Minha infância, na tenra idade. Faz tempo, muito tempo. Um tempo dos natais de antigamente que a memória não apaga. Conservo a lembrança do passado vivido no aconchego do lar, no âmago familiar, no relacionamento intimista de quem nos é caro e na verdadeira prática do Natal que é religiosa.
Natal daqueles tempos simples, mas autêntico pela crença cristã do nascimento de Jesus Cristo, em que Papai Noel significava uma figura prosaica que perdeu no passar dos anos seu encantamento poético e lúdico, por demasiada fantasia, pela exploração comercial. Natal do tempo atual em que adquirir presentes é a imagem clara de desenfreado consumismo, alegria de vorazes comerciantes e de templos mortificadores (shoppings), encantados e reluzentes da sociedade libertina consumidora.
Era bem assim Natal de uma época. Morava num bairro da zona norte, chamado Piedade, numa casa da avenida Suburbana (hoje Dom Helder Câmara) nº 8.432, Rio de Janeiro. Nesse endereço em muitos natais, na véspera do dia natalino a família reunia-se. A mesa simples, coberta por uma toalha de linha branco engomada, circundada por renda de crochê – certamente herança de avós - estava postada para a ceia. Não havia exageros em guloseimas, nem poderia ter: a família vivia próxima à pobreza. Na verdade não se tratava de uma ceia, mais parecia uma singela refeição. O primordial eram as rabanadas e as rodelas de abacaxi preparadas pela minha mãe. Gostosíssimas. Às vezes a mesa ficava um pouco mais sofisticada com castanhas, amêndoas e nozes, advindas de uma alguma cesta de Natal recebida. O vinho não poderia faltar para os adultos. Tratava-se do tinto Sangue de Boi, que segundo comentários era tão adocicado que parecia suco de uva. Antes, o ritual tradicional da entrega de presentes de forma humilde sem qualquer exagero, poucos na verdade, pelo estado depauperado de recursos da família. Invariavelmente no Natal um caminhãozinho de madeira para mim, uma boneca de trapo para minha irmã. Após isso e de saborear os quitutes, íamos dormir.
Por volta das 11 e meia éramos acordados, nos arrumávamos e seguíamos o caminho da igreja para assistir a liturgia da Missa do Galo. Sabia que a missa de Natal teria que ser assistida, mas porquê a Missa do Galo? Na minha ingenuidade infantil acreditava que na hora da missa cantava o galo. Mais tarde a curiosidade foi satisfeita pelo que verdadeiramente significava. Nossa casa situava-se meia dúzia de quadras da igreja do Divino Salvador, da congregação dos padres salvatorianos. A hora não importava para chegar até lá. Sem medo. Furtos, roubos quase não existiam.
Missa do Galo assistida como a maior festividade natalina. Retorno para casa e o início de um lindo dia de Natal. Os tempos são outros. Valores religiosos perdidos como a Missa do Galo à meia-noite. Hoje, se é que ainda é rezada, às 18 horas. Temor pela violência ou efeito do Natal consumista, dominado pelo materialismo com a essência cristã perdida.
sábado, 24 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Acredite se quiser
Inacreditável, mas a iniciativa da “coisa” é do governo estadual de Tarso Genro, do Partido dos Trabalhadores. Uma proposta típica de governos conservadores liberais. Trata-se de fato de que o PT, pela inverossímil ideia, abandonou suas origens abraçando causas do sistema reacionário, medidas políticas e administrativas esdrúxulas, dissociadas de sua ideologia, distante de sua plataforma doutrinária e nesse caso questionado, especificamente, as educacionais, claramente em indisposição à classe dos professores e aos jovens estudantes de escolas públicas que almejam entrar para a universidade. A “coisa” referida se denomina ensino politécnico, uma proposta pedagógica por decreto, de reestruturação do ensino médio nas escolas públicas.
O argumento do governo é institucionalizar e formar técnicos para o trabalho nos mais diversos segmentos. A proposta tem cunho social – trabalho para jovens - mas mascarada, escondendo uma outra realidade. Oferece mais oportunidades é verdade, mas reduz o sonho de jovens ingressarem na universidade. O que se entende pela iniciativa governamental colocada é o rápido aproveitamento da massa jovem trabalhadora, competidora entre si, por conseguinte, a formação de mão de obra barata para as empresas. Concomitantemente um fato mais importante e danoso, qual seja a dificuldade do acesso de estudantes da rede pública de ensino em chegar à universidade. A objeção que o jovem enfrentará a partir da implantação do ensino politécnico é facilmente explicável em razão da diminuição de cargas horárias de importantes e tradicionais disciplinas como o português, matemática, geografia e história, entre outras. Não há dúvida que reduzindo o número de aulas de matérias essenciais ao ingresso em algum curso superior se tornará bem mais difícil, porque não dizer improvável.
Essa situação colocará o ensino superior mais ainda como reduto das elites. Ricos alunos de escola privada não serão prejudicados. O ensino tradicional continuará com o mesmo curriculum sem prejuízo ao ingresso à universidade. Só por essa condição e suas inevitáveis conseqüências a discutível reforma se torna inviável ao pensamento pedagógico tradicional.
Outros aspectos negativos. O professor da rede pública estadual tem mísero salário.
Para sobreviver, em turno contrário (manhã ou tarde) na escola que leciona sempre busca algum outro trabalho. Será prejudicado pelo ensino politécnico que exigirá maior carga horária, quase em tempo integral.
Outra mais. Professores que tem o nível superior serão mal comparados. Em razão do ensino especifico politécnico, professores poderão ser substituídos por técnicos sem devida formação universitária. Por tudo isso se lamenta a proposta do governo estadual petista. Além de prejudicar alunos e professores a iniciativa é um equívoco. Ensino técnico e profissionalizante cabe ao Senai e as escolas federais técnicas.
O argumento do governo é institucionalizar e formar técnicos para o trabalho nos mais diversos segmentos. A proposta tem cunho social – trabalho para jovens - mas mascarada, escondendo uma outra realidade. Oferece mais oportunidades é verdade, mas reduz o sonho de jovens ingressarem na universidade. O que se entende pela iniciativa governamental colocada é o rápido aproveitamento da massa jovem trabalhadora, competidora entre si, por conseguinte, a formação de mão de obra barata para as empresas. Concomitantemente um fato mais importante e danoso, qual seja a dificuldade do acesso de estudantes da rede pública de ensino em chegar à universidade. A objeção que o jovem enfrentará a partir da implantação do ensino politécnico é facilmente explicável em razão da diminuição de cargas horárias de importantes e tradicionais disciplinas como o português, matemática, geografia e história, entre outras. Não há dúvida que reduzindo o número de aulas de matérias essenciais ao ingresso em algum curso superior se tornará bem mais difícil, porque não dizer improvável.
Essa situação colocará o ensino superior mais ainda como reduto das elites. Ricos alunos de escola privada não serão prejudicados. O ensino tradicional continuará com o mesmo curriculum sem prejuízo ao ingresso à universidade. Só por essa condição e suas inevitáveis conseqüências a discutível reforma se torna inviável ao pensamento pedagógico tradicional.
Outros aspectos negativos. O professor da rede pública estadual tem mísero salário.
Para sobreviver, em turno contrário (manhã ou tarde) na escola que leciona sempre busca algum outro trabalho. Será prejudicado pelo ensino politécnico que exigirá maior carga horária, quase em tempo integral.
Outra mais. Professores que tem o nível superior serão mal comparados. Em razão do ensino especifico politécnico, professores poderão ser substituídos por técnicos sem devida formação universitária. Por tudo isso se lamenta a proposta do governo estadual petista. Além de prejudicar alunos e professores a iniciativa é um equívoco. Ensino técnico e profissionalizante cabe ao Senai e as escolas federais técnicas.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
O sistema
A humanidade como um todo depende e ou está envolvida por diversos sistemas. O sistema solar é imprescindível para a vida humana. Em termos físicos convivemos com o sistema nervoso periférico e o sistema nervoso central. O sistema monetário impõe as políticas financeiras, entre tantos sistemas.
Especificamente o que nos interessa nesse espaço é o aspecto humanismo, do conceito filosófico, da doutrina dedicada ao estudo da natureza humana, da ética, dos direitos de cada um, dos métodos sistemáticos que interferem na vida das pessoas. O sistema que nos interessa é entender o conjunto de partes coordenadas entre si, a forma de governo ou a constituição política ou social do Estado.
O sistema que nos obriga a fazer o que não desejamos, que nos oferece como alternativas estar dentro ou fora dele. Conforme determina o sistema as opções é ser submisso ao mesmo, ou tornar-se um insurreto.
O sistema imposto demarca, define que uns tem que perder para outros ganharem, conceito de profunda injustiça social que parte da estrutura administrativa própria ao sistema político-econômico capitalista. O sistema administrativo do Estado é uma verdadeira máquina a qual o cidadão tem que se submeter. Tudo o que está em volta, tudo que foi criado ou que existe, obrigatoriamente coloca o individuo inserido no contexto. Algumas pessoas insubordinam-se, militantes de movimentos sociais, muitas vezes sem sucesso. A insubordinação do MST contra o sistema é antiga sem grandes resultados. No momento sua luta começa a definhar.
Uma associação de classe como o Cpergs/Sindicato que em inúmeras vezes contestou o sistema, de movimentos reivindicatórios vencedores, algum tempo para cá dá indícios de malogro, de enfraquecimento diante do Estado constituído, ou seja, frente ao sistema organizado do poder. O Cpergs está se consumido gradativamente, não tem mais a força de insurgir-se, foi derrotado pelo sistema.
O sistema é poderoso demais, de forma estatal ou privada. O sistema de comunicação social tem como seu paradigma a Rede Globo. Sua maneira de persuasão é indefectível, soberana em dirigir a sociedade, faz dela uma massa de manobra.
Programa com jornalista Geneton Moraes Neto no programa Dossiê Globonews. O entrevistado é José Bonifácio de Oliveira (Boni) que revelou coisas sórdidas, uma vergonha, a armação contra Lula no último debate na campanha eleitoral de 1989. Um conluio entre Boni (Rede Globo) e o candidato Fernando Collor.
No programa da Rede Record (Domingo Espetacular) a reportagem revela fatos deploráveis como uma pilha de pastas coloridas contendo acusações falsas contra Lula. Foi revelado que as pastas estavam vazias. Na ocasião o sistema venceu, no entanto algum tempo depois com a cassação de Collor o sistema perdeu, mas antes o sistema fez o que mandava: estragos numa campanha eleitoral. O sistema continua dominante. Lamentável para aquela parte da sociedade que não deseja submeter-se.
Especificamente o que nos interessa nesse espaço é o aspecto humanismo, do conceito filosófico, da doutrina dedicada ao estudo da natureza humana, da ética, dos direitos de cada um, dos métodos sistemáticos que interferem na vida das pessoas. O sistema que nos interessa é entender o conjunto de partes coordenadas entre si, a forma de governo ou a constituição política ou social do Estado.
O sistema que nos obriga a fazer o que não desejamos, que nos oferece como alternativas estar dentro ou fora dele. Conforme determina o sistema as opções é ser submisso ao mesmo, ou tornar-se um insurreto.
O sistema imposto demarca, define que uns tem que perder para outros ganharem, conceito de profunda injustiça social que parte da estrutura administrativa própria ao sistema político-econômico capitalista. O sistema administrativo do Estado é uma verdadeira máquina a qual o cidadão tem que se submeter. Tudo o que está em volta, tudo que foi criado ou que existe, obrigatoriamente coloca o individuo inserido no contexto. Algumas pessoas insubordinam-se, militantes de movimentos sociais, muitas vezes sem sucesso. A insubordinação do MST contra o sistema é antiga sem grandes resultados. No momento sua luta começa a definhar.
Uma associação de classe como o Cpergs/Sindicato que em inúmeras vezes contestou o sistema, de movimentos reivindicatórios vencedores, algum tempo para cá dá indícios de malogro, de enfraquecimento diante do Estado constituído, ou seja, frente ao sistema organizado do poder. O Cpergs está se consumido gradativamente, não tem mais a força de insurgir-se, foi derrotado pelo sistema.
O sistema é poderoso demais, de forma estatal ou privada. O sistema de comunicação social tem como seu paradigma a Rede Globo. Sua maneira de persuasão é indefectível, soberana em dirigir a sociedade, faz dela uma massa de manobra.
Programa com jornalista Geneton Moraes Neto no programa Dossiê Globonews. O entrevistado é José Bonifácio de Oliveira (Boni) que revelou coisas sórdidas, uma vergonha, a armação contra Lula no último debate na campanha eleitoral de 1989. Um conluio entre Boni (Rede Globo) e o candidato Fernando Collor.
No programa da Rede Record (Domingo Espetacular) a reportagem revela fatos deploráveis como uma pilha de pastas coloridas contendo acusações falsas contra Lula. Foi revelado que as pastas estavam vazias. Na ocasião o sistema venceu, no entanto algum tempo depois com a cassação de Collor o sistema perdeu, mas antes o sistema fez o que mandava: estragos numa campanha eleitoral. O sistema continua dominante. Lamentável para aquela parte da sociedade que não deseja submeter-se.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Festa de gafes
Na premiação da CBF aos melhores do campeonato nacional algumas gafes e situações inusitadas. Exemplos: o apresentador Tiago Leifert inesperadamente chama gritando sua parceira Glenda Kollowski que de repente surge meia assustada por detrás do biombo.
Na entrega do prêmio ao melhor meia-direita do campeonato a ser entregue pelo governador Geraldo Alckmin o envelope revelador do nome não aparece. O outro apresentador Luciano Huck entabula uma conversa com o governador para providenciarem o envelope. Enfim aparece o envelope, um não, dois. Além da indicação do meia-direita Diego, veio também do meia-esquerda, Ronaldinho.
O zagueiro Dede do Vasco, escolhido o melhor na posição e eleito crack da galera não se apresentou. Alguém informou que ele estava dando uma entrevista para Galvão Bueno para o programa Bem, amigos.
Na entrega do prêmio ao melhor meia-direita do campeonato a ser entregue pelo governador Geraldo Alckmin o envelope revelador do nome não aparece. O outro apresentador Luciano Huck entabula uma conversa com o governador para providenciarem o envelope. Enfim aparece o envelope, um não, dois. Além da indicação do meia-direita Diego, veio também do meia-esquerda, Ronaldinho.
O zagueiro Dede do Vasco, escolhido o melhor na posição e eleito crack da galera não se apresentou. Alguém informou que ele estava dando uma entrevista para Galvão Bueno para o programa Bem, amigos.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Ronaldo, Lupi, amores e transas
Ronaldinho de apelido Gaúcho foi flagrado na internet se masturbando. Por isso ganhou mais um apelido.Um não, dois. Dizem que são apelidos criados pelos vascainos. Quais são? Não se acanhe: Mão Santa e Mão Boba
Carlos Lupi é paulista de Campinas mas fez sua carreira política no Rio de Janeiro. Como simples jornaleiro em 1980 conheceu Leonel Brizola e caiu nas graças do chefe com passar do tempo por um motivo importante: Lupi era o maior arrecadador de fundos para as campanhas eleitorais de Brizola. Sua força com Brizola era tanto que na morte deste foi eleito presidente do PDT. Nem os trabalhistas gaúchos do antigo PTB depois PDT não tiveram forças para retirar a liderança de Lupi, herdada de Brizola.
Há diversos sites, honestos e sinceros, como Par Perfeito, Almas Gemeas, Amores Possíveis, em que as pessoas estão em busca de um relacionamento, desde uma simples amizade até o namoro, acessados a qualquer momento, em qualquer hora.
Há aqueles unicamente de sacanagem, de sexo ocasional. Esses, segundo pesquisa, são mais acessados durante a semana, de segunda a sexta-feira. Provavelmente são os maridões no escritório acessando. Em casa, jamais.
Carlos Lupi é paulista de Campinas mas fez sua carreira política no Rio de Janeiro. Como simples jornaleiro em 1980 conheceu Leonel Brizola e caiu nas graças do chefe com passar do tempo por um motivo importante: Lupi era o maior arrecadador de fundos para as campanhas eleitorais de Brizola. Sua força com Brizola era tanto que na morte deste foi eleito presidente do PDT. Nem os trabalhistas gaúchos do antigo PTB depois PDT não tiveram forças para retirar a liderança de Lupi, herdada de Brizola.
Há diversos sites, honestos e sinceros, como Par Perfeito, Almas Gemeas, Amores Possíveis, em que as pessoas estão em busca de um relacionamento, desde uma simples amizade até o namoro, acessados a qualquer momento, em qualquer hora.
Há aqueles unicamente de sacanagem, de sexo ocasional. Esses, segundo pesquisa, são mais acessados durante a semana, de segunda a sexta-feira. Provavelmente são os maridões no escritório acessando. Em casa, jamais.
Quem te vu quem te vê
Todos sabem, todos conhecem aquele ditado popular que exclama: quem te viu quem te vê. Trata-se de uma referência à pessoa de quem se fala que não é a mesma do passado.
Lula começou como ativista político no chão de fábrica. Metalúrgico, com dedicação a causa operária, se propôs a conquistar a condição de líder da classe na luta pelos direitos trabalhistas. Pela maneira de ser, por sua eloqüência inata com talento excepcional para o convencimento, usando o discurso claro e objetivo a favor de uma categoria trabalhadora, argumentado com a dialética, a facilidade de raciocinar com método, Lula pelo pendor congênito tornou-se um líder natural, o condutor dos princípios sindicalistas dos metalúrgicos. As questões sindicais seria seu propósito em resolver, era a sua luta, sem se importar com qualquer ideologia, embora pela maneira de agir contra o poder dominante, quer queira ou não, havia uma ilação com os fundamentos da esquerda atuante. Na companhia de intelectuais da esquerda fundou o PT, que deveria ser o fiel e digno representante da classe trabalhadora. O PT com Lula candidato perdeu em três tentativas para a presidência. Na quarta campanha eleitoral, com a famigerada Carta de Maio se tornou um liberal conservador, satisfazendo capitalistas, empresários, enfim o poder dominante. Elegeu-se
Havia alguma esperança de que o PT e Lula no primeiro governo voltariam as suas origens. Ledo engano. Mais do que nunca prosseguiu em sua trajetória conservadora. O pior. O PT paulista passou a ser dominante na política petista, tendo à frente um sujeito de alcunha Zé Dirceu, na época, muito provável sucessor de Lula. Deu tudo errado para quem ainda confiava no partido. Os intelectuais fundadores do partido, desiludidos abandonaram a lide petista. Autênticos companheiros migraram para outras agremiações (PSOL, PSTU, PCO e PCB). Bases do partido de movimentos reivindicatórios e populares em busca da justiça social como o MST ficou decepcionado, perdidas as ilusões, se apartou. Em compensação os ruralistas agradecem pelo novo Código Florestal que os beneficia. A marcha do PT em busca do poder coloca lá longe no passado seus ideais, o socialismo como forma de organização, sua ideologia progressista. O PT prossegue em sua reviravolta. Os professores estão em greve. O governo de Tarso Genro do PT, tal e qual mais recentemente, como os reacionários Rigotto do PMDB e Yeda do PSDB avisou de cara que iria cortar o ponto dos professores grevistas. Oh...PT, quem ti viu, quem te vê.
Em Farroupilha temos mais exemplo de que o PT não é mais o mesmo. No debate na Câmara de Vereadores com respeito ao aumento do número de vereadores o PT esteve ao lado dos conservadores do PMDB e PP, o que quer dizer fez parte do conluio, no popular “armação”, para o aumento do número de vereadores.
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Lula começou como ativista político no chão de fábrica. Metalúrgico, com dedicação a causa operária, se propôs a conquistar a condição de líder da classe na luta pelos direitos trabalhistas. Pela maneira de ser, por sua eloqüência inata com talento excepcional para o convencimento, usando o discurso claro e objetivo a favor de uma categoria trabalhadora, argumentado com a dialética, a facilidade de raciocinar com método, Lula pelo pendor congênito tornou-se um líder natural, o condutor dos princípios sindicalistas dos metalúrgicos. As questões sindicais seria seu propósito em resolver, era a sua luta, sem se importar com qualquer ideologia, embora pela maneira de agir contra o poder dominante, quer queira ou não, havia uma ilação com os fundamentos da esquerda atuante. Na companhia de intelectuais da esquerda fundou o PT, que deveria ser o fiel e digno representante da classe trabalhadora. O PT com Lula candidato perdeu em três tentativas para a presidência. Na quarta campanha eleitoral, com a famigerada Carta de Maio se tornou um liberal conservador, satisfazendo capitalistas, empresários, enfim o poder dominante. Elegeu-se
Havia alguma esperança de que o PT e Lula no primeiro governo voltariam as suas origens. Ledo engano. Mais do que nunca prosseguiu em sua trajetória conservadora. O pior. O PT paulista passou a ser dominante na política petista, tendo à frente um sujeito de alcunha Zé Dirceu, na época, muito provável sucessor de Lula. Deu tudo errado para quem ainda confiava no partido. Os intelectuais fundadores do partido, desiludidos abandonaram a lide petista. Autênticos companheiros migraram para outras agremiações (PSOL, PSTU, PCO e PCB). Bases do partido de movimentos reivindicatórios e populares em busca da justiça social como o MST ficou decepcionado, perdidas as ilusões, se apartou. Em compensação os ruralistas agradecem pelo novo Código Florestal que os beneficia. A marcha do PT em busca do poder coloca lá longe no passado seus ideais, o socialismo como forma de organização, sua ideologia progressista. O PT prossegue em sua reviravolta. Os professores estão em greve. O governo de Tarso Genro do PT, tal e qual mais recentemente, como os reacionários Rigotto do PMDB e Yeda do PSDB avisou de cara que iria cortar o ponto dos professores grevistas. Oh...PT, quem ti viu, quem te vê.
Em Farroupilha temos mais exemplo de que o PT não é mais o mesmo. No debate na Câmara de Vereadores com respeito ao aumento do número de vereadores o PT esteve ao lado dos conservadores do PMDB e PP, o que quer dizer fez parte do conluio, no popular “armação”, para o aumento do número de vereadores.
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sábado, 26 de novembro de 2011
Elvira e Lula
Elvira é fissurada em rede social pela internet, particularmente no facebook. É fascinada por aquilo que ela publica. As mensagens colocadas em suas páginas têm a capacidade de deixá-la extasiada. Quando falo de Elvira, apaixonada pela comunicação via internet, não estou falando de uma adolescente, de uma jovem extrovertida e deslumbrada em busca de notoriedade numa rede social. A Elvira aqui referida é um ser adulto, de plena maturidade, uma mulher de 50 e poucos anos, beirando os 60. Elvira gosta de aparecer e o facebook é o seu caminho. Adora se mostrar. Emergente na internet é envolvida pelo brilho demasiado de suas realizações fúteis, proclamadas às amigas. Vaidosa.
Envia seus monólogos em busca de diálogos. Difícil. Fala unicamente de si.
Diz de suas viagens espetaculosas como prova de ostentação. Comenta de forma pomposa sua última aquisição, peça sofisticada, uma bolsa Louis Vuitton. Fotografias do ambiente reservado familiar vão às telas do computador, fotos que serviriam mais para um álbum de família. A intimidade é revelada sem necessidade. Nesse caso pode passar até como uma figura ridícula, motivo para despertar o riso de circunstantes.
Elvira pode ser comparada a muita gente que faz uso das redes sociais. Pessoas que vaidosamente buscam elogios, ou a ilusão que querem ter êxito diante de todos. Pernósticas, não adquiriram a humildade de olhar para dentro de si mesmo. Colocam máscaras de criaturas impecáveis, superiores pela grandeza exposta, querendo sempre estar em evidência.
As redes sociais é uma forma de comunicação autêntica entre amigos, troca de informações sobre o cotidiano, compartilhamento de idéias. Nada de sofisticação, de vaidade, megalomania.
As redes sociais são as evidências da democracia, a própria liberdade de expressão. Permitem até que qualquer bobagem seja postada. Por isso têm outros afins, como por exemplo, ser instrumento de preconceituoso protesto, não ter um fundamento racional, ser uma manifestação oportunista, servir de degrau para a zombaria, para o riso sem graça. Foi o que aconteceu com Lula e a sua doença. Mensagens de conceito ridículo buscando o engraçado com coisa muito séria, como a doença e por essa razão procurar tratamento no SUS. Falta de respeito com um cidadão emérito, desconsideração com o sujeito de origem humilde que necessita unicamente do serviço de saúde estatal.
Os autores da mensagem inescrupulosa e seus seguidores nunca precisaram do SUS, devem ter seus planos de saúde privados. Falam sem conhecimento de causa. É bom saberem que se precisar de um transplante ou realizar uma cirurgia de redução de estomago terão que recorrer ao SUS. Não há nenhum plano particular que pague certos procedimentos. Lula sempre teve seu plano de saúde, não precisou do SUS. Alias o que diriam as redes sociais, se por acaso Lula se tratasse pelo SUS. Os preconceituosos oportunistas no mínimo o chamariam de demagogo.
Envia seus monólogos em busca de diálogos. Difícil. Fala unicamente de si.
Diz de suas viagens espetaculosas como prova de ostentação. Comenta de forma pomposa sua última aquisição, peça sofisticada, uma bolsa Louis Vuitton. Fotografias do ambiente reservado familiar vão às telas do computador, fotos que serviriam mais para um álbum de família. A intimidade é revelada sem necessidade. Nesse caso pode passar até como uma figura ridícula, motivo para despertar o riso de circunstantes.
Elvira pode ser comparada a muita gente que faz uso das redes sociais. Pessoas que vaidosamente buscam elogios, ou a ilusão que querem ter êxito diante de todos. Pernósticas, não adquiriram a humildade de olhar para dentro de si mesmo. Colocam máscaras de criaturas impecáveis, superiores pela grandeza exposta, querendo sempre estar em evidência.
As redes sociais é uma forma de comunicação autêntica entre amigos, troca de informações sobre o cotidiano, compartilhamento de idéias. Nada de sofisticação, de vaidade, megalomania.
As redes sociais são as evidências da democracia, a própria liberdade de expressão. Permitem até que qualquer bobagem seja postada. Por isso têm outros afins, como por exemplo, ser instrumento de preconceituoso protesto, não ter um fundamento racional, ser uma manifestação oportunista, servir de degrau para a zombaria, para o riso sem graça. Foi o que aconteceu com Lula e a sua doença. Mensagens de conceito ridículo buscando o engraçado com coisa muito séria, como a doença e por essa razão procurar tratamento no SUS. Falta de respeito com um cidadão emérito, desconsideração com o sujeito de origem humilde que necessita unicamente do serviço de saúde estatal.
Os autores da mensagem inescrupulosa e seus seguidores nunca precisaram do SUS, devem ter seus planos de saúde privados. Falam sem conhecimento de causa. É bom saberem que se precisar de um transplante ou realizar uma cirurgia de redução de estomago terão que recorrer ao SUS. Não há nenhum plano particular que pague certos procedimentos. Lula sempre teve seu plano de saúde, não precisou do SUS. Alias o que diriam as redes sociais, se por acaso Lula se tratasse pelo SUS. Os preconceituosos oportunistas no mínimo o chamariam de demagogo.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Ainda a ficha limpa
O sujeito vai em busca de emprego. Deixa seu curriculum em diversas empresas e agências. Aguarda. Em determinado momento é convidado para uma entrevista. Apresenta-se. Há o primeiro contato diante do funcionário responsável pelo setor de recursos humanos que deseja descobrir o jeito de ser do candidato, indícios de seu comportamento, detalhes de sua personalidade. O encontro trás resultado positivo ao aspirante de emprego. A próxima etapa é a realização de um teste de conhecimentos. Não há maior dificuldade. Depois, importante pela exigência de lei, o exame médico. Na seqüência natural em busca de uma colocação há a apresentação indispensável de documentos, carta de recomendação com histórico profissional de outras empresas onde trabalhou. Todas as exigências satisfatoriamente cumpridas. Empregado.
Concurso ao emprego público. O passo inicial é a inscrição. Depois o concorrente mostra seus conhecimentos afins numa prova. É aprovado. A segunda etapa consiste numa avaliação da saúde, saber de seu estado físico. Indispensável o atestado de bons antecedentes e se necessário a ficha de sua vida pregressa, enfim mostrar a ficha limpa.
Nas empresas privadas, no serviço público, todas essas obrigações são cumpridas à risca. Diante disso a pergunta é necessária: porque assim não deveria ser para o candidato ao cargo público por indicação (o conhecido cargo de confiança) ou eletivo como de vereador? Sim. Todos eles ou qualquer um teria que ter reputação ilibada, conduta irrepreensível, caráter de uma vida incorruptível, o que significa possuir ficha limpa. Na Câmara de Vereadores de Farroupilha, numa medida salutar e digna, determinado vereador tentou fazer prevalecer a ficha limpa. O projeto surpreendentemente foi repudiado pela maioria dos vereadores. A ficha limpa foi aprovada no Congresso Nacional graças a mobilização de milhões de brasileiros e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção, a impunidade no país. Será que milhares de farroupilhenses terão que ser mobilizarem para que a ficha limpa local seja aprovada? Qual é o problema para que um direito tão democrático do povo não seja aprovado? A questão da não aprovação do projeto da direito ao eleitor de ao menos desconfiar de que há gente com interesse na ficha suja.
Aliás, essa questão levou para uma discussão tola, de total inépcia, de que se tratava de inconstitucionalidade. Trata-se de enrolação, com o uso da dialética sem necessidade, da deslumbrada retórica em vão, de uma eloqüência desnecessária. Pouco importa qual seja o designativo. Antes de qualquer regimento legal, trata-se somente do bom senso, muito mais que isso, de um direito da cidadania e o Direito pressupõe como contrapartida os deveres a quem de direito, como por exemplo, aprove a ficha limpa.
Mais um detalhe. Acreditar que a ficha limpa não foi aprovada por ter sido iniciativa de um vereador do PT é demais. Se assim for a política farroupilhense está envolta em picuinhas, em sórdida mesquinhez. Uma medida salutar foi impedida de vigorar por bizarra pirraça. Trata-se de politicagem.
Concurso ao emprego público. O passo inicial é a inscrição. Depois o concorrente mostra seus conhecimentos afins numa prova. É aprovado. A segunda etapa consiste numa avaliação da saúde, saber de seu estado físico. Indispensável o atestado de bons antecedentes e se necessário a ficha de sua vida pregressa, enfim mostrar a ficha limpa.
Nas empresas privadas, no serviço público, todas essas obrigações são cumpridas à risca. Diante disso a pergunta é necessária: porque assim não deveria ser para o candidato ao cargo público por indicação (o conhecido cargo de confiança) ou eletivo como de vereador? Sim. Todos eles ou qualquer um teria que ter reputação ilibada, conduta irrepreensível, caráter de uma vida incorruptível, o que significa possuir ficha limpa. Na Câmara de Vereadores de Farroupilha, numa medida salutar e digna, determinado vereador tentou fazer prevalecer a ficha limpa. O projeto surpreendentemente foi repudiado pela maioria dos vereadores. A ficha limpa foi aprovada no Congresso Nacional graças a mobilização de milhões de brasileiros e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção, a impunidade no país. Será que milhares de farroupilhenses terão que ser mobilizarem para que a ficha limpa local seja aprovada? Qual é o problema para que um direito tão democrático do povo não seja aprovado? A questão da não aprovação do projeto da direito ao eleitor de ao menos desconfiar de que há gente com interesse na ficha suja.
Aliás, essa questão levou para uma discussão tola, de total inépcia, de que se tratava de inconstitucionalidade. Trata-se de enrolação, com o uso da dialética sem necessidade, da deslumbrada retórica em vão, de uma eloqüência desnecessária. Pouco importa qual seja o designativo. Antes de qualquer regimento legal, trata-se somente do bom senso, muito mais que isso, de um direito da cidadania e o Direito pressupõe como contrapartida os deveres a quem de direito, como por exemplo, aprove a ficha limpa.
Mais um detalhe. Acreditar que a ficha limpa não foi aprovada por ter sido iniciativa de um vereador do PT é demais. Se assim for a política farroupilhense está envolta em picuinhas, em sórdida mesquinhez. Uma medida salutar foi impedida de vigorar por bizarra pirraça. Trata-se de politicagem.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Arquivo minhas colunas pela data da edição do jornal em que ela é publicada. De repente me chama a atenção, me dou conto que hoje é o dia 11 de novembro de 2011, ou seja, reduzindo a nomenclatura: 11.11.11.
A estranha coincidência de três dezenas iguais, conseqüência da ordenação do calendário despertou minha curiosidade pelos três números semelhantes e me fez averiguar, realizar uma pequena pesquisa (Google), buscando saber se há algo cabalístico, descobrir se algum mistério envolve os três 11 juntos, ou se a coincidência permite alguma interpretação mística. Afinal 11.11.11 é o dia décimo do décimo primeiro mês, dia também do décimo primeiro ano do novo milênio.
Por isso o dia 11.11.11 foi aguardado por muitos movimentos esotéricos como novembro da nova era, um marco energético. Alguém afirmou que a data servirá pela hierarquia da luz para ajudar no campo magnético a relação de amor e paz no planeta.
Dizem mais: O 11 é o numero mestre que reflete a transformação do físico no divino. 11 do 11, do 11, é entendido como uma configuração numérica cabalística. Dizem mais, que toda a vida pode ser reduzida ou explicada por números. As correntes dessa sequência numérica reúnem uma série de novos entendimentos que ajudarão a ajustar e equilibrar o ser humano.
Por tudo isso o número 11 significa muita energia, mas também significativamente um número desesperador em termos de desgraça e pelos fatos históricos, muito mais que o número 13, determinado por muita gente como número do azar. Vejamos:
- New York City das Torres Gemeas, tem 11 letras.
- Afeganistão, invadido pelos americanos, 11 letras.
- The Pentagon, o famoso edifício da Defesa americana, atacado por terrorista, 11 letras
- George W. Bush, presidente que invadiu o Iraque e dos ataques suicidas, 11 letras.
- Nova York é o estado americano de número 11.
- O primeiro dos voos que arremeteu contra as Torres Gêmeas era o de número 11.
- O voo número 11 levava a bordo 92 passageiros: 9 + 2 = 11
- O outro voo que derrubou as torres levava a bordo 65 passageiros: 6 + 5 = 11
- A tragédia ocorreu no dia 11.
- As vitimas que faleceram nos aviões foram 254: 2+5+4 = 11
- O dia 11 de setembro no calendário é o de número 254 do ano.
Pois então. O número 11 pode ter uma interpretação mística, cabalística como fonte de energia, como também interpretado pelas coincidências como muito desditoso.
Em termos de benéfica coincidência o leitor talvez esteja lendo essa coluna de 11.11.11 as 11 horas, 11 minutos e 11 segundos.
Lembrando que um time de futebol tem 11 jogadores, mas parece que a dupla Grenal está jogando com muito menos. Tem mais. Quem gosta de uma “fezinha” o número 11 na corretagem zoológica é burro.
Um bom dia no dia 11 de novembro de 2011.
A estranha coincidência de três dezenas iguais, conseqüência da ordenação do calendário despertou minha curiosidade pelos três números semelhantes e me fez averiguar, realizar uma pequena pesquisa (Google), buscando saber se há algo cabalístico, descobrir se algum mistério envolve os três 11 juntos, ou se a coincidência permite alguma interpretação mística. Afinal 11.11.11 é o dia décimo do décimo primeiro mês, dia também do décimo primeiro ano do novo milênio.
Por isso o dia 11.11.11 foi aguardado por muitos movimentos esotéricos como novembro da nova era, um marco energético. Alguém afirmou que a data servirá pela hierarquia da luz para ajudar no campo magnético a relação de amor e paz no planeta.
Dizem mais: O 11 é o numero mestre que reflete a transformação do físico no divino. 11 do 11, do 11, é entendido como uma configuração numérica cabalística. Dizem mais, que toda a vida pode ser reduzida ou explicada por números. As correntes dessa sequência numérica reúnem uma série de novos entendimentos que ajudarão a ajustar e equilibrar o ser humano.
Por tudo isso o número 11 significa muita energia, mas também significativamente um número desesperador em termos de desgraça e pelos fatos históricos, muito mais que o número 13, determinado por muita gente como número do azar. Vejamos:
- New York City das Torres Gemeas, tem 11 letras.
- Afeganistão, invadido pelos americanos, 11 letras.
- The Pentagon, o famoso edifício da Defesa americana, atacado por terrorista, 11 letras
- George W. Bush, presidente que invadiu o Iraque e dos ataques suicidas, 11 letras.
- Nova York é o estado americano de número 11.
- O primeiro dos voos que arremeteu contra as Torres Gêmeas era o de número 11.
- O voo número 11 levava a bordo 92 passageiros: 9 + 2 = 11
- O outro voo que derrubou as torres levava a bordo 65 passageiros: 6 + 5 = 11
- A tragédia ocorreu no dia 11.
- As vitimas que faleceram nos aviões foram 254: 2+5+4 = 11
- O dia 11 de setembro no calendário é o de número 254 do ano.
Pois então. O número 11 pode ter uma interpretação mística, cabalística como fonte de energia, como também interpretado pelas coincidências como muito desditoso.
Em termos de benéfica coincidência o leitor talvez esteja lendo essa coluna de 11.11.11 as 11 horas, 11 minutos e 11 segundos.
Lembrando que um time de futebol tem 11 jogadores, mas parece que a dupla Grenal está jogando com muito menos. Tem mais. Quem gosta de uma “fezinha” o número 11 na corretagem zoológica é burro.
Um bom dia no dia 11 de novembro de 2011.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Ah, Ah, Ah...2
Contei semana passada as minhas peripécias numa caminhada na cidade na extensão de mais ou menos cinco quilômetros e duração aproximada de 40 minutos.
Pois bem. Tudo o que foi narrado não foi verdadeiramente tudo, em razão do esgotamento de espaço reservado à escrever a coluna. Sim, aconteceram mais coisas e que posso contar no espaço disponível nessa edição, a saber:
Caminho. Sigo pela calçada. Atrás de mim sinto aproxima-se um barulho ensurdecedor, uma total algazarra, uma grande presepada, formada por intermitente zoada de buzinas causadas sob a pressão do ar comprimido, evidentemente para me chamar a atenção. Trata-se de uma carreta, uma daquelas de cinco rodados e 22 pneus. O potente caminhão para no acostamento ao meu lado. A parada, com a freada motivada por freios a vácuo, com aquele som característico de chiado fortíssimo é outro festival de estrepolia sonora, fuzarca em altos decibéis.
Do alto da cabine de quase três metros de altura uma voz conhecida me sacaneia:
- Hei, Carioquinha, vai pro Rio a pé? Sobe aqui na boleia que lhe dou uma carona.
Invocado, apoquentado, sacaneado, respondo em alto e bom som, sem pestanejar:
- NÃÃÃÃÃO. Quer saber? Sabe para onde estou indo? Para a ponte que caiu.
Ando, penso, e chego a conclusão que é melhor deixar pra lá. Quem mandou andar a pé.
Fico resignado com as gozações recebidas, na verdade, com um jeito de vaidade, satisfeito e gratificado pelo reconhecimento.
No entanto nem todos que por mim passaram possuíam o espírito jocoso, o engraçado como natural. Um conhecido, de forma séria, prestativo em me fazer um favor, para ao meu lado. Baixa o vidro da porta e gentilmente pergunta se eu desejo uma carona.
Como até aquele momento todas as interpelações foram de forma espirituosa, provocações com gracejos, dessa maneira entendi o amável convite e a resposta foi dada naquele tom um tanto quanto descortês:
- Não enche o saco, prefiro ir pé.
O sujeito, naturalmente por não aceitar o obséquio e pela resposta interpretada como mal-educada, se mostrou desvairado pela arrancada repentina com o seu carro, cantando pneus. Meditei e me indaguei. Qual seria o motivo que deixara a pessoa fula da vida? Não haveria causa aparente e me propôs a responder aleatoriamente com três respostas: de fato fui malcriado, ou o sujeito sentiu que o tinha menosprezado ou ainda porque não teria qualquer confiança com ele ao volante.
Enfim cheguei à Linha Julieta na concessionária de automóveis. Então voltei e voltei motorizado, a bordo – sorry periferia - de uma Captiva.
Chegou a minha vez: ah, ah, ah...
Pois bem. Tudo o que foi narrado não foi verdadeiramente tudo, em razão do esgotamento de espaço reservado à escrever a coluna. Sim, aconteceram mais coisas e que posso contar no espaço disponível nessa edição, a saber:
Caminho. Sigo pela calçada. Atrás de mim sinto aproxima-se um barulho ensurdecedor, uma total algazarra, uma grande presepada, formada por intermitente zoada de buzinas causadas sob a pressão do ar comprimido, evidentemente para me chamar a atenção. Trata-se de uma carreta, uma daquelas de cinco rodados e 22 pneus. O potente caminhão para no acostamento ao meu lado. A parada, com a freada motivada por freios a vácuo, com aquele som característico de chiado fortíssimo é outro festival de estrepolia sonora, fuzarca em altos decibéis.
Do alto da cabine de quase três metros de altura uma voz conhecida me sacaneia:
- Hei, Carioquinha, vai pro Rio a pé? Sobe aqui na boleia que lhe dou uma carona.
Invocado, apoquentado, sacaneado, respondo em alto e bom som, sem pestanejar:
- NÃÃÃÃÃO. Quer saber? Sabe para onde estou indo? Para a ponte que caiu.
Ando, penso, e chego a conclusão que é melhor deixar pra lá. Quem mandou andar a pé.
Fico resignado com as gozações recebidas, na verdade, com um jeito de vaidade, satisfeito e gratificado pelo reconhecimento.
No entanto nem todos que por mim passaram possuíam o espírito jocoso, o engraçado como natural. Um conhecido, de forma séria, prestativo em me fazer um favor, para ao meu lado. Baixa o vidro da porta e gentilmente pergunta se eu desejo uma carona.
Como até aquele momento todas as interpelações foram de forma espirituosa, provocações com gracejos, dessa maneira entendi o amável convite e a resposta foi dada naquele tom um tanto quanto descortês:
- Não enche o saco, prefiro ir pé.
O sujeito, naturalmente por não aceitar o obséquio e pela resposta interpretada como mal-educada, se mostrou desvairado pela arrancada repentina com o seu carro, cantando pneus. Meditei e me indaguei. Qual seria o motivo que deixara a pessoa fula da vida? Não haveria causa aparente e me propôs a responder aleatoriamente com três respostas: de fato fui malcriado, ou o sujeito sentiu que o tinha menosprezado ou ainda porque não teria qualquer confiança com ele ao volante.
Enfim cheguei à Linha Julieta na concessionária de automóveis. Então voltei e voltei motorizado, a bordo – sorry periferia - de uma Captiva.
Chegou a minha vez: ah, ah, ah...
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Ah, ah, ah......
Compromisso numa concessionária de automóveis em Linha Julieta. Do centro da cidade e ir até lá tenho duas alternativas: ônibus ou táxi. Prefiro uma terceira opção, qual seja caminhar. Além da questão econômica - muito menos importante por ser irrisória -, a caminhada de aproximadamente cinco quilômetros me permite algo bem agradável e saudável, como também me proporciona uma segunda intenção, qual seja, observar em detalhes situações diversas, positivas ou negativas, aquilo que passa despercebido normalmente quando a pessoa percorre qualquer percurso no interior de um veiculo sem atenção devida a paisagem urbana.
A manhã é possuída por um sol esplendoroso, o dia começa completamente iluminado com o céu azul celeste como diria o poeta. A temperatura é amena, bastante confortável.
Desloco-me da redação do jornal ao local desejado descendo a rua Barão do Rio Branco. No cruzamento da RST 453, passo por baixo do viaduto em direção a RS-122 e daí até Linha Julieta. O trajeto é feito com passadas firmes e normais, passos não muito apressados, o que me permite as observações mais apuradas dos detalhes urbanísticos principalmente com recentes empreendimentos imobiliários na região o que é bem positivo. Negativamente se observa diversas infrações no trânsito. Carros trafegando além da velocidade permitida. Motoristas que dirigem em flagrante desrespeito as regras estabelecidas: além do abuso de velocidade, estar dirigindo sem as duas mãos apegadas ao volante, ora falando ao celular, ou com o cigarro entre os dedos, ora o braço apoiado na porta com o cotovelo pelo lado de fora.
A caminhada, particularmente para mim, permite situações inusitadas, zombarias, comicidade, tudo levado na “esportiva”. Não sou nenhuma figura fulgurante, não sou famoso, muito menos celebridade. Sou apenas uma pessoa muito conhecida. Caminho. Passa por mim um furgão de entregas, a velocidade é diminuída e um travesso grita a primeira gaiatice, acompanhada de uma risada de escárnio:
- Pobre tem mais que andar a pé. Ah.ah.ah.
Uma segunda gozação parte de dentro de um automóvel por parte de outro conhecido. Diminui consideravelmente a marcha para que, com um brado enviar a pilhéria:
- Não pagou a financeira. Tiraram o carro. Ah,ah,ah.
O ciclista passa por mim. Eu e ele em cima da calçada. Diminui as pedaladas, olha para trás, e com a uma cara cínica e toda desfaçatez larga o esperado comentário engraçado:
- Não tem dinheiro nem pro ônibus. Ah, ah, ah.
No trevo de retorno, em frente a antiga Faster, o mais desnorteado ocorre. Um cortejo fúnebre passa por ali. Um séqüito de dezenas de carros acompanha o defunto à última morada. Num dos carros alguém me vê quase ao final da peregrinação e oferece:
- Quer uma carona?
O raciocínio é ligeiro, a resposta rápida: Nãaaaaaaa. Sem qualquer ah, ah, ah...
A manhã é possuída por um sol esplendoroso, o dia começa completamente iluminado com o céu azul celeste como diria o poeta. A temperatura é amena, bastante confortável.
Desloco-me da redação do jornal ao local desejado descendo a rua Barão do Rio Branco. No cruzamento da RST 453, passo por baixo do viaduto em direção a RS-122 e daí até Linha Julieta. O trajeto é feito com passadas firmes e normais, passos não muito apressados, o que me permite as observações mais apuradas dos detalhes urbanísticos principalmente com recentes empreendimentos imobiliários na região o que é bem positivo. Negativamente se observa diversas infrações no trânsito. Carros trafegando além da velocidade permitida. Motoristas que dirigem em flagrante desrespeito as regras estabelecidas: além do abuso de velocidade, estar dirigindo sem as duas mãos apegadas ao volante, ora falando ao celular, ou com o cigarro entre os dedos, ora o braço apoiado na porta com o cotovelo pelo lado de fora.
A caminhada, particularmente para mim, permite situações inusitadas, zombarias, comicidade, tudo levado na “esportiva”. Não sou nenhuma figura fulgurante, não sou famoso, muito menos celebridade. Sou apenas uma pessoa muito conhecida. Caminho. Passa por mim um furgão de entregas, a velocidade é diminuída e um travesso grita a primeira gaiatice, acompanhada de uma risada de escárnio:
- Pobre tem mais que andar a pé. Ah.ah.ah.
Uma segunda gozação parte de dentro de um automóvel por parte de outro conhecido. Diminui consideravelmente a marcha para que, com um brado enviar a pilhéria:
- Não pagou a financeira. Tiraram o carro. Ah,ah,ah.
O ciclista passa por mim. Eu e ele em cima da calçada. Diminui as pedaladas, olha para trás, e com a uma cara cínica e toda desfaçatez larga o esperado comentário engraçado:
- Não tem dinheiro nem pro ônibus. Ah, ah, ah.
No trevo de retorno, em frente a antiga Faster, o mais desnorteado ocorre. Um cortejo fúnebre passa por ali. Um séqüito de dezenas de carros acompanha o defunto à última morada. Num dos carros alguém me vê quase ao final da peregrinação e oferece:
- Quer uma carona?
O raciocínio é ligeiro, a resposta rápida: Nãaaaaaaa. Sem qualquer ah, ah, ah...
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
O mundo de Praxedes
Depois de longo tempo Praxedes se comunica comigo. Praxedes, já ouviram falar, é aquele indefectível funcionário público de compromisso esmerado e responsabilidade total com o trabalho, de tendência perfeccionista na execução de suas atribuições, excelente e prestativo servidor com a causa pública. É o tipo do sujeito crente em suas obrigações, dedicação total no cumprimento do horário de trabalho, sempre com a vontade compulsiva de aplicação em sua atividade, em busca do perfeccionismo. Um modesto barnabé, ciente dos atos e fatos a serem cumpridos e dele se pode dizer, de forma pejorativa, que se trata de um “caxias” ou um “cdf”.
Praxedes, jamais em sua pequena e isolada sala na repartição pública para a qual foi designado, utilizou o seu computador para fingir que trabalha ou uma alternativa para passar o tempo se divertido com o joguinho da paciência ou freecell. Para ele trata-se de uma ignóbil enganação, uma sórdida atitude para com os seus superiores e ao povo, o contribuinte que paga seu salário.
Além de todos os excelentes atributos como funcionário público, Praxedes é um cidadão idôneo, de caráter sem jaça, de personalidade imaculada, de vida pregressa irrepreensível, de passado sem qualquer restrição. Indubitavelmente, jamais poderia fazer carreira política. Mas ele pensava nisso e assim desejava.
Ele me diz que se sentiu profundamente magoado em nenhum partido tê-lo convidado para assinar ficha de filiação e foi incisivo ao revelar que filiado desejava ser candidato, não por uma questão ideológica, nem por aquele outro papo furado de representatividade, mas pelo R$ 2.700,00 mensais, mais do que o dobro daquilo que ele ganha como eficiente funcionário. Imagino o quanto custou, pelo seu jeito exemplar de ser, por sua idoneidade, fazer essa revelação, que foge completamente de sua conduta. Eu disse, querendo ser consolador de um aflito ex-candidato a vereador, que por sua autenticidade intima mentirosa, comportou-se como um político. Praxedes ficou indignado e invocado com essa colocação. Disse mais para ele: jamais será um político.
Praxedes de forma ilusória tentou me convencer da honestidade política. Explicou-se: “Eu imagino, candidato a vereador ao lado do candidato a prefeito. Em sua oratória ele me cobriria de elogios, citando-me como exemplo de funcionário público o que serviria de padrão para sua administração”. Desta feita não disse nada, apenas refleti: como tem gente ingênua nesse mundo político, o mundo de Praxedes.
Não sei se Praxedes, idôneo, honesto, responsável, insigne, eleito vereador, tivesse ambiente na egrégia Câmara Municipal, casa legislativa que não aprovou a lei da Ficha Limpa. Como se diz pelo adágio popular “ai tem boi na linha”, o que significa não explicar coisas esquisitas. O eleitor pode tranquilamente deduzir que o significado para as coisas esquisitas é de que tem gente com ficha suja.
Praxedes, jamais em sua pequena e isolada sala na repartição pública para a qual foi designado, utilizou o seu computador para fingir que trabalha ou uma alternativa para passar o tempo se divertido com o joguinho da paciência ou freecell. Para ele trata-se de uma ignóbil enganação, uma sórdida atitude para com os seus superiores e ao povo, o contribuinte que paga seu salário.
Além de todos os excelentes atributos como funcionário público, Praxedes é um cidadão idôneo, de caráter sem jaça, de personalidade imaculada, de vida pregressa irrepreensível, de passado sem qualquer restrição. Indubitavelmente, jamais poderia fazer carreira política. Mas ele pensava nisso e assim desejava.
Ele me diz que se sentiu profundamente magoado em nenhum partido tê-lo convidado para assinar ficha de filiação e foi incisivo ao revelar que filiado desejava ser candidato, não por uma questão ideológica, nem por aquele outro papo furado de representatividade, mas pelo R$ 2.700,00 mensais, mais do que o dobro daquilo que ele ganha como eficiente funcionário. Imagino o quanto custou, pelo seu jeito exemplar de ser, por sua idoneidade, fazer essa revelação, que foge completamente de sua conduta. Eu disse, querendo ser consolador de um aflito ex-candidato a vereador, que por sua autenticidade intima mentirosa, comportou-se como um político. Praxedes ficou indignado e invocado com essa colocação. Disse mais para ele: jamais será um político.
Praxedes de forma ilusória tentou me convencer da honestidade política. Explicou-se: “Eu imagino, candidato a vereador ao lado do candidato a prefeito. Em sua oratória ele me cobriria de elogios, citando-me como exemplo de funcionário público o que serviria de padrão para sua administração”. Desta feita não disse nada, apenas refleti: como tem gente ingênua nesse mundo político, o mundo de Praxedes.
Não sei se Praxedes, idôneo, honesto, responsável, insigne, eleito vereador, tivesse ambiente na egrégia Câmara Municipal, casa legislativa que não aprovou a lei da Ficha Limpa. Como se diz pelo adágio popular “ai tem boi na linha”, o que significa não explicar coisas esquisitas. O eleitor pode tranquilamente deduzir que o significado para as coisas esquisitas é de que tem gente com ficha suja.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Opiniões
Tem pessoas que ficam profundamente irritadas com certas coisas expostas, opiniões publicadas. Há interpelações pessoais ou virtualmente através de mensagens por e-mail.
Desta feita foi a turma da direita delirante, que idolatra aquela famigerada revista semanal, da qual muitos se tornam lacaios do seus preceitos ideológicos por sua postura editorialista ou por extremados colunistas.
Parecer emitido nesse espaço é uma questão de idiosincrasia, o jeito de ser de cada pessoa, do temperamento de cada um como do cronista e assim sendo, evidentemente não seja de agrado a todos, principalmente quando o assunto são fatos políticos, o que causa celeuma, podendo satisfazer aos leitores pelo pensamento comum, como também pode contrariar a outros pelo ponto de vista divergente.
A menção das homenagens com títulos de doutor Honoris Causa por diversas universidades e assemelhadas ao Lula foi tratada como uma informação. Respeito Lula por sua perspicácia e por ser sagaz em termos políticos. Nada mais que isso. Não sou apóstolo de suas convicções e atitudes políticas. Lula foi perspicaz buscando votos junto a classe menos favorecida, os chamados excluídos, famélicos da indigência, os sustentados pelo programa Bolsa Família. Na outra ponta do social os magnatas da indústria e comércio, banqueiros, usados pela sagacidade de Lula que, com suas valiosas contribuições, ajudaram-no a buscar votos naquela outra extremidade social referida. Acredito que fui bem explicito com a delirante direita.
*** ***
Primeiro chamava-se Arena, partido de sustentação no “Congresso” da ditadura militar. Na abertura política, na formação de novos partidos Arena transformou-se em PDS, cujo maior lider é Paulo Maluf que passou incólume pela Justiça brasileira com vários processos, principalmente de corrupção, mas que não pode sair do país, pois no exterior a Interpol o prenderá. Sem formação partidária consistente, o partido de Maluf e de seus correligionários, passou a ser PPR, depois PPB e agora é PP, até quando não se sabe.
O Partido Progressista tem sua força política em pequenos municípios de zonas rurais. O PP nacionalmente tem quatro senadores e 44 deputados federais. Como partido da base de sustentação política de Dona Dilma, foi abocanhado com o Ministério das Cidades. No Rio Grande com a eleição de Ana Amélia para senadora o seu nome já foi lançado para o governo do Estado. A fome de poder do PP é intensa, é o que acontece em Farroupilha, quando pretende vencer a próxima eleição municipal. Só que esse projeto não será fácil. Terá que vencer o poder político e administrativo do PMDB.
*** ***
- Comentário categórico de um prócer progressista: “A coligação com o PMDB continuará, desde que o PP seja cabeça de chapa na eleição majoritária”.
- Quando o político coloca seu nome a disposição do partido para a eleição, trata-se de um eufemismo que significa dizer: “Eu sou candidato”.
- Assim o PMDB tem dois candidatos: Ademir Bareta e Sergio Rossi. Dois? Haverá alguma prévia no partido? Ou será jogo político? Quem sabe início de um racha?
Desta feita foi a turma da direita delirante, que idolatra aquela famigerada revista semanal, da qual muitos se tornam lacaios do seus preceitos ideológicos por sua postura editorialista ou por extremados colunistas.
Parecer emitido nesse espaço é uma questão de idiosincrasia, o jeito de ser de cada pessoa, do temperamento de cada um como do cronista e assim sendo, evidentemente não seja de agrado a todos, principalmente quando o assunto são fatos políticos, o que causa celeuma, podendo satisfazer aos leitores pelo pensamento comum, como também pode contrariar a outros pelo ponto de vista divergente.
A menção das homenagens com títulos de doutor Honoris Causa por diversas universidades e assemelhadas ao Lula foi tratada como uma informação. Respeito Lula por sua perspicácia e por ser sagaz em termos políticos. Nada mais que isso. Não sou apóstolo de suas convicções e atitudes políticas. Lula foi perspicaz buscando votos junto a classe menos favorecida, os chamados excluídos, famélicos da indigência, os sustentados pelo programa Bolsa Família. Na outra ponta do social os magnatas da indústria e comércio, banqueiros, usados pela sagacidade de Lula que, com suas valiosas contribuições, ajudaram-no a buscar votos naquela outra extremidade social referida. Acredito que fui bem explicito com a delirante direita.
*** ***
Primeiro chamava-se Arena, partido de sustentação no “Congresso” da ditadura militar. Na abertura política, na formação de novos partidos Arena transformou-se em PDS, cujo maior lider é Paulo Maluf que passou incólume pela Justiça brasileira com vários processos, principalmente de corrupção, mas que não pode sair do país, pois no exterior a Interpol o prenderá. Sem formação partidária consistente, o partido de Maluf e de seus correligionários, passou a ser PPR, depois PPB e agora é PP, até quando não se sabe.
O Partido Progressista tem sua força política em pequenos municípios de zonas rurais. O PP nacionalmente tem quatro senadores e 44 deputados federais. Como partido da base de sustentação política de Dona Dilma, foi abocanhado com o Ministério das Cidades. No Rio Grande com a eleição de Ana Amélia para senadora o seu nome já foi lançado para o governo do Estado. A fome de poder do PP é intensa, é o que acontece em Farroupilha, quando pretende vencer a próxima eleição municipal. Só que esse projeto não será fácil. Terá que vencer o poder político e administrativo do PMDB.
*** ***
- Comentário categórico de um prócer progressista: “A coligação com o PMDB continuará, desde que o PP seja cabeça de chapa na eleição majoritária”.
- Quando o político coloca seu nome a disposição do partido para a eleição, trata-se de um eufemismo que significa dizer: “Eu sou candidato”.
- Assim o PMDB tem dois candidatos: Ademir Bareta e Sergio Rossi. Dois? Haverá alguma prévia no partido? Ou será jogo político? Quem sabe início de um racha?
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
O poder
O poder atrai seduz, enebria, extasia. O poder nunca ficará vazio, jamais estará desocupado. Sempre haverá lugar para quem quer que seja, mais especificamente, para aquele que deseja o poder por ser algo inerente aos seus desejos ou que seja delegado por outros. Sempre estará alguém no poder, claro um somente. Jamais dois poderosos ocuparão ao mesmo tempo um mesmo espaço. Poderá haver vários poderosos em poderes divididos secundariamente, no entanto o poder soberano e total será de um único poderoso. O poder não é dado como um presente, a não ser o poder político nos tempos de período medieval, que era concebido como um presente divino. Enfim definitivamente o poder tem que ser conquistado.
Pode ser por merecimento, competência e capacidade, o que acontece em conglomerados, corporações, enfim em empresas.
Existe o poder conquistado pela força, poder alcançado por lutas e guerras, a conquista do poder de um país sobre o outro.
Há ainda a conquista do poder político. Esse pode ser conseguido por revoluções, pela força militar, pela ditadura imposta. Pode ser conseguido pela revolta popular.
Pode ser conquistado democraticamente por delegação do povo, pelo voto secreto e soberano do eleitor. Porém nada impede que esse poder político seja conquistado pela sutileza, pela astúcia, de forma ardilosa ou pérfida. Pela conquista do poder o que era bom ontem politicamente não serve hoje. O companheiro de governo hoje, de poder absoluto, amanhã na eleição, será adversário. A coligação partidária unida em eleição passada não serve mais, pela luta do poder será desarticulada. Ratifica-se. O poder político essencialmente é de uma única pessoa. Há somente um presidente, um governador, um prefeito. Há o poder secundário que é do vice, como o do vice-prefeito, em busca da oportunidade, satisfazendo o ego pelo desejo de ter o poder primeiro e único como prefeito.
*** ***
A delirante extrema-direita, conservadora e reacionária ideologicamente, com o delírio paranóico, sua aversão extremada, o ridículo ranço, o posicionamento de caráter antiquado contra Lula - parte daquela turma de leitores de uma famigerada revista semanal – deve estar bufando de ódio e raiva: como pode um analfabeto funcional receber um sétimo título de doutor Honoris Causa, desta feita de uma instituição de renome mundial como o Instituto de Estudos Políticos de Paris. Lula foi o primeiro latino-americano a receber a homenagem e o segundo chefe de Estado. Foi a 16ª personalidade que recebeu a láurea desde a fundação da instituição em 1871.
Por falar em famigerada revista semanal sua editoria anda bajulando a presidenta Dilma. Elogios não faltam, como por exemplo, informar que ela está emagrecendo em razão de suas caminhadas diárias, como se o problema maior do país fosse sua gordura. Dona Dilma gosta de sentir seu ego massageado. Pela adulação há a retribuição. Então nas páginas, vez por outra, aparece publicidade de empresas estatais: Caixa, Banco do Brasil, Petrobras e claro, a quantidade de propaganda corresponde à adulação recebida.
Pode ser por merecimento, competência e capacidade, o que acontece em conglomerados, corporações, enfim em empresas.
Existe o poder conquistado pela força, poder alcançado por lutas e guerras, a conquista do poder de um país sobre o outro.
Há ainda a conquista do poder político. Esse pode ser conseguido por revoluções, pela força militar, pela ditadura imposta. Pode ser conseguido pela revolta popular.
Pode ser conquistado democraticamente por delegação do povo, pelo voto secreto e soberano do eleitor. Porém nada impede que esse poder político seja conquistado pela sutileza, pela astúcia, de forma ardilosa ou pérfida. Pela conquista do poder o que era bom ontem politicamente não serve hoje. O companheiro de governo hoje, de poder absoluto, amanhã na eleição, será adversário. A coligação partidária unida em eleição passada não serve mais, pela luta do poder será desarticulada. Ratifica-se. O poder político essencialmente é de uma única pessoa. Há somente um presidente, um governador, um prefeito. Há o poder secundário que é do vice, como o do vice-prefeito, em busca da oportunidade, satisfazendo o ego pelo desejo de ter o poder primeiro e único como prefeito.
*** ***
A delirante extrema-direita, conservadora e reacionária ideologicamente, com o delírio paranóico, sua aversão extremada, o ridículo ranço, o posicionamento de caráter antiquado contra Lula - parte daquela turma de leitores de uma famigerada revista semanal – deve estar bufando de ódio e raiva: como pode um analfabeto funcional receber um sétimo título de doutor Honoris Causa, desta feita de uma instituição de renome mundial como o Instituto de Estudos Políticos de Paris. Lula foi o primeiro latino-americano a receber a homenagem e o segundo chefe de Estado. Foi a 16ª personalidade que recebeu a láurea desde a fundação da instituição em 1871.
Por falar em famigerada revista semanal sua editoria anda bajulando a presidenta Dilma. Elogios não faltam, como por exemplo, informar que ela está emagrecendo em razão de suas caminhadas diárias, como se o problema maior do país fosse sua gordura. Dona Dilma gosta de sentir seu ego massageado. Pela adulação há a retribuição. Então nas páginas, vez por outra, aparece publicidade de empresas estatais: Caixa, Banco do Brasil, Petrobras e claro, a quantidade de propaganda corresponde à adulação recebida.
sábado, 1 de outubro de 2011
A festa
Festa grande a começar por um lauto jantar. No amplo salão três mesas imensas estavam ali postas, todas preparadas para o ágape, apresentando variadas e saborosas iguarias. Pelas feições dos rostos, pelos largos sorrisos, cada um dos comensais mostrava-se farto e bem nutrido, esperando o momento maior de alegria, o baile.
O conjunto musical, conhecido assim no passado, que agora se denomina banda, enche de som com seus acordes o salão de baile. Começa com música dolente, baladas, alguns blues e até saudosos boleros. Ritmos para o casal dançar de forma romântica, agarradinho, apertadinho, juntinho.
Em determinado momento a banda muda de ritmo. O som é de rock ou qualquer coisa parecida. É o momento da moçada se esbaldar. Os pares ficam soltos, largados. A dança se caracteriza pelo uso do corpo, um modo de expressar emoções do interior do ser humano, naquela hora mais do que nunca. Não importa se obedece ou não aos passos cadenciados de determinado ritmo. O que vale é que os dançarinos, soltos, largados, libertos se divertem. Uns, com passos ritmados de acordo com a música. Outros, desajeitados, simplesmente balançam o corpo num rebolado desengonçado. Mas o melhor para a rapaziada está para acontecer: surgem as dançarinas animadoras de palco, bem a vontade, umas de coxas grossas, diríamos, para não ser indelicado, coxas rechonchudinhas. A turma vibra, se extasia defronte ao palco. A moça ao lado do rapaz não gosta da frescuragem, puxa-o para um lado neutro, afastado.
E a moça de shortinho branco. O shortinho era tão curto que se notava aquela salientada dobradinha na junção das nádegas e as coxas. Sucesso entre a rapaziada, ali, bem à frente, na fila do cacarejo. A moça causa frisson. As moças, namoradas e parceiras dos rapazes, sentem-se ultrajadas por aquele shortinho branco, causando intensas cenas de ciúmes. Uma delas, não muito disfarçadamente, puxa o parceiro pela ponta do paletó e murmura ao pé do ouvido: “Vamos parar de galinhagem”. Com a reprimenda o rapaz se mantém contido. O show da moça do shortinho branco curtinho termina.
O show prossegue com a apresentação de três jovens rapazes. Não que eles possam despertar com o público feminino o mesmo sucesso do shortinho branco com o masculino. Três baixinhos e como acontece com todos os baixinhos, são revigorados por corpos delineados em razão de exercícios de musculação. Não agradam a mulherada, mas é o momento da vingança, rebolativas vão à frente do palco se fresquear. Desagradam aos parceiros. O ciúme é do outro lado. Um deles comenta; “Deixa pra lá. Dos três, nenhum Rodrigo Santoro”. O outro rapaz, para dar um aparente desinteresse, uma esnobação diz: “Eles tem até jeito de gays”.
Acabou o show, a festa continua e desacertos esquecidos, desentendimentos entendidos, superados entraves de somenos importância. Todos enfim, potenciados pelo prazer de dançar, ação dançante que permite intenso prazer, intensiva alegria. Assim se passou uma gostosa noite de plena festa.
*** ***
O conjunto musical, conhecido assim no passado, que agora se denomina banda, enche de som com seus acordes o salão de baile. Começa com música dolente, baladas, alguns blues e até saudosos boleros. Ritmos para o casal dançar de forma romântica, agarradinho, apertadinho, juntinho.
Em determinado momento a banda muda de ritmo. O som é de rock ou qualquer coisa parecida. É o momento da moçada se esbaldar. Os pares ficam soltos, largados. A dança se caracteriza pelo uso do corpo, um modo de expressar emoções do interior do ser humano, naquela hora mais do que nunca. Não importa se obedece ou não aos passos cadenciados de determinado ritmo. O que vale é que os dançarinos, soltos, largados, libertos se divertem. Uns, com passos ritmados de acordo com a música. Outros, desajeitados, simplesmente balançam o corpo num rebolado desengonçado. Mas o melhor para a rapaziada está para acontecer: surgem as dançarinas animadoras de palco, bem a vontade, umas de coxas grossas, diríamos, para não ser indelicado, coxas rechonchudinhas. A turma vibra, se extasia defronte ao palco. A moça ao lado do rapaz não gosta da frescuragem, puxa-o para um lado neutro, afastado.
E a moça de shortinho branco. O shortinho era tão curto que se notava aquela salientada dobradinha na junção das nádegas e as coxas. Sucesso entre a rapaziada, ali, bem à frente, na fila do cacarejo. A moça causa frisson. As moças, namoradas e parceiras dos rapazes, sentem-se ultrajadas por aquele shortinho branco, causando intensas cenas de ciúmes. Uma delas, não muito disfarçadamente, puxa o parceiro pela ponta do paletó e murmura ao pé do ouvido: “Vamos parar de galinhagem”. Com a reprimenda o rapaz se mantém contido. O show da moça do shortinho branco curtinho termina.
O show prossegue com a apresentação de três jovens rapazes. Não que eles possam despertar com o público feminino o mesmo sucesso do shortinho branco com o masculino. Três baixinhos e como acontece com todos os baixinhos, são revigorados por corpos delineados em razão de exercícios de musculação. Não agradam a mulherada, mas é o momento da vingança, rebolativas vão à frente do palco se fresquear. Desagradam aos parceiros. O ciúme é do outro lado. Um deles comenta; “Deixa pra lá. Dos três, nenhum Rodrigo Santoro”. O outro rapaz, para dar um aparente desinteresse, uma esnobação diz: “Eles tem até jeito de gays”.
Acabou o show, a festa continua e desacertos esquecidos, desentendimentos entendidos, superados entraves de somenos importância. Todos enfim, potenciados pelo prazer de dançar, ação dançante que permite intenso prazer, intensiva alegria. Assim se passou uma gostosa noite de plena festa.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Injustiça social
Pois bem. Está feito. Não há mais discussão, esta decidido, é definitivo: 15 vereadores.
Ao cofre público municipal, provido, estabelecido e estruturado com o dinheiro do contribuinte, será uma despesa a mais com os cinco novos vereadores somente em salário mensal, um total de 13.500 reais mensais, no ano 162 mil – fora algumas outras vantagens agregadas - considerando-se o salário do vereador (R$2.700,00) na atualidade. Evidentemente, que na próxima legislatura, em 2013, os salários deverão estar devidamente majorados em 10% a 20%, sabe-se lá quanto, talvez vencimentos em torno de R$3.200,00. O contribuinte, pagador de impostos, desejaria que esse dinheiro tivesse outra finalidade, de fato de interesse público, por exemplo, para a saúde.
Salários de políticos são determinados por eles mesmos, por lei, elaborada por eles mesmos, a partir de seus próprios interesses, principal deles, como não, salários excelentes. Nessa dimensão salarial da classe política se encontra absurdos, desrespeito a chamada justiça social, no caso salarial. Há muitos exemplos. Um. Deputado federal entre vencimentos e vantagens perfaz um total de rendimentos de mais de 50 mil reais com expediente na terça, quarta e quintas-feiras. Assim é em Brasília.
Por aqui, em Farroupilha e muitas outras Câmaras Municipais a ganância salarial é a mesma. O vereador farroupilhense tem ordenado de R$2.700,00 mensais para trabalhar cinco horas semanais, 20 horas por mês. A comparação salarial com um trabalhador de salário mínimo (No Rio G. Sul R$610,00) com carga horária de oito horas diárias, 40 semanais ou 160 mensais chega a ser um desaforo, um despropósito, uma insolência desagregadora socialmente. O operário de salário mínimo para alcançar os R$2.700,00 em 20 horas por mês de um vereador, terá que trabalhar aproximadamente quatro meses e 10 dias. Como já foi dito 85% da população desejava que a Câmara Municipal se mantivesse com 10 vereadores, dessa forma podemos afirmar que 85% dos eleitores em potencial não queriam 15 vereadores. Na atual Câmara Municipal um dos 10 vereadores se elegeu com o meu voto e evidentemente de outros tantos eleitores, como os outros nove foram eleitos por outros milhares de votos.
Na verdade, no conjunto da obra, com toda aquela encenação, a tola discussão de 10, 11 e 13 vereadores, que deu 15, todos os vereadores foram arremetidos para um imenso e mesmo balaio. Assim, todos ficam em situação igual – todos queriam 15 vagas - e o meu vereador, eleito com o meu voto, como qualquer um dos outros nove, não merecerá meu voto na próxima eleição. Assim diante desse raciocínio pessoal, outros 85% de eleitores com o mesmo posicionamento e boa memória, nas urnas do próximo ano, a atitude do ato de votar não será diferente. Cabe a reflexão e a pergunta: o vereador eleito com o meu voto merecerá o meu voto na próxima eleição?
Ao cofre público municipal, provido, estabelecido e estruturado com o dinheiro do contribuinte, será uma despesa a mais com os cinco novos vereadores somente em salário mensal, um total de 13.500 reais mensais, no ano 162 mil – fora algumas outras vantagens agregadas - considerando-se o salário do vereador (R$2.700,00) na atualidade. Evidentemente, que na próxima legislatura, em 2013, os salários deverão estar devidamente majorados em 10% a 20%, sabe-se lá quanto, talvez vencimentos em torno de R$3.200,00. O contribuinte, pagador de impostos, desejaria que esse dinheiro tivesse outra finalidade, de fato de interesse público, por exemplo, para a saúde.
Salários de políticos são determinados por eles mesmos, por lei, elaborada por eles mesmos, a partir de seus próprios interesses, principal deles, como não, salários excelentes. Nessa dimensão salarial da classe política se encontra absurdos, desrespeito a chamada justiça social, no caso salarial. Há muitos exemplos. Um. Deputado federal entre vencimentos e vantagens perfaz um total de rendimentos de mais de 50 mil reais com expediente na terça, quarta e quintas-feiras. Assim é em Brasília.
Por aqui, em Farroupilha e muitas outras Câmaras Municipais a ganância salarial é a mesma. O vereador farroupilhense tem ordenado de R$2.700,00 mensais para trabalhar cinco horas semanais, 20 horas por mês. A comparação salarial com um trabalhador de salário mínimo (No Rio G. Sul R$610,00) com carga horária de oito horas diárias, 40 semanais ou 160 mensais chega a ser um desaforo, um despropósito, uma insolência desagregadora socialmente. O operário de salário mínimo para alcançar os R$2.700,00 em 20 horas por mês de um vereador, terá que trabalhar aproximadamente quatro meses e 10 dias. Como já foi dito 85% da população desejava que a Câmara Municipal se mantivesse com 10 vereadores, dessa forma podemos afirmar que 85% dos eleitores em potencial não queriam 15 vereadores. Na atual Câmara Municipal um dos 10 vereadores se elegeu com o meu voto e evidentemente de outros tantos eleitores, como os outros nove foram eleitos por outros milhares de votos.
Na verdade, no conjunto da obra, com toda aquela encenação, a tola discussão de 10, 11 e 13 vereadores, que deu 15, todos os vereadores foram arremetidos para um imenso e mesmo balaio. Assim, todos ficam em situação igual – todos queriam 15 vagas - e o meu vereador, eleito com o meu voto, como qualquer um dos outros nove, não merecerá meu voto na próxima eleição. Assim diante desse raciocínio pessoal, outros 85% de eleitores com o mesmo posicionamento e boa memória, nas urnas do próximo ano, a atitude do ato de votar não será diferente. Cabe a reflexão e a pergunta: o vereador eleito com o meu voto merecerá o meu voto na próxima eleição?
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Lamenta-se: são 15
Pareceu ser uma jogada ensaiada, uma farsa política. A reunião dos vereadores ao que parece por seu resultado foi enganosa, uma embromação que serviu de engodo, uma adulação astuciosa, de dúbias participações, na tentativa de confundir a população, embaraçar o eleitor. As propostas, os debates, tinham a única finalidade de mostrar publicamente de que nenhum vereador tinha a intenção de aumentar para 15 o número na Câmara, mas no íntimo e foi passada a impressão, desejavam que assim fosse. Simulação aparente daquilo que não se deseja, mas essencialmente o que se quer, formando um teatro de encenações do sarcástico, da comédia.
Foi bem assim. Determinado grupo se distinguiu em manter o número de 10 vereadores. Alguém ponderou que um número impar seria ideal, 11. Uma outra minoria queria fazer prevalecer 13 vereadores. Como se observa ninguém assumiu publicamente um total de 15 vereadores. Evidentemente nenhum vereador quis ficar mal na foto, mostrar um retrato negativo, no mínimo em preto e branco para o eleitor. Convenhamos. Se os vereadores desejassem de forma inabalável continuar com 10 vereadores, de forma lúcida e incontinenti aprovariam a proposta inicial (10 vereadores).
Diante dessa divisão, que pareceu proposital, vereadores foram obedientes aos preceitos determinados pela lei, então, que ela seja cumprida. Na Lei Orgânica está explicito, determina 15 vereadores. Assim, na próxima eleição, 15 vereadores. Culpa da lei.
Vamos refletir. Políticos são corporativistas e tem interesses pessoais. 15 vereadores era o que queriam. Ficou bem para todos, principalmente para aqueles suplentes que não obtiveram votos para serem titulares, para aqueles outros que se elegeram com votação no limite ou aqueloutros que se elegeram pelo coeficiente eleitoral. Com 15 vagas na próxima eleição trata-se de algo que pode não se tornar tão difícil.
O que não pode existir na egrégia Câmara Municipal é a farsa, o teatro burlesco caracterizado por personagens caricatos, teatro de que quando as cortinas fecham-se os espectadores são abatidos pela tristeza, embora tenham assistido um espetáculo cômico por mais paradoxal e anacrônico que possa ser, proporcionado por maus protagonistas.
Vereadores alegaram que a Câmara precisa de maior representatividade. Representar o quê? Interesses próprios? O que se deseja é de que exerçam o mandato em nome da população de forma efetiva, correspondendo aos anseios de todos.
Representatividade, qual nada. Conforme o site do jornal “O Farroupilha” 85% daqueles que deram sua opinião foram contra em aumentar o número de vereadores. Ninguém, ao que se sabe na Câmara, decididamente representou esses 85%.
Eleição no próximo ano. O eleitor não pode esquecer o embuste, o teatro do absurdo.
Maquiavel em “O Príncipe” expôs as entranhas do poder e desnudou os comportamentos políticos onde não podem deixar de existir as encenações que vão do burlesco as monumentais farsas
Lamenta-se. Agora definitivamente são 15.
Foi bem assim. Determinado grupo se distinguiu em manter o número de 10 vereadores. Alguém ponderou que um número impar seria ideal, 11. Uma outra minoria queria fazer prevalecer 13 vereadores. Como se observa ninguém assumiu publicamente um total de 15 vereadores. Evidentemente nenhum vereador quis ficar mal na foto, mostrar um retrato negativo, no mínimo em preto e branco para o eleitor. Convenhamos. Se os vereadores desejassem de forma inabalável continuar com 10 vereadores, de forma lúcida e incontinenti aprovariam a proposta inicial (10 vereadores).
Diante dessa divisão, que pareceu proposital, vereadores foram obedientes aos preceitos determinados pela lei, então, que ela seja cumprida. Na Lei Orgânica está explicito, determina 15 vereadores. Assim, na próxima eleição, 15 vereadores. Culpa da lei.
Vamos refletir. Políticos são corporativistas e tem interesses pessoais. 15 vereadores era o que queriam. Ficou bem para todos, principalmente para aqueles suplentes que não obtiveram votos para serem titulares, para aqueles outros que se elegeram com votação no limite ou aqueloutros que se elegeram pelo coeficiente eleitoral. Com 15 vagas na próxima eleição trata-se de algo que pode não se tornar tão difícil.
O que não pode existir na egrégia Câmara Municipal é a farsa, o teatro burlesco caracterizado por personagens caricatos, teatro de que quando as cortinas fecham-se os espectadores são abatidos pela tristeza, embora tenham assistido um espetáculo cômico por mais paradoxal e anacrônico que possa ser, proporcionado por maus protagonistas.
Vereadores alegaram que a Câmara precisa de maior representatividade. Representar o quê? Interesses próprios? O que se deseja é de que exerçam o mandato em nome da população de forma efetiva, correspondendo aos anseios de todos.
Representatividade, qual nada. Conforme o site do jornal “O Farroupilha” 85% daqueles que deram sua opinião foram contra em aumentar o número de vereadores. Ninguém, ao que se sabe na Câmara, decididamente representou esses 85%.
Eleição no próximo ano. O eleitor não pode esquecer o embuste, o teatro do absurdo.
Maquiavel em “O Príncipe” expôs as entranhas do poder e desnudou os comportamentos políticos onde não podem deixar de existir as encenações que vão do burlesco as monumentais farsas
Lamenta-se. Agora definitivamente são 15.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Jaqueline
O leitor que me acompanha já observou que em algumas crônicas a titulação, a inscrição posta no começo, a designação de um assunto ocorre por nome próprio feminino, o nome de uma mulher. Elas merecem. Adoro as mulheres. Qual o homem que não as adora. Todas? Nem todas. Merecem? Não de forma unânime.
Quem gosta da Jaqueline? Claro, todos nós. E a Jaqueline Roriz? Nãããão. Essa, não.
Que maldade não gostar da Roriz. Tão simpática e sofrida. O que há contra ela? Na verdade, tudo. Ela é pura antipatia, conduz a uma aversão espontânea por tudo que é e o que fez. Positivamente não tem nada de sofrimento, porque é cínica, falsa e mentirosa.
Esses atributos, essas peculiaridades, na verdade defeitos, são evidentes pela sua vida pregressa, pelo histórico familiar, pelo passado de pai e mãe.
O pai Joaquim Roriz, envolvido em falcatruas, principalmente pela corrupção, em 2007, renunciou ao mandato de senador para escapar da cassação. Em 2010 temendo um resultado negativo no julgamento do STF (ficha limpa), desistiu de sua candidatura ao governo do Distrito Federal. A mãe, de nome esquisito, Weslian, como oportunista, entrou na vaga do marido. Despreparada, nos debates serviu ao escárnio (quero defender toda aquela corrupção), proporcionando situações constrangedoras.
Jaqueline desdenha as conveniências sociais, desavergonhada é praticante da fraude. É também incongruente com seus atos, incoerente com suas atitudes. Senão vejamos.
Todos lembram da deputada distrital Eurides Brito pega com a boca na botija recebendo aquela propina de 50 mil reais. Pois a dona Eurides foi cassada numa proposição da Jaqueline. A Câmara Legislativa do Distrito Federal é uma das poucas em que não há o voto secreto. Na ocasião, pelo voto aberto, Jaqueline, na época deputada distrital, chamou Eurides de mau caráter. Acrescentou ainda ser ela uma tremenda cara de pau e que as imagens do acontecimento falam por si só.
Jaqueline e seus colegas na Câmara Distrital cassaram Eurides. Jaqueline, que também na maior cara de pau botou a mão em 50 mil - e as imagens do acontecimento falam por si - como deputada federal foi salva por seus colegas, todos eles também tremendos caras de pau, pelo indecoroso voto secreto, espúrio da democracia.
*** ***
Festa burguesa em comemoração ao natalício de 30 anos da deputada Manuela D`Avila. E daí? Nada, caso Manuela não fosse eleita pelo PCdoB, portanto comunista.
Outra festa da elite burguesa, essa em São Paulo. 80 anos de Paulo Maluf. Compareceram, numa estapafúrdia união política, entre outros, Geraldo Alkmim do PSDB e até o comunista Aldo Rabello que levou cacete da policia de Maluf, governador paulista na ditadura militar. Todos eles falaram que é em prol das alianças políticas. Na verdade isso se conhece como promiscuidade política.
Vai ter ainda muita festa, até do voto secreto. A burguesia política se diverte a custa do eleitorado proletário, dos votos da massa ignara.
Quem gosta da Jaqueline? Claro, todos nós. E a Jaqueline Roriz? Nãããão. Essa, não.
Que maldade não gostar da Roriz. Tão simpática e sofrida. O que há contra ela? Na verdade, tudo. Ela é pura antipatia, conduz a uma aversão espontânea por tudo que é e o que fez. Positivamente não tem nada de sofrimento, porque é cínica, falsa e mentirosa.
Esses atributos, essas peculiaridades, na verdade defeitos, são evidentes pela sua vida pregressa, pelo histórico familiar, pelo passado de pai e mãe.
O pai Joaquim Roriz, envolvido em falcatruas, principalmente pela corrupção, em 2007, renunciou ao mandato de senador para escapar da cassação. Em 2010 temendo um resultado negativo no julgamento do STF (ficha limpa), desistiu de sua candidatura ao governo do Distrito Federal. A mãe, de nome esquisito, Weslian, como oportunista, entrou na vaga do marido. Despreparada, nos debates serviu ao escárnio (quero defender toda aquela corrupção), proporcionando situações constrangedoras.
Jaqueline desdenha as conveniências sociais, desavergonhada é praticante da fraude. É também incongruente com seus atos, incoerente com suas atitudes. Senão vejamos.
Todos lembram da deputada distrital Eurides Brito pega com a boca na botija recebendo aquela propina de 50 mil reais. Pois a dona Eurides foi cassada numa proposição da Jaqueline. A Câmara Legislativa do Distrito Federal é uma das poucas em que não há o voto secreto. Na ocasião, pelo voto aberto, Jaqueline, na época deputada distrital, chamou Eurides de mau caráter. Acrescentou ainda ser ela uma tremenda cara de pau e que as imagens do acontecimento falam por si só.
Jaqueline e seus colegas na Câmara Distrital cassaram Eurides. Jaqueline, que também na maior cara de pau botou a mão em 50 mil - e as imagens do acontecimento falam por si - como deputada federal foi salva por seus colegas, todos eles também tremendos caras de pau, pelo indecoroso voto secreto, espúrio da democracia.
*** ***
Festa burguesa em comemoração ao natalício de 30 anos da deputada Manuela D`Avila. E daí? Nada, caso Manuela não fosse eleita pelo PCdoB, portanto comunista.
Outra festa da elite burguesa, essa em São Paulo. 80 anos de Paulo Maluf. Compareceram, numa estapafúrdia união política, entre outros, Geraldo Alkmim do PSDB e até o comunista Aldo Rabello que levou cacete da policia de Maluf, governador paulista na ditadura militar. Todos eles falaram que é em prol das alianças políticas. Na verdade isso se conhece como promiscuidade política.
Vai ter ainda muita festa, até do voto secreto. A burguesia política se diverte a custa do eleitorado proletário, dos votos da massa ignara.
domingo, 4 de setembro de 2011
Chuva
Acordo. Levanto da cama e antes de mais nada preciso ter a certeza de uma coisa que há dias está se tornando intolerável: chuva. Aproximo-me da janela. Nada é diferente. Não me enganei, não me iludi. Chove, e como chove. No vidro, componente da janela, pequenas gotas se formam, borbulhas que escorregam delicadamente, deslizam vagarosamente, na parte exterior, inconfundível sinal da chuva. Poderia ser no momento uma visão indelével, uma observação romanesca, um devaneio para o espírito.
Chove e chove muito. As gotículas impertinentes borrifando a substância sólida, dura e transparente da vidraça, por diversos dias, perderam todo o deleite, transformaram-se numa visão maçante, importuna e inconveniente.
Em um mês, choveu quase 20 dias. É um exagero.
Aprendemos. A chuva é um fenômeno meteorológico que consiste na precipitação de gotas de água no estado liquido. Aprendemos mais que as chuvas podem ser frontais causadas pelo encontro de uma fria e seca, com outra quente e úmida.
Há as chuvas de convecção ou convectivas que são as conhecidas chuvas de verão.
A terceira nomenclatura são as chuvas que tem tudo a ver com a região serrana: chuvas orográficas chamadas também de chuvas da serra ou ainda chuvas de relevo que ocorrem quando ventos úmidos se elevam e se resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa. É a chuva incomodativa por ser persistente na Serra, a qual dificilmente a pessoa se habitua, ressalvando-se aquelas de infinita tolerância.
Chuva é isso tudo pela cultura cientifica que para muitos, no caso, pode ser desnecessária, inútil. Para as pessoas mais sensíveis, de sentimentos românticos, a chuva é poesia. O amante poético adora no dia de chuva olhar na vidraça as borbulhas chuvosas simpáticas e românticas em forma de um pingente grudadas no vidro.
A chuva mansa e branda que cai dá aquela sensação de isolamento. Chuva que cai em silêncio no dia nublado, escuro, claro, sem claridade. Chuva silenciosa para o poeta, cujo gostoso ruído é o encontro com a vidraça ou sobre o telhado.
A chuva em demasia é inconveniente. Na verdade as chuvas não precisam ser mostradas amiúde, quando assim acontece tornam-se persistentes e tristes, causam a sensação de que chove um pouco dentro de nós.
Diante da vidraça os sentidos vagueiam, o olhar se perde no infinito, na contemplação emoções recrudescem. Afora sonhos, mais realisticamente, observa-se a água da chuva escorrendo, esvaindo-se pelo leve declive. Pessoas passam, caminham na rua com o inseparável e protetor guarda-chuva. Outras, menos afortunadas, encaram a intempérie sem proteção. Poesia pela chuva tem limite, dois, três dias. Perde qualquer sentido poético quando a chuva insiste por quase 20 dias. Enche o saco.
Maravilha, sexta-feira, parou a chuva. Sol brilhante e esplendoroso. Ode ao sol.
Chove e chove muito. As gotículas impertinentes borrifando a substância sólida, dura e transparente da vidraça, por diversos dias, perderam todo o deleite, transformaram-se numa visão maçante, importuna e inconveniente.
Em um mês, choveu quase 20 dias. É um exagero.
Aprendemos. A chuva é um fenômeno meteorológico que consiste na precipitação de gotas de água no estado liquido. Aprendemos mais que as chuvas podem ser frontais causadas pelo encontro de uma fria e seca, com outra quente e úmida.
Há as chuvas de convecção ou convectivas que são as conhecidas chuvas de verão.
A terceira nomenclatura são as chuvas que tem tudo a ver com a região serrana: chuvas orográficas chamadas também de chuvas da serra ou ainda chuvas de relevo que ocorrem quando ventos úmidos se elevam e se resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa. É a chuva incomodativa por ser persistente na Serra, a qual dificilmente a pessoa se habitua, ressalvando-se aquelas de infinita tolerância.
Chuva é isso tudo pela cultura cientifica que para muitos, no caso, pode ser desnecessária, inútil. Para as pessoas mais sensíveis, de sentimentos românticos, a chuva é poesia. O amante poético adora no dia de chuva olhar na vidraça as borbulhas chuvosas simpáticas e românticas em forma de um pingente grudadas no vidro.
A chuva mansa e branda que cai dá aquela sensação de isolamento. Chuva que cai em silêncio no dia nublado, escuro, claro, sem claridade. Chuva silenciosa para o poeta, cujo gostoso ruído é o encontro com a vidraça ou sobre o telhado.
A chuva em demasia é inconveniente. Na verdade as chuvas não precisam ser mostradas amiúde, quando assim acontece tornam-se persistentes e tristes, causam a sensação de que chove um pouco dentro de nós.
Diante da vidraça os sentidos vagueiam, o olhar se perde no infinito, na contemplação emoções recrudescem. Afora sonhos, mais realisticamente, observa-se a água da chuva escorrendo, esvaindo-se pelo leve declive. Pessoas passam, caminham na rua com o inseparável e protetor guarda-chuva. Outras, menos afortunadas, encaram a intempérie sem proteção. Poesia pela chuva tem limite, dois, três dias. Perde qualquer sentido poético quando a chuva insiste por quase 20 dias. Enche o saco.
Maravilha, sexta-feira, parou a chuva. Sol brilhante e esplendoroso. Ode ao sol.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Os quinzinhos
Logo após a promulgação da Constituição Federal (1988) coube aos municípios elaborarem suas constituições, ou seja, cada um a sua Lei Orgânica, lei genérica que ordena as necessidades legais de cada município por suas Câmaras de Vereadores.
O ponto mais importante, fundamental, primordial para a elaboração da Lei Orgânica em Farroupilha foi o número de vereadores a constituir a Câmara Municipal. Como acontece atualmente, o assunto obteve intensa repercussão junto a comunidade, que de forma unânime tinha a opinião de que a Câmara deveria ter os mesmos 11 vereadores da legislatura anterior e vigente. Entretanto os vereadores queriam porque queriam, sem atentar aos anseios comunitários, ao bom senso, a reivindicação popular, que a Câmara fosse formada por 15 vereadores. E assim foi feito. Votada e proclamada a Lei Orgânica de Farroupilha e estabeleceu-se uma Câmara Municipal com 15 vereadores, contra o clamor público, a vontade popular.
Nesse mesmo espaço, nessa coluna, naquela época, o tema foi abordado de forma espirituosa, com certa hilaridade. Os 15 vereadores passaram a ser chamados pelo epíteto de “Quinzinhos”, evidentemente numa alusão aos 15 edis.
Esqueci o fato, a lembrança falhou em não me ajudar com a memória, no entanto, num encontro casual, a recordação veio com o jornalista Alberto Reis, com a pergunta: e os “Quinzinhos”? Bem lembrado Reis. A controvérsia prossegue.
Em 2004, o TSE em decisão quanto aos recursos de diversas Câmaras, determinou a aplicação da Constituição em seu artigo 29, que fala “da aplicação de critério aritmético rígido no cálculo do número de vereadores”, a chamada proporcionalidade em relação a população. Com isso foram cortadas mais de 8 mil vagas de vereança no país. Farroupilha perdeu cinco, de acordo com a proporcionalidade. O número de vereadores começava com um mínimo de nove, caso de municípios com a população até 47.619 habitantes. Pela proporcionalidade, a cada 47.619 habitantes as Câmaras aumentariam mais um vereador, caso de Farroupilha (de 9 para 10) que na época tinha uma população estimada em torno de 55 mil habitantes.
Em 2009, uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) basicamente revogou os efeitos da resolução do TSE em 2004. Com a PEC aprovada, suplentes de vereadores tentaram assumir os novos cargos, impedidos por decisão do TSE. A validade da PEC somente teria efeito para a eleição de 2012
Dessa forma, assim, “tudo dantes no quartel de Abrantes”.
Lei é lei, mas por uma questão de ética, de bons políticos, os “Quinzinhos” deveriam atender os apelos da população, ouvir a opinião pública que não deseja o aumento do número de vereadores. É só escutar os eleitores, quem sabe, democraticamente, por uma audiência pública. E mais. Seria de bom alvitre os futuros “Quinzinhos” ver no site do “O Farroupilha” os resultados da enquête “Você concorda com o possível aumento no número de vereadores, de 10 para 15”. Resultado parcial até ontem é uma goleada:
Não 92%; Sim 7%; Indiferentes 1%
O ponto mais importante, fundamental, primordial para a elaboração da Lei Orgânica em Farroupilha foi o número de vereadores a constituir a Câmara Municipal. Como acontece atualmente, o assunto obteve intensa repercussão junto a comunidade, que de forma unânime tinha a opinião de que a Câmara deveria ter os mesmos 11 vereadores da legislatura anterior e vigente. Entretanto os vereadores queriam porque queriam, sem atentar aos anseios comunitários, ao bom senso, a reivindicação popular, que a Câmara fosse formada por 15 vereadores. E assim foi feito. Votada e proclamada a Lei Orgânica de Farroupilha e estabeleceu-se uma Câmara Municipal com 15 vereadores, contra o clamor público, a vontade popular.
Nesse mesmo espaço, nessa coluna, naquela época, o tema foi abordado de forma espirituosa, com certa hilaridade. Os 15 vereadores passaram a ser chamados pelo epíteto de “Quinzinhos”, evidentemente numa alusão aos 15 edis.
Esqueci o fato, a lembrança falhou em não me ajudar com a memória, no entanto, num encontro casual, a recordação veio com o jornalista Alberto Reis, com a pergunta: e os “Quinzinhos”? Bem lembrado Reis. A controvérsia prossegue.
Em 2004, o TSE em decisão quanto aos recursos de diversas Câmaras, determinou a aplicação da Constituição em seu artigo 29, que fala “da aplicação de critério aritmético rígido no cálculo do número de vereadores”, a chamada proporcionalidade em relação a população. Com isso foram cortadas mais de 8 mil vagas de vereança no país. Farroupilha perdeu cinco, de acordo com a proporcionalidade. O número de vereadores começava com um mínimo de nove, caso de municípios com a população até 47.619 habitantes. Pela proporcionalidade, a cada 47.619 habitantes as Câmaras aumentariam mais um vereador, caso de Farroupilha (de 9 para 10) que na época tinha uma população estimada em torno de 55 mil habitantes.
Em 2009, uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) basicamente revogou os efeitos da resolução do TSE em 2004. Com a PEC aprovada, suplentes de vereadores tentaram assumir os novos cargos, impedidos por decisão do TSE. A validade da PEC somente teria efeito para a eleição de 2012
Dessa forma, assim, “tudo dantes no quartel de Abrantes”.
Lei é lei, mas por uma questão de ética, de bons políticos, os “Quinzinhos” deveriam atender os apelos da população, ouvir a opinião pública que não deseja o aumento do número de vereadores. É só escutar os eleitores, quem sabe, democraticamente, por uma audiência pública. E mais. Seria de bom alvitre os futuros “Quinzinhos” ver no site do “O Farroupilha” os resultados da enquête “Você concorda com o possível aumento no número de vereadores, de 10 para 15”. Resultado parcial até ontem é uma goleada:
Não 92%; Sim 7%; Indiferentes 1%
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Afinal 10 ou 15
Na edição do jornal de 05.08.11, a editoria quis saber da população por uma enquête aleatória, pelo pronunciamento de representantes de entidades empresariais, a opinião sobre a polêmica questão do aumento de 10 para 15 vereadores na Câmara Municipal farroupilhense. De forma unânime todos, sem distinção de classe, foram contra ao aumento do número de vereadores. Da mesma forma, na mesma edição, de acordo com a equidade, do reconhecimento do direito de cada um, dentro do principio democrático da igualdade, do equilíbrio indispensável à livre expressão, o “O FARROUPILHA” também ouviu a opinião dos 10 vereadores, interessados diretos na questão, evidentemente, todos denotando, embora entre linhas, não claramente, com evasivas, serem favoráveis ao aumento do número na Câmara.
É o que se pode dizer no popular “ficar em cima do muro”, ou seja, a dificuldade em ter uma decisão, tomar partido de uma situação, esquivar-se de uma atitude.
Alguns vereadores disseram peremptoriamente que se cumpra a lei (Lei Orgânica municipal estabelece 15 vereadores). Entenda-se que o aumento de vereadores pode ser legal, talvez não ético e que também não é obrigatório e sim uma prerrogativa do poder legislativo. Na verdade prevalecem os interesses pessoais. Quando a lei está ao nosso lado, quando nos favorece, que a cumpra imediatamente, embora esses vereadores, por uma desculpa ardilosa, afirmam discutir o fato.
Outros se mostraram evasivos, omitem-se, não assumem uma atitude com opinião própria, quando dizem que se trata de uma decisão do partido político. Embora possa ser mesmo uma resolução partidária, isso não impede que o vereador tenha a sua soberana opinião, a favor ou contra.
Vereadores têm opinião confusa quando dizem que 10 é o número ideal, ficando para 15 para a próxima eleição. Afinal é isso que se discute no momento, pois a próxima eleição é no ano vindouro.
Tem vereador radical, e ao que parece favorável ao número de 15 vereadores, pois, ele afirma, rasgaram a Constituição quando determinaram 10. Lembrando a Lei Orgânica (a Constituição municipal) de Farroupilha que estabelece o número de 15 vereadores.
Mas os vereadores de modo geral falam na democrática representatividade popular alegando que, quanto mais vereadores mais representação. Não é bem assim.
O que se observa é que as reivindicações do cidadão, de uma comunidade, são feitas por alguém ou seus representantes, sem cargo eletivo. Vão direto ao poder executivo, as secretarias especializadas. Não esperam que o dito vereador representativo, faça a reivindicação por um protocolar e burocrático ofício.
Discutível o argumento da representatividade, carente de convencimento, pretexto um tanto demagógico, até mesmo, sem exagero, por uma questão geográfica. Tem vereador que mora longe de sua comunidade, diríamos representada, e que quando aparece nos bairros, na periferia, é em época de eleição. Enfim, muitas divagações, o muro lotado. Ninguém terminantemente afirmou: sou a favor de 10, contra 15, ou vice-versa.
É o que se pode dizer no popular “ficar em cima do muro”, ou seja, a dificuldade em ter uma decisão, tomar partido de uma situação, esquivar-se de uma atitude.
Alguns vereadores disseram peremptoriamente que se cumpra a lei (Lei Orgânica municipal estabelece 15 vereadores). Entenda-se que o aumento de vereadores pode ser legal, talvez não ético e que também não é obrigatório e sim uma prerrogativa do poder legislativo. Na verdade prevalecem os interesses pessoais. Quando a lei está ao nosso lado, quando nos favorece, que a cumpra imediatamente, embora esses vereadores, por uma desculpa ardilosa, afirmam discutir o fato.
Outros se mostraram evasivos, omitem-se, não assumem uma atitude com opinião própria, quando dizem que se trata de uma decisão do partido político. Embora possa ser mesmo uma resolução partidária, isso não impede que o vereador tenha a sua soberana opinião, a favor ou contra.
Vereadores têm opinião confusa quando dizem que 10 é o número ideal, ficando para 15 para a próxima eleição. Afinal é isso que se discute no momento, pois a próxima eleição é no ano vindouro.
Tem vereador radical, e ao que parece favorável ao número de 15 vereadores, pois, ele afirma, rasgaram a Constituição quando determinaram 10. Lembrando a Lei Orgânica (a Constituição municipal) de Farroupilha que estabelece o número de 15 vereadores.
Mas os vereadores de modo geral falam na democrática representatividade popular alegando que, quanto mais vereadores mais representação. Não é bem assim.
O que se observa é que as reivindicações do cidadão, de uma comunidade, são feitas por alguém ou seus representantes, sem cargo eletivo. Vão direto ao poder executivo, as secretarias especializadas. Não esperam que o dito vereador representativo, faça a reivindicação por um protocolar e burocrático ofício.
Discutível o argumento da representatividade, carente de convencimento, pretexto um tanto demagógico, até mesmo, sem exagero, por uma questão geográfica. Tem vereador que mora longe de sua comunidade, diríamos representada, e que quando aparece nos bairros, na periferia, é em época de eleição. Enfim, muitas divagações, o muro lotado. Ninguém terminantemente afirmou: sou a favor de 10, contra 15, ou vice-versa.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Xuxa
O jornal Extra (RJ) destaca que a Band foi condenada já em segunda instância a pagar mais de R$ 1 milhão para a apresentadora Xuxa. A indenização é referente ao processo em que a "Rainha dos Baixinhos" entrou contra o canal por ter exibido fotos suas nuas em que aparece numa publicação masculina durante um programa matinal. Xuxa saiu vitoriosa do processo. A Band rweá que pagar R$ 1 milhão por dano moral e R$ 100 mil por dano material. Ainda cabe recurso junto ao STJ, mais as chances para a Band são quase nulas devida a unanimidade de votação no julgamento agora realizado.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Biafra e os pôneis
Divertidíssimo os comerciais, de apelos cômicos bem criativos, que estão fazendo sucesso nas redes sociais. O primeiro comercial é de uma seguradora de automóveis. O ladrão entra no carro e eis que de repente no banco traseiro está sentado Biafra, aquele cantor de músicas bregas. Começa a cantar uma chata canção, seu sucesso e o ladrão não aguenta. Abadona o carro quase roubado.
O outro comercial é daquela picape em que seu proprietário se engana com os cavalos de força. Abre o capô e a sua frente aparece um monte de pôneis, que raivosos deixam sua maldição cantando uma irritante musiquinha "pôneis malditos, pôneis malditos tralalá, tralalá, tralalá.
O outro comercial é daquela picape em que seu proprietário se engana com os cavalos de força. Abre o capô e a sua frente aparece um monte de pôneis, que raivosos deixam sua maldição cantando uma irritante musiquinha "pôneis malditos, pôneis malditos tralalá, tralalá, tralalá.
sábado, 13 de agosto de 2011
15??? Nãnãnãnãnão
Corporativismo no seu conceito mais formal e histórico é a doutrina econômico-social que preconiza a criação de instituições profissionais organizadas em corporações - coletividades subordinadas a uma mesma regra - dotadas de poderes econômicos, sociais e mesmo políticos, sempre apregoando a defesa de interesses em causa própria.
Por tudo isso, corporativismo adquiriu uma conotação pejorativa ao seu significado como um tipo de forma associativa que tem por objetivo assegurar privilégios e proteção para seus membros por certos segmentos ou setores sociais em detrimento de uma coletividade maior, como por exemplo, no momento atual, os vereadores.
Modelo de grande repercussão e amostra evidente e autêntica de corporativismo, são os senhores vereadores, determinados, resolutos, inquestionáveis, em aumentar o número de representantes na Câmara Municipal. Estão desfavoráveis quanto a opinião pública, navegando contra a corrente, pouco se lixando ao desejo contrário de uma população que os elegeu, acreditando, confiando de que a representaria de acordo com os seus anseios, suas vontades, não respeitados no momento, na controvertida questão do aumento de vereadores na Câmara Municipal. A população farroupilhense de milhares de cidadãos se sente ludibriada, contrária ao desejo de 10 vereadores. A democracia, pelo direito de voto - e assim deve ser -, lamentavelmente às vezes decepciona induzida por enganos que incide em erros na ponta final de uma eleição, pela má escolha do candidato preferencial, entre todos eles aqueles que querem transformar 10 em 15.
Trata-se sim de corporativismo, comprovado por interesses não somente dos vereadores, como também de pessoas que com eles tem alguma ligação, como cabos eleitorais, suplentes, dirigentes de associações de classe e aqueles eternos candidatos torcendo para mais uma vaga adquirindo a oportunidade de serem eleitos.
Na verdade, objetivamente, os interessados e corporativistas vereadores, defendem seus interesses por uma simples operação aritmética. Na última eleição municipal, quando foram registradas 91 candidaturas a vereança, havia uma vaga para cada 9,1 candidatos. Com 15 membros na Câmara, com as mesmas 91 candidaturas as chances aumentam. Seriam 6,6 candidatos para cada vaga.
Mas o melhor de tudo isso, a questão financeira, o salário. Aquela grana de balacobaco, supimpa, do final do mês de 2.700 reais (e vem mais aumento) para “trabalhar” duas horas por semana ou oito mensais, como queiram.
O aumento de 10 para 15 vereadores tem argumentos dos seus interessados com aquela verborragia inepta de “maior representatividade”, de inúteis “blábláblás” persuasivos, de tíbias, falsos e inconvenientes propósitos, pouco loquazes em convencimento.
Enquetes são feitas e majoritariamente todas elas desfavoráveis ao aumento do número de vereadores. Aqui mesmo nessa página, ao lado, na edição passada seis entrevistados foram 100% contra a medida impopular. Na mesma edição do “O Farroupilha”, lideranças empresarias mostraram-se peremptoriamente contra.
Mas parece que nada adianta. Os 10 querem 15, fazer o quê.
Por tudo isso, corporativismo adquiriu uma conotação pejorativa ao seu significado como um tipo de forma associativa que tem por objetivo assegurar privilégios e proteção para seus membros por certos segmentos ou setores sociais em detrimento de uma coletividade maior, como por exemplo, no momento atual, os vereadores.
Modelo de grande repercussão e amostra evidente e autêntica de corporativismo, são os senhores vereadores, determinados, resolutos, inquestionáveis, em aumentar o número de representantes na Câmara Municipal. Estão desfavoráveis quanto a opinião pública, navegando contra a corrente, pouco se lixando ao desejo contrário de uma população que os elegeu, acreditando, confiando de que a representaria de acordo com os seus anseios, suas vontades, não respeitados no momento, na controvertida questão do aumento de vereadores na Câmara Municipal. A população farroupilhense de milhares de cidadãos se sente ludibriada, contrária ao desejo de 10 vereadores. A democracia, pelo direito de voto - e assim deve ser -, lamentavelmente às vezes decepciona induzida por enganos que incide em erros na ponta final de uma eleição, pela má escolha do candidato preferencial, entre todos eles aqueles que querem transformar 10 em 15.
Trata-se sim de corporativismo, comprovado por interesses não somente dos vereadores, como também de pessoas que com eles tem alguma ligação, como cabos eleitorais, suplentes, dirigentes de associações de classe e aqueles eternos candidatos torcendo para mais uma vaga adquirindo a oportunidade de serem eleitos.
Na verdade, objetivamente, os interessados e corporativistas vereadores, defendem seus interesses por uma simples operação aritmética. Na última eleição municipal, quando foram registradas 91 candidaturas a vereança, havia uma vaga para cada 9,1 candidatos. Com 15 membros na Câmara, com as mesmas 91 candidaturas as chances aumentam. Seriam 6,6 candidatos para cada vaga.
Mas o melhor de tudo isso, a questão financeira, o salário. Aquela grana de balacobaco, supimpa, do final do mês de 2.700 reais (e vem mais aumento) para “trabalhar” duas horas por semana ou oito mensais, como queiram.
O aumento de 10 para 15 vereadores tem argumentos dos seus interessados com aquela verborragia inepta de “maior representatividade”, de inúteis “blábláblás” persuasivos, de tíbias, falsos e inconvenientes propósitos, pouco loquazes em convencimento.
Enquetes são feitas e majoritariamente todas elas desfavoráveis ao aumento do número de vereadores. Aqui mesmo nessa página, ao lado, na edição passada seis entrevistados foram 100% contra a medida impopular. Na mesma edição do “O Farroupilha”, lideranças empresarias mostraram-se peremptoriamente contra.
Mas parece que nada adianta. Os 10 querem 15, fazer o quê.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Ammy
Durante muitos anos em jornal do Rio de Janeiro, Nelson Rodrigues, dramaturgo, escritor e filósofo das coisas da vida, era autor de uma coluna intitulada A vida como ela é, que retratava por suas crônicas diárias, de maneira peculiar, os dramas, as tragédias do cotidiano, o outro lado da vida sofrida, as amarguras e infortúnios das pessoas, as paixões angustiantes com suas traições amorosas de fins trágicos, os desalentos de famílias envoltas e perdidas pelo vicio e outras deformidades, amarguradas e resignadas, enfim vidas desgraçadas como elas são.
Numa antiga peça teatral de Luiz Iglesias o texto se baseia nos anseios, embaraços, nos problemas de uma família. São três os núcleos da tragicomédia de Iglesias compostos de jovens, pessoas de meia-idade e idosos. Em determinado momento da peça há diálogos em que a ênfase é os jovens se mostrarem ansiosos para chegarem à idade adulta. Um personagem mais experiente filosoficamente coloca sua reflexão diante da aflição dos jovens, diz ele:
- Quando se pergunta horas ao jovem ele responde de modo descontraído, são 10 horas e caqueradas, a pessoa de meia-idade diz 10 horas e 10 minutos, ao idoso a resposta será, 10 horas, 10 minutos e 20 segundos.
Assim é marcado o tempo de vida, por dias, meses, anos, formado por um conjunto de horas somadas, a principio demoradas, depois contadas de modo indiferente e por fim marcadas vagarosamente para que o tempo nunca passe, não sejam tão rápidas.
Em certa ocasião, perguntado qual o conselho que daria aos jovens, o mesmo Nelson Rodrigues respondeu: “envelheçam”.
Um amigo encontra outro casualmente depois de algum tempo: “está ficando velho”. O outro: “sim é um fato, mas tem gente que não consegue”.
Muitos jovens por irresponsabilidade, por seus próprios erros, pelos vícios malditos, não conseguem envelhecer, morrem prematuramente pelos desalentos, amarguras e infortúnios, a vida sofrida, para eles como a vida é, infelizmente.
Tempos atrás tive o primeiro contato. Foi através de uma resenha de um crítico musical. Elogiava a moça comparando sua voz grave e maravilhosa à voz de estrelas como Sarah Vaughan do jazzz e Macy Gray do soul.
Meu gosto musical inclui a tradicional música americana como o jazz, soul e blues. Pelo relato do crítico interessei-me em saber quem era a jovem. Por isso procurei descobri-la, ouvi-la. Encantei-me como milhões de pessoas pelo talento, por aquele timbre grave magnífico de voz. Descobri seu nome: Amy Winehouse.. Descobri mais. Acreditei trata-se de uma negra, daquele tipo característico de cantores de música típica do sul dos Estados Unidos. Engano. Tratava-se de uma jovem inglesa de aparência franzina, de jeito delicado e terno, de forma tênue, de cor lívida e que cantava maravilhosamente bem. Infelizmente aquela voz prematuramente se calou, aquela pessoa precocemente desapareceu. Talento desperdiçado, uma vida perdida aos 27 anos, uma promessa de possível eterno sucesso que sucumbiu, morreu sem ter o seu carisma acontecer.
Amy escolheu seu lado de vida. Embrenhou-se no vicio. Não teve saída.
A vida desastrada que ela escolheu, vida como foi por sua vontade e seus erros, vida como ela é para Amy e muitos jovens.
Numa antiga peça teatral de Luiz Iglesias o texto se baseia nos anseios, embaraços, nos problemas de uma família. São três os núcleos da tragicomédia de Iglesias compostos de jovens, pessoas de meia-idade e idosos. Em determinado momento da peça há diálogos em que a ênfase é os jovens se mostrarem ansiosos para chegarem à idade adulta. Um personagem mais experiente filosoficamente coloca sua reflexão diante da aflição dos jovens, diz ele:
- Quando se pergunta horas ao jovem ele responde de modo descontraído, são 10 horas e caqueradas, a pessoa de meia-idade diz 10 horas e 10 minutos, ao idoso a resposta será, 10 horas, 10 minutos e 20 segundos.
Assim é marcado o tempo de vida, por dias, meses, anos, formado por um conjunto de horas somadas, a principio demoradas, depois contadas de modo indiferente e por fim marcadas vagarosamente para que o tempo nunca passe, não sejam tão rápidas.
Em certa ocasião, perguntado qual o conselho que daria aos jovens, o mesmo Nelson Rodrigues respondeu: “envelheçam”.
Um amigo encontra outro casualmente depois de algum tempo: “está ficando velho”. O outro: “sim é um fato, mas tem gente que não consegue”.
Muitos jovens por irresponsabilidade, por seus próprios erros, pelos vícios malditos, não conseguem envelhecer, morrem prematuramente pelos desalentos, amarguras e infortúnios, a vida sofrida, para eles como a vida é, infelizmente.
Tempos atrás tive o primeiro contato. Foi através de uma resenha de um crítico musical. Elogiava a moça comparando sua voz grave e maravilhosa à voz de estrelas como Sarah Vaughan do jazzz e Macy Gray do soul.
Meu gosto musical inclui a tradicional música americana como o jazz, soul e blues. Pelo relato do crítico interessei-me em saber quem era a jovem. Por isso procurei descobri-la, ouvi-la. Encantei-me como milhões de pessoas pelo talento, por aquele timbre grave magnífico de voz. Descobri seu nome: Amy Winehouse.. Descobri mais. Acreditei trata-se de uma negra, daquele tipo característico de cantores de música típica do sul dos Estados Unidos. Engano. Tratava-se de uma jovem inglesa de aparência franzina, de jeito delicado e terno, de forma tênue, de cor lívida e que cantava maravilhosamente bem. Infelizmente aquela voz prematuramente se calou, aquela pessoa precocemente desapareceu. Talento desperdiçado, uma vida perdida aos 27 anos, uma promessa de possível eterno sucesso que sucumbiu, morreu sem ter o seu carisma acontecer.
Amy escolheu seu lado de vida. Embrenhou-se no vicio. Não teve saída.
A vida desastrada que ela escolheu, vida como foi por sua vontade e seus erros, vida como ela é para Amy e muitos jovens.
domingo, 31 de julho de 2011
Miss Farroupilha
O nome da moça é Priscila Machado. E daí? O que a comunidade farroupilhense tem a ver com isso, a não ser evidentemente, com a notícia nacional de um concurso de beleza Tem sim, muito a ver, afinal ela é Miss Farroupilha. Se ninguém sabe - na verdade pouca gente sabe - Priscila é nascida na cidade de Canoas e venceu o concurso de Miss Rio Grande do Sul como Miss Farroupilha, depois Miss Brasil. Mas qual seria o motivo da escolha, uma canoense torna-se representante farroupilhense. Quem sabe impressionada pela bela e bucólica paisagem dos vales farroupilhense com seus parreirais ou o progresso, o sucesso, de uma cidade em pleno desenvolvimento econômico. Poderia ser por outros pendores atraentes e assim uma simples e natural empatia pelas coisas daqui. Esse somatório de atrativos pode ter exercido uma forma de fascínio da moça em se aproximar da cidade. Ou não.
Pode ter sido uma simples preferência como poderia ter sido uma outra cidade qualquer. Enfim, escolha feita, feita: Priscila, Miss Farroupilha.
Contudo uma conjetura, um fato alternativo, uma teoria provável mais séria, muito discutível e possível: interesse, tirar proveito oportunista de ser farroupilhense.
Por conveniência a canoense fez de Farroupilha sua representada. Não teve interesse em disputar a fase preliminar em sua terra natal. Havia o risco de não ganhar.
Conforme Priscila declarou preparou-se durante dois anos para o concurso e evidentemente entre os preparativos era evitar um fracasso precoce como não ganhar o concurso em fase municipal. Nesse caso porque não Farroupilha. Sem miss inscrita, sem desfile preliminar, tratava-se de ótima alternativa. Livre de um enfrentamento, de qualquer adversidade ou possível infortúnio, representar Farroupilha como única e exclusiva miss era muito adequado as suas pretensões.
A cidade “laranja” farroupilhense proporcionou todos os desejos da moça. Deu sorte. Venceu, parabéns. Mas, por favor, se Priscila aparecer na cidade nada de desfile em cima de carro de bombeiros
Pode ter sido uma simples preferência como poderia ter sido uma outra cidade qualquer. Enfim, escolha feita, feita: Priscila, Miss Farroupilha.
Contudo uma conjetura, um fato alternativo, uma teoria provável mais séria, muito discutível e possível: interesse, tirar proveito oportunista de ser farroupilhense.
Por conveniência a canoense fez de Farroupilha sua representada. Não teve interesse em disputar a fase preliminar em sua terra natal. Havia o risco de não ganhar.
Conforme Priscila declarou preparou-se durante dois anos para o concurso e evidentemente entre os preparativos era evitar um fracasso precoce como não ganhar o concurso em fase municipal. Nesse caso porque não Farroupilha. Sem miss inscrita, sem desfile preliminar, tratava-se de ótima alternativa. Livre de um enfrentamento, de qualquer adversidade ou possível infortúnio, representar Farroupilha como única e exclusiva miss era muito adequado as suas pretensões.
A cidade “laranja” farroupilhense proporcionou todos os desejos da moça. Deu sorte. Venceu, parabéns. Mas, por favor, se Priscila aparecer na cidade nada de desfile em cima de carro de bombeiros
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Brasil (FA) campeão de 1992
O maior título da Serc Brasil (Farroupilha)ocorreu em 1992,campeão da Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho o que lhe deu condição de disputar o campeonato da Primeira Divisão em 1993. Presidente Edson Tonin (Tilico), vice de futebol Vitor Francischini, que formaram um grupo de jogadores com a colaboração do empresário Juan Figger.
O campeonato foi disputado por 24 clubes formando quatro chaves regionais com seis equipes cada uma. Foram disputadas três fases distintas para se chegar ao octogonal final com o qual se classificariam duas equipes para a Primeira Divisão.
O Brasil foi campeão disputando 34 jogos, ganhando 68 pontos, com 22 vitórias, 7 empates e somente 5 derrotas. Marcou 54 gols (média 1.6 gol por jogo), sofreu 18 (média de 0,5 gol por jogo) aproveitamento de 72%.
O treinador era Bebeto e a equipe tinha jogadores conhecidos de grandes centros como Fernando (ex Grêmio)Paulo Santos (ex-Inter) e Renato Teixeira (ex-Bahia) entre outros. Prata da casa somente o goleiro Walter, o zagueiro Altamir, meio de campo Severo e os atacantes Ari e Roque. Ao início do campeonato a equipe base era formada por Milton (Dagoberto), Alexandre, Julio Cesar, André e Marcos Vinicius; Nelson, Tita e Edson Borges; Fernando, Renato Teixeira e Ari, equipe que estreou muito mal, perdendo em Encantado, para o Encantado, por 2x1.
O jogo final foi em Farroupilha quando o Brasil consolidou-se como campeão vencendo ao São José por 2x1. O time jogou com Miltom, Da Silva, Roger, Altamir e Marcos Vinicius; Nelson, Baiano e Paulo Cesar; Ari (Pavão), Tita e Roque (Paulo Santos).
O campeonato foi disputado por 24 clubes formando quatro chaves regionais com seis equipes cada uma. Foram disputadas três fases distintas para se chegar ao octogonal final com o qual se classificariam duas equipes para a Primeira Divisão.
O Brasil foi campeão disputando 34 jogos, ganhando 68 pontos, com 22 vitórias, 7 empates e somente 5 derrotas. Marcou 54 gols (média 1.6 gol por jogo), sofreu 18 (média de 0,5 gol por jogo) aproveitamento de 72%.
O treinador era Bebeto e a equipe tinha jogadores conhecidos de grandes centros como Fernando (ex Grêmio)Paulo Santos (ex-Inter) e Renato Teixeira (ex-Bahia) entre outros. Prata da casa somente o goleiro Walter, o zagueiro Altamir, meio de campo Severo e os atacantes Ari e Roque. Ao início do campeonato a equipe base era formada por Milton (Dagoberto), Alexandre, Julio Cesar, André e Marcos Vinicius; Nelson, Tita e Edson Borges; Fernando, Renato Teixeira e Ari, equipe que estreou muito mal, perdendo em Encantado, para o Encantado, por 2x1.
O jogo final foi em Farroupilha quando o Brasil consolidou-se como campeão vencendo ao São José por 2x1. O time jogou com Miltom, Da Silva, Roger, Altamir e Marcos Vinicius; Nelson, Baiano e Paulo Cesar; Ari (Pavão), Tita e Roque (Paulo Santos).
Oito pênaltis perdidos
Copa Libertadores da América. Ano de 1997. Na fase de grupo eliminatória, no famoso mata/mata, jogam em Assunção, Paraguai, Guarani x Grêmio. Vitória do Guarani 2x1. No segundo jogo em Porto Alegre, Grêmio 2x1. Tudo igual. Necessidade da classificação em disputa dos pênaltis. Na série inicial (cinco pênaltis para cada lado) Grêmio errou quatro, Guarani errou quatro. Cada equipe acertou somente um pênalti, resultado 1x1. Necessidade da disputa intercalada. Um jogador diferente a cada cobrança. Jogador do Guarani errou, Mauro Galvão acertou, grêmio classificado 2x1.
sábado, 23 de julho de 2011
Insensata seleção
Centro da cidade de Buenos Aires. Na avenida 9 de julho, quase esquina da Corrientes, na Praça da Republica, situa-se o obelisco em homenagem a comemoração do quarto centenário da fundação da cidade, construído e inaugurado em 1936. Além do valor histórico, há também uma simbólica referência como local para comemorações, principalmente as conquistas esportivas.
Ali, naquele mesmo lugar, certamente os argentinos comemorariam uma esplendorosa vitória diante do Uruguai, em jogo válido pela Copa América. Nada disso. Quem comemorou a vitória junto ao obelisco foram os uruguaios.
Mais um drama para os argentinos. Era em seu país, em seus estádios, com a torcida ao lado, a Argentina tinha tudo, a grande oportunidade de ganhar a competição da Copa América.
Nessa época do ano (férias) o que não falta na Argentina é brasileiro. Caminhando, passeando pela tradicional Florida, se ouve muito aquele ridículo e desnecessário portunhol, que os argentinos não entendem nada.
Brasileiros sorriam, divertiam-se, não pelo prazer de estar na cidade portenha, mas disfarçadamente, meio de soslaio, com certo olhar de esguelha, de forma cínica e zombeteira gozando da infelicidade, do desconforto de uma derrota dos “hermanos”.
Na tradicional rivalidade futebolística entre Brasil e Argentina, a derrota de um é a vitória de outro e vice-versa. Vale os gracejos, as chacotas, claro com o devido respeito.
Além da satisfação de desfrutar a derrota argentina, um fato de aspecto técnico a considerar-se: o principal adversário estava eliminado, as possibilidades brasileiras aumentaram. Domingo, depois da vitória do Paraguai conseguindo a classificação, lá no obelisco, os brasileiros comemorariam. Deu tudo errado. Quem foi para o belisco foram os paraguaios, naturalmente alegres e alegres também os argentinos.
No tempo regulamentar de jogo, com os acréscimos, 95 minutos, 0x0. Trinta minutos de prorrogação, nada, 0x0. Mais oito minutos na cobrança de pênaltis, nadinha de gol. Um total de 133 minutos nenhum golzinho brasileiro.
Nunca antes na história desse país se viu coisa igual: seleção brasileira não mercou nenhum gol. Fiasco gigantesco. Também quem mandou ficar assistindo a novela Insensato Coração. Certamente ficar assistindo toda aquela insensatez teve como conseqüências a irreflexão, a inatenção, a inconseqüência, enfim, atitudes de um grupo estouvado dentro do campo de jogo.
xxx...xxx
Em determinado jogo, supreendentemente na escalação da equipe brasileira surgiu o nome de um desconhecido Jadson, profissional que joga lá pelas bandas da Russia, Turquestão ou Conchichina. Jogou somente o primeiro tempo e nunca mais se ouviu falar, embora tenha marcado até um gol. O empresário de Jadson é Carlos Leite, o mesmo dos jogadores titulares Lucas Leiva e André Santos e empresário também de Mano Menezes. Mera curiosidade.
Ali, naquele mesmo lugar, certamente os argentinos comemorariam uma esplendorosa vitória diante do Uruguai, em jogo válido pela Copa América. Nada disso. Quem comemorou a vitória junto ao obelisco foram os uruguaios.
Mais um drama para os argentinos. Era em seu país, em seus estádios, com a torcida ao lado, a Argentina tinha tudo, a grande oportunidade de ganhar a competição da Copa América.
Nessa época do ano (férias) o que não falta na Argentina é brasileiro. Caminhando, passeando pela tradicional Florida, se ouve muito aquele ridículo e desnecessário portunhol, que os argentinos não entendem nada.
Brasileiros sorriam, divertiam-se, não pelo prazer de estar na cidade portenha, mas disfarçadamente, meio de soslaio, com certo olhar de esguelha, de forma cínica e zombeteira gozando da infelicidade, do desconforto de uma derrota dos “hermanos”.
Na tradicional rivalidade futebolística entre Brasil e Argentina, a derrota de um é a vitória de outro e vice-versa. Vale os gracejos, as chacotas, claro com o devido respeito.
Além da satisfação de desfrutar a derrota argentina, um fato de aspecto técnico a considerar-se: o principal adversário estava eliminado, as possibilidades brasileiras aumentaram. Domingo, depois da vitória do Paraguai conseguindo a classificação, lá no obelisco, os brasileiros comemorariam. Deu tudo errado. Quem foi para o belisco foram os paraguaios, naturalmente alegres e alegres também os argentinos.
No tempo regulamentar de jogo, com os acréscimos, 95 minutos, 0x0. Trinta minutos de prorrogação, nada, 0x0. Mais oito minutos na cobrança de pênaltis, nadinha de gol. Um total de 133 minutos nenhum golzinho brasileiro.
Nunca antes na história desse país se viu coisa igual: seleção brasileira não mercou nenhum gol. Fiasco gigantesco. Também quem mandou ficar assistindo a novela Insensato Coração. Certamente ficar assistindo toda aquela insensatez teve como conseqüências a irreflexão, a inatenção, a inconseqüência, enfim, atitudes de um grupo estouvado dentro do campo de jogo.
xxx...xxx
Em determinado jogo, supreendentemente na escalação da equipe brasileira surgiu o nome de um desconhecido Jadson, profissional que joga lá pelas bandas da Russia, Turquestão ou Conchichina. Jogou somente o primeiro tempo e nunca mais se ouviu falar, embora tenha marcado até um gol. O empresário de Jadson é Carlos Leite, o mesmo dos jogadores titulares Lucas Leiva e André Santos e empresário também de Mano Menezes. Mera curiosidade.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Preconceito
19/07/2011 09h17 - Atualizado em 20/07/2011 13h00
Brasileira eleita Miss Itália no Mundo é vítima de racismo em site nacionalista
Silvia Novais, de 24 anos, recebeu ofensas racistas em página na internet.
Moradora do interior de SP, ela avalia se fará queixa por injúria racial.
Kleber Tomaz
Do G1 SP
imprimir
Silvia com o namorado Maurício
(Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
A brasileira Silvia Novais, modelo de 24 anos, 1,77 m e 55 kg, eleita na semana retrasada Miss Itália no Mundo 2011, passou a sofrer ataques racistas de grupos de intolerância pela internet desde que venceu o concurso na Europa como a mais bela descendente de italianos. Seu bisavô materno nasceu em Florença, mas isso não impediu que ela escapasse do preconceito.
Logo após superar outras 39 candidatas na final, no dia 3 de julho, em Reggio Calabria, Sul da Itália, Silvia teve sua foto como miss reproduzida em um fórum de discussão de um site internacional de nacionalistas brancos, alguns adeptos de Adolf Hitler e contrários à escolha dela como miss. Abaixo da imagem da baiana com a coroa e a faixa, foram feitas diversas ofensas racistas. Num dos insultos, ela foi xingada em inglês de “negra nojenta”. Também há comentários em português e em italiano.
“A disgusting negra can't be italian, maybe she has an italian grandfather of grandfather of grandfather...”, escreveu um dos membros do site Stormfront.org, em um dos comentários do fórum ‘Brasileira vence concurso Miss Itália no Mundo 2011’, iniciado em 10 de julho. Numa tradução livre para o português, ele disse: “A negra nojenta não pode ser italiana, talvez ela tenha um avô italiano do avô do avô ...”
Brasileira eleita Miss Itália no Mundo é vítima de racismo em site nacionalista
Silvia Novais, de 24 anos, recebeu ofensas racistas em página na internet.
Moradora do interior de SP, ela avalia se fará queixa por injúria racial.
Kleber Tomaz
Do G1 SP
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Silvia com o namorado Maurício
(Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
A brasileira Silvia Novais, modelo de 24 anos, 1,77 m e 55 kg, eleita na semana retrasada Miss Itália no Mundo 2011, passou a sofrer ataques racistas de grupos de intolerância pela internet desde que venceu o concurso na Europa como a mais bela descendente de italianos. Seu bisavô materno nasceu em Florença, mas isso não impediu que ela escapasse do preconceito.
Logo após superar outras 39 candidatas na final, no dia 3 de julho, em Reggio Calabria, Sul da Itália, Silvia teve sua foto como miss reproduzida em um fórum de discussão de um site internacional de nacionalistas brancos, alguns adeptos de Adolf Hitler e contrários à escolha dela como miss. Abaixo da imagem da baiana com a coroa e a faixa, foram feitas diversas ofensas racistas. Num dos insultos, ela foi xingada em inglês de “negra nojenta”. Também há comentários em português e em italiano.
“A disgusting negra can't be italian, maybe she has an italian grandfather of grandfather of grandfather...”, escreveu um dos membros do site Stormfront.org, em um dos comentários do fórum ‘Brasileira vence concurso Miss Itália no Mundo 2011’, iniciado em 10 de julho. Numa tradução livre para o português, ele disse: “A negra nojenta não pode ser italiana, talvez ela tenha um avô italiano do avô do avô ...”
terça-feira, 19 de julho de 2011
Valores
Na novela Insensato Coração a megera assassina Norma está num processo de vingança contra o seu destratador, destruidor de seus sonhos, o também criminoso Léo. Norma tem o domínio sobre seu antigo enganador parceiro. Faz de tudo com ele. Do homem para satisfazer suas necessidades fisiológicas, como o sexo (ai o Leo serve até a ser um catador de um objeto em fedorento lixo. Norma usa e abusa de seu poder. Segundo a assessoria de comunicação dos produtores da novela, Norma tem recebido inúmeras manifestações de apoio a sua atitude vingativa. A desnaturada criminosa é aplaudida: dá-lhe Norma. Dessa forma trata-se de uma perigosa reação da sociedade, verdadeira inversão de valores.
Os Berlusconis
Alexandre Pato, com a seleção brasileira desclassificada volta mais cedo para os braços da namorada Barbara Berlusconi, filha de do primeiro ministro italiano, presidente do Milan, futuro sogre Silvio Berlusconi.
Pergunta-se: haverá festa do bunga bunga.
Os Berlusconis
Alexandre Pato, com a seleção brasileira desclassificada volta mais cedo para os braços da namorada Barbara Berlusconi, filha de do primeiro ministro italiano, presidente do Milan, futuro sogre Silvio Berlusconi.
Pergunta-se: haverá festa do bunga bunga.
domingo, 17 de julho de 2011
Brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
O exclamativo que intitula a crônica significa frio.
È a exclamação de alguém que está com frio.
O brrr...acima é extenso, do tamanho do frio que anda fazendo, muito frio mesmo.
Inverno, nessa temperatura, dessa forma, que começou no solstício de junho terá muito a apresentar, muito brrrr... até o equinócio da primavera ao final de setembro.
Temperaturas com barômetro medindo zero grau e até abaixo disso.
Frio torturante, insuportável. Sente frio todo mundo, até o João Glacial, que andou na Antártida, o Antonio Abaixo de Zero que já esteve na Sibéria e a Maria Pólo Norte que morou no Alaska e aquele pingüim de Gramado que para seu consolo tem o calor de um aquecedor. Quem diria pingüim com frio.
Para enfrentar a baixa temperatura algumas providências são tomadas.
O vivente tem que se defender como pode e com o que tem. Para dormir pijama de lã, meias idem, homens e mulheres. O lençol térmico é essencial.
No dia a dia, para o homem, usar ceroulão é imprescindível. Mulheres, meia-calça ou o collant quente, uma ou outro, indispensável. Camiseta, mais outra camiseta, camisa de lã, vestimentas apropriadas. Pulôver de lã. Para sair, encarar o ar gelado, casaco grosso. Melhor, o sempre aconchegante sobretudo.
A higiene corporal, o banho de asseio, pela manhã impossível. A água proveniente da caixa é gélida. Por mais que o chuveiro esquente sempre fica nas extremidades do bocal com furos, meio por fora, nas beiradas, aqueles pingos gelados. Banho somente à tarde.
A necessidade inerente a condição fisiológica quando é preciso assentar as nádegas no plástico frio, trata-se realmente de um ato de coragem, porque assim a necessidade exige. Dentro de casa algum aquecedor deve estar ligado, preferencialmente em cada compartimento.
O feliz afortunado vivente que tem em sua residência calefação, sempre com o ambiente aquecido, certamente não necessita da parafernália aquecedora.
Tem gente que gosta do inverno. Mulheres desfilam por ai, para elas estação da elegância. As malharias faturam, os turistas adoram. Não tem graça. Ficam por aqui três a quatro dias e retornam para o calor de onde vieram.
Mas tem gente por aqui que gosta mesmo do frio intenso. Não sei porque, mas gosta. Dias desses numa estação de radio um locutor...opa, isso é de antigamente.Mais atualizado. Dia desses um apresentador de uma emissora radiofônica informava a temperatura: zero grau. Programa característico de muita interatividade com o ouvinte. A senhora ouvinte por e-mail envia sua mensagem: “muito gostoso esse tempo”. Penso. Só pode ser masoquismo
È a exclamação de alguém que está com frio.
O brrr...acima é extenso, do tamanho do frio que anda fazendo, muito frio mesmo.
Inverno, nessa temperatura, dessa forma, que começou no solstício de junho terá muito a apresentar, muito brrrr... até o equinócio da primavera ao final de setembro.
Temperaturas com barômetro medindo zero grau e até abaixo disso.
Frio torturante, insuportável. Sente frio todo mundo, até o João Glacial, que andou na Antártida, o Antonio Abaixo de Zero que já esteve na Sibéria e a Maria Pólo Norte que morou no Alaska e aquele pingüim de Gramado que para seu consolo tem o calor de um aquecedor. Quem diria pingüim com frio.
Para enfrentar a baixa temperatura algumas providências são tomadas.
O vivente tem que se defender como pode e com o que tem. Para dormir pijama de lã, meias idem, homens e mulheres. O lençol térmico é essencial.
No dia a dia, para o homem, usar ceroulão é imprescindível. Mulheres, meia-calça ou o collant quente, uma ou outro, indispensável. Camiseta, mais outra camiseta, camisa de lã, vestimentas apropriadas. Pulôver de lã. Para sair, encarar o ar gelado, casaco grosso. Melhor, o sempre aconchegante sobretudo.
A higiene corporal, o banho de asseio, pela manhã impossível. A água proveniente da caixa é gélida. Por mais que o chuveiro esquente sempre fica nas extremidades do bocal com furos, meio por fora, nas beiradas, aqueles pingos gelados. Banho somente à tarde.
A necessidade inerente a condição fisiológica quando é preciso assentar as nádegas no plástico frio, trata-se realmente de um ato de coragem, porque assim a necessidade exige. Dentro de casa algum aquecedor deve estar ligado, preferencialmente em cada compartimento.
O feliz afortunado vivente que tem em sua residência calefação, sempre com o ambiente aquecido, certamente não necessita da parafernália aquecedora.
Tem gente que gosta do inverno. Mulheres desfilam por ai, para elas estação da elegância. As malharias faturam, os turistas adoram. Não tem graça. Ficam por aqui três a quatro dias e retornam para o calor de onde vieram.
Mas tem gente por aqui que gosta mesmo do frio intenso. Não sei porque, mas gosta. Dias desses numa estação de radio um locutor...opa, isso é de antigamente.Mais atualizado. Dia desses um apresentador de uma emissora radiofônica informava a temperatura: zero grau. Programa característico de muita interatividade com o ouvinte. A senhora ouvinte por e-mail envia sua mensagem: “muito gostoso esse tempo”. Penso. Só pode ser masoquismo
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Oito ou oitenta
Como diversão predominante gosto muito de dançar, sempre compartilhando com muito bom gosto com a minha mulher. É uma parceira sempre disposta a bailar em alguns dias por algumas horas. Vem daí, portanto, que o casal faz da dança um hobby. Aliás, desculpe a ilegalidade. De acordo com uma lei estadual que é contra o uso da língua inglesa, devo dizer que a dança é um passatempo, uma atividade que é realizada por prazer. Isso assim explicado com retórica locução, combinada com uma afetação eloqüente, de estilo empolado, melhor hobby, palavra que vale uma frase.
Sábado desses fui a determinado baile de casais, normalmente realizado em comunidades interioranas. O salão comunitário vasto acomoda aproximadamente 700 presentes. Os convidados demonstram ser das mais variadas classes sociais. Uns vestidos adequadamente de forma elegante, alguns mais ou menos, outros nem tanto, características evidentes de um bailão.
O conjunto musical de razoável melodia, predominando músicas tradicionalistas gaúchas. De vez em quando um samba melódico de dor de cotovelo, ou um daqueles bolerões típicos das casas de luzinha vermelha na frente. Faz frio no salão de imensa amplitude. Mas a aglomeração, o calor humano alivia a baixa sensação térmica. Enquanto o conjunto executa seu repertorio musical, é servido às mesas, para convidados degustarem, amendoim e batata frita. Tudo isso incluso no preço do convite. Ainda, fazendo valer o valor pago, por volta da meia-noite foi servido um galeto, que de novinho não tinha nada. Mais parecia um galo velho coxudo, de peito avantajado. Deixa pra lá. Segue o baile. Avaliando bem a música tradicionalista gaúcha é o ritmo em que ainda os casais dançam juntos, até que em determinado momento do modernismo, quem sabe, possa ser influenciado pelo som eletrônico, histriônico, mecânico, tipo bate-estacas, em que as pessoas dançam separadas fazendo figurações uma para outra, muitas sem muito jeito, mostrando-se ridículas.
Enquanto isso não acontece, segue o baile. O povão se divertindo e eu junto.
xxx ... xxx
Oito ou oitenta. Do popular à elite. Sábado passado fui a um baile em tradicional clube social, elitizado, de alta burguesia. Frio não, somente lá fora. O salão é climatizado. Gente vestida de forma eleganterrima. O jantar, servido à francesa, de pratos sofisticados. Não há como colocar defeito. Satisfeito com as iguarias, de um ágape refinado, começa o baile. O conjunto musical é formado por jovens, grupo bem afinado. O melhor. Toca músicas melodiosas, do blue, passando pelo samba-canção romântico, até o bolero tradicional. São os ritmos convidativos para o casal dançar gostosamente, juntinho, apertadinho, agarradinho, de rosto coladinho. Assim como eu e minha mulher.
Sábado desses fui a determinado baile de casais, normalmente realizado em comunidades interioranas. O salão comunitário vasto acomoda aproximadamente 700 presentes. Os convidados demonstram ser das mais variadas classes sociais. Uns vestidos adequadamente de forma elegante, alguns mais ou menos, outros nem tanto, características evidentes de um bailão.
O conjunto musical de razoável melodia, predominando músicas tradicionalistas gaúchas. De vez em quando um samba melódico de dor de cotovelo, ou um daqueles bolerões típicos das casas de luzinha vermelha na frente. Faz frio no salão de imensa amplitude. Mas a aglomeração, o calor humano alivia a baixa sensação térmica. Enquanto o conjunto executa seu repertorio musical, é servido às mesas, para convidados degustarem, amendoim e batata frita. Tudo isso incluso no preço do convite. Ainda, fazendo valer o valor pago, por volta da meia-noite foi servido um galeto, que de novinho não tinha nada. Mais parecia um galo velho coxudo, de peito avantajado. Deixa pra lá. Segue o baile. Avaliando bem a música tradicionalista gaúcha é o ritmo em que ainda os casais dançam juntos, até que em determinado momento do modernismo, quem sabe, possa ser influenciado pelo som eletrônico, histriônico, mecânico, tipo bate-estacas, em que as pessoas dançam separadas fazendo figurações uma para outra, muitas sem muito jeito, mostrando-se ridículas.
Enquanto isso não acontece, segue o baile. O povão se divertindo e eu junto.
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Oito ou oitenta. Do popular à elite. Sábado passado fui a um baile em tradicional clube social, elitizado, de alta burguesia. Frio não, somente lá fora. O salão é climatizado. Gente vestida de forma eleganterrima. O jantar, servido à francesa, de pratos sofisticados. Não há como colocar defeito. Satisfeito com as iguarias, de um ágape refinado, começa o baile. O conjunto musical é formado por jovens, grupo bem afinado. O melhor. Toca músicas melodiosas, do blue, passando pelo samba-canção romântico, até o bolero tradicional. São os ritmos convidativos para o casal dançar gostosamente, juntinho, apertadinho, agarradinho, de rosto coladinho. Assim como eu e minha mulher.
domingo, 3 de julho de 2011
O mictório
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDpnHwWUjEp6PnmjOLfhhebbpbNgwuQ4TjDwmq6PuArPYqcL-0b73G3fqVCko6_EnLAEUbIHToFq5cS9jM-ZzAn5gqzskiqEQmiySg61160sQxOvO-0Blyn2ccMcgLyp1AvWzNFZmOJkkx/s320/foto+-+banheiro+%25282%2529.jpg)
Viajei semana passada para a região norte do Estado. Dirigindo o automóvel, em certo momento na estrada senti a premente vontade de fazer uma necessidade fisiológica. Durante algum tempo me esforcei, me segurei com muita intrepidez para evitar qualquer esguicho em local inadequado. Senti forte, a contração da musculatura da bexiga o que vem a ser a vontade, polidamente fisiológico, de fazer xixi. O desejo de expelir aquele composto químico tóxico em forma de água era imenso, ou seja, grotescamente mijar. Pelo volume do liquido, o esfíncter – que tem o controle da continência urinária, ou seja controla o ato de urinar - está no ponto máximo de saturação, numa situação crítica.
Felizmente, depois de algum tempo de desconforto, em boa hora encontro um posto de serviço. Paro, desço do carro do carro e numa angústia extrema me deparo com a salvação, o alivio tão esperado para o descompassado e inconveniente ato diurético. Ali, na minha frente os sanitários, ou como queiram para sair da situação crítica, o mictório.
Lugar asseado, higienicamente bem cuidado, onde o ato de urinar não traz nenhuma repugnância, sem qualquer aparência com o odor repelente de um congênere de estação rodoviária. Talvez, por se encontrar nessa boa condição higiênica, há um comunicado bem criativo na porta do local alertando o que deve ser levado em conta para o adequado e higiênico uso do mictório. São seis fases determinantes a ser cumpridas estabelecidas para a higiene do local. As fases são representadas, configuradas, cada uma delas pelo desenho interessante e engraçado de um bonequinho. Eis:
1ª) levante a tampa; 2ª) chegue mais perto; 3ª) capriche na pontaria; 4ª) balance a vontade; 5ª) Dê descarga sempre; 6ª) acerte na cesta.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Goleadas: 6x3 e 8x0
Legalmente, concernente ao aspecto jurídico, o fato foi bem assim: No último dia de mandato como presidente da República, Lula, negou extradição ao italiano Cesare Battisti, condição, poder de decisão, outorgada pelos juizes do STF.
Os italianos acreditavam piamente numa resolução favorável à extradição, o que não aconteceu, causando enorme mal-estar, segundo eles, descalabro à Justiça italiana.
Pior ficou quando a suprema corte brasileira (STF), no recurso italiano, resolveu que a decisão de Lula era independente, cabendo unicamente a ele, como presidente da República, chefe do Executivo, avocar para si decidir, como aconteceu.
A partir daí o governo italiano demonstrou em muitas ocasiões um desconforto sem precedente, motivando um clamor popular com variados protestos.
Até mesmo no Congresso italiano, um deputado, de forma desrespeitosa, declarou que o Brasil era reconhecido por suas bailarinas, não por seus juristas, num total desrespeito às instituições brasileiras. Esse tipo de impropério, ultrajes proferidos, ficou simplesmente e tolamente nos anais, como uma revolta descabida pela decisão soberana e irrevogável tomada pelo poder jurídico.
Reportando aos fatos. Após a não permissão de extradição de Battisti por Lula, o governo italiano buscou junto ao STF a tentativa de rever o imbróglio jurídico a partir da decisão presidencial. O pleno do poder judiciário brasileiro ratificou a deliberação anterior de que se tratava de um assunto relativo exclusivamente ao executivo.
Constitucionalidade, a legalidade, o aspecto jurídico, por decisão tomada, se baseou no respeito à soberania nacional e a separação constitucional entre os poderes constituídos, não cabendo ao STF contestar a decisão soberana de um presidente da República, justamente pela exigência constitucional de independência e respeito entre os poderes executivo, judiciário e legislativo. A decisão tomada por Lula não poderia ser questionada, pois manifestou a vontade soberana do Estado brasileiro.
Na contagem de votos dos magistrados, seis votos a favor e três contra (6x3).
Em outro caso polêmico mais recente o STF, de forma incontestável deu o direito aos cidadãos de realizarem livres manifestações pela legalização das drogas, com protestos e eventos públicos, como a marcha da maconha e outras manifestações congêneres. Com a unanimidade de oito votos a favor (8x0) foi dada mais uma vez ao cidadão o livre direito de manifestação, a liberdade de expressão.
Acompanhei essas duas celeumas jurídicas através das transmissões do canal a cabo TV Justiça. Não precisei dos chamados formadores de opinião, a maior parte conservadora e reacionária direitistas. O acompanhamento dos debates me proporcionou condições de opinar, de formar o pensamento: sou de forma irretocável, irrevogável e irrecorrível, plenamente favorável as duas decisões jurídicas. “Data venia”
Os italianos acreditavam piamente numa resolução favorável à extradição, o que não aconteceu, causando enorme mal-estar, segundo eles, descalabro à Justiça italiana.
Pior ficou quando a suprema corte brasileira (STF), no recurso italiano, resolveu que a decisão de Lula era independente, cabendo unicamente a ele, como presidente da República, chefe do Executivo, avocar para si decidir, como aconteceu.
A partir daí o governo italiano demonstrou em muitas ocasiões um desconforto sem precedente, motivando um clamor popular com variados protestos.
Até mesmo no Congresso italiano, um deputado, de forma desrespeitosa, declarou que o Brasil era reconhecido por suas bailarinas, não por seus juristas, num total desrespeito às instituições brasileiras. Esse tipo de impropério, ultrajes proferidos, ficou simplesmente e tolamente nos anais, como uma revolta descabida pela decisão soberana e irrevogável tomada pelo poder jurídico.
Reportando aos fatos. Após a não permissão de extradição de Battisti por Lula, o governo italiano buscou junto ao STF a tentativa de rever o imbróglio jurídico a partir da decisão presidencial. O pleno do poder judiciário brasileiro ratificou a deliberação anterior de que se tratava de um assunto relativo exclusivamente ao executivo.
Constitucionalidade, a legalidade, o aspecto jurídico, por decisão tomada, se baseou no respeito à soberania nacional e a separação constitucional entre os poderes constituídos, não cabendo ao STF contestar a decisão soberana de um presidente da República, justamente pela exigência constitucional de independência e respeito entre os poderes executivo, judiciário e legislativo. A decisão tomada por Lula não poderia ser questionada, pois manifestou a vontade soberana do Estado brasileiro.
Na contagem de votos dos magistrados, seis votos a favor e três contra (6x3).
Em outro caso polêmico mais recente o STF, de forma incontestável deu o direito aos cidadãos de realizarem livres manifestações pela legalização das drogas, com protestos e eventos públicos, como a marcha da maconha e outras manifestações congêneres. Com a unanimidade de oito votos a favor (8x0) foi dada mais uma vez ao cidadão o livre direito de manifestação, a liberdade de expressão.
Acompanhei essas duas celeumas jurídicas através das transmissões do canal a cabo TV Justiça. Não precisei dos chamados formadores de opinião, a maior parte conservadora e reacionária direitistas. O acompanhamento dos debates me proporcionou condições de opinar, de formar o pensamento: sou de forma irretocável, irrevogável e irrecorrível, plenamente favorável as duas decisões jurídicas. “Data venia”
terça-feira, 21 de junho de 2011
Dias e dias
A história é bem assim. No império romano, idade média, o bispo ignorava as ordens do imperador que havia proibido a celebração de casamentos durante as guerras,
acreditando que os solteiros eram soldados mais bravos, melhores combatentes.
O bispo desobedecia ao imperador, continuando a celebrar casamentos, e mais que isso, numa afronta corajosa à proibição, o bispo casou-se secretamente.
O acontecimento foi descoberto e o bispo Valentim foi preso, condenado a morte.
Enquanto estava preso, muitos jovens enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor do qual ele se tornava autêntico representante.
Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sentença ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro. O namoro, amor e paixão, foi tão forte que a jovem cega, milagrosamente recuperou a visão.
Antes da execução, por conseguinte a morte, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela sobressaindo-se ao final “como seu namorado” e “de seu Valentim”.
Por essa reciprocidade, namorado e Valentim, surgiu o Dia dos Namorados. Por assim ser, a comemoração do Dia dos Namorados é inerente ao dia de São Valetim.
Essa história mostra o profundo romantismo do amor, significado pela simples troca de mensagens por bilhetes, como assim acontecia durante muitos anos atrás. Bilhetinhos, telefonemas, coisas que hoje passam por ridículas. Hoje existe a internet.
O bispo Valentim, pelo amor enfrentou ao imperador, foi condenado e morto, fez milagre para sua namorada, intuitos que são verdadeiros símbolos, prova cabal de um intenso amor romântico. No entanto Valentim jamais pensaria que um dia, o Dia dos Namorados, em sua homenagem, fosse comemorado de forma tão desvirtuada, materializado pela sociedade de consumo.
Para a demonstração do amor um simples cartão, um ramalhete de flores, seria de profundo romantismo. Mas, não. O consumismo forte, a idéia de quem acredita que o amor se realiza por um bem valioso, que demonstre poder de aquisição, a vaidade de oferecer alguma coisa além de sua posse. A fatura do cartão de crédito para pagar, talvez seja o sacrifício do amor. É o par de tênis, a bolsa da moda, o agasalho fashion. Os comerciantes adoram. Até o farmacêutico lucra. A jovem para ver a melhoria do namorado, na verdade o parceiro, no desempenho sexual oferece-lhe - desinibida, desejosa, voluptuosa – um presente inusitado no Dia dos Namorados: a caixinha de Viagra. Dias e dias. Dia das Mães, Dia dos Pais, dos Namorados, da Sogra. Não, da sogra não, nem pensar. Não interessa a sociedade de consumo, por conseqüência aos negócios. Os tempos são outros em qualquer sentido.
Em tempo de antanho, a dificuldade em segurar a mão da namorada, o primeiro beijo na face, na boca (jamais se pensaria num de língua). Para os jovens de hoje era tempo de bobocas, atraso, nostalgia descabida. Acham ridículo a simples demonstração de amor, através de um gesto com as mãos formando um desenho no ar em forma de coração, numa mensagem carinhosa, romântica. Opinam. Trata-se de uma caratice
O primeiro encontro, o primeiro beijo, a primeira transa, tudo rápido. O desejo sobrepõe-se a qualquer romantismo.
Adolescentes transformaram-se, modernizaram-se.
Antes: “hoje sairei com a minha namorada”. No moderno: “vou levar a mulher”
acreditando que os solteiros eram soldados mais bravos, melhores combatentes.
O bispo desobedecia ao imperador, continuando a celebrar casamentos, e mais que isso, numa afronta corajosa à proibição, o bispo casou-se secretamente.
O acontecimento foi descoberto e o bispo Valentim foi preso, condenado a morte.
Enquanto estava preso, muitos jovens enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor do qual ele se tornava autêntico representante.
Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sentença ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro. O namoro, amor e paixão, foi tão forte que a jovem cega, milagrosamente recuperou a visão.
Antes da execução, por conseguinte a morte, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela sobressaindo-se ao final “como seu namorado” e “de seu Valentim”.
Por essa reciprocidade, namorado e Valentim, surgiu o Dia dos Namorados. Por assim ser, a comemoração do Dia dos Namorados é inerente ao dia de São Valetim.
Essa história mostra o profundo romantismo do amor, significado pela simples troca de mensagens por bilhetes, como assim acontecia durante muitos anos atrás. Bilhetinhos, telefonemas, coisas que hoje passam por ridículas. Hoje existe a internet.
O bispo Valentim, pelo amor enfrentou ao imperador, foi condenado e morto, fez milagre para sua namorada, intuitos que são verdadeiros símbolos, prova cabal de um intenso amor romântico. No entanto Valentim jamais pensaria que um dia, o Dia dos Namorados, em sua homenagem, fosse comemorado de forma tão desvirtuada, materializado pela sociedade de consumo.
Para a demonstração do amor um simples cartão, um ramalhete de flores, seria de profundo romantismo. Mas, não. O consumismo forte, a idéia de quem acredita que o amor se realiza por um bem valioso, que demonstre poder de aquisição, a vaidade de oferecer alguma coisa além de sua posse. A fatura do cartão de crédito para pagar, talvez seja o sacrifício do amor. É o par de tênis, a bolsa da moda, o agasalho fashion. Os comerciantes adoram. Até o farmacêutico lucra. A jovem para ver a melhoria do namorado, na verdade o parceiro, no desempenho sexual oferece-lhe - desinibida, desejosa, voluptuosa – um presente inusitado no Dia dos Namorados: a caixinha de Viagra. Dias e dias. Dia das Mães, Dia dos Pais, dos Namorados, da Sogra. Não, da sogra não, nem pensar. Não interessa a sociedade de consumo, por conseqüência aos negócios. Os tempos são outros em qualquer sentido.
Em tempo de antanho, a dificuldade em segurar a mão da namorada, o primeiro beijo na face, na boca (jamais se pensaria num de língua). Para os jovens de hoje era tempo de bobocas, atraso, nostalgia descabida. Acham ridículo a simples demonstração de amor, através de um gesto com as mãos formando um desenho no ar em forma de coração, numa mensagem carinhosa, romântica. Opinam. Trata-se de uma caratice
O primeiro encontro, o primeiro beijo, a primeira transa, tudo rápido. O desejo sobrepõe-se a qualquer romantismo.
Adolescentes transformaram-se, modernizaram-se.
Antes: “hoje sairei com a minha namorada”. No moderno: “vou levar a mulher”
sábado, 18 de junho de 2011
Outras e umas
Impressiona sobremaneira a fase de desenvolvimento da região leste farroupilhense, mais exatamente no entorno e adjacências de Linha Palmeiro. Crescimento observado sobretudo pelas novas construções para sediar estabelecimentos industriais e, em escala menor, construções de condomínios para moradia, horizontais e verticais.
Explica-se o desenvolvimento auspicioso daquela região por três importantes fatores: o complexo de campo de provas de uma indústria metalúrgica que atrai outras empresas para sua vizinhança; o asfaltamento da estrada que liga Forqueta a Mato Perso e a proximidade com a vizinha Caxias do Sul.
Além das novas indústrias – existe uma de Caxias do Sul com o terreno em fase de terraplanagem e por essa razão, por suas medidas, deverá ser uma construção de grande área – a região atrai também empreendimentos imobiliários. Já existe um condomínio horizontal que ocupa o lado direito e esquerdo da estrada na direção de Caravaggio. Nas proximidades, em tempo de terraplanagem, está planejado um condomínio horizontal. O que se observa é de que pelo processo de procura – para estabelecimento de novos negócios - começam a surgirem ofertas, com propriedades coloniais colocadas à venda.
xxx ...xxx
O cidadão que mora na região de Monte Bérico e cercanias, se ele gosta de tranqüilidade, tem admiração pela ecologia, se sente bem em ambiente privilegiado pela natureza, deve ter ficado satisfeito pela não construção do aeroporto em sua vizinhança. Imagina-se alguém vivendo num recanto em que o barulho saudável é produzido pela cantoria de pássaros, pelo mugir de uma vaca. De repente o sossego termina, o silêncio passa a ser perturbado pelo ronco ensurdecedor da turbina de um avião de propulsão a jato. Os pássaros debandam, pequenos animais desaparecem, a natureza reclama. Como se sentiria, como iria se comportar o cidadão, quando sua plena tranquilidade poderia ser invadida pelas asas do progresso? Difícil compreender, quando o sossego de alguém, a atenção de outrem, é levemente quebrada, vez por outra, pela movimentação na estrada de algum solitário veículo e de repente, em nome do progresso, ter que passar a conviver com intenso fluxo de carros, o incessante vai-e-vem de veículos ao aeroporto. O cidadão com esse espírito, de desejo da paz, de Monte Bérico, continuará a ter tranqüilidade. Felizmente as asas do progresso vão voar para outras bandas, perturbar a vida de outras pessoas.
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A Justiça, por suas leis, em certos episódios, tem a força castrante da censura. Coibi exageradamente, por uma bobagem qualquer, a democrática liberdade de expressão.
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Em Buenos Aires o clássico River Plate x Boca Juniors na famosa Bombonera. Chama atenção no uniforme do River o patrocínio de empresas brasileiras. Na frente da camiseta uma faixa com o nome Petrobras. Na manga, Tramontina.
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Os índices de aceitação dos americanos para com Obama, em determinado momento, em fase difícil, girava em torno de 40%. As coisas melhoraram quando ele comprovou de que é realmente americano e quando Bin Laden morreu. Chegou perto de 60% e presunçosamente queria de aproximar dos 85% de Lula. Não deu. E agora os índices começam a retornar aos patamares indesejaveis anteriores. Para recuperar-se, quem sabe, anunciar que Michelle está grávida.
Explica-se o desenvolvimento auspicioso daquela região por três importantes fatores: o complexo de campo de provas de uma indústria metalúrgica que atrai outras empresas para sua vizinhança; o asfaltamento da estrada que liga Forqueta a Mato Perso e a proximidade com a vizinha Caxias do Sul.
Além das novas indústrias – existe uma de Caxias do Sul com o terreno em fase de terraplanagem e por essa razão, por suas medidas, deverá ser uma construção de grande área – a região atrai também empreendimentos imobiliários. Já existe um condomínio horizontal que ocupa o lado direito e esquerdo da estrada na direção de Caravaggio. Nas proximidades, em tempo de terraplanagem, está planejado um condomínio horizontal. O que se observa é de que pelo processo de procura – para estabelecimento de novos negócios - começam a surgirem ofertas, com propriedades coloniais colocadas à venda.
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O cidadão que mora na região de Monte Bérico e cercanias, se ele gosta de tranqüilidade, tem admiração pela ecologia, se sente bem em ambiente privilegiado pela natureza, deve ter ficado satisfeito pela não construção do aeroporto em sua vizinhança. Imagina-se alguém vivendo num recanto em que o barulho saudável é produzido pela cantoria de pássaros, pelo mugir de uma vaca. De repente o sossego termina, o silêncio passa a ser perturbado pelo ronco ensurdecedor da turbina de um avião de propulsão a jato. Os pássaros debandam, pequenos animais desaparecem, a natureza reclama. Como se sentiria, como iria se comportar o cidadão, quando sua plena tranquilidade poderia ser invadida pelas asas do progresso? Difícil compreender, quando o sossego de alguém, a atenção de outrem, é levemente quebrada, vez por outra, pela movimentação na estrada de algum solitário veículo e de repente, em nome do progresso, ter que passar a conviver com intenso fluxo de carros, o incessante vai-e-vem de veículos ao aeroporto. O cidadão com esse espírito, de desejo da paz, de Monte Bérico, continuará a ter tranqüilidade. Felizmente as asas do progresso vão voar para outras bandas, perturbar a vida de outras pessoas.
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A Justiça, por suas leis, em certos episódios, tem a força castrante da censura. Coibi exageradamente, por uma bobagem qualquer, a democrática liberdade de expressão.
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Em Buenos Aires o clássico River Plate x Boca Juniors na famosa Bombonera. Chama atenção no uniforme do River o patrocínio de empresas brasileiras. Na frente da camiseta uma faixa com o nome Petrobras. Na manga, Tramontina.
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Os índices de aceitação dos americanos para com Obama, em determinado momento, em fase difícil, girava em torno de 40%. As coisas melhoraram quando ele comprovou de que é realmente americano e quando Bin Laden morreu. Chegou perto de 60% e presunçosamente queria de aproximar dos 85% de Lula. Não deu. E agora os índices começam a retornar aos patamares indesejaveis anteriores. Para recuperar-se, quem sabe, anunciar que Michelle está grávida.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
A caminhada
Uma promessa pode ser equiparada a um juramento. Trata-se de uma afirmativa de que se há de dar ou fazer alguma coisa. No aspecto da corporalidade é a obrigação de alguém cumprir com o que foi prometido. Exemplo bem conhecido, a promessa de compra e venda de um imóvel. Compro, pago e conforme o prometido sou o dono da propriedade. O cartão de credito, o cheque, o carnê, são objetos de que quando usados significa a promessa do pagamento da dívida. A promessa faz parte e é inalienável no cotidiano, no mundo dos negócios. É a garantia de que se cumpra algo comprometido.
A promessa também está associada como uma tradição religiosa, particularmente cristã, que consiste em prestar o culto a uma entidade especifica (um santo, Deus).
As exigências, o comprometimento com as promessas no aspecto material, faz com se possa discordar no aspecto espiritual, quando a promessa feita por pensamentos, a idéia empenhada para cumprir algo, parece ser factível na esperança de uma graça a ser alcançada, mas ao mesmo tempo se mostra como abstrata pela facilidade em prometer:
“se conseguir a graça pedida faço a promessa de rezar um rosário, mandar celebrar uma missa ao santo de fé ou, ir a pé até Caravaggio”. Colocada assim, com esse conceito, a promessa parece ser uma explicita troca de favores: eu consigo isso, em troca lhe dou aquilo. O ideal, sem um maior comprometimento, sem promessa, é realizar algo como prova de religiosidade, o agradecimento a uma graça alcançada. Desse modo tudo passa a ser mais autêntico, verdadeiramente religioso.
Caminhei ao lado do meu filho até Caragaggio na sexta-feira passada, na maior tranqüilidade sem o borborio, longe das aglomerações de peregrinos no feriado, sábado e domingo. Caminhada sem cumprir qualquer promessa, nem para efeito de pagamento em forma de sacrifício, como uma alma penada devendo alguma coisa. Religiosamente sou movido pela fé. Caminho, rezo em alguns momentos. Aprecio a paisagem bucólica, morros e vales mostrando ainda resquícios, o que sobrou de uma antiga mata Atlântica.
Da minha residência até Caravaggio são exatamente 19 quilômetros medidos num odômetro, distância que foi percorrida em 3hs 20 min. Poderia ter feito em menos tempo, mas em razão de um empecilho extenuante, a dificuldade em vencer um cansativo e exaustivo aclive, o tempo do percurso é aumentado.
Caminho diariamente, como exercício físico, em torno de uma 1h30min. Nesse espaço de tempo percorro aproximadamente entre 12 a 15 quilômetros.
Portanto, preparado para a caminhada de 19 quilômetros. A minha passada é ligeira (tipo soldadinho). Em 1 minuto dou 110 passos – terreno plano - o que equivale a percorrer 6.600 metros em 60 minutos, ou seja, uma hora. Sendo assim a caminhada até Caravaggio seria percorrida por volta de três horas.
O trajeto, de modo geral, se apresenta com leves e pequenos aclives e declives. Quase ao final da caminhada há uma aliviada descida. Descida do vale do arroio Biazus. Geograficamente se sabe que se há descida, existe a subida e vice-versa.
Após uma pontezinha, sobre o arroio, começo uma longa e parece ser interminável trajetória. É necessário intenso esforço para vencer o aclive quase íngreme de mais ou menos 1,5 km. Em conseqüência a passada cai para 60 passos por minuto. Esforço desproporcional, ai sim sacrifício mesmo, em que a ajuda e o ânimo é insistentemente solicitado a Nossa Senhora, pedido que é atendido sem nenhuma promessa.
A promessa também está associada como uma tradição religiosa, particularmente cristã, que consiste em prestar o culto a uma entidade especifica (um santo, Deus).
As exigências, o comprometimento com as promessas no aspecto material, faz com se possa discordar no aspecto espiritual, quando a promessa feita por pensamentos, a idéia empenhada para cumprir algo, parece ser factível na esperança de uma graça a ser alcançada, mas ao mesmo tempo se mostra como abstrata pela facilidade em prometer:
“se conseguir a graça pedida faço a promessa de rezar um rosário, mandar celebrar uma missa ao santo de fé ou, ir a pé até Caravaggio”. Colocada assim, com esse conceito, a promessa parece ser uma explicita troca de favores: eu consigo isso, em troca lhe dou aquilo. O ideal, sem um maior comprometimento, sem promessa, é realizar algo como prova de religiosidade, o agradecimento a uma graça alcançada. Desse modo tudo passa a ser mais autêntico, verdadeiramente religioso.
Caminhei ao lado do meu filho até Caragaggio na sexta-feira passada, na maior tranqüilidade sem o borborio, longe das aglomerações de peregrinos no feriado, sábado e domingo. Caminhada sem cumprir qualquer promessa, nem para efeito de pagamento em forma de sacrifício, como uma alma penada devendo alguma coisa. Religiosamente sou movido pela fé. Caminho, rezo em alguns momentos. Aprecio a paisagem bucólica, morros e vales mostrando ainda resquícios, o que sobrou de uma antiga mata Atlântica.
Da minha residência até Caravaggio são exatamente 19 quilômetros medidos num odômetro, distância que foi percorrida em 3hs 20 min. Poderia ter feito em menos tempo, mas em razão de um empecilho extenuante, a dificuldade em vencer um cansativo e exaustivo aclive, o tempo do percurso é aumentado.
Caminho diariamente, como exercício físico, em torno de uma 1h30min. Nesse espaço de tempo percorro aproximadamente entre 12 a 15 quilômetros.
Portanto, preparado para a caminhada de 19 quilômetros. A minha passada é ligeira (tipo soldadinho). Em 1 minuto dou 110 passos – terreno plano - o que equivale a percorrer 6.600 metros em 60 minutos, ou seja, uma hora. Sendo assim a caminhada até Caravaggio seria percorrida por volta de três horas.
O trajeto, de modo geral, se apresenta com leves e pequenos aclives e declives. Quase ao final da caminhada há uma aliviada descida. Descida do vale do arroio Biazus. Geograficamente se sabe que se há descida, existe a subida e vice-versa.
Após uma pontezinha, sobre o arroio, começo uma longa e parece ser interminável trajetória. É necessário intenso esforço para vencer o aclive quase íngreme de mais ou menos 1,5 km. Em conseqüência a passada cai para 60 passos por minuto. Esforço desproporcional, ai sim sacrifício mesmo, em que a ajuda e o ânimo é insistentemente solicitado a Nossa Senhora, pedido que é atendido sem nenhuma promessa.
domingo, 29 de maio de 2011
Umas e outras
Anos atrás fui vitima de um lamentável e desagradável acontecimento, verdadeiramente mais do que essa adjetivação, de um ato atroz. Em determinado dia chego na minha casa e a encontro invadida, assaltada e roubada. Mais do que a perda de qualquer valor material fui abalado por um sentimento de prostração, um abatimento profundo de insegurança, totalmente indefeso, completamente arrasado. Muito mais que isso senti-me violentado. Afinal o lar é o reduto que deveria ser inviolável, tal um templo sagrado. Passamos essa ocorrência para uma dimensão maior: um país. Certamente todos os paquistaneses sofreram esse trauma, sentiram-se violentados quando um comando americano invade seu território não respeitando a soberania de um país.
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Do filosofo americano Noam Chomski: “Como reagiriam os americanos se comandos iraquianos aterizassem na mansão de Georges W. Bush, o assassinassem e atirassem seu corpo no Atlântico.
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Deu no New York Times, ou melhor, em Zero Hora: O rei da soja no Paraguai é um brasileiro. Tranquilo Fávero, 72 anos, é o maior plantador individual de soja no país vizinho e também um grande criador de gado.
Tem 45 mil hectares cultivados no leste do Paraguai e cria 60 mil cabeças de gado. Preside nove empresas que formam o Grupo Fávero. Está mais de 40 anos no Paraguai e naturalizou-se paraguaio. O interessante nessa história é de que a família Fávero passou por Farroupilha. Oriunda da província de Treviso (Itália) a família desembarcou em Porto Alegre, subiu a serra e estabeleceu-se em Farroupilha. Os projetos dos Fávero estavam além dos limites farroupilhenses. A família mudou-se para Videira (SC) onde nasceu Tranqüilo. Depois deslocou-se para o Paraná e daí seguiu o Paraguai onde fez fortuna.
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Ainda sobre Grenal. Era simplesmente Renato ponta direita do Grêmio na década de 80. Foi para o Rio de Janeiro e virou Renato Gaúcho. Retornou ao pagos. Agora é Renato Portalubi. Gaúcho ou Portalubi. Melhor Renato Guaporé.
Paulo Roberto Falcão já com deficiência capilar, ou seja, careca. Para disfarçar a sua deficiência calva deixa os cabelos compridos ao longo da nuca. Para não se tornar ridículo deveria dar uma aparadinha.
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Qualquer cidade que sujeito habita se torna chata, sem movimentação, num dia de domingo. As pessoas ficam em casa, ou saem para passear. Farroupilha não é diferente. Nas ruas quase desertas se observa tudo. Perto do meio-dia a espetacular e reluzente Lamborghini amarela parada numa rua central da cidade. Chama atenção. Seu proprietário como reles mortal vai até o caixa automático de uma agencia bancaria e retorna para sua esplendorosa máquina. Está acompanhado de uma jovem de tradicional família local.
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Inflação real e galopante. Cafezinho custando 1,25 centavos. Nas faz muito era servido e vendido a 1 real. Aumento de 25%. Bota inflação nisso.
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Do filosofo americano Noam Chomski: “Como reagiriam os americanos se comandos iraquianos aterizassem na mansão de Georges W. Bush, o assassinassem e atirassem seu corpo no Atlântico.
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Deu no New York Times, ou melhor, em Zero Hora: O rei da soja no Paraguai é um brasileiro. Tranquilo Fávero, 72 anos, é o maior plantador individual de soja no país vizinho e também um grande criador de gado.
Tem 45 mil hectares cultivados no leste do Paraguai e cria 60 mil cabeças de gado. Preside nove empresas que formam o Grupo Fávero. Está mais de 40 anos no Paraguai e naturalizou-se paraguaio. O interessante nessa história é de que a família Fávero passou por Farroupilha. Oriunda da província de Treviso (Itália) a família desembarcou em Porto Alegre, subiu a serra e estabeleceu-se em Farroupilha. Os projetos dos Fávero estavam além dos limites farroupilhenses. A família mudou-se para Videira (SC) onde nasceu Tranqüilo. Depois deslocou-se para o Paraná e daí seguiu o Paraguai onde fez fortuna.
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Ainda sobre Grenal. Era simplesmente Renato ponta direita do Grêmio na década de 80. Foi para o Rio de Janeiro e virou Renato Gaúcho. Retornou ao pagos. Agora é Renato Portalubi. Gaúcho ou Portalubi. Melhor Renato Guaporé.
Paulo Roberto Falcão já com deficiência capilar, ou seja, careca. Para disfarçar a sua deficiência calva deixa os cabelos compridos ao longo da nuca. Para não se tornar ridículo deveria dar uma aparadinha.
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Qualquer cidade que sujeito habita se torna chata, sem movimentação, num dia de domingo. As pessoas ficam em casa, ou saem para passear. Farroupilha não é diferente. Nas ruas quase desertas se observa tudo. Perto do meio-dia a espetacular e reluzente Lamborghini amarela parada numa rua central da cidade. Chama atenção. Seu proprietário como reles mortal vai até o caixa automático de uma agencia bancaria e retorna para sua esplendorosa máquina. Está acompanhado de uma jovem de tradicional família local.
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Inflação real e galopante. Cafezinho custando 1,25 centavos. Nas faz muito era servido e vendido a 1 real. Aumento de 25%. Bota inflação nisso.
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