter lucros aproximados de 25 bilhões de reais. Somente um banco privado prevê um lucro liquido de 3,5 bilhões.
Enquanto isso, os excludentes de qualquer operação bancária, a massa falida dos pobres miseráveis, recebe como ato de misericórdia, uma esmola, a merreca do programa Bolsa Família, valores super insignificantes diante dos lucros bancários. A insignificância de valores da Bolsa é de 22 reais para cada um dos membros pertencente a cada família. Um vilipêndio à miséria, um desdouro contra a infeliz raça humana.
O BNDES, por financiamento, abarrota de reais empresas. O indigente, o marginal da sociedade, é do tempo do tostão, antiga moeda que não existe mais, de valor ridículo. O projeto Minha Casa, Minha Vida, da Caixa, é destinado a financiar moradias à classe média. O indigente sem teto tem por morada o viaduto, o subterrâneo das pontes, onde busca a sobrevivência na condição de famélico, prostrado pela fome.
O PSDB reacionário de FHC e Serra, que tem por plataforma política a proteção do capitalismo selvagem, a diabólica aglutinação de riquezas, até se compreende. Sua linha ideológica é assim. O PT autêntico do passado, da esquerda e de Lula sindicalista, se perdeu na busca do poder, transformou-se numa falácia, enganou aos adeptos do socialismo. Tornou-se um partido do centro, bem próximo à direita dos tucanos.
O PT perdeu suas raízes. Lula suas origens. Dilma não será diferente. Lamentável para o ideólogo socialista.
domingo, 14 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Ganhou o poste
No Rio Grande do Sul não houve a divisão da metade dos votos para cada lado, como aconteceu, ao que tudo indica em todo o país. Marina obteve 11% dos votos dos gaúchos na primeira etapa e no segundo turno a maioria optou pelo candidato José Serra em torno 7 a 8%, o que é demonstrado principalmente em 25 municípios da serra gaúcha, sendo que em cinco Dilma diminuiu sua votação. Em contraposição unicamente, em Carlos Barbosa, Dilma venceu nos dois turnos. O fenômeno da transferência maciça de votos de Marina para Serra na região é comprovado pelas apurações de votos em dois municípios: Caxias do Sul e Farroupilha. Em Caxias Marina somou um pouco mais de 32 mil votos no primeiro turno, Serra acima de 116 mil, Dilma em torno de 91 mil. No segundo turno os aproximadamente 32 mil votos de Marina foram para Serra, que foi a 136 mil. Dilma acrescentou um pouco mais de 5 mil e passou para aproximadamente de 96 mil votos, o que significa que Serra aumentou mais ou menos 27 mil votos sua votação. Em Farroupilha repetiu-se a vantagem de Serra. Marisa chegou perto dos 4 mil votos, Serra quase 19 mil, Dilma em torno de 17 mil. No segundo turno Serra aumentou a vantagem para 23 mil, uma diferença a mais em volta de 4 mil votos, enquanto Dilma teve um pequeno acréscimo de um pouco mais de 300 votos.
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Foram implacáveis no período pré-eleitoral as criticas, algumas imponderáveis, de determinada imprensa conservadora e reacionária, porta-voz das elites dominantes, como a Rede Globo, o jornal Folha de São Paulo e a revista Veja. Com uma pauta jornalística direcionada, com editorais, comentários e reportagens tendenciosas, com a clara exposição de prejudicar a candidata Dilma agiram de uma forma que os mesmos órgãos de imprensa condenam. Não adiantou.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
A urna
Outro caso. O correto funcionário, ciente de seu trabalho, desempenha com retidão seus afazeres. Conhece muito bem suas atribuições e por isso as cumpre com segurança, sem a mínima margem de erro. Apegado as sua funções tem imenso carinho pelo que faz. Um dia um chefe novo. Começa a intrometer-se no serviço com procedimentos errados. O funcionário tenta convencê-lo de que a forma a ser utilizada é imperfeita. Nada adianta. Tem que se submeter ao errôneo comando da chefia. O chefe de família pressionado, como também o funcionário, realiza o que não deseja. São dominados pela vontade alheia. O direito de escolha, do desejo realizado é inconcebível pela maioria dominante. Há, porém, um momento em que de fato irá prevalecer sua vontade, o direito inalienável de escolha de forma incontestável, quando sua consciência, sua vontade, sem qualquer pressão determinará o que fazer. É quando se encontra solitário diante da urna secreta de votação. Ali é ele mesmo. Sua vontade sem interferência de quem quer que seja prevalecerá. Trata-se do pleno e secreto direito democrático, sem qualquer restrição, de se fazer uma escolha. Assim seja.
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Quem não votou em Dilma ou Serra no primeiro turno se sente deserdado, desamparado numa segunda escolha. O pensamento não vale para quem votou em Marina, um voto de solidariedade, quem sabe de protesto, mas muito provavelmente de descontentes petistas. Quem é do voto ideológico lhe é oferecido agora, como a todo votante, quatro alternativas: Dilma, Serra, voto branco ou nulo. Certamente por convicções à esquerda, por uma questão de idiossincrasia, uma das opções é completamente descartada.
No segundo turno a questão é saber para quem vai os 20% dos votos de Marina. Deve ser dividir entre Dilma e Serra. Com isso de acordo com o primeiro turno Dilma que fez quase 47% vai a 57% no segundo. Serra de 32% poderá chegar a 42%. Serra deverá ainda ser prejudicado pelo feriadão. Quem vota em Serra, classe média, prefere curtir a folga. Por isso a abstenção deverá superar os 18% do primeiro turno, com mais um adendo. A eleição no primeiro turno é mais atraente ao eleitor em termos regionais, quando se vota em governador, senadores e deputados. Por tudo isso Dilma tem indicativos para vencer a eleição, a não ser que Serra consiga milhões de votos junto ao eleitor da mesma Dilma ou de repente, no momento final, surja algum aloprado.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Diferenças
Na serra gaúcha Dilma não obteve unanimidade e então se nota o politicamente incorreto. Para presidente da República um candidato ideológico de direita. Para o governo do Estado eleito o governador de posição político partidária contrária. O fenômeno desse fato, poderíamos dizer, a incoerência política, ocorreu nessa região e particularmente em Farroupilha. Esse contraditório, o ilógico político, a incongruência partidária, teria explicação? Talvez ela possa partir de sociólogos, cientistas políticos ou de outros especialistas da matéria.
Na ótica do leigo, na posição do cidadão laico, pode-se fazer algumas divagações, realizar deduções, basear-se em algum raciocínio, buscar o senso comum, a resposta desejada.
A principio, não que seja prioritária, a conclusão é de que a região tem preconceito machista. Presidente da República uma mulher jamais. Mas, e as mulheres votaram ou não em Dilma. Talvez se tivessem votado o resultado poderia ser outro. Mais uma questão. Predomina na serra o conservadorismo e o candidato José Serra é o representante autentico. Venceu. Então, Tarso Genro ganhou por aqui. Conservador? Falar o quê? Por favor, alguém tente explicar.
Especialmente em Farroupilha, o resultado da eleição é também motivo de discussão. Alem das questões do machismo, conservadorismo, mulher não vota em mulher, ficou claramente especificada algumas situações em que se coloca a divisão das classes sociais. No centro da cidade e bairros adjacentes (São Luiz e Nova Vicenza) e o interior, o conservadorismo é predominante, localidades de gente abastada, da classe média para cima. Obvio que Serra ganhasse naturalmente como presidente. Mas ganhou Tarso Genro também para o governo. Trata-se do novo representante do conservadorismo. O eleito dos ricos. Parece que sim.
No bairros populosos, de gente operária, da classe C e D houve a coerência. Ganhou Dilma e Tarso e o candidato ao senado Paulo Paim.
Detalhe. No cenário político farroupilhense chama atenção a votação do interior. Três distritos (1º, 2º e 4º) predomina o conservadorismo, pelo voto conservador. O 3º distrito com o maior eleitorado é oposto à situação das outras localidades. No 3º ganharam Dilma, Tarso e Paim.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
E agora, como é que se faz
Sacrificar Fogaça unicamente pelo fracasso nas urnas é injusto. Tem culpa o PMDB por seu líder e presidente senador Pedro Simon. Oportunista, volátil politicamente, praticante equilibrista ao se colocar em cima do muro, deu insegurança aos adeptos peemedebistas. Primeiro, conforme resolução partidária, jamais deu apoio explicito a José Serra, candidato preferencial da cúpula peemedebista gaúcha. Por prudência, ou sabe-se lá porque, ficou em dúbia posição. Melhor o muro. Ali se equilibrou, impelido por forças opostas, a partir da divisão dessas mesmas forças pela preferência de candidatura: Dilma ou Serra. De repente, quando de fato ao que parece abandonou Serra, pulou do muro e se ensaiou para o lado de Dilma. Conservadores do PMDB local não gostaram, criticaram.
Simon retornou ao muro. Esquecido Serra, sua dubiedade ficou restringida a Dilma e Marina. O caráter de dualidade não deu certo quando escolheu Dilma. Depressa retornou para cima do muro e refletiu. Pulou para o outro lado, o de Marina. Ali permaneceu desconfortável, incomodado. O lado de Marina ficou vazio com a decisão do segundo turno. Solução: muro. E agora, como é que se faz? Dilma ou Serra há a necessidade de decisão ou a prática da valência física do equilíbrio em cima do muro.
O PMDD perdeu o governo do Estado, não elegeu senador e somente quatro deputados federais e encolheu sua representação na Assembléia Legislativa.
Para o Senado mais uma mancada do PMDB. Germano Rigotto demorou em ser lembrado e convidado. Seria bom descobrir o motivo dessa vacilação. Enfim Rigotto escolhido. Onipotente, sentindo-se já eleito por seu histórico político, não aceitou a recomendação partidária para ter como companheiro o deputado Ibsen Pinheiro. O raciocínio de alguém muito confiante e individualista era absoluto: votem em mim e escolham outro candidato. Entre a autoconfiança e a estratégia política, errou. O eleitor escolheu Ana Amélia e Paim, esqueceram o onipresente Rigotto. Além disso ninguém esquece. Não pegou bem a famosa transferência de votos na eleição para governo do Estado em 2006 e certamente perdeu votos petistas. Já estratagema político do PT deu certo. Com dois candidatos – Renato Paim e Abigail Oliveira – não ofereceu muita escolha para outros adversários políticos. Afinal Abigail somou um 1 milhão e meio de votos, que como segunda opção poderiam ter ido para Rigotto ou ser dividido com Ana Amélia.Por falar em Ana Amélia o poder de comunicação da RBS é retumbante. Assim como Ana Amélia outra comunicadora teve sucesso político. Lembram-se de Maria do Carmo. A RBS conseguiu até eleger como deputado um apresentador das condições climáticas, o homem do tempo.
Trairagem
Aconteceu tudo ao contrário. Tarso Genro para o governo estadual obteve expressiva e insofismável votação. Sobraram votos. Uma vitória com o percentual de 54%, contra 43 dos adversários uita (25% Fogaça, 18% de Yeda). A conquista de Tarso foi irreparável pela condição de liderança em todo o estado do Rio Grande, vencendo quase absolutamente em pequenos, médios e grandes municípios. Nos 496 municípios venceu em 460 (92,74%). Fogaça em 23 (4,63%); Yeda em 13 (2,63%). Como se nota os adversários colocaram-se muito longe do intuito de provocar um segundo turno.
Foi acanhada a soma de votos do PSDB com Yeda. Não chegou a 20%. Esperavam um pouco mais. Mas o eleitor ficou cabreiro com os escândalos, deixando o partido manchado por diversos fatos: falcatrua no Detran, escuta na Casa Militar, o super faturamento das contas de publicidade do Banrisul. Decididamente esses acontecimentos ocasionaram uma boa perda de votos.
Decepcionante também a votação do PMDB com a irrisória soma de 25%, número muito aquém do partido, histórico em suas lutas, valores perdidos para o fisiologismo. Além da derrota para o executivo perdeu uma vaga para o Senado e elegeu somente quatro deputados federais. O PMDB é poder desde o tempo de Collor sem nunca ter estado no poder. Essa condição de clientelista pode ser perdida depois de muitos anos: imagine-se a Dilma perder. Mas quem sabe. Como sobrevive da dependência política, poderá surgir uma aliança com Serra. Ocorreu com Fernando Henrique. Por ser assim se afastou do pragmático ideológico. Perdeu-se no tempo Agindo dessa forma oportunista, a doutrina partidária, o programa ideológico ficou no fundo de uma gaveta.
Esse jeito de agir deve ter sido um dos motivos da fragorosa derrota. Um outro, entre tantos motivos, foi a escolha do candidato ao governo do Estado. Começamos pelo início, pedindo desculpas pela redundância. O candidato natural seria Germano Rigotto. Não foi. Porque não se sabe. O motivo deve estar escondido nos escaninhos da luta pelo poder. Não foi Rigotto, o escolhido foi José Fogaça. Fogaça foi um histórico peemedebista. Seu passado ficou manchado. Atraído por Antonio Brito assinou ficha no PPS. Brito perdeu prestigio, como também o partido. Fogaça perto de iminente fracasso político salvou-se como o filho pródigo que volta à casa antiga, ao PMDB. De qualquer maneira foi ungido na condição de candidato. O histórico militante peemedebista não gostou, achou uma “trairagem”.
Retorno com o assunto na próxima semana
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
HEG ou HPEG
Por 45 dias, obrigatoriamente, em período pré-eleitoral, é transmitido pelas emissoras de radio e televisão o programa denominado Horário Eleitoral Gratuito ou Horário Político Eleitoral Obrigatório, ou qualquer coisa que seja. É a oportunidade dos candidatos, através da legislação eleitoral, conforme ditames da democracia, de apresentarem-se, tornarem-se conhecidos, mostrarem suas ideias, sua plataforma política. É o momento que tem Dilma, Serra, Marina, Plínio Arruda, para convenceram os eleitores. Lamentavelmente - mas o direito democrático assim permite - o eleitor tem que ouvir as grosseiras palavras da Tati Quebra Barraco, a retórica superada de Paulo Maluf, ou as bizarrices apalermadas do palhaço Tiririca.
O título do programa a ser empregado pouco importa, mas ressalve-se algo de importante: de gratuito não tem nada.
Devido a veiculação da propaganda eleitoral as emissoras de rádio e televisão abertas recebem do governo desconto no pagamento do Imposto de Renda, tratando-se de uma exceção fiscal. A dedução prevista é de 80% do valor cobrado pela transmissão de propagandas comerciais naquele horário de acordo com a tabela de cada emissora, o que explicitamente trata-se de uma compensação. A Receita Federal estima que a soma de dinheiro que deixará de entrar nos cofres públicos é de 850 milhões de reais, dinheiro, sem qualquer demagogia, poderia ser bem empregado em obras sociais.
De acordo com a população brasileira – um pouco mais de 190 milhões – seria como cada brasileiro pagasse R$ 4,44 para receber informações dos candidatos e dos partidos políticos e até desaforos de figuras gaiatas, o que determina decididamente que quem paga o horário político é o contribuinte. Há opiniões de que o governo não deveria pagar pelo horário eleitoral. Nem o governo, nem os partidos, nem os candidatos. Muitos acham que a conta deveria ficar nas mãos dos empresários do setor de comunicação a partir do raciocínio de que rádio e televisão é uma concessão pública e consequentemente patrimônio da sociedade brasileira, administrada pelo Estado.
Acredito que muitos eleitores necessitam do horário eleitoral para obterem informações, deixar a indecisão de lado, votar conscientemente e até desistir de algum candidato. No entanto para mim, o famigerado horário é de nenhuma valia, como também os debates radiofônicos e televisivos onde nada se aproveita dos candidatos, políticos profissionais, de retórica enfadonha, inconvenientes em suas explanações com aquela eloqüência aborrecida. Dispenso horário político e debates em razão de que o meu voto é ideológico. .
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
É só escolher
Se o eleitor desejar condicionar seu voto a algum profissional, é só escolher:
Barriga do Açougue, Andre Pescador, Navarro da Feira do Automóvel, Moto boi Onorio, Russo do Peixe, Paulão da Saúde, Pedro da Geladeira, Betinho do Mercado, Didi Caminhoneiro, Joel da Ambulância, Toninho da Elétrica, Moises da Funerária.
Tem os famosos ou simplesmente conhecidos como candidatos:
Em São Paulo, para senador: Netinho de Paula (PC do B), cantor a apresentador de TV; Moacir Franco (PSL), cantor e humorista da Praça é Nossa (SBT).
Deputado Federal: Frank Aguiar (PTB) cantor, Batoré (PP), humorista da Praça é Nossa (SBT), Agnaldo Timóteo (PP) cantor, Juca Chaves (PR) cantor, Tiririca (PR) humorista (Record), Ronaldo Esper (PTC) costureiro, Mulher Pêra (PTN), Kiko (DEM) do conjunto KLB, Vampeta (PTB), seleção brasileira, Corinthians, Marcelinho Carioca.
Deputado Estadual: Simony (PP) do Trio Esperança, Leci Brandão, cantora e sambista (PC do B), Leandro (DEM), conjunto do KLB.
Rio de Janeiro, candidatos a deputado federal: Romário (PSB) seleção brasileira, Stefhan Nercessian (PPS), ator da Globo, Eurico Miranda (PP) ex-presidente do Vasco.
Deputados Estaduais: Myrian Rios (PDT) atriz, ex-mulher de Roberto Carlos, Wagner Montes (PDT), apresentador Record/Rio, Mulher Melão (PHS), Tati Quebra Barraco, funkeira, Bebeto, seleção brasileira, Valdir Espinosa, técnico de futebol, Pedro Manso, imitador do Faustão. Há outros conhecidos candidatos: Em Pernambuco Reginaldo Rossi; em Brasília Joãozinho Trinta; na Bahia Acelino de Freitas (Popo), Jean Willis, ex. BBB; em Goiás para senador Rener da dupla Rick e Rener, para deputado Túlio Maravilha. No Paraná, candidatos Dede Santana humorista, Raul Plasmann ex-goleiro Cruzeiro e Flamengo, Ratinho Junior, filho do apresentador Ratinho.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Candidatos famosos e estranhos
Começamos pelos Rio Grande do Sul:
Nomes conhecidos: Danrlei (PTB),Mazzaropi (PMDB,Tarciso(PDT), Gaúcho da Fronteira (PTB)
Nomes esquisitos: Alcindo Boka di Lata, Gauchinho de Deus, Mikonga, Sparta, Xirú,Brasinha, Kaioba Sputnick, Chinelinho, Altair Fala Fino, Toninho do Taxi, Jacaré, Surdina, Zeze Maravilha Churrasco, Flavio Amigos dos Animais, O Cornete, Bagalu.
Santa Catarina:
Os esquisitos: Dr. Xixa, Chico Bela Vista, Latinha, Peninha, Pipoca, Hulk, Dr. Xuxo, Vilma Mãe dos Surfistas.
Paraná:
Nomes conhecidos: Raul Plasmann, ex-goleiro do Cruzeiro e Flamengo, Zeca Dirceu, filho de José Dirceu, Carlos Alberto Massa (Ratinho Junior), filho do Ratinho (SBT).
Nomes esquisitos: Adão Da Ação Social, Crevelin do Torno Móvel, Tomate, Meu Amigo Erasmo,Dr. Rosinha, Tia do Doce, Nego da Radio, Baixinho da Motoca, Palhaço Torradinha, Xaropinho, Toninho do Papelão, Tilatia Dande, Nego Dágua, Gordinho do Suco, Eduardo do Postinho, Cantor Jhon, Lentilha, Jaja Corneteiro, Tiburcio do Faustão, Cheiroso.
Tem mais numa próxima postagem.
Ninguém
Mas são os próprios políticos que proporcionam a oportunidade a essa raça, um conjunto de indivíduos em bagunçar e confundir o saudável processo político e eleitoral do voto democrático. Políticos de comportamento duvidoso, sem decoro parlamentar, imorais, metidos em negociatas, falcatruas e corrupção, de fichas sujíssimas perdidas no esgoto da sem-vergonhice, oferecem condições para que gente igual postule um cargo eletivo.
Esse estado de coisa ocasiona candidato que bate em mulher, suspeito de homicídio, crime por estelionato; gente que não tem o ensino fundamental completo ou quando indagado - o caso de uma mulher fruta candidata - por sua escolaridade responde simplesmente que sabe ler e escrever. Tem até um tal Binladem candidato.
Existem outros candidatos que se desconhece a razão pela aptidão política. O cantor Rener, da dupla Rick e Rener é candidato ao senado pelo PP de Goiás. A dupla é milionária, proprietária de helicóptero, avião e fazendas. A pergunta é: o que quer com a política?
Frank Aguiar, cantor canastrão e brega, aquele do forró do moranguinho, em 2006 eleito deputado federal pela primeira vez tinha um patrimônio de 543 mil reais. É candidato outra vez. Na declaração à Justiça Eleitoral o patrimônio é agora de 3,8 milhões de reais.
A nominata de canditados é um verdadeiro escárnio. Ninguém é o nome de registro de um candidato, PSL de Pernambuco, na urna eletrônica. Segundo ele, nem está ai para eleição, não quer saber em quem votar, em ninguém, pois vote em Ninguém. Será terá alguém que votará em Ninguém?
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Etelvina
Ete (assim é chamada na intimidade) fala demais Muitas vezes fala o que não deve, até mentiras, é indiscreta, invejosa e mexeriqueira, portanto eximia em fazer intrigas, muito delas pela invencionice. Brigas entre homens e mulheres, casais separados, traições, o comportamento de amigas, verdades ou não, não escapam de sua fama de língua ferina. Imaginem. Fala até mal dos políticos. Está sempre sibilando, pronta à acrescentar um pouco de veneno a qualquer comentário. Como pessoa muito falante tem a abundância das palavras marcadas pela futilidade, de poucas ideias. É uma faladora contumaz, irrequieta não sossega a língua. Quem conversa demais dá bom dia a cavalo. Literalmente Ete fala pelos cotovelos. Para ter certeza que o seu ouvinte está atento e chamar maior atenção tem a mania de tocar o seu interlocutor com o cotovelo. Além disso, Etelvina tem um outro jeito para certificar-se de que realmente é escutada. A cada frase, ou uma única palavra, usa a exclamação “hein” repetidas diversas vezes. “Hein, hein, hein”. Um dia, Gertrudes, anteriormente referida, amiga de Etelvina, é o protótipo essencialmente contrário a Ete. Fala muito pouco, aquele tipo de que entra calada no recinto e sai muda. Gertrudes telefona para a amiga:
- Alô é Etelvina? (Gertrudes não gosta muito de intimidade, nada de Ete)
- Sim amiga. Sou eu mesmo. Como vai, tudo bem?
- Olha nem tanto, principalmente para você. Tenho que lhe contar algo de muito ruim.
Gertrudes é uma mulher recatada, muito modesta, do melhor pudor, de muitas virtudes. Titubeia, não sabe como começar a contar o fato ocorrido.
Do outro lado da linha Etelvina está ansiosa e curiosa para saber do que se trata o que pode motivar fofocas aumentadas para outras amigas. Diz Gertrudes:
- Ontem eu vi Antônio (marido de Etelvina) num agarramento só com uma loira, aos abraços e beijos. Atônita, Ete responde que não acredita. Nada mais diz. Confia no marido e não acredita que o Toninho seja um cafajeste. Desliga mal educadamente o telefone, em seguida reflete: “Como tem gente fofoqueira, até Gertrudes”.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Carolina
Há muitos mistérios para descobrir no livro de passatempos A Fada Carolina de Emma Thompson. Em seu texto há o convite das pessoas juntarem-se a Carolina e sobrevoar a cidade das flores em busca de uma varinha mágica.
Gosto muito do nome Carolina. Sempre gostei desde muito tempo. Tempo em que Carolina era um nome de relação com senhora idosa, meio conservador, não muito usual no registro e no batistério. Pura e enganosa impressão. Quantas carolinas em tempo atual, moderninhas em seus nomes estão por aí.
Gosto muito de Carolina. Em razão disso tudo o que se relaciona a Carolina busco e encontro: livros, poemas em forma de canções. Música de Seu Jorge:
“Ô Carolina eu preciso de você/ Ô Carolina eu não vou suportar não te ver.
Carolina eu preciso te falar/ Ô Carolina eu vou amar você/ Carolina, Carolina”.
Tem a Carolina da dupla Toquinho e Jorge Benjor, música que se tornou famosa com o refrão: “Eu falei, eu menti, eu chorei, eu sorri, dizendo:
Carolina, Carol, Carol, Carolina bela”.
A composição mais linda relacionada a Carolina é de autoria de Chico Buarque de Holanda que com os seus versos delicados, amados e sonhadores, diz:
“Carolina, nos seus olhos fundos guarda tanta dor. A dor de todo esse mundo.
Eu já lhe expliquei que não vai dar, seu pranto não vai nada ajudar.
Eu já convidei para dançar, é hora, já sei, de aproveitar.
Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu.
Eu bem que mostrei sorrindo, pela janela, ah que lindo,
mas Carolina não viu...
Carolina, nos seus olhos tristes, guarda tanto amor,
o amor que já não existe
Eu bem que avisei, vai acabar,
de tudo que lhe dei para aceitar
mil versos cantei prá lhe agradar, agora não sei como explicar.
Lá fora, amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiu.
Eu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela
e só Carolina não viu”.
Carolina é o nome de minha filha.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Verônica
Verônica é professora do ensino público, portanto mal remunerada. Salário miserável tradicionalmente representado pelo dedo indicador próximo ao polegar com uma ínfima separação entre os dois. Verônica está cansada depois de mais de 20 anos no magistério. Perdeu o entusiasmo
Verônica tem relacionamento difícil com o ex-marido. A mãe, com a necessidade de realizar uma cirurgia pelo hospital do serviço público, está esperando uma vaga, tem três meses. Não tem recurso para fazê-la em hospital privado. Verônica recorre ao ex-marido pedindo dinheiro emprestado para a cirurgia. Ele diz que não há problema, mas sutilmente insinua em levá-la para a cama. Indignada ela se sente como uma prostituta. A mãe terá que esperar. Não tem jeito. Dinheiro pelo sexo, jamais.
Um dia, na saída da escola em que trabalha, percebe que ninguém veio buscar Leandro, aluno de oito anos. Aguarda com o menino o comparecimento de alguém por várias horas. Anoitece e Verônica resolve levá-lo em casa situada em meio a uma favela. Quando se aproxima observa intenso movimento policial. Toma conhecimento de que traficantes foram assassinados, entre eles, pai e mãe de Leandro. Verônica redescobre sentimentos que estavam adormecidos e tenta fugir, retirar dali a criança.
Leandro também está jurado de morte. Dias antes da chacina, seu pai desconfiado do que poderia acontecer, pendura em seu pescoço um pen drive, instrumento que armazena e revela o conluio existente entre traficantes e policiais. Leandro é o da vez. Verônica fica apavorada. Busca ajuda com o marido ex-policial. Colegas professores receosos não colaboram. Descobre o pen-driva com o menino. Descobre mais; o lado podre da polícia e o envolvimento com traficantes. Não sabe em quem confiar. Se quiser sobreviver não pode seguir regras ou procurar a lei. Qualquer decisão racional e legal que tome não garante que seus problemas acabem. Existe uma única alternativa; fugir.
É o que faz Verônica junto com Leandro. Um recomeço, uma nova vida.
Verônica é o título do excelente filme de Mauricio Farias, com interpretação magistral de Andréa Beltrão, visto noite dessas sem qualquer preconceito por ser filme nacional.sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Uma rica profissão
Mas o que dizer do milionário, do afortunado endinheirado que se enreda pelos caminhos da política, qual o seu interesse. Ganhar dinheiro certamente não. Projeção pessoal, prestígio, talvez. Interesses particulares a defender no Parlamento, provavelmente. Por tudo isso, se não for por vaidade, existe muito a questionar.
Blairo Maggi, ex-governador do Mato Grosso, candidato ao Senado, magnata do agro-negócio, o maior plantador individual de soja no mundo está na política por qual razão.
Lírio Parisoto na região alguém já ouviu falar dele. Começou em Caxias do Sul com uma loja locadora de filmes. Buscou a fortuna na Zona Franca de Manaus com a produção de DVDs tornando a marca Audiolar uma das mais importantes. Seu patrimônio é avaliado em mais de R$ 600 milhões. Com toda essa dinheirama é candidato como segundo suplente de senador por Amazonas. Certamente é o financiador de campanha do candidato titular, que mais do que nunca no Senado defenderá interesses da Zona Franca.. É bem provável. E de repente, de lambuja, pode se tornar senador sem um voto sequer. Aliás 40% dos senadores atualmente exercem mandatos pela carona.
xxx xxx
Político além de rico gosta de gastar dinheiro dos outros. No caso, dinheiro do otário contribuinte. Que beleza. A turma de vereadores passeando com dinheiro do povo. Realizaram um curso prático de turismo. Ao vivo nas quedas da água. Nada de teoria. Foram pegos em flagrante na maior farra turística. Não foi a primeira vez. Quatro anos antes 16 vereadores, fazendo turismo sob pretexto de algum curso.
Culpa do eleitor que também passa por otário. Pois bem. Dos vereadores inescrupulosos 11 foram reeleitos. Os outros não foram eleitos porque não se candidataram.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
O jogo
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Flauta
A nova seleção brasileira tem Pato e Ganso. Dizem que Victor, goleiro do Grêmio, colabora com a seleção. Leva o frango.
Gremistas afirmam: qualquer pode ganhar do time das cabritas. Como se sabe, chivas em espanhol significa cabrita.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Animal político
O poder pela política, segundo ainda Maquiavel, é o domínio do homem sobre o próprio homem. O homem político conquista, mantém e exerce o poder através do homem eleitor, que vota. Para se fazer política é necessário haver os políticos.
Ser político é considerado uma profissão honrada. Assim deve ser o político, cidadão idôneo, de caráter sem jaça. Talvez uma ínfima parte dos políticos assim se comporta, pratica a política de anseios autênticos e honestos compromissos, apto a desempenhar com satisfação certos cargos, conforme vontade universal do homem eleitor, pelo voto.
Lamentavelmente a grande maioria do povo - a ser dirigido pelos políticos - tem opinião negativa a respeito dos políticos como classe. Não acredita existir o político imaculado, sem desvios na arte política. São vistos como pessoas inescrupulosas, ligadas as falcatruas, de vida devassa, aliados as corrupções, incorrigíveis políticos na arte do conluio, nas maquinações, nas tramas. Na política não é à toa que se usa uma expressão pejorativa – maquiavelismo. Ela está associada à ideia de perfídia, do procedimento astucioso, do comportamento indevido. Homens, profissionais da política que a usam para negócios escusos, de alcançarem uma maneira hábil de atingir o artifício de lograr, a fraude. Utilizam os fins para justificar os meios, ou seja, tem a finalidade da eleição com honestos propósitos mas que somente servem para alcançar objetivos por meios escabrosos, como por exemplo, enriquecerem-se.
Política enriquece, ou alguém já viu político pobre. Uma profissão altamente lucrativa.
Isso é comprovado pelas declarações de bens que os candidatos fazem junto ao TSE. É desse modo que a gente certifica-se de que a política é a arte de ganhar dinheiro. Teve candidato, numa comparação da eleição de 2006 a de 2010, um aumento patrimonial de 355%. Vadão Gomes deputado federal (PP) de São Paulo declarou em 2006 patrimônio de R$ 35 milhões, hoje R$ 193 milhões. A dona Iris Rezende deputada federal do PMDB de Goiás tinha zero de patrimônio na última eleição. Para a próxima declarou 14 milhões. A série das declarações dos políticos é enorme, tudo na base milhões. Como se faz para ficar rico dessa maneira? Um deputado federal tem o salário liquido de R$ 12 mil; uma verba de gabinete de R$ 50.8 mil; uma verba indenizatória de R$ 15 mil (hospedagem, consultoria); R$ 3 mil de auxílio moradia: total um pouco mais de R$ 80 mil. Em quatro anos de mandato de forma bruta o deputado arrecadaria quase R$ 3.500 milhões. Evidentemente que há despesas pessoais e de família. Na verdade, refletindo bem, como pode um político em quatro anos possuir tão enriquecido patrimônio de milhões reais. Verdadeiramente o homem é um animal político e rico.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
A direita em ação
Vamos aguardar que o comportamento, o tom das perguntas, sejam equivalentes, particularmente ao candidato Serra.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
O jogo
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Dinheiro no colchão
Na declaração de bens dos candidatos, segundo o TSE, uma boa maioria manifesta-se possuir valores em espécie, um eufemismo para dizer que tem dinheiro em casa, sob o colchão. São grandes quantias de dinheiro vivo guardadas em casa. Naturalmente sem medo de ser roubado, protegido por serviço de segurança a sua disposição. Não é ilegal manter o dinheiro em espécie, ou seja, debaixo do colchão. Mas parece existir safadeza ou no mínimo incoerência para um tipo de atitude em guarnecer dinheiro.
O eleitor que elege os políticos não é de todo otário, conhece alguma coisa dessa raça conhecida como política. O simples primeiro raciocínio é de que político não liga para dinheiro. Mais. Dá-se o direito de perdê-lo.
O candidato informa que em espécie, ou seja, guardado debaixo do colchão possui 200 mil reais. Perde dinheiro. Num investimento conservador como caderneta de poupança perde mensalmente (taxa de 0,6%) 1.200 reais, num ano 14.400 reais. Um esbanjador, muito mão aberta, dispersivo financeiramente.
O eleitor não é bobo. Então, qual a razão do dinheiro guardado em casa? De político a gente desconfia. Dinheiro debaixo do colchão parece significar maracutaia, falcatrua.
Nesse caso tem sentido guardar em espécie. Desconfia-se, porém ninguém sabe ao certo, o destino desse dinheiro em espécie em razão de sua grande versatilidade ao ser empregado. É quase impossível garantir sua existência, por consequência sua movimentação, pelo simples fato de que um fiscal da Receita exigir que seja mostrado, o candidato pode simplesmente declarar que gastou tudo repentinamente. Manter o dinheiro em casa trata-se de uma burra opção pessoal por perder dinheiro. Seria admissível essa maneira de agir em tempo de inflação galopante quando corroia patrimônios e era comum guardar dinheiro em casa em forma de dólares.
Dinheiro em casa pode significar que o político não confia no sistema financeiro. Ou o mais grave; não poder declarar e explicar a origem e o destino desse dinheiro.
Quem busca o eleitor, quem pede votos tem que explicar de onde o dinheiro ganho. Suas fontes, suas aplicações. As democracias verdadeiras são dessa forma exigentes. Esse fajuto negócio de dinheiro em espécie, debaixo do colchão é algo escuso.
Tem que ser devidamente explicado para o bem da exata informação. Para o eleitor.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
O juiz de 25 mil
No julgamento do STF, numa decisão administrativa, foi determinado que o juiz corrupto não poderia julgar coisa alguma, o que é muito certo. O que não é certo, errado por completo, é o juiz destituido de suas funções, ir para casa, se enfiar num pijama com a aposentadoria cumpulsória, acreditem, pois é quase inacreditável, recebendo 25 mil reais por mês.
Para consolo do contribuinte, que paga o salário do juiz, ele responderá pelo crime como um acusado comum, mas se condenado continuará a receber os mesmos 25 mil.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Frio, muito frio
Frio alegria de alguns, condições de enfrentá-lo para outros, mas sofrimento para uma maioria.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
O preço
Uma peça do teatro da vida pode explicar. No palco os protagonistas.
Cena 1: atropelamento numa rua da zona sul do Rio de Janeiro na madrugada, região de granfinos, classe média alta. Um skatista é atropelado por um automóvel e morre no local. O motorista causador do desastre foge. Com o veículo amassado é interceptado por policiais. Há evidências na parte frontal do carro que aconteceu algum acidente. Os policiais não desejam saber quais as causas. O que interessa é a propina, a maracutaia, enfim a corrupção. Pedem, solicitam ou intimam o motorista, para que tudo fique por isso mesmo, de que nada de anormal aconteceu e que possa seguir em frente. Tudo acertado, o “favor” vale o preço de 10 mil reais.
Cena 2: Subúrbio do Rio, zona norte, de gente miúda, classe média baixa. Numa rua do bairro Vaz Lobo, motorista dirige seu carro que está com os documentos incorretos: licenciamento irregular, o que o impede de circular. É surpreendido por policiais que o interrompe em seu curso. Evidentemente que constatam a irregularidade do veículo. Os agentes da lei informam que podem resolver a questão. Pedem, solicitam ou intimam a propina. O “favor” vale o preço de 200 reais. O motorista infrator informa que o seu dinheiro é de 30 reais. Um dos representantes da lei diz que é uma micharia. Nada feito.
Cena 3: Na zona sul acontece o encontro de corruptores e corrompidos horas depois do acidente. Há informação de que o negócio “sujou”. A vítima é um rapaz filho de uma celebridade global. A imprensa divulga com estardalhaço o triste evento. Situação ruim para corruptores que perderam um negócio escuso e para os corruptores, na forma passiva, na tentativa de esconder o caso, na esperança de que nada de mal aconteceria, se defrontam com uma amarga realidade. Tudo fora descoberto
Cena final: a imprensa insiste por dias no noticiário, já de forma sensacionalista no caso do rapaz atropelado. Certamente por efeito de maciça divulgação, policiais infratores são detidos em seus quartéis. Quem desejava omitir o atropelamento será responsabilizado pelo seu ato.
Enquanto isso, lá no subúrbio a noticia é dada como uma informação rotineira do noticiário policial cotidiano. O rapaz não tem os 200 reais para encerrar o caso. É convidado a embarcar na viatura policial. Recusa-se, tem medo. Medo da polícia. Em determinado momento consegue se desvencilhar da perseguição. Dirige-se a delegacia policial onde deseja registrar a ocorrência por corrupção. Não se sabe nada mais o que ocorreu. Nada mais foi noticiado.
Qual a diferença entre 9.800 reais (obvio entre 10 mil e 200 reais) pela corrupção. Trata-se das diferenças sociais, entre ricos e pobres, das celebridades e dos rostos perdidos no meio da multidão. A única certeza é de que a corrupção age em qualquer esfera social. A diferença é somente o preço.
sábado, 24 de julho de 2010
O msu ensino
Em razão passou a ser obrigatório em qualquer vestibular uma prova de redação.
Na verdade há muito tempo o vestibular perdeu todo seu encanto em universidades particulares. Hoje em dia, numa reles comparação - o ingresso numa faculdade privada tem o mesmo simples processo de matrícula numa escola de ensino básico. A validade do vestibular antigamente era medido, entre alguns fatos, pelo interesse de emissoras de rádio em divulgá-lo. Um exemplo: cada rádio realizava uma verdadeira operação de campo na busca da primazia da informação inédita, do resultado com a nominata dos candidatos aprovados. O vestibular perdeu o encanto e muito de sua validade. Além de que, vestibular que se preze (universidades públicas), não precisa mais de rádio, nem de jornal. Hoje existe a internet.
O vestibular em instituições privadas é uma falácia. O ensino básico de mal a pior. O resultado das provas do ENEM é uma prova disso, especialmente no Rio Grande do Sul.
A melhor colocação de uma escola gaúcha no ENEM nacional foi o Colégio Sinodal de São Leopoldo na 31ª colocação, média 710,95, média que compreende a prova objetiva e a redação. Com a melhor média nacional, (749,70) primeiro lugar ficou com o Colégio Vértice, em São Paulo. Trata-se de uma escola que tem no máximo 90 alunos e cuja mensalidade por aluno custa em torno de R$2.700,00. Vértice desbancou o Colégio São Bento do Rio de Janeiro, média 741,32, que por três anos seguidos sempre esteve em primeiro lugar. A surpresa ficou por conta do segundo lugar. Com a média de 741,54 ficou o Colégio Dom Barreto de Teresina (PI). Importante ressaltar-se que entre os primeiros 20 colégios classificados somente dois eram públicos: Colégio Aplicação da Universidade Federal de Viçosa, sétimo lugar com a média 734,66 e o Instituto de Aplicação Fernanda Silveira da UERJ em 17º lugar com a média 722,58.
Na região da Serra o melhor foi o Colégio Mutirão (Caxias do Sul) média 685,14 em 124º lugar. Em Farroupilha o resultado foi o seguinte: Colégio N. Sra. Lourdes, 1018º lugar, média 639,25; Inst. Edu. Cenecista Ângelo Antonello, 2286º lugar, média 607,99; Colégio São Tiago, 4962º lugar, média 562,21; Colégio Estadual Farroupilha, 6915º lugar, média 544,95; Colégio Olga Brentano, 8115º lugar, média 536,41.
Quase 25 mil escolas, em âmbito nacional, participaram do ENEM 2009.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Muito dinheiro
Notaram. Na apresentação do logotipo (uma imitação da taça três mãos entrelaçadas nas cores verde e amreço) para a Copa de 2014, diversos notáveis presentes (presidente Lula, presidente da FIFA, autoridades diversas, ex-jogadores renomados) se notou a ausência de Pelé. Como também foi notada sua não presença na solenidade de encerramento da Copa na África do Sul. A CBF enviou convite e diz que Pelé não aceitou em razão de compromissos particulares assumidos anteriormente. O que se diz é de que Pelé não compareceu por uma questão de marqueting. Como se sabe um dos patrocinadores da FIFA é a Visa, cartões de crédito. Pelé tem contrato exclusivo publicitário com o concorrente MasterCard.
Carlos Eugênio Simon, árbitro brasileiro na Copa do Mundo (único brasileiro a participar de três copas) passeia com a família pela Europa. Dinheiro não é problema. Recebeu 80 mil dólares por sua estada na África do Sul. Simon talvez ainda apite alguns jogos no Brasileirão. Ao final do ano encerra sua carreira como árbitro. A partir dai tem algumas opções profissionais como jornalista formado que é. Pode ser contratado como comentarista pela Rede Globo. Fazer parte da reestruturação da arbitragem na CBF como membro da Comissão de Arbitragem, ou ainda caso vença Dilma as eleições, fazer parte do seu governo no Ministério dos Esportes de olho na Copa do Mundo de 2014. Simon é afiliado e militante do PT. Uma coisa é certa, decidida. Apesar de convidado não será candidato a deputado federal.
Alguns afirmam que os antepassados do Galvão Bueno seriam as vuvuzelas.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
O molusco
Paul ao que se sabe foi caçado em águas do mar britânico, depois conduzido a viver num aquário de uma cidade alemã. A notoriedade maior de Paul foi durante a Copa do Mundo. Muita gente desconhecia Paul e suas previsões. Enquanto brasileiros faziam previsões com astrólogos, numerólogos, jogos de cartas, búzios, os argentinos com seus bichos. Somente Paul. Tinha gente que já o conhecia. Na competição de seleções da Europa, a Eurocopa 2008, Paul já dava seus palpites para os jogos da Alemanha. Teve somente um erro, quando no jogo final dos mesmos espanhóis derrotaram os alemães. Por ter esses antecedentes - a capacidade das previsões – obrigaram Paul, a troco de comida, dar seus pitacos no mundial de futebol.
A cerimônia, de acordo com grau solene que cada torcedor queria envolvê-la, ou simplesmente ver o palpiteiro agir, diante de câmeras e curiosos, acontecia no interior do seu “modus vivendi”, no ambiente natural do bicho, ou seja, dentro de um aquário. O fato acontecia do seguinte modo: duas caixas eram colocadas dentro do aquário, repletas do prato favorito de Paul, mexilhões. Cada uma das caixas levava a bandeira das equipes a disputar o jogo. Paul, solto diante das caixas com a comida desejada à frente, escolhia uma, a qual seria, por sua representação, a equipe vencedora da partida.
Alguns afirmam que Paul sempre tinha tendência de buscar comida na caixa à direita. Discutível a questão do sentido. O fato indiscutível é de que nos sete jogos da equipe alemã acertou todos, inclusive o jogo final entre Espanha x Holanda, quando cravou como campeão o time espanhol. Embora vivendo na Alemanha Paul acertou quando a Sérvia venceu os alemães e quando estes perderam a classificação para o jogo final.
Paul teve uma efêmera celebridade, não em razão da comprovada capacidade de adivinhar, mas pelo pouco tempo de sua existência. A família Octopus Vulgaris vive no máximo três anos. O macho tem curto e trágico destino. Corteja, namora, chega a cópula e algum tempo depois morre. A fêmea não tem destino diferente. Semeia seus ovos e após a maturação e eclodirem, não tem mais um maior tempo de vida.
Pensavam em trazer Paul ao Brasil para substituir Ibope, DataFolha, Vox Populi e outros institutos afins em suas pesquisas eleitorais. Paul determinaria o vencedor da eleição. Ao que parece não haverá tempo. Paul já tem dois anos de vida.
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quinta-feira, 15 de julho de 2010
Bichos argentinos
Os argentinos queriam previsões animais. Primeiro foi o golfinho Saiko morador de um oceanário em Mar Del Plata, que saltasse fora da água e escolhesse entre dois balões, um com a bandeira argentina, outro com a alemã. Saiko se deu mal. Escolheu a bandeira argentina. Jorge, uma tartaruga de um aquario de Mendoza; Pepe um papagaio e Pablo, um porquinho-da-india de um programa de televisão, todos se enganaram prevendo a vitória da Argentina. Paul, se divertiu muito, acertou e se vangloriu como autêntico vencedor contra os bichanos argentinos.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Lojas Colombo à venda
A nova tacada da empresária Luiza Helena Trajano deve alterar o cenário do varejo nacional. O Magazine Luiza terceira maior rede de varejo eletroeletrônico, está na reta final das negociações para fazer duas aquisições de peso, num primeiro sinal de reação à série de aquisições finalizadas pelos seus maiores concorrentes nos últimos meses. Havia Grande expectativa em relação como a companhia se comportaria após a megafusão de Casas Bahia e Ponto Frio e a união de Ricardo Eletro e Insinuante. A nova tacada da empresária Luiza Helena Trajano deve alterar, novamente, o cenário do varejo nacional. Só faltam alguns detalhes para que dentro de alguns dias, o Magazine Luiza possa anunciar a aquisição das Lojas Maia, rede paraibana com 140 lojas, cerca de 1 bilhão de faturamento em 2009 e comandada pelos Irmãos Maia conforme apurou onyem o Valor. Ao mesmo tempo a equipe de Magazine Luiza está em conversas avançadas para fechar uma transação com Lojas Colombo do empresário Adelino Colombo, a maior cadeia varejista do sul do Brasil. Todos os lados das negociações negam conversas.
Se os dois negócios se confirmarem, ao se somar as duas operações à atual estrutura do Magazine, a rede passará a registrar R$ 6,1 bilhões em faturamento bruto anual (dados de 2009) e contraá com 938 pontos de venda em 16 estados brasileiros. Com isso ela saltaria uma posição no ranking geral e se tornaria a segunda maior cadeia varejista de eletrodomésticos e móveis do Brasil. A sua principal concorrente, a Máquina de Vendas, formada pela Insinuante, Ricardo Eletro e City Lar, deve chegar a esse patamat de R$ 6 bilhões em vendas apenas no fim deste ano. No momento as negociações estão mais avançadas com as Lojas Maia e caminham um pouco mais lentamente com o comando da Colombo, que historicamente tem resisitido as investidas das concorrentes interessadas em adquirir os ativos da rede gaúcha. A primeira operação poderia ser fechada ainda nesta semana e a segunda, na próxima, se tudo correr bem. No caso das Lojas Maia, o valor a ser pago pelo Magazine giraria em tormo de R$ 300 milhões, sendo a metade paga em dinheiro e a metade na forma de assunção de dívidas que a rede nordestina possui e que estão sendo renegociadas com bancos.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Espanha campeã
Me sinto também campeão do mundo. Minha ascedência de parte do meu avô paterno é espanhola. Meu avô nasceu na ciade de Seijido, província de Pontevedra. Olé!!!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
SIM...SIM SENHOR
"Estamos prontos para a batalha. Como verdadeiros soldados defenderemos nossa pátria do inimigo que tenta nos ultrajar. É ou não é?. Respondem todos, unissonoss:
"SIM...SENHOR"
A retoríca do comandante continua, com todos atentos e passa pelas recomendações:
"Não quero nada de firulas, pedaladas, jogo bonitinho, o tal do futebol arte. "Com nós" bola para frente e porrada. Entenderam". Todos:
"SIM...SENHOR
O comandante prossegue no seu proselitismo cívico:
“Tem gente contra a gente. Esse pessoal da imprensa, esses jornalistas que desejam nos desmoralizar, fazer de nós perdedores. Mostraremos a eles que somos vencedores, invencíveis no campo de jogo, tal e qual num campo de batalha. Concordam?”. O grupo obediente responde a uma só voz: Momentos antes de um jogo pela Copa do Mundo, vestiário da seleção brasileira. Jogadores prontos, devidamente uniformizados para entrarem em campo. Perfilados, imbuídos do mais alto sentimento de patriotismo, ouvem as últimas palavras do comandante, general Dunga. É o grau máximo da concentração. Fala o chefe:
“Estamos prontos para a batalha. Como verdadeiros soldados, defenderemos nossa pátria do inimigo que tenta nos ultrajar. É ou não é?” Respondem todos, uníssonos:
“SIM...SENHOR”.
“SIM...SENHOR”
O discurso patriótico, a dialética ufanista, o argumento cívico segue:
“Os brasileiros esperam de nós, como soldados, a vitória. Vamos massacrar o adversário, desaforá-los, enfrentá-los sem medo. A vitória final será nossa”.
Os soldados, melhor os jogadores, orgulhosos, peito estufado, em coro respondem:
“SIM...SENHOR”
Em campo os soldados, melhor os jogadores, davam de si. O emocional estava estampado na fisionomia, retratado no movimento de cada um deles. A televisão mostrou o olhar esbugalhado, de pura raiva de Robinho, cara a cara, diante de um adversário holandês. Tal e qual um antropófago parecia comê-lo vivo com os olhos.
Pois bem. Nada adiantou. O Brasil foi eliminado na Copa do Mundo.
Claro que a narrativa acima se trata de uma peça fruto da imaginação. Uma narrativa ficcional, um jogo de palavras na formação de uma parábola. Isso tudo é proveniente do comportamento público do treinador da seleção Dunga, resultado de suas atitudes equivocadas e desrespeitosas. De ser um reacionário, conservador em seu modo de agir, possuidor da soberba, irmã da arrogância. Mostrou um ser onipotente, dono da verdade, semideus. Desprezou a imprensa, chegou a ofendê-la. Com os jornalistas foi grosseiro, mal-educado. Dunga pagou por seus pecados.
Claro, caso Dunga voltasse campeão do mundo, pouca disso seria discutido. Voltaria como um herói, comandante de um grupo que deu tudo pela pátria. Um vencedor.
Não importaria sua soberba, sua arrogância. Onipotente estaria com a taça na mão. A imprensa continuaria divulgando bobagens, mentiras. Continuaria sendo ofendida. Os jornalistas, aqueles do puro espírito da controvérsia, da intriga e fofocas, nada representam. Devem continuar sendo tratados com grosserias, pela má-educação.
Afinal o Brasil era hexa campeão do mundo.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Gaúcho reacionário
Conservadores gaúchos não gostaram da citação de Sócrates. Revoltados - como ser reacionário é a pior coisa do mundo - argumentaram sem muita consistência.
O Rio Grande é reacionário. A história conta isso. Episódios políticos constatam o reacionárismo. A Guerra dos Farrapos, com a revolta Farroupilha contra Império é um fato. O ditador Getulio Vargas durante 15 anos manteve uma ditadura no país. Na ditadura militar do golpe de 1964 três presidentes militares nasceram no Rio Grande do Sul: Costa e Silva, Medici e Geisel, sem falar no Figueiredo que andou por aqui apredendo a andar de cavalo. Isso tudo parece ser reacionarismo.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Deu Espanha
Jogo Espanha x Alemanha. Fiquei em dúvida para quem torcer, não que desejasse ficar em cima do muro, mas por uma questão de afinidade. Por parte de mãe minha descendência é alemã. Por parte de pai minha ascendência é espanhola. Meu avô nasceu numa provincia espanhola e por essa ascendência tão próxima, não poderia ser diferente: torcer pela Espanha e ganhei.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Perdeu por seus defeitos
Uma equipe de veteranos com o castigo de plena concentração não teve força para enfrentar equipes mais jovens. Vale a comparação. Argentina tinha em sua seleção sete jogadores com idade inferior a 23 anos. A Alemanha formou a equipe mais jovem da Copa. Equipes africanas teve como base a renovação pela juventude. A seleção brasileira tinha somente um jogador com idade inferior aos 23 anos, Ramires.
Pensando bem a equipe da Holanda não se trata de nenhuma maravilha. O Brasil é que esteve muito mal.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Acabou a era Dunga
Consolo: a Argentina foi goleada e está fora. Manchete do jornal Olé (jornal esportivo da Argentina) em manchete noticiava a derrota brasileira num fundo cor de laranja. Dia seguinte, derrota da Argentina o site Globo.com tinha como manchete somente isso:
Hahahahahahahahaha.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Incomodação
O grito do elefante é estridente de acordo com o seu porte descomunal. Ecoa pela selva, espalha-se pelos quatro cantos o que permite diminuir gradativamente sua intensidade. A vuvuzela nos estádios imita o grito do elefante em espaço restrito, o som agudo fica compactado, vibrante não tem como expandir-se O impacto sonoro é absorvido diretamente como um estampido pelo ouvido humano, o que parece ser a sensação do torcedor presente. Quem já teve oportunidade de presenciar uma solenidade de formatura sabe o quanto é intolerante e desagradável aquele som de corneta O torcedor que assiste ao jogo pela televisão sente-se também incomodado pelo som da vuvuzela. Ao fundo, na transmissão, aquele incomodativo som produzido por enxame de abelha.
Além do barulho insuportável, a vavuzela é antidemocrática e ditatorial. Não permite outras manifestações das torcidas, como a vaia, as palmas, os cânticos de incentivo, os gritos de guerra, xingamentos à arbitragem.
Houve um movimento querendo proibir o som da vulvuzela nos estádios, o que foi negado, por se tratar de uma questão cultural da África do Sul.Os costumes de uma nação vem de determinados hábitos durante gerações. Não parece ser, nada a ver com as vuvuzelas feitas de moderno material plástico. Aceitável seria a vuvuzela (na língua zulu, fazer barulho) de origem antiga, de tribos ancestrais sul-africanas, feita com o corno da pala-pala, um antílope africano, dessa forma autenticamente cultural. No entanto um esperto empresário por volta de 1990 a introduziu nos estádios em “nome da cultura”, um cornetão de um metro de plástico em diversas cores. Pretende exportá-la para o Brasil. Provável incomodação por aqui também.
É muita incomodação. Junte-se mais incomodação. Ver o ridículo e superado futebol das seleções da França e Itália. Assistir, por pura incomodação, o jogo entre Japão e Paraguai tão ruim que ficou no 0x0 durante 120 minutos, resolvido somente pela cobrança de pênaltis. Incomoda observar no time do Brasil com Felipe Melo e Michel Bastos, os dois que em determinada época colocaram o Grêmio na segunda divisão.
Todas essas incomodações serão esquecidas, vale até como regozijo o som de milhares de vuvuzelas com o Brasil hexa campeão do mundo.
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Simpatia, atenção. A partir da próxima segunda-feira, diariamente estarei postando no meu blog assuntos concernentes ao cotidiano. Valerá como uma crônica diária das questões mais palpitantes que a coluna semanal não pode abordar pela falta de espaço e a separação do tempo assuntos diários: falasimpatia.blogspot.com
terça-feira, 29 de junho de 2010
M@#%*
Dunga, numa entrevista coletiva, apelou demasiadamente com os palavrões contra o repórter da Rede Globo Alex Escobar. Começou com um simples “o que você está olhando”, quando o jornalista falava ao celular, que respondeu: “Nem estou te olhando”, o suficiente para Dunga largar um m@#&*. Em seguida foi mais “ameno” chamando-o de burro, besta, cagão e em seguida, mais irritado, chegou ao ápice de sua grosseria pronunciando mais alguns deploráveis palavrões, tipo: f@#$%¨&*+=%$#@&*.
No programa da Bandirantes, Custe o que Custar (CQC), com seu estilo satírico e irreverente, a produção teve a genial e inusitada ideia de testar os senhores deputados averiguando o que eles assinam em troca de um simples pedido.
No hall de entrada da Câmara Federal uma produtora se postou em local adequado – o que permite o regime democrático – e em nome de uma suposta entidade solicitava a assinatura dos deputados para uma PEC (Projeto de Emenda a Constituição) em que se incluiria um litro de cachaça na chamada cesta básica familiar. Em outro ponto se colocou a repórter Monica Iozzi e perguntava aos deputados o que eles tinham assinado. Embananaram-se totalmente na resposta quando repórter disse o motivo da assinatura – a bem da verdade somente um deputado não assinou e explicou que só assina o que lê e se estiver de pleno acordo. Alguns sem jeito não souberam como explicar o litro de cachaça na cesta. Um deles foi grosseiro, mais que isso violento, destruindo parte do aparelhamento da televisão. Quando se livrou da repórter, protegido por uma porta envidraçada gritou para a moça “F@#¨&*”. Outro deputado disse que assinava qualquer coisa até pela bunda da repórter. Foi mal. A produção do programa descobriu que o dito cujo deve mais de 200 milhões reais em impostos e alertou o eleitor goiano para o fato, onde ele tem sua base eleitoral.
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